Durante boa parte da Idade Média, em especial a Idade Média Central e a Baixa Idade Média, quase todos os elementos da vida
neste período mostravam-se abertamente: a peste, a morte, as calamidades; os grandes fatos da vida, as catástrofes, o nascimento, o matrimônio, o enterro, o cemitério; a Igreja, as procissões, os julgamentos, as transações comerciais; a fé, a justiça, as
aventuras do cavaleiro, o amor, a cidade e o campo; o real, o imaginário, os fantasmas, os vivos e os mortos, os santos; a Igreja e
o cisma; os papas e os reis; o fim do mundo, o reino das trevas, o paraíso e homem. “Tudo o que acontecia na vida era dotado de
contornos bem mais nítidos que os de hoje.”
(HUIZINGA, 2015, p. 11.)
Basicamente, em todos esses eventos do cotidiano, pairava a presença soberana da Igreja Católica, que, entre os muitos
métodos de expandir seus dogmas e preceitos, utilizou-se: