Questões de História para Concurso
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Observada tal definição, reconhece-se que está inserida(o) no conceito de Estado Democrático de Direito a(o)
Ilê desfilou pela primeira vez no Carnaval de 1975, causando espanto entre as elites da Bahia e um despertar para a pauta racial em uma das cidades mais negras do país. “Fomos escoltados pela polícia e fomos vaiados pela população, com alguns aplausos tímidos em meio às vaias. Fomos considerados negros rebeldes que estavam espalhando racismo na cidade”, lembra Arany [Santana, 72, diretora licenciada do bloco]. [...] O jornal A Tarde, um dos mais tradicionais da cidade, publicou na época a nota “Bloco racista, nota destoante”, afirmando que o Ilê Aiyê havia proporcionado “um feio espetáculo” com uma “imprópria exploração” do tema do racismo no Carnaval. Anos depois, o jornal se retratou.
PITOMBO, J. P. Ilê Aiyê, 50, afrontou ditadura com bloco-manifesto e foi levante da Bahia negra no Carnaval. Folha de São Paulo, São Paulo, 07 fev. 2024. Adaptado. Disponível em: https://www1. folha.uol.com.br/cotidiano/2024/02/ile-aiye-50-afrontou-ditadura- -com-bloco-manifesto-e-foi-levante-da-bahia-negra-no-carnaval. shtml#comentarios. Acesso em: 8 fev. 2024.
Ao longo de nossa história, a relação entre racismo e democracia no Brasil
Essa sensação de intimidade da marchinha sintetiza o(a)
A ruptura democrática aí deflagrada
“A relação entre o Ocidente e o Oriente é uma relação de poder, de dominação, de graus variáveis de uma hegemonia complexa”.
SAID, E. W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1996. p.33.
O Orientalismo é expresso ideologicamente, em um modo de discurso baseado em instituições, vocabulário, erudição, imagens, doutrinas e burocracias. Assim definido, o Orientalismo está situado em uma aplicação de conceitos-chave que foram construídos atrelado à noção da
“a memória é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje (...)”
LE GOFF, J. História e Memória. São Paulo: UNICAMP,1992. p.410.
Segundo Le Goff, o registro da memória possibilita o exercício de reconhecimento das permanências, sendo possível identificá-la em vários locais. Assim pode-se afirmar, EXCETO:
Finalmente, passou-se a tentar ver a Idade Media como os olhos dela própria, não com os daqueles que viveram ou vivem noutro momento. Entendeu-se que a função do historiador é compreender, não a de julgar o passado. Logo, o único referencial possível para se ver a Idade Média é a própria Idade Média. Com base nessa postura, e elaborando, para concretizá-la, inúmeras novas metodologias e técnicas, a historiografia medievalística deu um enorme salto qualitativo. Sem risco de exagerar, pode-se dizer que o medievalismo se tornou uma espécie de carro-chefe da historiografia contemporânea, ao propor temas, experimentar métodos, rever conceitos, dialogar intimamente com outras ciências humanas.
FRANCO JUNIOR, H. A idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988
Ao se olhar a Idade Média por si mesma, pode se afirmar marcando V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) Foi um período marcado por um rico pensamento filosófico ligado, principalmente, à teologia cristã. ( ) Foi predominante dominado pelo feudalismo, sendo a composição entre manso senhorial e servil a constância de todo o período. ( ) Chama-se de Baixa Idade Média seu início, sendo a Alta Idade Média seu período final. ( ) Estão entre os seus eventos a Dinastia Carolíngia, as Cruzadas e a Escolástica.
A sequência CORRETA é
A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso: apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual mas não contestado em sua essência. A URSS controlava uma parte do globo, ou sobre ela exercia predominante influência — a zona ocupada pelo Exército Vermelho e/ou outras Forças Armadas comunistas no término da guerra — e não tentava ampliá-la com o uso de força militar. Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos, assumindo o que restava da velha hegemonia imperial das antigas potências coloniais. Em troca, não intervinha na zona aceita de hegemonia soviética.
HOBSBAWM, E. Era dos Extremos: breve século XX. 1914-1991. São Paulo.
Sobre as forças militares na Guerra Fria é CORRETO afirmar que, respectivamente, representavam o bloco americano e o bloco soviético:
“Houve uma ampliação de objetos de pesquisa, de paradigmas interpretativos, mas, o que não é menos importante, houve uma significativa ampliação do universo social dos historiadores do mundo antigo. O caráter aristocrático da História, e da História Antiga, em particular, foi superado pela inclusão de estudiosos não oriundos das elites, cuja formação intelectual e acadêmica não era de berço, mas aprendida, tanto no Brasil como, de maneira crescente, também no estrangeiro. Os paradigmas interpretativos tradicionais, que enfatizam a homogeneidade social e o respeito às normas, foram, de forma crescente, contrapostos às visões multifacetadas e atentas aos conflitos.:
Funari, P.P.A.; Silva, G.J.; Martins, A.L. (Orgs). História Antiga: contribuições brasileiras. São Paulo: Annablume, 2008. Pág. 9.
A partir do trecho apresentado, é CORRETO afirmar que são exemplos de “visões multifacetadas” a apresentação, para uma turma do sexto ano do ensino fundamental, da:
Leia o trecho a seguir:
O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade.
CARVALHO, J. M. de. Os Bestializados.O Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Nesse trecho da obra de Carvalho, demonstra-se que a chamada República Velha de fato constituiu, prioritariamente, sua estabilidade política a partir da
Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro se tornou mais numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que antes, e com os africanos mais aculturados, certamente não se distinguiam muito facilmente dos libertos e dos pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também já não é razoável presumir que uma pessoa de cor seja provavelmente cativa, pois os negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte.
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
Agora relembre as seguintes Leis:
I. Lei Eusébio de Queirós (1850): que pôs fim ao tráfico de escravos transportados nos “navios negreiros”. II. Lei do Ventre Livre (1871): a qual libertou, a partir daquele ano, as crianças nascidas de mães escravas. III. Lei dos Sexagenários (1885): que beneficiou os escravos com mais de 65 anos. IV. Lei Bill Aberdeen (1845): que, feita pela Inglaterra, proibia o tráfico de escravos africanos.
Pode-se citar como lei que antecedeu à Abolição que vai de encontro a ideia defendida no trecho de que “negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte” apenas a lei
[...] no mundo em que agora vivemos, qualquer “meta discurso”, qualquer teoria global, tornou-se impossível de sustentar devido ao colapso da crença nos valores de todo tipo e em sua hierarquização como sendo universais, o que explicaria o assumido niilismo intelectual contemporâneo, com seu relativismo absoluto e sua convicção de que o conhecimento se reduz a processos de semiose e interpretação (hermenêutica) impossíveis de ser hierarquizados de algum modo que possa pretender ao consenso.
C. F.; VAINFAS, R. (Org.). Domínios da história: Ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. p.15.
A partir do trecho apresentado, marque V de VERDADEIRO para as afirmativas que interpretem de maneira CORRETA o pensamento dos autores e F de FALSO para as interpretações INCORRETAS:
( ) A análise feita reflete o mundo conhecido como da pós-modernidade. ( ) A reflexão realizada diz respeito ao mundo bipolar da Guerra Fria. ( ) A contemporaneidade evidencia a desvalorização das grandes teorias globais. ( ) O mundo da representação semiótica relativiza a busca da verdade.
Está CORRETA a sequência:
O culto dos orixás tem estrutura proveniente das crenças jeje-nagô originárias do povo de Iorubá, ainda que com subdivisões que apresentam características próprias como queto, xambá, ijexá presentes no Recife, Salvador e Porto Alegre e nas áreas de influência destas cidades, bem como difundidas pelos migrantes (Baixada Fluminense, São Paulo, Brasília). Segundo as tradições, é religião originária de Ilê- Ifé. [...]. Seus sacerdotes e sacerdotisas passam por um processo de iniciação, de tempo variável, para o aprendizado da língua e dos rituais”.
BENJAMIN, R. A África está em nós. História e cultura afro-brasileira. João Pessoa: Grafset, 2004. p. 34.
De acordo com o texto de Benjamin, a estrutura do culto dos orixás no Brasil é baseada originalmente em crenças e tradições que revelam a
I - A Independência do Brasil pode ser associada à vinda da Corte Portuguesa para o Brasil em 1808, uma vez que desencadeou um processo de gradativa autonomização da colônia. O que estava acontecendo era realmente peculiar: a colônia transformava-se em sede da metrópole.
II - A declaração de Independência do Brasil em 1822 só pode ser tratada como um “desquite amigável” com relação ao centro-sul do país. Com efeito, a Independência do Brasil enfrentou resistência no Maranhão e no Grão-Pará.
III - A Independência do Brasil representou uma ruptura nos laços políticos e econômicos com Portugal, decorrente de uma grande alteração das bases econômico-sociais que sustentaram a exploração do país durante o período colonial. Assim, houve um rompimento do padrão da economia colonial, estruturado na exportação de produtos primários.
IV - Com a Independência do Brasil, foi estabelecido um modelo político de monarquia absolutista, no qual todos os poderes foram concentrados nas mãos de Dom Pedro I.
I - A Revolução (ou Insurreição) Pernambucana de 1817, influenciada pelos ideais liberais, propunha o respeito à diversidade religiosa e a igualdade de direitos civis e políticos, a despeito de não tocar no espinhoso problema da escravidão.
II - As propostas da Revolução (ou Insurreição) Pernambucana de 1817 demonstravam o descontentamento em relação à criação e ao aumento de tributos para custear a Corte estabelecida em Salvador.
III - A economia Pernambucana em 1817 passava por um momento difícil, combinando-se dois fatores: a queda no preço do açúcar e do algodão e alta dos preços dos escravos. Além disso, uma intensa seca assolou o Nordeste, acabado com a já insuficiente lavoura de subsistência.
IV - Os escravizados desempenharam um papel ativo na Revolução (ou Insurreição) Pernambucana de 1817, ameaçando a continuidade da escravidão na região.
A principal característica política do feudalismo era a centralização do poder. O rei tinha total autoridade sobre os senhores feudais e os militares. Esses fatores combinados resultaram em uma estrutura política que fortalecia a autoridade central do rei.
Em 23 de fevereiro de 1917 (1 de maio no calendário gregoriano), os trabalhadores de Petrogrado (atual São Petersburgo) organizaram uma marcha inicialmente para comemorar o Dia Mundial do Trabalho e protestar contra a escassez de pão e más condições de vida. Essa marcha transformou-se em um grande protesto que levou à abdicação do czar Nicolau II, marcando o início da Revolução Russa de 1917.