Questões de Concurso
Comentadas sobre revolução industrial em história
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As características pontuadas anteriormente são consequências historicamente diretas da:
Trecho I
“O conceito de modo de produção se refere a um modelo que explica a maneira de produzir em um determinado contexto histórico. Esse modelo explicativo pretende abarcar uma leitura de todas as relações de trabalho possíveis e de suas características nos diversos contextos espaço-temporais. Assim, os modos de produção não devem ser analisados evolutivamente. Isso quer dizer que a escravidão pode coexistir e até surgir após um período de trabalho servil, porque um modo de produção predominante coexiste e interage com várias outras relações de produção em um mesmo contexto.” (Hobsbawm, 1998, p. 178-179.)
Trecho II
“O conceito de modo de produção foi desenvolvido por Marx e Engels para designar a maneira pela qual determinada
sociedade se organiza visando garantir a produção das suas necessidades materiais, de acordo com o nível de
desenvolvimento de suas forças produtivas.” (Disponível em: http://www.pcb.org.br/portal/docs/modosdeproducao.pdf.)
Analise as características a seguir:
• provocou um processo de intensificação da urbanização;
• o ritmo vivido pela sociedade foi significativamente acelerado; e,
• novas tecnologias agilizaram o transporte de mercadorias e informações.
As características pontuadas anteriormente são consequências historicamente diretas da:
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias. Acerca do assunto, analise as afirmativas:
I. O pioneirismo inglês na Revolução Industrial se dá, dentre outros fatores, pelo fato de a Inglaterra possuir grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas a vapor.
II. A Revolução Industrial tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana.
III. Ludismo é o nome dado a um movimento ocorrido na Inglaterra durante o século XIX, que reuniu alguns trabalhadores das indústrias contrários aos avanços tecnológicos em curso, proporcionadas pelo advento da primeira revolução industrial. Os ludistas protestavam contra a substituição da mão-de-obra humana por máquinas.
Podemos afirmar corretamente que:
(DICKENS, C. Oliver Twist. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1983.)
As transformações ocorridas nas cidades europeias são símbolos visíveis das mudanças trazidas pela Revolução Industrial. Sobre esse fenômeno, é correto afirmar:
Iniciada nas últimas décadas do século XVIII, na Inglaterra, a Revolução Industrial é um processo que se prolonga no tempo. A partir de meados do século XIX, ela conheceu novo e extraordinário impulso, etapa normalmente definida como Segunda Revolução Industrial. Esse período é assinalado pela difusão do uso do aço, da eletricidade e do petróleo, entre outras inovações. Com referência a esse período da moderna industrialização, julgue (C ou E) o próximo item.
O processo industrial expandiu-se para os diferentes
continentes e, simultaneamente, o sistema financeiro
internacionalizou-se.
A utilização de novos materiais e fontes de energia ampliou a capacidade de produção e consolidou o capitalismo como sistema dominante.
Iniciada nas últimas décadas do século XVIII, na Inglaterra, a Revolução Industrial é um processo que se prolonga no tempo. A partir de meados do século XIX, ela conheceu novo e extraordinário impulso, etapa normalmente definida como Segunda Revolução Industrial. Esse período é assinalado pela difusão do uso do aço, da eletricidade e do petróleo, entre outras inovações. Com referência a esse período da moderna industrialização, julgue (C ou E) o próximo item.
Incrementou-se o comércio internacional, tendo havido, ainda,
expansão econômica da América Latina, particularmente da
economia primária e de exportação.
O ritmo da industrialização europeia, principalmente na Alemanha, Inglaterra e Itália, foi prejudicado pelo encarecimento das novas formas de energia e pela falta de mão de obra, decorrente da emigração em massa de europeus para os EUA e para a América do Sul.
(HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. RJ: Paz e Terra, 1997. p. 44)
O historiador Eric Hobsbawm, em seu livro “A Era das Revoluções”, desenvolve uma argumentação, a fim de demarcar e discutir os reais motivos que teriam ocasionado o pioneirismo britânico durante a Primeira Revolução Industrial. Neste processo, o autor, primeiramente, discorre sobre os motivos que não seriam propícios ao desenvolvimento industrial na Inglaterra e, num segundo momento, conclui salientando os episódios que de fato teriam ocasionado o citado evento naquele país.
Sobre os fatores que impulsionaram a Primeira Revolução Industrial na Grã- Bretanha, segundo a obra de Hobsbawm em questão, podemos apontar como correto:
A revolução industrial dos séculos XVIII e XIX iniciou-se com a assimilação do processo produtivo de significativas inovações tecnológicas, como a máquina a vapor e diferentes tipos de máquina de fiar, e com a substituição da lenha pelo carvão como principal fonte de combustível.
Mas também é certo que, após 1870, houve substanciais mudanças na estrutura e na dinâmica da economia capitalista mundial, com a afirmação de outras potências, que passaram efetivamente a competir com a Grã Bretanha. Por isso, justifica-se a definição de 1870 como um marco cronológico fundamental, inclusive ao adotar, para o período que aí se inicia, o rótulo de fase imperialista do capitalismo.
Flávio Azevedo Marques de Saes e Alexandre Macchione Saes. História econômica geral. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 179-93 (com adaptações).
Nos primeiros anos do século XX, a militarmente poderosa Alemanha e a economicamente forte Grã-Bretanha, em estreita aproximação, isolaram os impérios centrais — Áustria- Hungria, Turquia e Rússia — e neutralizaram diplomaticamente a França, preparando o terreno para a Grande Guerra de 1914.
O retardo do desenvolvimento da economia industrial nos países da Europa Continental, comparativamente ao da Grã-Bretanha, deveu-se à precária cultura liberal empreendedora e às dificuldades econômicas advindas de conflitos armados.
A expansão da Revolução Industrial na Europa favoreceu o surgimento de movimentos políticos e sociais, alguns deles relacionados ao rápido processo de urbanização que se verificou no continente a partir do século XIX.
A disseminação da economia industrial na Europa Continental foi facilitada pelos grandes fluxos de investimentos internacionais que surgiram dos excedentes de capitais, com o objetivo de boas oportunidades de negócios, o que permitiu a injeção de capitais no sistema financeiro europeu e de tecnologias no processo de industrialização.
A Revolução Industrial do século XVIII modificou a vida das sociedades humanas e levou à vitória o sistema de produção capitalista, com base no progresso técnico contínuo, na mobilização de capitais para o lucro, na polarização entre a burguesia (dona dos meios de produção) e o nascente proletariado (vendedor de força de trabalho), entre outros.
A origem dessa transformação deu-se na Inglaterra, primeiro país a reunir as precondições necessárias para pôr em andamento um movimento de tal magnitude. Esse pioneirismo inglês foi possível devido à
Tomemos o exemplo da industrialização da Grã-Bretanha, digamos, por volta de 1780 a 1870. De fato, todo historiador tratará a Revolução Industrial, provavelmente sem discussão, como uma realização grande e progressista. Ele também descreverá a expulsão dos camponeses da terra, o arrebanhamento de trabalhadores em fábricas insalubres e residências anti-higiênicas, a exploração do trabalho infantil. Mas presumirá, mais uma vez sem reconhecê-lo, que, seja como for, as medidas de coerção e exploração nos primeiros estágios fora uma parte inevitável do preço da industrialização.
E. H. Carr. Que é história? São Paulo: Paz e Terra, 1985, p. 69 (com adaptações).