Questões de Concurso
Comentadas sobre período colonial: produção de riqueza e escravismo em história
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Os ________________ podem ser entendidos como comunidades auto-excluídas da sociedade nacional durante o período colonial até a abolição da escravatura, formados originalmente por negros escravos fugidos das áreas urbanas ou rurais onde existiam práticas de exploração escravista. Fonte: IPHAN (adaptada), 1998, p. 7.
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE a lacuna
1. Há notícias da presença de português no litoral catarinense desde as primeiras décadas do século XVI, porém, somente na segunda metade do século XVII os vicentistas tomaram iniciativas de povoamento na região.
2. Francisco Dias Velho, acompanhado por familiares, agregados e escravos, chegou na década de 1670, quando requisitou terras na Ilha e fundou o povoado de Nossa Senhora do Desterro.
3. Domingos de Brito Peixoto, nas décadas de 1670 e 1680, persistiu na tentativa de estabelecer um núcleo populacional definitivo na região de Laguna.
4. Passo decisivo para o povoamento do território catarinense foi dado com a criação da Capitania de Santa Catarina, com a desvinculação da região da jurisdição da Província do Paraná.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
(http://ceas.iscte.pt/etnografica/docs/vol_04/N2/Vol_iv_N2_333-354.pdf)
I. A Revolta da Cachaça foi motivada pelo aumento de impostos excessivos cobrados aos fabricantes de aguardente.
II. Raimundo Padilha governava o Rio de Janeiro em 1660, quando se deu a revolta.
III. A Revolta da Cachaça também é chamada de Revolta do Barbalho ou Bernarda.
I. Dados quantitativos precisos acerca do comércio de escravos são importantes para que se possa determinar o impacto dessa atividade predatória sobre as sociedades africanas e suas consequências para o subdesenvolvimento do continente na contemporaneidade.
II. As especulações acerca do número de pessoas que foram escravizadas levam sempre a estimativas muito exageradas com intuito de vitimizar a história africana.
III. O Brasil é o país que menos recebeu africanos escravizados, se comparado com outras nações de passado escravocrata.
I. A Inconfidência Mineira foi uma conspiração política organizada por profissionais liberais, militares e membros da elite econômico-social da Capitania de Minas Gerais no fim da década de 1780 – época em que o Brasil ainda era colônia francesa.
II. Os inconfidentes tinham como principal intenção retirar do poder local o governador Visconde de Barbacena, o que configurava uma afronta à autoridade do Império Português da Capitania de Minas gerais.
III. O ideário político de conteúdo liberal da Inconfidência Mineira apresentava a manutenção do regime de trabalho escravo como uma de suas contradições.
Observe a gravura e responda a questão:
DEBRET, Jean-Baptiste. Um jantar brasileiro. Cerca de 1830. Aquarela sobre papel, 16 x 22 cm, Rio de Janeiro.
A gravura de Jean-Baptiste Debret, publicada na obra
“Viagem pitoresca e Histórica ao Brasil, 1816–1831”,
é parte do registro do artista, integrante da Missão
Artística Francesa do século XIX, sobre o cotidiano
brasileiro do período. A pintura evidencia a cultura
escravocrata na sociedade brasileira ao expressar:
Com cultura riquíssima e diversificada, povos africanos foram obrigados à diáspora pela escravidão. O Brasil foi um dos países que mais recebeu os escravizados africanos, os quais sempre procuraram se libertar. Os quilombos foram uma das formas de resistência que tiveram em Palmares seu exemplo mais vigoroso.
O tema do racismo permanece presente na agenda política brasileira contemporânea, o que confirma a advertência, feita há mais de um século por Joaquim Nabuco, de que o peso da escravidão permaneceria por muito tempo pairando sobre o Brasil.
No Brasil, destacaram-se alguns movimentos emancipacionistas que foram derrotados, tais como: a Conjuração Mineira, de 1789, movimento essencialmente popular que contou com a adesão dos setores mais pobres da sociedade; e a elitista Conjuração Baiana, de 1798.
A mineração em Minas Gerais, ao longo do século XVIII, foi o efetivo início da colonização do Brasil pela metrópole portuguesa, tendo gerado uma sociedade impermeável e ruralizada.
O fragmento de texto refere-se à transição do trabalho escravo para o trabalho livre no Brasil no século XIX e, para melhor interpretar esse processo, pode-se afirmar que:
O gráfico fornece elementos que permite afirmar que:
Durante o período colonial e imperial, a sociedade e a economia criadas no Brasil estavam vinculadas à escravidão de grande parte da força de trabalho. No século XVI, prevaleceu a escravização dos povos nativos, mas numerosos fatores combinaram-se para que, aos índios, sucedessem os africanos na virada para o século XVII.
Os fatores listados a seguir motivaram a substituição do trabalho escravo indígena pelo africano no contexto indicado, à exceção de um. Assinale-o.
(...) mesmo quando os portugueses começaram a traficar escravos, estes se destinavam privilegiadamente à Europa para o cumprimento de tarefas domésticas. Mas com a introdução da cultura do açúcar, a história seria outra: os cativos tornaram-se indispensáveis na produção agrícola e o interesse se voltou da pimenta para o tráfico de viventes.
A chegada dos portugueses à costa atlântica subsaariana em meados do XV alteraria radicalmente as modalidades de comércio, tanto no que se referia à escala como no que se referia ao recurso crescente à violência. A nova conquista alteraria também modalidades internas de guerra e de redes de relacionamento no interior de Estados africanos.
(SCHWARCZ, Lilia Moritz. Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 80-81.)
As citações acima nos remetem ao processo do sistema escravista que levou milhares de africano à diáspora para todo o continente, principalmente a América onde se concentrou sua maioria devido ao modo de produção agrícola na contramão do capitalismo comercial. Nesse sentido, com relação à escravidão africana, podemos considerar que:
I- A escravidão estava também presente na África, mas se desenvolveram sistemas de linhagens e de parentescos que ditavam regras de como poderia ser tratado o escravo, destacando quem poderia ser escravizado ou não a partir da linhagem.
II- O uso de escravos é anterior à descoberta da América, no entanto, os escravos africanos na Europa eram utilizados nos serviços domésticos, já que estavam na transição do Feudalismo para o Capitalismo Comercial.
III- O comércio de escravos não era lucrativo, mas necessário para o abastecimento das colônias do Novo Mundo. Sem o uso da mão de obra escrava, não teria sido possível o desenvolvimento das colônias portuguesas.
IV- Os escravos na Europa tiveram outro tratamento, sendo enaltecida a sua importância nos serviços domésticos das famílias abastadas capitalistas que estavam em ascensão. A cultura africana sempre valorizada.
V- Foi a cultura da cana-de-açúcar que tornou o tráfico de viventes em um grande negócio, traçando rotas diretamente da África para a América sem intermediários, sem regras de linhagem ou parentesco, todos eram passíveis.
Estão CORRETAS: