Questões de Concurso Sobre mundo árabe : de maomé ao império em história

“O ataque realizado pelo grupo palestino Hamas contra Israel no último sábado (7), deixando milhares de mortos, deu início a mais um capítulo de um conflito que se arrasta há décadas. Imediatamente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra aos agressores, mobilizando o exército do país para uma resposta. A tensão entre Israel e Palestina, que se estende há mais de 70 anos, envolve geopolítica, terras e religião.”

GANDRA, Alana e RODRIGUES, Leo. Saiba quem são os envolvidos no

conflito entre Israel e Hamas. Agência Brasil. 2023. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-10/saiba

quem-sao-os-envolvidos-no-c onflito-entre-israel-e-hamas

Sobre os conflitos entre Israel e palestinos, analise as alternativas e assinale a correta:

Assinale a opção que descreve corretamente os fatores que favoreceram a expansão do Império Islâmico no período medieval, após a morte de Maomé. 

“[...] as citações dos profetas incluídas nos evangelhos abriram uma gama de possibilidades icônicas de todo imprevisíveis”.
Texto extraído de: GINZBURG, Carlo. Olhos de madeira: nove reflexões sobre a distância. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 116.

No capítulo Ecce, da mencionada obra, o historiador italiano propõe-se a contatar as análises sobre o Novo Testamento e a iconografia cristã. Sobre essa proposta analítica e suas conclusões, é CORRETO afirmar:

“A palavra mesquita deriva do árabe masjid, que significa lugar de prostração. É aí que os muçulmanos se reúnem para curvar-se em oração, especialmente às sextas-feiras, o Dia da Reunião. [...] As mesquitas ficaram associadas à educação e também aos túmulos dos muçulmanos importantes, especialmente mártires, califas e sufis. As mesquitas ligadas a Maomé são especialmente veneradas.” Bowker, J. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997. (Adaptado).

Sobre o processo de criação e expansão do Islã marque a opção correta:

“Na metade do século XI, o Ocidente cristão inicia, com tentativas isoladas, a ofensiva contra o Islã. Mas não é nada que se assemelhe a uma guerra religiosa. São guerras de conquista que são feitas até mesmo contra gente da mesma religião, se as circunstâncias e a posição geográfica se preste a isso. Quanto aos normandos, atacaram indiferentemente tanto Bizantinos quanto Muçulmanos.”

PIRENNE, Henri. Storia d´Europa dalle invasioni al XVI secolo. Roma: Orsa Maggiore, 1991

O texto de Pirenne apresenta os vários aspectos das Cruzadas no fim da Idade Média. Sobre as Cruzadas é INCORRETO afirmar:

Leia o fragmento a seguir.

O Islão acrescenta um aspecto particular à tradição europeia: do séc. IX ao XII estudavam-se os escritos de Aristóteles com mais afinco e profundidade no mundo islâmico do que no ocidente cristão.

MEISSNER, H. A Antiguidade cria laços. Iniciativa em favor de uma cultura humanística na Europa. Apud MELO, A. M. M. A conquista da liberdade: ecos das grandes batalhas na cultura greco-romana. Ágora. Estudos Clássicos em Debate, n. 11, 2009, p. 75. Disponível em: < http://www2.dlc.ua.pt/classicos/5.Melo.pdf >. Acesso em: 4 maio 2016.

O texto se refere a um movimento ocorrido no contexto da

Durante a primeira metade do século XV, os portugueses alimentaram projetos expansionistas que objetivavam a conquista de áreas africanas, visando estabelecer rotas alternativas para comerciar especiarias e ouro. Enquanto os esforços para descobrir uma nova rota para o comércio das especiarias estavam relacionados à expectativa de controlar o comércio desses produtos, então exercido por venezianos, florentinos e genoveses que ocupavam feitorias espalhadas ao longo das ilhas do Mediterrâneo, a expectativa para constituir uma rota de acesso ao ouro visava:

Durante um período de algumas centenas de anos, o Islã se espalhou de seu local de origem, na Península Arábica, até a Península Ibérica e o norte da Índia. Sobre o Islã, é possível afirmar que:

Sobre a expansão do Islamismo na Península Arábica no século VII, enumere os acontecimentos abaixo de acordo com a ordem cronológica.

( ) Com receio de que o Islamismo pudesse prejudicar os negócios impulsionados pelas peregrinações a Meca, Maomé enfrenta oposição das principais famílias da região, sobretudo o grupo coraixita.

( ) Após uma mudança nas relações com os coraixitas, Maomé passou a governar Meca e os grupos submetidos, com o apoio de forças militares e um tesouro público constituído de doação e impostos.

( ) Em Medina (Yatrib), após a Hégira, Maomé expandiu seu poder para os oásis e o deserto, atraindo um grande número de seguidores e unificando as tribos árabes em torno da nova fé.

( ) Sob o domínio dos coraixitas, Meca tornou-se um grande centro de peregrinação, nela se situava a Caaba, um grande santuário que reunia as principais divindades árabes, além da Pedra Negra.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Grande parte do conhecimento sobre o mundo ainda referencia-se sob a narrativa eurocêntrica. Recuperar a História da África, assim como da América Originária, significa assumir uma postura crítica e não oficial, que está sempre ao lado dos que se impuseram pela força, durante a fase inicial do desenvolvimento e consolidação do capitalismo.
Sobre a História da África, analise as afirmações a seguir e atribua V, caso verdadeira, ou F, caso falsa:

A sequência correta, no sentido de cima para baixo, é

A África foi palco de expansão das religiões monoteístas. Inicialmente, o Judaísmo se expandiu utilizando as rotas cartaginesas. Em seguida o Cristianismo se alastrou utilizando mais o meio rural e foi mais frequente na região da Núbia. Por fim, a terceira religião, o Islamismo, penetrou nas terras africanas. A expansão do Islamismo é um momento que podemos identificar trocas culturais entre três continentes, a Ásia, a África e a Europa. 
(OLIVER, 2004.)

O Islã começou a sua expansão na África provavelmente no Egito, logo após a morte de Maomé. Podemos considerar como um fator importante e favorável a essa expansão pelo continente africano:

Há um debate contemporâneo sobre o grau de “tolerância” ideológica que Al-Andalus pode ter demonstrado na Idade Média. As percepções do Islã no mundo ocidental contemporâneo, sejam elas positivas ou negativas, influenciam profundamente este debate. É verdade que o mundo muçulmano, especialmente sua parte hispano-mourisca, não sofreu a mesma repressão do pensamento crítico que a cristandade europeia, especialmente após o nascimento da Inquisição, no final do século XII. Entretanto, também não se deve atribuir-lhe um conceito anacrônico de liberdade religiosa e intelectual. Tal liberdade simplesmente não existia na época, seja na Europa, no Norte da África, ou no Oriente Próximo. Nenhuma das visões opostas simplistas do Al-Andalus pode resistir a uma séria pesquisa histórica. (BATEAU, Jean. O domínio muçulmano na Espanha foi crucial para a história da Europa. Extraído de: https://jacobin.com.br/2023/10/o-dominio-muculmano-naespanha-foi-crucial-para-a-historia-da-europa/) 
Um professor de ensino fundamental II elabora uma aula sobre as sociedades islâmicas, tendo como fonte para incentivar o debate o trecho citado acima. O objetivo a ser alcançado é

O conflito israelo-palestino, que hoje se manifesta de forma veemente e toma atenção global, é um dos conflitos mais antigos e complexos do mundo. Estende-se por mais de 70 anos e envolve questões de território, identidade e religião. Nesse sentido, analise as afirmações a seguir sobre o conflito:

I.Atualmente, o status político das Colinas de Golã é uma das questões mandatórias a serem negociadas entre Israel e os palestinos.

II.Em dezembro de 2017, o presidente americano Donald J. Trump fez uma mudança na política de longa data dos EUA, reconhecendo Jerusalém como a capital de Israel.

III.Os palestinos aspiram a um Estado com Jerusalém como capital, mas, como Israel controla a cidade atualmente, os líderes palestinos estabeleceram suas instituições governamentais em Hebron, tornando a cidade sua capital administrativa.

IV.Após a sua criação nos termos dos Acordos de Oslo, a Autoridade Palestiniana (AP) foi liderada por Mahmoud Abbas, que, durante décadas, encarnou a causa palestiniana. Há muito visto por Israel como um terrorista, Abbas tornou-se uma figura política e o principal parceiro de negociação dos israelitas. Após sua morte, outro oficial de longa data assumiu suas funções como chefe da AP e da Organização para a Libertação da Palestina, o controverso Yasser Arafat.

V.Após a Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido assumiu o controle da Palestina sob um mandato da Liga das Nações, que durou até a criação de Israel em 1948.

VI.A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado entre Israel e Egito, Líbano e Iraque que ocorreu de 5 a 10 de junho de 1967. A guerra terminou com uma vitória israelense, que conquistou, entre outros territórios, a Península do Sinai, a Faixa de Gaza e as Colinas de Golã, além de Jerusalém.

VII.Outra disputa militar árabe-israelense, conhecida como Guerra do Yom Kippur, foi travada quando, em 1973, o Egito e a Síria tentam retomar a Península do Sinai e as Colinas de Golã ocupadas por Israel.

É correto o que se afirma em:

A expansão muçulmana durante os séculos VII e X iniciou na Península Arábica, após a morte do profeta Maomé. Os califas, seus sucessores, iniciaram as campanhas militares que levaram à conquista de várias regiões na África, Ásia e Europa.

Nesse contexto, assinale a alternativa correta sobre os principais fatores que contribuíram para a expansão muçulmana: