Questões de História para Concurso
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As mutações pelas quais passou a disciplina história nas últimas décadas expressam-se de forma inequívoca quando tratamos das fontes ou documentos históricos. O alargamento da noção de fonte histórica teve sua primeira grande inflexão com a Escola dos Annales, tradição francesa que em suas diferentes gerações passou a considerar toda a produção humana, distante ou recente, matéria-prima válida para a reconstrução do passado. Recebendo ainda a contribuição de tradições teóricas ligadas ao neomarxismo, à micro-história e à história cultural, dentre outras, e sujeito às inovações trazidas pela interdisciplinaridade.
(Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/eifi/o-historiador-e-suas-fontes/.Acesso em: maio de 2024.)
O historiador, o pesquisador e escritor da história, durante muito tempo, atuou com a utilização de suportes físicos e era com eles que desenvolvia suas problematizações e reflexões. Era um mundo palpável, de palavras e documentos. Atualmente, com o advento das tecnologias e principalmente da web:
Dentre as várias modalidades da história que se desenvolveram no decurso do século XX, algumas têm primado pela riqueza de possibilidades que abrem aos historiadores que as praticam, por vezes, com perspectivas antagônicas entre si. A história cultural
– campo historiográfico que se toma mais preciso e evidente a partir das últimas décadas do século XX, mas que tem claros antecedentes desde o início do século – é entre estas particularmente rica no sentido de abrigar no seu seio diferentes possibilidades de tratamento.
(BARROS, 2013.)
Dentre as características da história cultural, podemos apontar:
No final do período, em 1984, a sociedade civil mostra sua força nas ruas ao mobilizar todo o país na luta pela campanha das “Diretas Já!”, que propunha a volta de eleições livres e diretas para presidente. Era a semente da Nova República. República! Era uma emenda constitucional do deputado matogrossense Dante de Oliveira, e que não alcançou o número mínimo de votos necessários no Congresso Nacional. A disputa presidencial em 1984 reuniu de um lado Paulo Maluf, o candidato apoiado pelos partidos políticos de apoio ao governo militar, e de outro Tancredo Neves, ex-governador de Minas Gerais.
Como a emenda das diretas não foi aprovada, a eleição:
Lucien Fevbre afirmou certa vez que “a história é ao mesmo tempo a ciência do passado e a ciência do presente: é a forma pela qual o historiador atua na sua época, na sua sociedade, e deve ajudar a explicar o social no presente”.
(Disponível em: https://www.historia.uff.br/stricto/files/CARDOSO_Ciro_Como_elaborar_projeto_pesquisa.pdf. Acesso em: maio de 2024.)
Num projeto de pesquisa em história, um primeiro item que deve preocupar a mente do pesquisador é exatamente o tema dessa pesquisa: sua formulação; sua delimitação; e, sua justificação. Tendo em vista o excerto do enunciado e os critérios de escolha de um tema a ser pesquisado, assinale a afirmativa correta.
A própria singularidade de um tempo histórico único, distinto de um tempo natural e mensurável, pode ser colocada em dúvida; pois o tempo histórico, caso o conceito tenha mesmo um sentido próprio, está associado à ação social e política, a homens concretos que agem e sofrem as consequências de ações, a suas instituições e organizações. Todos eles, homens e instituições, têm formas próprias de ação e consecução que lhes são imanentes e que possuem um ritmo temporal próprio.
(Koselleck, 2006, p. 14.)
Um dos conceitos mais importantes e complexos a ser trabalhado é o conceito de tempo. O questionamento sobre o que é o tempo histórico, por exemplo, é fundamental no campo da história. Tendo em vista tal premissa, é correto afirmar que:
Os historiadores da dita “Escola Metódica ou Positivista” afirmavam-se capazes de tecer considerações sobre determinado objeto ou fato histórico de maneira meramente objetiva, ou seja, dentro dessa perspectiva, o objeto falava por si mesmo. Para eles é necessária uma atitude isenta, sem manter relações de interdependência, obtendo um conhecimento histórico objetivo, um reflexo fiel dos fatos do passado, puro de toda distorção subjetiva. O historiador para eles narra fatos realmente acontecidos e tal como eles se passaram.
(REIS, 2004, p.18.)
Dentro dessa perspectiva, considerava-se a história como:
É sim senhor
Ele é paulista?
É sim senhor
Falsificado?
É sim senhor
Cabra farrista?
É sim senhor
Matriculado?
É sim senhor
Ele é estradeiro?
É sim senhor
Habilitado?
É sim senhor
Mas o cruzeiro?
É sim senhor
Ovo gorado?
É sim senhor
Vem, vem, vem
Pra ganhar vintém
Vem, seu Julinho, vem
Aproveitar também
(Francisco Alves. Disponível em: https://www.letras.mus.br/francisco-alves/1743994/ Acesso em: maio 2024.)
A marchinha gravada por Francisco Alves, na Odeon, em janeiro de 1929, remete ao contexto
[...] O campo da memória se apresenta como uma área interdisciplinar que perpassa o campo de outras ciências sociais como Antropologia, Sociologia e a própria história. Entretanto, com relação à produção do conhecimento histórico, é preciso ter em mente que este não está isento de interesses pessoais e ainda sofre influências das crenças e juízos de valor que são criados/construídos a partir do lugar social do seu autor/produtor.
(Oliveira 2002:21.)
Dessa forma, é necessário que o historiador tenha a percepção de que na relação entre história e memória:
Considerando o documento apresentado e o conhecimento sobre o momento em que o livro de Alfredo Barroso foi produzido, a professora afirmou que a imagem e a legenda evidenciam que, no período,
Segundo a professora Maria Helena Capelato,
CAPELATO, Maria Helena Rolim. Estado Novo: novas histórias. In: FREITAS, Marcos Cezar de. (org.). Historiografia brasileira em perspectiva. São Paulo: Contexto, 1998. p. 201.
A leitura desse fragmento textual permite a associação com a situação vivenciada pelo Brasil no período.
Isso porque, no país a propaganda com inspiração nazista
Disponível em: https://artsandculture.google.com/asset/proclama%C3%A7 %C3%A3o-daindeped%C3%AAncia/oQFygRmdUEGYfw?hl=PT-BR (acesso em 1 de dezembro de 2023)
A partir da leitura da obra, o professor concluiu que a tela mostra
No livro Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda comparou as colonizações portuguesa e espanhola na América. Segundo o autor,
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 26 Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. p. 44.
A partir do fragmento textual e do seu conhecimento sobre o tema, deve-se concluir que, na colonização
da América,
FICO, Carlos. História do Brasil contemporâneo: da morte de Vargas aos dias atuais. São Paulo: Contexto, 2015. p. 67.
A partir do fragmento textual, o professor explicou aos alunos que o Ato institucional nº 5 foi
Considerando esses dois documentos e as informações sobre o tema, a professora explicou que, durante o capitalismo industrial, a relação entre o capital e o trabalho caracterizou-se
PERNOUD, Régine. O mito da Idade Média. Portugal: Publicações Europa-América, 1977. p. 77-78.
Considerando esse fragmento textual, a professora explicou aos discentes que, no feudalismo,
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Roteiro de André Diniz. Ilustrações de Daniel Brandão. São Paulo: Escala, 2008. p. 5, 34, 35. (Filosofia em quadrinhos).
Considerando as imagens, o professor explicou aos alunos que Maquiavel teorizou sobre o Absolutismo Moderno, uma vez que apresentou
E. P. Thompson. As peculiaridades dos ingleses. In.: NEGRO, Antonio Luigi; SILVA, Sergio (orgs.). E. P. Thompson: as peculiaridades dos ingleses e outros artigos. 3. ed. Campinas: Unicamp, 1998. v. 1. p. 102. (Coleção Textos Didáticos)
A partir do fragmento textual, o professor demonstrou que, desde a formação do capitalismo, a classe trabalhadora
POPYGUA, Timóteo da Silva Verá Tupã. YVYRUPA: a Terra Uma Só. São Paulo: Hedra, 2016. p. 13-18
Ao ler esse mito, um dos alunos pediu ao professor que inventasse outro mito sobre a origem da sociedade em que eles viviam. O professor explicou que
(Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/saiba-por-que-o-7-de-setembro-foiescolhido-para-comemorar-a-independencia/)
Apesar de ter sido uma transformação política originada por diversos agentes, a proclamação da independência é atualmente lembrada e associada a uma figura política de extrema importância, considerada a principal responsável por sua execução. Quem foi essa figura?