Questões de Concurso
Comentadas sobre período colonial: produção de riqueza e escravismo em história
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O sarampo e a varíola, que entre 1562 e 1564 assolaram as aldeias da Bahia, fizeram os índios morrerem tanto das doenças quanto de fome, a tal ponto que os sobreviventes preferiam vender-se como escravos a morrer à míngua. Batismo e doença ficaram associados no espírito dos Tupinambá: é elucidativo que um dos milagres atribuídos ao suave Anchieta fosse o de ressuscitar por alguns instantes a indiozinhos mortos para lhes poder dar o batismo. Os aldeamentos religiosos ou civis jamais conseguiram se autorreproduzir biologicamente. Reproduziam-se, isso sim, predatoriamente, na medida em que índios das aldeias eram compulsoriamente alistados nas tropas de resgates para descer dos sertões novas levas de índios, que continuamente vinham preencher as lacunas deixadas por seus predecessores.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Índios no Brasil: história, direitos e cidadania. 1a ed. — São Paulo: Claro Enigma, 2012, p. 15. [Adaptado].
Qual foi a causa dos problemas elencados no texto?
Julgue o item a seguir.
Até as vésperas da abolição, o trabalho escravo negro
continuou a constituir a base principal da força de
trabalho nas fazendas de café. A introdução de
imigrantes europeus funcionou como uma fonte
alternativa de mão de obra, suprindo as lacunas
resultantes da crescente escassez e dos custos elevados
do trabalho escravo. A alta produtividade das terras na
região permitiu aos cafeicultores paulistas defenderem o
abolicionismo.
Julgue o item a seguir.
No Brasil, o movimento abolicionista era composto por
diversos setores da sociedade, incluindo cocheiros,
ferroviários, médicos, engenheiros, advogados,
jangadeiros, jornalistas, funcionários públicos,
professores, imigrantes, negros e mulatos, entre outros.
Organizado através de grêmios, clubes, jornais,
associações, conferências, debates, distribuição de
panfletos, e publicações de livros, artigos e petições, o
movimento utilizava essas estruturas para promover a
abolição.
“O domingo de 13 de maio de 1888 amanheceu ensolarado no Rio de Janeiro, a capital do Império do Brasil. Era um dia de festa. A escravidão chegava ao fim por meio de uma lei votada no Senado e assinada pela princesa Isabel. O Brasil era o último país da América a acabar com a escravidão. Ao longo de mais de três séculos, foi o maior destino de tráfico de africanos no mundo, quase cinco milhões de pessoas. Grande parte dos descendentes daqueles que chegaram também fora escravizada.”
Rossi, Amanda e Gragnani, Juliana. A luta esquecida dos negros pelo fim da escravidão no Brasil. BBC Brasil < https://www.bbc.com/portuguese/resources/idtsh/lutapelaabolicao > acesso em 05/02/2024.
Sobre a escravidão do negro africano no Brasil é correto afirmar:
Os colonos continuavam lutando contra suas deficiências na produção, ausência de capitais, mão de obra e transporte. Jaziam, assim, em um profundo estado de penúria e miséria que perdurava desde o início da colônia. Essa realidade desoladora só começa a se alterar com a nomeação do Marquês de Pombal, que trabalhou para criar condições objetivas de expansão econômica. O Marquês buscava tornar a metrópole menos dependente de importações de produtos industrializados e incentivou a instalação de manufaturas em Portugal e até mesmo no Brasil.
(Fausto, 2001.)
Pombal, com suas ideias progressistas, acabou contribuindo em parte para a melhoria do Maranhão e de outras partes da colônia lusitana. Dentre as suas ideias, preconizava:
[...] em parte do período colonial brasileiro, os capitães e governadores eram preferentemente autoridades das vilas que da própria capitania. A grande realidade era o governo das vilas. O Senado da Câmara chegou a ter funções políticas tão grandes que a ação dos governadores dependia em enorme parte de tal poder, com o qual não podiam muitas vezes entrar em luta. Além dos juízes de eleição popular, com assento na Câmara, havia o juiz de vintena, nos lugares de mais de 20 famílias, espécie de juiz de paz, com alçada entre 100 e 400 réis, para pequenas questões, decididas oralmente e sem recurso, embora com possibilidade de o magistrado prender em flagrante os malfeitores.
(MARTINS FILHO, 1999.)
Devido a abusos nas funções judiciais que alguns cometiam no contexto do Brasil colonial, houve uma estruturação do judiciário. Entre os juízes comuns somava-se, ainda, entre outros, o juiz de fora. Uma das principais atribuições dos titulares desse cargo:
I. Da independência ao fim do regime militar, as transformações modernizadoras foram realizadas “pelo alto”.
II. A própria industrialização não se deu num confronto da burguesia com o mundo agrário.
III. Ao contrário, foi o capital da cafeicultura que bancou o desenvolvimento industrial.
IV. Desde o início, portanto, não tivemos uma oposição aberta entre uma “burguesia progressista” e os “retrógrados latifundiários”.
Marque a alternativa correta:
Julgue o item subsequente.
De acordo com a narrativa histórica do Brasil, o período
colonial é a época que vai do ano 1500 até 1822. O
período é chamado de "colonial" devido à transformação
do território em uma colônia do Reino de Portugal.