Questões de Concurso Comentadas sobre história
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Adaptado de: Atlas Histórico do Brasil. Governo Juscelino Kutischek 1956 – 1961, FGV CPDOC.
As opções a seguir descrevem corretamente medidas desenvolvimentistas do governo de Juscelino Kubitschek, à exceção de uma. Assinale-a.
( ) Estabeleceu a obrigatoriedade da carteira de trabalho apenas para os trabalhadores homens exercerem qualquer ocupação, enquanto as mulheres continuaram a trabalhar de maneira informal.
( ) Estabeleceu o salário mínimo para os trabalhadores urbanos, mas excluiu os empregados domésticos desse direito trabalhista.
( ) Estabeleceu a distinção entre os trabalhos de natureza manual e intelectual, privilegiando a condição laboral do trabalhador intelectual.
As afirmativas são, respectivamente,
Rebelião em unidades da Marinha ocorrida entre setembro de 1893 e março de 1894. Começou no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e chegou ao sul do Brasil. Sem apoio popular ou do Exército, o movimento foi sufocado pelo presidente Floriano Peixoto, a quem pretendia depor. Iniciada em 1893, teve seus antecedentes dois anos antes, em 3 de novembro de 1891, quando o primeiro presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, sem conseguir negociar com as bancadas dos estados, especialmente os produtores de café (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), fechou o Congresso Nacional. Unidades da Marinha se sublevaram e, sob a liderança do almirante Custódio José de Melo, ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro. Para evitar uma guerra civil, em 23 de novembro Deodoro renunciou. O vice-presidente, marechal Floriano Peixoto, assumiu seu lugar e não convocou eleições presidenciais, conforme previa o artigo n° 42 da Constituição para o caso de vacância do cargo em menos de dois anos após a posse do presidente.
Adaptado de: Verbete de Atlas Histórico do Brasil – FGV CPDOC
O trecho descreve a
Observe a imagem e leia o texto a seguir.
Fonte: https://museudaimigracao.org.br/sobre-o-mi/ontem-e-hoje
Inaugurada em 1887, a Hospedaria de Imigrantes foi, a partir da década de 1930, o principal abrigo para estrangeiros e migrantes brasileiros recém-chegados à cidade de São Paulo. Após o período de acolhimento, os trabalhadores eram encaminhados às lavouras de café e à indústria paulista. Mesmo desempenhando essa função ao longo de todo o seu funcionamento, a Hospedaria serviu também para manter presos políticos sob custódia em três momentos: na Revolução de 1924, recolhendo revoltosos contra o governo de Arthur Bernardes; durante a Revolução de 1932, quando manteve reclusos combatentes getulistas capturados pelos paulistas, e a partir de 1942, após a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial. Neste período, manteve sob custódia imigrantes japoneses e alemães detidos pelo Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP) e considerados "prisioneiros de guerra". A Hospedaria encerrou suas atividades em 1978 e atualmente abriga o Museu da Imigração do Estado de São Paulo.
Fonte: https://memorialdaresistenciasp.org.br/lugares/hospedaria-deimigrantes-era-vargas/
Com base na observação da imagem e na leitura do trecho, assinale a opção que descreve corretamente os usos do espaço descrito.
Fonte: WALKER, Thomas. O surgimento do populismo no Brasil: Um estudo do Município de Ribeirão Preto. R. Ci. pol., Rio de Janeiro, 21 (4) :73-94, out./dez. 1978, p. 75.
Embora o termo “populismo” seja objeto de debates entre cientistas políticos e historiadores, é correto afirmar que se trata de um movimento político conhecido por
( ) Após a independência, o governo indiano decidiu pela unificação do território, promovendo a coexistência religiosa de hindus e muçulmanos.
( ) Uma das consequências da colonização britânica foi a permanência do sistema monárquico, que, mesmo após a independência, continuou sendo o sistema político adotado pela Índia até os dias atuais.
( ) O enfraquecimento da Grã-Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial foi visto pelos indianos como uma oportunidade para pressionar as autoridades britânicas pela conquista da independência.
Assinale a opção que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
Fonte: JUNIOR, José Alves de Souza. Cabanagem, revolução amazônica, 1830-1840. São Paullo: Fundação Lauro Campos, 2022, p.73.
Assinale a opção que descreve corretamente a composição do movimento da Cabanagem.
I. Meu objetivo principal nesta luta é salvar a União, e não salvar ou destruir a escravidão. Se eu pudesse salvar a União sem libertar nenhum escravo, eu o faria; e se eu pudesse salvar a União libertando todos os escravizados, eu o faria; e se eu pudesse salvar a União libertando alguns e deixando outros livres, eu também faria isso.
Fonte: https://www.loc.gov/collections/abraham-lincoln-papers/articlesand-essays/abraham-lincoln-and-emancipation/
II. Eu sou naturalmente antiescravidão. Se a escravidão não está errada, nada está errado. Não consigo me lembrar de quando não pensei e senti assim.
Fonte: https://www.loc.gov/collections/abraham-lincoln-papers/articlesand-essays/abraham-lincoln-and-emancipation/
Assinale a opção que apresenta corretamente a análise dos discursos, considerando sua utilização em sala de aula e as competências desenvolvidas por meio de seu uso.
O que entendemos por Época Moderna? Tentar responder a essa pergunta implica discutir uma operação central da historiografia: a periodização. Delimitar conceitual e cronologicamente uma época é um esforço necessário na busca pela compreensão do passado e de atribuição de sentido à ação dos agentes históricos, à força de sujeitos coletivos e ao peso das instituições. Nos termos de uma operação de valor discursivo, a periodização não é passível de ser operacionalizada fora do âmbito da sua enunciação; isto é, ao se nomear e, assim, conferir particularidade a uma porção da história da humanidade, expõe-se imediatamente a fragilidade da linguagem em dar conta do sentido latente do que é delimitado pelo conceito. Para tanto, é preciso inicialmente esclarecer que “Época Moderna” “História Moderna” “Primeira Modernidade” e “Período Moderno” são expressões utilizadas como sinônimos funcionais na historiografia e no ensino escolar e universitário em nosso país. Todavia, essas expressões advêm de tradições historiográficas distintas e, assim, refletem estratégias de periodização nem sempre coincidentes. Ao se analisar processos históricos identificados como particularmente europeus, verificase que os tempos assumem velocidades diferentes na constituição da modernidade e mesmo do que se entende por moderno.
Adaptado de: ARAÚJO, André; Doré, Andréa; Lima, Luís Filipe; Machel, Marília; Rodrigues, Rui. A Época Moderna. Petrópolis: Editora Vozes, 2024, pp. 13 – 23.
Com base na leitura do trecho, é correto afirmar que o procedimento de nomear e periodizar a época moderna representa
Observe as imagens a seguir.
A imagem I é uma charge que retrata o rei Luís XIV da França no centro, flanqueado por dois personagens vestidos com trajes nobres. Na imagem II mostra D. Pedro II aos 12 anos, trajando uma vestimenta de gala, com uma aparência que sugere maior idade.
As opções a seguir descrevem corretamente a análise das duas imagens, de acordo com a representação dos monarcas, à exceção de uma. Assinale-a.
1 Tratado de Tordesilhas
2 Tratado de Madri
3 Tratado de Santo Ildefonso
( ) Garantiu o controle de Portugal sobre a maior parte da Bacia Amazônica; uma consequência desse tratado foi o surgimento das Guerras Guaraníticas.
( ) Definiu os territórios que poderiam ser explorados por castelhanos e portugueses nas regiões descobertas na América durante o período das grandes navegações.
( ) Estabeleceu, de forma definitiva, que a Colônia de Sacramento passasse a pertencer à Espanha, além de determinar a retomada, por Portugal, da Ilha de Santa Catarina.
Assinale a opção que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
Para evitar equívocos chamamos de monarquia pluricontinental algo distinto de monarquia compósita. Para John Elliott, esta última monarquia era algo constituído por vários reinos, com estatutos próprios que preexistiam à formação de tal monarquia. Os vários reinos eram, desse modo, preservados, nos termos de suas formações originais, com seus corpos de leis, normas e direitos locais. Cada uma dessas unidades mantinha sua capacidade de autogoverno no interior de um complexo monárquico mais amplo. Nesse formato, o rei – o monarca – operava como a cabeça do corpo social, constituído pelos vários reinos que se mantinham regidos por suas regras coadunadas com as leis maiores editadas pela Coroa. A monarquia pluricontinental é entendida de modo bastante diverso. Nela há um só reino – o de Portugal –, uma só nobreza de solar, mas também diversas conquistas extra europeias. Nela há um grande conjunto de leis, regras e corporações – concelhos, corpos de ordenanças, irmandades, posturas, dentre vários outros elementos constitutivos – que engendram aderência e significado às diversas áreas vinculadas entre si e ao reino no interior dessa monarquia. Tratavam-se, na verdade, na América lusa, por exemplo, de poderes locais – no limite, se organizaram enquanto capitanias – que tomavam instituições sócio-organizacionais reinóis como referência para a formalização de sua organização social.
Adaptado de: FRAGOSO, João; Gouvêa, Maria de Fátima. Monarquia pluricontinental e repúblicas: algumas reflexões sobre a América lusa nos séculos XVI-XVIII. Tempo, n. 27, p. 55.
Com base na leitura do trecho, é correto afirmar que a monarquia
Observe a imagem e leia o texto a seguir.
Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Escuela_cuzque%C3%B1a_de_pintura#cite_ ref-5
A Escola Cusquenha de artes foi um movimento artístico desenvolvido no Peru durante o período colonial, com influências da cultura do Renascimento e do Barroco. Esse estilo foi introduzido pelos jesuítas como uma ferramenta didática para evangelizar os indígenas, especialmente os indígenas nobres, ensinando-os a pintar elementos religiosos. As pinturas decoravam catedrais e capelas de conventos na América hispânica, como exemplificado na imagem reproduzida, que representa Nossa Senhora de Belém. O formato triangular da imagem faz alusão à Pachamama, divindade andina considerada a mãe da terra.
Com base na observação da imagem e na leitura do trecho, é correto afirmar que o movimento artístico
Os envolvidos também desempenhavam diferentes formas de trabalho simbólico ao cocriar a crença coletiva de que todos os vassalos tinham acesso ao ouvido do governante. A ficção do diálogo entre governados e governante era um pilar da confiança dos vassalos na monarquia. Foi desse diálogo epistolar e da construção de confiança que surgiu a comunicação em todo o mundo. De fato, esse intercâmbio não apenas deu origem a muitas de suas leis, mas também moldou profundamente a sociedade nas Índias e constituiu, em si, um elemento fundamental de um projeto coletivo. Sob essa perspectiva, os Estados e sua formação não são simplesmente produtos de aparatos coercitivos que se impõem sobre comunidades passivas, mas o resultado de processos comunicativos que tornaram ambas as partes mais poderosas.
Adaptado de: MASTERS, Adrian. We, the King: Creating Royal Legislation in the Sixteenth-Century Spanish New World. Cambrigde: Cambridge University Press, 2023, pp. 7-8.
Com base na leitura do trecho, assinale a opção que apresenta corretamente a interpretação do autor sobre o projeto da monarquia hispânica sobre seus domínios na época moderna.
Testemunhas da execução de Carlos I afirmaram que, após a cabeça do rei ser cortada, a multidão que assistia emitiu um longo e profundo gemido coletivo. Nesse momento sem palavras, podemos começar a imaginar as consequências culturais do regicídio. Quase todos os escritores sobre casamento e família do século anterior haviam traçado a equação habitual entre o domínio do pai sobre sua família e o domínio do rei sobre seus súditos. Cada um refletia o outro, e cada um funcionava para sustentar a autoridade do outro. Para nós, a metáfora é apenas uma comparação, mas no período moderno inicial, as semelhanças ainda falavam de alguma identidade comum ou compartilhada. Dizer que a família era como o Estado e vice-versa implicava um tipo de conexão entre os dois que não conseguimos mais imaginar plenamente. Executar o rei implicava um desafio à autoridade dos pais em todo o país.
Adaptado de: FISSELL, Mary. Vernacular Bodies: The politics of reproduction in early modern England. Oxford: Oxford University Press, 2004, p. 164.
Com base na leitura do trecho, assinale a opção que apresenta corretamente a interpretação da autora sobre o regicídio ocorrido na Guerra Civil da Inglaterra e seus impactos culturais.
Antes da era da expansão europeia além-mar e da circunavegação portuguesa pela África, a Itália renascentista tornou-se um destino comum para numerosos monges e dignitários etíopes. Esses viajantes se apresentaram no cenário europeu como agentes ativos da descoberta transcontinental: interessados em aprender mais sobre uma região que viam como o centro definitivo do cristianismo organizado, tornaram-se os protagonistas de uma era etíope de exploração. Longe de serem vistos como 'outros' inferiores, os etíopes eram, de fato, considerados fornecedores de conhecimento em um mundo europeu cuja autoidentificação estava fundamentada na identidade cristã e onde um paradigma religioso de semelhança e alteridade prevalecia sobre a raça e a cor no discurso sobre a diferença. Eles devem ser vistos como contribuintes chave para a criação do que foi apropriadamente chamado de 'consciência planetária', o processo pelo qual os europeus adquiriram autoconsciência sobre os territórios alémmar.
Adaptado de: SALVADORE, Matteo. The Ethiopian Age of Exploration: Prester John’s Discovery of Europe, 1306-1458. Journal of World History, Vol. 21, No. 4, 2011, pp. 593-594.
Com base na leitura do trecho, assinale a opção que apresenta corretamente a interpretação do autor sobre a presença de indivíduos etíopes na Itália durante o Renascimento.
A necessidade das autoridades eclesiásticas por provas físicas dos fenômenos sagrados faz parte de um fenômeno mais amplo já observado pelos historiadores da espiritualidade feminina da Idade Média tardia: a predominância das mulheres entre as santas visionárias e a persistente tendência dos hagiógrafos masculinos de traduzir as experiências místicas internas de suas sujeitas femininas em sinais corporais perceptíveis, como estigmas, feridas sangrentas, lactação e outros fenômenos místicos. Isto conferiu uma importância especial aos corpos das mulheres santas, que eram vistas como recipientes de seus poderes sobrenaturais, e pode ser a razão pela qual os contemporâneos parecem ter embalsamado os corpos das futuras santas mais frequentemente do que os dos santos homens — um fato que ajuda a explicar a restrição das anatomias sagradas, nesse período, a corpos femininos. Por outro lado, esse foco nos corpos mortos das mulheres santas parece também ter refletido uma necessidade especial de prova por parte dos clérigos homens quando a santidade feminina estava em questão.
Adaptado de PARK, Katharine. The secrets of Women: Gender, Generation, and the Origins of Human Dissection. New York: Zone Books, 2006, pp. 58- 59.
Com base na leitura do trecho, é correto afirmar que um dos elementos que explica a relação entre os corpos femininos e o contexto da Idade Média tardia foi
Um grande manto de florestas e charnecas cortado por clareiras cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o aspecto da Cristandade – algo diferente do Oriente muçulmano, mundo de oásis em meio a desertos. Num local a madeira é rara e as árvores indicam a civilização, noutro a madeira é abundante e sinaliza a barbárie. A religião, que no Oriente nasceu ao abrigo das palmeiras, cresceu no Ocidente em detrimento das árvores, refúgio dos gênios pagãos que monges, santos e missionários abatem impiedosamente. Aqui, o progresso liga-se ao arroteamento, à luta e vitória sobre a mata cerrada, sobre os arbustos ou, quando necessário e o equipamento técnico e a coragem o permitem, sobre os bosques, sobre a floresta virgem. Mas a realidade palpitante é marcada por um conjunto de clareiras mais ou menos vastas, que correspondem a células econômicas, sociais e culturais. Por muito tempo o Ocidente medieval foi um aglomerado, uma justaposição de domínios, de castelos e de cidades surgidos no meio de extensões incultas e desertas. O deserto, aliás, era então a floresta. La se refugiavam os adeptos voluntários ou involuntários da fuga mundi. Eremitas, amantes, cavaleiros errantes, malfeitores, foras da lei.
Adaptado de LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente Medieval. Caxias do Sul: Edusc, 2005 pp. 123-124.
Com base na leitura do trecho, é correto afirmar que o imaginário medieval ocidental entendia as florestas como espaços de
( ) Durante esse período, houve a isenção de tributos e a diminuição do controle militar romano nas províncias locais, o que favoreceu a harmonia social.
( ) Durante esse período, houve uma estagnação da expansão territorial e populacional, uma decisão deliberada com o objetivo de priorizar a prosperidade econômica das possessões já conquistadas.
( ) Durante esse período, houve consideráveis avanços na arquitetura, incluindo o desenvolvimento de estradas que facilitaram a conexão entre diversas localidades do Império.
As afirmativas são, respectivamente,