As línguas estão intrinsecamente relacionadas com
a caracterização dos grupos culturais, o que vem de
seu processo de formação histórica. Nessa reflexão, é
preciso ter presente que, mesmo no âmbito de uma
mesma língua, há tanto diferenças que as caracterizam com marcas de uma nação – o inglês dos Estados Unidos e o espanhol da Argentina, por exemplo
– como variedades de fala no interior de uma mesma
nação, que se relacionam a suas regiões geográficas
(no Sul do Brasil há formas de falar diferentes do modo
como se fala no Nordeste, o que vale também para
países estrangeiros: o inglês falado no Oeste dos Estados Unidos tem muitas características de vocabulário
e de estrutura diferentes do inglês falado no Leste
do país, para dar apenas alguns exemplos); a estratos sociais (as elites escolarizadas têm traços de fala
distintos dos estratos de maior vulnerabilidade social
nos quais não há escolaridade plena); a faixas etárias
(jovens tendem a manifestar traços de fala distintos de
idosos, por exemplo), dentre outros fatores.
Disponível em: <https://nela.cce.ufsc.br/files/2014/12/Proposta_
Curricular-de-Santa-Catarina.pdf> . Acesso em: 21/02/2020. [Fragmento adaptado].