Questões de Concurso Comentadas sobre período colonial: produção de riqueza e escravismo em história

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Q1704852 História
No final do século XVII, foi encontrado ouro em Minas Gerais e, a partir disso, formou-se uma sociedade colonial um pouco diferente da existente até então. Quanto a esse assunto, é correto afirmar que a formação das sociedades mineradoras em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso
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Q1704846 História
Quando os europeus chegaram ao Brasil, encontraram povos que denominaram índios, com quem travaram diversos tipos de relações. No que se refere a tais relações no período colonial, assinale a opção correta.
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Q1704844 História
O Brasil foi o maior destinatário do tráfico de africanos escravizados para as Américas. A respeito das características do comércio negreiro para o Brasil, assinale a opção correta.
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Q1704246 História

Leia o texto abaixo:


“A Escravidão é de fato a Desigualdade Radical por excelência. Com a Escravidão — principalmente se o escravo estiver sujeito a todos os rigores que a Escravidão potencialmente lhe impõe, ao passo em que neste caso o Senhor estará em pleno exercício de todos os seus poderes e privilégios relacionados à posse do escravo — podemos dizer que este escravo estará privado de tudo, de todos os seus direitos sobre si. No início da Idade Moderna, difunde‐se muito uma releitura de certas passagens bíblicas como o notório episódio da “maldição de Cam”. Trata‐se de associar à Desigualdade Escrava, relida como Diferença Escrava, uma Diferença Negra que será reconstruída desde os tempos da expansão europeia em direção ao Novo Mundo.”


Com base na conceituação de Escravidão descrita acima, para a antiguidade e para os tempos modernos, podemos afirmar que:


1. Os hilotas correspondiam, na Grécia Antiga, a populações ou grupos de populações submetidas pelos espartanos e obrigadas, a partir daí, a uma forma específica de trabalho compulsório. Uma de suas características essenciais é que eles eram dependentes coletivos, em contraste, por exemplo, com o escravo ateniense do período clássico, que via de regra estava preso a um destino individual de dependência. Enquanto o hilota insere‐se em um grupo “escravizado” por uma comunidade de senhores, já o “escravo” propriamente dito passa a pertencer a um indivíduo: ele é propriedade de alguém.


2. A estratificação social no Brasil Colonial fundou‐se precisamente no deslocamento imaginário da noção desigualadora de “Escravo” para a coordenada de contrários fundada sob a perspectiva da diferença entre homens livres e escravos. Nesta perspectiva, um indivíduo não está escravo, ele é escravo, e toda a violência maior do modelo de estratificação social típico do Brasil Colonial esteve alicerçada neste deslocamento, nesta estratégia social imobilizadora que transmudava uma circunstância em essência. É digno de nota que os abolicionistas tenham se empenhado precisamente em reconduzir o discurso sobre a Escravidão para o plano das desigualdades.


3. A racialização da escravidão na ótica moderna, implica em que a escravidão possa ser vista como uma diferença coletiva. Não seriam certos indivíduos de natureza humana deficiente, como propunha Aristóteles, que deveriam estar destinados à escravidão, mas sim um grupo humano específico, que traria na cor da pele os sinais de uma inferioridade da alma, mas que podem adquirir sua liberdade pela comprovada natureza humanística da raça, nestes termos, a superação da inferioridade da cor da pele dá lugar a concepção de cidadania ampliada com o discurso republicano e positivista no Brasil.


4. O discurso de uma diferença negra inextricavelmente acompanhada de sua segunda natureza, que seria a diferença escrava, desponta desde o início da modernidade europeia, como o aparato ideológico que sustenta todo um comércio de escravos. Ainda que tenha enfrentado críticas, mesmo no período de vigência do tráfico negreiro, isto não impedirá que a prática escravista da exploração da mão‐ de‐obra africana encontre a mais ampla difusão. Justificada apenas pela concepção de que espanhóis e portugueses não eram os primeiros a se utilizarem da mão-de-obra escrava africana.


5. A Desigualdade Escrava, relida como Diferença Negra, foi reconstruída desde os tempos da expansão europeia em direção ao Novo Mundo. No cadinho de formação do Escravismo Colonial, interessou a traficantes e senhores coloniais a desconstrução de uma série de diferenças étnicas africanas, com vistas à construção de uma Diferença Negra no interior da qual todas as etnias pré‐existentes no continente africano se misturam. Portanto, associar Escravidão e Diferença Negra será uma pedra de toque para o Escravismo Colonial, e para o concurso desta construção discursiva não faltaram contribuições que se mostravam indiferentes à escravização de povos africanos.


Estão CORRETAS:

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Q1704245 História

Leia o texto abaixo e responda:


Comenta Celso Furtado que “a ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansão comercial da Europa” (1971, p. 5). Pode-se dizer que algo de similar aconteceu por ocasião do processo de independência das antigas colônias ibéricas no Novo Mundo, ocorrido nas primeiras décadas do Séc. XIX. Este processo foi decorrente do surgimento e do rápido desenvolvimento do capitalismo industrial na Europa – mormente na Inglaterra – a partir de meados do Séc. XVIII. Em apenas algumas décadas, a proliferação das novas relações de produção, impulsionadas pelo surgimento do sistema fabril e do trabalho assalariado, tornou inteiramente obsoleto o sistema colonial que reinou entre os Sécs. XVI e XVIII, fundado no trabalho escravo e no monopólio comercial das metrópoles sobre as colônias.

Os Impérios coloniais ibéricos fundados puramente no monopólio, achavam-se por isso condenados, a independência e a formação dos Estados nacionais na América Portuguesa e na América Espanhola, embora ocorridas na mesma época e produto da mesma situação estrutural, seguiram cursos extremamente diferenciados. No Brasil, a unidade política e territorial foi mantida após a independência, Marcos Kaplan observou: “Somente o Brasil conserva a unidade herdada da colônia e mantida pelo Império independente” (Kaplan, 1974, p. 115).


Considerando a construção do Estado Nacional Brasileiro, é CORRETO afirmar que:

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Q1701898 História
Varnhagen no século XIX afirmava em relação aos indígenas que “povos na infância, não há história: há só etnografia.” (História Geral do Brasil 1962 [1854], v1, p.42).
Tal concepção está ligada a uma historiografia tradicional que representava a relação de contato entre índios e a sociedade Ocidental como:
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Q1701877 História
“(...) as famílias da elite, muito menos temerosas do que poderia se supor, viam umas nas outras, possíveis aliadas para ‘uma maior participação’, manutenção e manipulação do poder político. Sendo muitos dos envolvidos na administração local portadores de títulos militares, concluímos pela existência de uma relação unívoca entre títulos honoríficos e militares e as elites políticas locais, ou seja, as principais famílias detinham o monopólio do poder local, na câmara e na administração militar das tropas auxiliares e de ordenanças”. (Isis Messias da Silva, Revista Vernáculo, nº 14 - 15 - 16, p. 21–50).
O trecho acima traduz:
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Q1701876 História
A respeito das primeiras tentativas de escrita de uma História do Brasil, ainda em meados do século XIX, observa José Carlos Reis:
“Era preciso criar uma ideia do homem brasileiro, de povo brasileiro, no interior de um projeto de nação brasileira. Sobretudo, era preciso perceber a nação como diferença e continuidade colonial e como continuidade da diferença colonial. Pensou-se o Brasil com o conceito de “raça” e a sociedade brasileira como uma mescla de raças”.
Tal afirmativa está de acordo com um contexto de:
I formulação de teorias científicas europeias, que permitiram a elaboração de interpretações acerca do atraso do país e condição dos habitantes. II apresentação de projetos de organização nacional sem que, contudo, pudesse ser afastada uma visão pessimista acerca do presente e do futuro da nação. III contribuição das ciências para a naturalização das diferenças socioculturais, estabelecendo correlações rígidas entre as leis da natureza e a sociedade. IV avanço dos conhecimentos científicos que promoveriam uma releitura da miscigenação, tornando-a positiva por causa da diversidade biológica.
Os itens corretos são:
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Q1701874 História
Leia o que o cronista colonial Gabriel Soares escreveu em Tratado descritivo do Brasil, de 1587, a respeito da segurança militar de Salvador:
“[...] porque [a cidade] pode ser socorrida por mar e por terra de muita gente portuguesa até a quantia de dois mil homens, de entre os quais podem sair dez mil escravos de peleja, a saber: quatro mil pretos da Guiné e seis mil índios da terra, mui bons flecheiros, que juntos com a gente da cidade, se fará mui arrazoada exército”. (SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil, 1587, p.140-141 [adaptado])
O trecho acima deixa evidente que:
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Q1701873 História
O escritor Ambrósio Fernandes Brandão nos conta uma transação de compra e venda de peças (lotes) de escravos no século XVII:
“[...] vi na capitania de Pernambuco a certo mercador fazer um negócio, (...) o qual foi comprar, para pagar na hora, um lote de escravos de Guiné (africanos) por quantidade de dinheiro e logo no mesmo instante, sem nem mesmo ainda possuí-los, os tornou a vender a um lavrador fiados por certo tempo que não chegava a um ano, com mais de 85 por cento de avanço (lucros).”
O trecho acima deixa evidente a lucratividade obtida com o tráfico de africanos, gerada pela:
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Q1698981 História
O engenho de açúcar no Brasil colonial designa o local onde foi produzido o açúcar durante o período colonial. Observe a imagem a seguir:
Imagem associada para resolução da questão





Assinale a alternativa procedente: 
 
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Q1694762 História

No que se refere ao tráfico negreiro, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:


I – Devido à alta taxa de mortalidade, os navios negreiros ficaram conhecidos como “tumbeiros”.

II – Foi incentivado pela Coroa Portuguesa, que recebia certa porcentagem do lucro.

III – O pau-brasil, o tabaco e o cobre eram moedas de troca.

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Q1694755 História
No tocante aos direitos dos donatários de capitanias, assinale a alternativa correta:
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Q1694752 História

No que se refere à produção de açúcar, desenvolvida no Nordeste brasileiro a partir do século XVI, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta:


I – Foi financiada pela Coroa e pela burguesia portuguesas.

II – Promoveu a organização de uma sociedade aristocrática, patriarcal e escravista.

III – Gerou uma economia monocultora voltada para o mercado interno.

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Q1694574 História
Leia o trecho a seguir: “O primeiro esforço de colonização das terras brasileiras ocorreu a partir da plantação da canade-açúcar. Além desta, outros produtos também se destacaram e favoreceram a diversificação agrícola, o principal foi o ________ e ________ que além de servir para consumo interno colonial e para a exportação, eram utilizados pelos traficantes para conseguir escravos na África.”. As lacunas podem ser preenchidas corretamente pela alternativa:
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Q1692941 História
Sobre os conflitos e revoltas no período Colonial. A Guerra do Emboabas:
Alternativas
Q1692538 História
No que se refere às revoltas de escravizados no século XIX, assinale a opção correta.
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Q1692100 História
No Brasil colônia, o governo tomou diversas e duras medidas para controlar a região aurífera. Criou em 1702 a Intendência das Minas, órgão que tinha entre suas funções zelar pela cobrança do quinto real, reprimir o contrabando e repartir os lotes de terras minerais, denominados de:
Alternativas
Q1688957 História
O tratado que oficializou a expansão territorial portuguesa que excedia as prerrogativas das divisões entre Portugal e Espanha, assinado em 1750 foi o chamado:
Alternativas
Q1687698 História
“Em 1709, por exemplo, José da Cunha Deça face à morte de boa parte de seus escravos africanos, quando não fugiam pelas matas, havia requerido à Coroa e obtido a devida autorização régia para “resgatar” 120 cativos índios nos sertões da Amazônia, além da preferência para a aquisição de 20 negros que viessem no primeiro navio, que os trouxesse por conta da fazenda real, caso contrário seus “copiosos canaviais”, em seu engenho no distrito de Belém, haviam de ficar inaproveitáveis.”
(BEZERRA NETO, José Maia. Escravidão Negra no Grão-Pará (sécs. XVII-XIX). Belém: Paka-Tatu, 2001. pág 23)
O tema da escravidão se configura como algo instigante entre os historiadores que se dedicam ao estudo da região amazônica. O trecho descrito acima deixa claro a ideia de que:
Alternativas
Respostas
421: C
422: A
423: A
424: A
425: C
426: E
427: C
428: A
429: B
430: E
431: A
432: D
433: E
434: B
435: A
436: A
437: A
438: A
439: B
440: C