Questões de Concurso Comentadas sobre história
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Fonte: JANCSÓ, István. A sedução da liberdade. in: SOUZA, Laura de Mello e. História da vida privada do Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (v. 1).
Considerando estes eventos, analise as afirmativas a seguir.
I- Quanto aos homens de menor condição que se envolveram em projetos sediciosos, estes consolidaram sua presença no cenário da vida pública. Inclusive, a maioria desses homens veio a se tornar ricos proprietários de escravos.
II- As sedições do final do século XVIII circunscreviam-se ao universo dos homens livres, ainda que, no limite, chegassem a contar com a participação de escravos cuja prática social cotidiana dotava-os dos meios de integração em formas de sociabilidade que abriram a perspectiva de negação política de sua condição.
III- O cotidiano das sedições revela, em especial quando se trata de grupos políticos com composição social heterogênea, como ocorreu nos eventos baianos, que a trama política se desdobrava numa rede de pequenos favorecimentos.
É CORRETO o que se afirma em:
“A década de 1970 testemunhou a ascensão, ou pelo menos a definição, de um novo gênero histórico, a 'micro-história', associado a um pequeno grupo de historiadores italianos, como Carlo Ginzburg, Giovanni Levi e Edoardo Grendi” (Burke, 2005, p. 60).
Fonte: BURKE, Peter. O que é História Cultural? Tradução de Sérgio Goes de Paula. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2005.
Tendo como premissa a micro-história, analise as afirmativas a seguir.
I- A micro-história foi uma reação contra um certo estilo de história social que seguia o modelo da história econômica, empregando métodos quantitativos e descrevendo tendências gerais.
II- A micro-história recebeu uma grande contribuição da antropologia porque os antropólogos ofereciam um modelo alternativo, a ampliação do estudo de caso, no qual havia espaço para a cultura, para a liberdade em relação ao determinismo social e econômico.
III- A micro-história fundamentalmente passou a valorizar uma história triunfalista, com grandes narrativas em busca do progresso e da consolidação da moderna civilização ocidental.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
“Para os cristãos medievais, a hostilidade com os bizantinos não se fazia sem alguma crise de consciência, uma vez que mantinham relações com eles. Mas em relação aos muçulmanos parece não ter havido qualquer drama” (Le Goff, 2005, 138).
Fonte: LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Tradução de José Rivair de Macedo. Bauru-SP: Edusc, 2005.
Considerando as relações entre a cristandade e os muçulmanos, avalie as afirmativas a seguir.
I- As atitudes dos cristãos medievais com respeito aos muçulmanos foi marcada pela unidade de pensamento, pois viam nos infiéis um fanatismo, marcado por ações terroristas, e, a partir do século IX, percebiam Maomé como a besta do apocalipse.
II- No século XI, quando as cruzadas são preparadas, elas são orquestradas por toda uma propaganda que coloca em primeiro plano os ódios cristãos aos partidários de Maomé.
III- Na Terra Santa, principal lugar de enfrentamento bélico entre cristãos e muçulmanos, nunca estabeleceram, até os dias de hoje, coexistência pacífica.
É CORRETO o que se afirma em:
Leia o Texto 01 e responda à questão.
Texto 01
“Não podemos imaginar que as comunidades indígenas estejam além das relações de poder. Apesar da não existência de um estrato de poder institucionalizado separado do corpo social, as relações de poder estão presentes no cotidiano das pessoas como práticas sociais de autoridade. [...] As relações de autoridade são vivenciadas no próprio cotidiano, entre os sujeitos, podendo envolver as amais diversas categorias de relações, dependendo da cultura da qual estejamos falando, disputas entre gerações, disputas entre homens e mulheres, entre homens e homens e entre mulheres e mulheres, tendo direções preferenciais, mas não predefinidas; durante esta disputa também vai ocorrendo a própria tessitura das atualizações culturais” (Caleffi, 2011, p. 37-38).
Fonte: CALEFFI, Paula. Educação autóctone nos séculos XVI ao XVIII ou Américo Vespúcio tinha razão? In: STEPHANOU, Maria. BASTOS, Maria Helena Camara (Orgs.). Histórias e memórias da Educação no Brasil: séculos XV – XVIII. Petrópolis–RJ: Vozes, 2011 (v. 1).
Fonte: CALEFFI, Paula. Educação autóctone nos séculos XVI ao XVIII ou Américo Vespúcio tinha razão? In: STEPHANOU, Maria. BASTOS, Maria Helena Camara (Orgs.). Histórias e memórias da educação no Brasil: séculos XV – XVIII. Petrópolis–RJ: Vozes, 2011 (v. 1).
Leia o Texto 01 e responda à questão.
Texto 01
“Não podemos imaginar que as comunidades indígenas estejam além das relações de poder. Apesar da não existência de um estrato de poder institucionalizado separado do corpo social, as relações de poder estão presentes no cotidiano das pessoas como práticas sociais de autoridade. [...] As relações de autoridade são vivenciadas no próprio cotidiano, entre os sujeitos, podendo envolver as amais diversas categorias de relações, dependendo da cultura da qual estejamos falando, disputas entre gerações, disputas entre homens e mulheres, entre homens e homens e entre mulheres e mulheres, tendo direções preferenciais, mas não predefinidas; durante esta disputa também vai ocorrendo a própria tessitura das atualizações culturais” (Caleffi, 2011, p. 37-38).
Fonte: CALEFFI, Paula. Educação autóctone nos séculos XVI ao XVIII ou Américo Vespúcio tinha razão? In: STEPHANOU, Maria. BASTOS, Maria Helena Camara (Orgs.). Histórias e memórias da Educação no Brasil: séculos XV – XVIII. Petrópolis–RJ: Vozes, 2011 (v. 1).
Um dos períodos mais conturbados da história do Brasil foi o regencial. Tendo como premissa o conceito de povo neste período da história brasileira, analise as afirmativas a seguir.
I- Em todo esse período, tanto os representantes do partido moderado quanto os do exaltado foram unânimes ao pensar o conceito de povo como algo que era ativo politicamente, uma força revolucionária que deveria transformar as estruturas do regime monárquico e buscar a libertação dos escravos.
II- Para Diogo Antônio Feijó, Evaristo da Veiga e Bernardo Pereira, três representantes do pensamento moderado, a mudança deveria ocorrer pelas mãos das autoridades porque era preciso evitar excessos de violência, isto é, o conceito de povo foi ligado à ideia de ordem e disciplina.
III- Com a avanço da pacificação das províncias, começaram a se delinear nos discursos narrativas históricas dos acontecimentos que procuravam indicar que o esmagamento das tentativas revolucionárias era necessário por seguir o curso imperioso e progressivo do tempo e, neste caso, o povo estaria deixando a desordem e a anarquia da revolução rumo ao progresso e à ordem.
É CORRETO o que se afirma em:
"A posterior votação da Lei Saraiva-Cotegipe, Lei dos Sexagenários, que se pretendia sucessora do projeto de 1844, mas que é rechaçada pelos abolicionistas radicais, marca a virada e a radicalização final do processo abolicionista” (Menezes, 2012, p. 93).
Fonte: MENEZES, Jaci Maria Ferraz de. Abolição no Brasil: a construção da liberdade. Revista HISTEDBR [On-line], Campinas, v. 9, n. 36, p. 83–104, 2012. DOI: 0.20396/rho.v9i36.8639642. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639642. Acesso em: 4 out. 2024.
Considerando o processo abolicionista, analise as afirmativas a seguir.
I- Em 1880, Joaquim Nabuco apresenta um projeto de extinção da escravidão. Entre os principais pontos, podemos destacar: cessação imediata da compra e venda de cativos, bem como o fim do tráfico interprovincial; as associações organizadas para emancipar escravos receberiam terras, para o estabelecimento de colônias de libertos e libertação imediata dos escravos mais velhos, doentes e cegos.
II- Os abolicionistas eram formados exclusivamente por políticos liberais e republicanos que eram combatidos fortemente pelos políticos conservadores e monarquistas.
III- Os abolicionistas, inclusive Joaquim Nabuco, não apresentaram projetos para a educação dos escravos e dos libertos, prejudicando fortemente os negros, que, após a libertação, não eram respeitados como cidadãos nem eram integrados ao mundo do trabalho.
É CORRETO o que se afirma em:
“Os estudiosos da cultura compreendem que os povos forjam visões de mundo peculiares, que marcam a sua identidade de povo. Mas quando um determinado grupo, com traços culturais característicos e uma visão de mundo própria entra em contato com outro grupo que apresenta práticas culturais distintas, o estranhamento e o medo são as reações mais comuns. O etnocentrismo nasce exatamente desse contato, quando a diferença é compreendida em termos de ameaça à identidade cultural”. (Dicionário de conceitos históricos / Kalina Vanderlei Silva, Maciel Henrique Silva; p.127/128).
I. De modo simples, o etnocentrismo pode ser definido como uma visão de mundo fundamentada rigidamente nos valores e modelos de uma dada cultura; por ele, o indivíduo julga e atribui valor à cultura do outro a partir de sua própria cultura.
II. Ao contrário das teorias propriamente racistas, que surgiram há apenas três séculos, o etnocentrismo é um comportamento universal e antiquíssimo.
III. O ápice do etnocentrismo talvez se situe entre os séculos XV e XIX, quando os europeus entraram em contato com vários povos na América, Ásia e África. Nesses processos de colonização, incompreensões de ambos os lados foram dando lugar a guerras, genocídios e etnocídios.
IV. O discurso etnocêntrico, exatamente por ser calcado em valores de nossa própria cultura, ganha aura de verdade absoluta, tendo também poder de convencimento entre os integrantes de um mesmo universo cultural.
A sequência correta é:
(https://www.revistacoletanea.com.br/index.php/coletan ea/article/view/97/70, Nathalia Borghi touriNo MariNs).
Dado esse contexto sobre historiografia, assinale a alternativa correta:
I. Na Idade Média, a principal parte da produção intelectual era feita por religiosos, já que os mosteiros eram os principais centros intelectuais da época, antes do surgimento e/ou consolidação das universidades (BASCHET, 2006), e isso tem um impacto grande na historiografia da época.
II. O objetivo da historiografia positivista é uma análise racional do passado. No século XIX, isso se confundia com o conceito de ciência, tendo, portanto, os historiadores positivistas a ideia de que a História deve ser avaliada por meio de evidências que testem hipóteses e narrativas sobre um determinado período de tempo (COLLIER, 2005).
III. Marx afirmava que a “a História é a História da Luta de Classes”. O que seria o proletariado, no entanto? Quem o liderava? Essas questões eram abstratas, porém não poderiam deixar de ser abordadas na tradição marxista. O economicismo dessa escola em certos aspectos levou à demora a um olhar para a arte, no entanto no século XX críticos diversos adotaram essa perspectiva.
IV. A historiografia feminista foi profícua nas artes e na história social. Linda Nochlin (1989) tenta dar uma resposta à pergunta “por que não existiram grandes artistas mulheres?”. Sua interpretação da historiografia até então mostra que essa questão é um pseudoproblema. A mulher na arte sempre foi negligenciada pelas instituições que as cercaram, favoráveis aos homens.
A sequência correta é:
“O tempo, como produção humana, é uma ferramenta da História, visível em instrumentos como o calendário e a cronologia. Cronologia é a forma de representar os acontecimentos históricos no tempo, o que exige um calendário e uma noção de contagem do tempo. Todas as civilizações possuem uma data que convencionam como o início do tempo e, logo, o início da história. Assim, contando a partir dessa data – que representa normalmente o início do mundo – demarcam os anos e os séculos, situando cada acontecimento”. (Dicionário de conceitos históricos / Kalina Vanderlei Silva, Maciel Henrique Silva; p.390/91).
I. Nessa perspectiva, o calendário, o ano, o século e a cronologia são invenções da mais alta importância para a História como a entendemos hoje.
II. Duas são as principais percepções filosóficas sobre o tempo: o tempo cíclico e o tempo linear.
III. Nessa perspectiva, o calendário, o ano, o século e a cronologia são invenções que não tem importância para a História como a entendemos hoje.
IV. Duas são as principais percepções filosóficas sobre o tempo: o tempo cíclico e o tempo lunar.
A sequência correta é:
De acordo com o conceito histórico de Patrimônio, assinale a alternativa correta:
I. É interessante observarmos que o conceito de patrimônio cultural não se restringe à produção material humana, mas abrange também a produção emocional e intelectual.
II. No início do século XXI, um dos campos de trabalho para os historiadores que mais crescem no Brasil é o de patrimônio histórico.
III. É interessante observarmos que o conceito de patrimônio cultural se restringe à produção material humana, não abrange a produção emocional e intelectual.
IV. Essa política mundial de preservação despertou o interesse crescente no patrimônio cultural na maioria dos países.
A sequência correta é:
(https://www.cafehistoria.com.br/historia-ambientalhistoriografia-comprometida-com-a-vida/, Gil Karlos Ferri)
Dado esse contexto sobre mundo contemporâneo e os problemas do meio ambiente, assinale a alternativa INCORRETA:
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/ historiab/brasil-republica.htm
Qual das alternativas abaixo cita aquele que é considerado o grande marco da chamada Nova República?
1.“Façamos a revolução antes que o povo a faça.” A frase, atribuída ao governador de Minas Gerais Antônio Carlos de Andrada, deixa entrever a ideologia política da Revolução de 1930, promovida pelos interesses da burguesia cafeicultora de São Paulo, com vistas à valorização do café.
2. Com o impacto da crise de 1929, o então presidente paulista Washington Luís resolveu apoiar a candidatura do mineiro Júlio Prestes, mantendo o antigo arranjo da “Política do Café com Leite”, em que os latifundiários mineiros e paulistas alternavam-se no mandato presidencial.
3. Insatisfeitos com a formação da chapa defendida pelo presidente Washington Luís, um grupo de oligarcas dissidentes criou uma chapa eleitoral contra a candidatura de Júlio Prestes. Conhecida como Aliança Liberal, a chapa encabeçada pelo fazendeiro gaúcho Getúlio Dorneles Vargas prometia um conjunto de medidas reformistas.
Em relação às afirmativas apresentadas, é correto apontar que: