Questões de Concurso Sobre aspectos linguísticos da língua brasileira de sinais em libras

linguístico.

político.

cultural.

social.

educacional.

morfológicos, semânticos e pragmáticos.

sintáticos, semânticos e fonológicos.

pragmáticos, fonológicos e morfológicos.

sintaxe, sintático e semântico.

morfológicos, sintáticos e semânticos

A iconicidade, por sua vez, é uma característica enfatizada na discussão sobre as línguas de modalidade visual-gestual. Enquanto nas línguas orais a iconicidade se dá pela reprodução dos sons que caracterizam um determinado objeto, como as onomatopeias, na LIBRAS, a iconicidade se dá, exclusivamente pela representação que se constrói nas expressões faciais.

No caso da LIBRAS, um exemplo em que não se aplica a arbitrariedade é o sinal do substantivo “mulher”. Este tem seus constituintes influenciados pela imagem do objeto ao qual ele se refere. Isso mostra que, mesmo a LIBRAS sendo uma língua de forte motivação icônica, alguns dos seus sinais não são arbitrários.

Sinais icônicos são aqueles que mantêm semelhança com o dado da realidade que representam, sendo iguais em todas as línguas. Uma das propriedades básicas de uma língua é a iconicidade existente entre significante e referente. Durante muito tempo afirmou-se que as línguas de sinais não eram línguas por serem icônicas, não representando, portanto, conceitos abstratos. Isto é verdade, pois em língua de sinais tais conceitos também não podem ser representados, em toda sua complexidade.

A ideia de arbitrariedade da língua se relaciona com a ideia de convenção: enquanto a palavra “cadeira” é icônica na língua de sinais, na língua portuguesa, por exemplo, ela é arbitrária. Na LIBRAS, os sinais do substantivo “biscoito” e “pessoa” e dos verbos “apelidar” e “amar” são exemplos de arbitrariedade. Eles mostram que, mesmo a LIBRAS sendo uma língua de forte motivação icônica, alguns dos seus sinais são arbitrários.

Além de ocorrer nos substantivos, a iconicidade também acontece em alguns verbos na LIBRAS, porém ela se manifesta de modo diferente. Há alguns verbos que variam de acordo com o sujeito que sofre a ação, como, por exemplo, o verbo “cair”. Se o sujeito for uma pessoa, a configuração de mão será os dedos indicador e médio em pé, representando a imagem das pernas do indivíduo em pé, e o movimento da queda será feito a partir do deslize desses dois dedos pela palma da mão, representando a queda de um ser humano. No entanto, se o sujeito for um objeto, como uma folha de papel, a configuração de mão será o sinal de “papel” e o ato de cair se relacionará com o movimento que esse objeto faz em direção ao chão. Logo, o verbo “cair” tem natureza icônica, pois sua constituição é influenciada pelo modo como o sujeito ao qual ele se refere se comporta.

Escovar, Esfregar Tocar, Agarrar, Tocar Entre e Bater

Agarrar, Tocar Entre, Bater, Tocar, Escovar e Esfregar

Esfregar, Tocar Entre, Bater, Escovar, Tocar e Agarrar

Tocar Entre, Bater, Escovar, Esfregar, Agarrar e Tocar

Tocar, Agarrar, Tocar Entre, Bater, Escovar e Esfregar

F, V, V, F, F.

V, V, V, F, F.

V, V, V, F, F.

F, F, V, V, V.

V, F, V, F, V.

II e IV.

I e IV.

I e III.

III e IV.

II e III.

Configuração das mãos, orientação das mãos e disposição das mãos.

Disposição das mãos, orientação das mãos e região de contato.

Orientação das mãos, ponto de articulação e movimento.

Configuração das mãos, orientação das mãos e expressões faciais/corporais.

Configuração das mãos, movimento e ponto de articulação.

Lexicais ou fonéticas.

Sintáticas ou morfológicas.

Lexicais ou gramaticais.

Lexicais ou sintáticas.

Sintáticas ou gramaticais.

Expressões faciais e corporais.

Configurações das mãos e expressões faciais.

Expressões faciais e movimento.

Movimento e expressões corporais.

Configurações das mãos e movimento.

Conversar, depressa e borboleta.

Telefone, avião e pessoa.

Conversar, depressa e perdoar.

Avião, conversar e telefone.

Telefone, árvore e borboleta.

Icônicos.

Pares mínimos .

Simétricos.

Classificadores.

Pantomimicos

I – II – IV.

II – III – V.

III – IV – V.

I – IV – V.

I – II – III – IV – V.

utilizada para soletrar manualmente as palavras.

uma língua.

um código de representação das letras alfabéticas.

um recurso utilizado por falantes da língua de sinais.

usada para soletrar siglas.

A Libras tem sua origem na Língua Portuguesa.

A Libras é uma língua exclusivamente icônica.

A língua de sinais é autônoma, ou seja, é independe de qualquer língua oral em sua concepção linguística.

A Libras é uma versão sinalizada da Língua Portuguesa.

O alfabeto manual é uma língua e não um código de representação das letras alfabéticas.

F – V – V – V.

V – F – V – V.

F – V – F – F.

V – V – F – F.

F – V – V – F.

O Oralismo aceita a presença da língua de sinais na escola, desde que seja no contra turno.

O Oralismo aceita práticas de português sinalizado.

O Oralismo marca práticas de ensino até os dias de hoje.

O Oralismo acredita que, apesar do déficit auditivo, o surdo tem capacidades cognitivas iguais ao ouvinte, por essa razão pode aprender facilmente a língua oral.

Pronomes pessoais em Libras possuem o caráter dêixis, mas não index, uma vez que, morfologicamente, a referência na Libras não é acrescida de nenhuma desinência.

Os itens pronominais na Libras não parecem ser prototípicos, visto que não são basicamente elementos dêiticos.

Semelhante ao inglês, os pronomes de primeira, segunda e terceiras pessoas na Libras são dêixis puras, pois vinculam informações adicionais, como o gênero.

Os termos ‘dêixis’ e ‘index’ originam-se da noção de referência gestual, ou seja, na identificação do referente através de algum gesto corporal da parte do enunciador.

De acordo com Wilbur (2000), a porção inferior da face é usada para dar informações adjetivas e adverbiais.

Liddel (1978) assevera que essa parte superior da face e a cabeça detêm uma expressão não-manual para as orações neutras.

Liddel (1978) afirma que as expressões não-manuais não desempenham papéis gramaticais, somente discursivos, na formação das orações.

Para Amaral, Coutinho e Martins (1994), os processos não-manuais não marcam alteração de sentido em um verbo e, por isso, são considerados fonemas.

Os classificadores são fonemas que existem nas línguas de sinais, o que diferencia das línguas orais.

Na Libras, a relação icônica entre o significado de um verbo e o classificador perde-se com a extensão dos itens lexicais de uma classe de movimento e localização.

Quando os classificadores na Libras veiculam informações sobre a maneira como a ação se dá, temos então os verbos.

Os classificadores na Libras e em qualquer língua de sinais não marca morfologicamente o plural, apenas representa seus referentes

em sentenças em português como: O homem amontoou jornais no caminhão/ O homem amontoou o caminhão com jornais, na LIBRAS, esta alternância sem modificar o conteúdo semântico, pode se dar através de classificadores acrescidos à raiz verbal.

em: HOMEM ESTÁ MUIT@ DOENTE NÃO PODER TRABALHAR, na Libras, os verbos copulativos "ser" e "estar", em geral, são usados, ficando na estrutura de superfície.

em MARIA JOÃO CORTAR-COM FACA BRAÇO (Maria cortou o braço de João com a faca), na Libras, CORTAR não apresenta concordância de locativo, e sim de movimento em relação à parte específica do corpo que está sendo referida.

a representação semântica dos verbos da LIBRAS, devido à iconicidade de sua estrutura fonológica, mostra uma transparência do componente fonológico em relação ao semântico.