Questões de Literatura - Escolas Literárias para Concurso

Foram encontradas 847 questões

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEDU-ES
Q1194082 Literatura
Conceição passava agora quase o dia inteiro no Campo de Concentração, ajudando a tratar, vendo morrer às centenas as criancinhas lazarentas e trôpegas que as retirantes atiravam no chão, entre montes de trapos, como um lixo humano que aos poucos se integrava de todo ao imundo ambiente onde jazia. 

Dona Inácia, as vezes que podia, acompanhava a neta nessa labuta caridosa, em que a moça empregava o melhor da sua natureza. 

De vez em quando, porém, a avó tinha que repreendê-la por quase não comer, por sempre chegar à casa atrasada, por consumir todo o ordenado em alimentos e purgantes para os doentinhos do Campo; ela respondia, rindo.
Rachel de Queiroz. O quinze. 87.a. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010, p. 134 (com adaptações).

Meu avô me levava sempre em suas visitas de corregedor às terras de seu engenho. Ia ver de perto os seus moradores, dar uma visita de senhor nos seus campos. O velho José Paulino gostava de percorrer a sua propriedade, de andá-la canto por canto, entrar pelas suas matas, olhar as suas nascentes, saber das precisões de seu povo, dar os seus gritos de chefe, ouvir queixas e implantar a ordem. Andávamos muito nessas suas visitas de patriarca. Ele parava de porta em porta, batendo com a tabica de cipó-pau nas janelas fechadas. Acudia sempre uma mulher de cara de necessidade: a pobre mulher que paria os seus muitos filhos em cama de vara e criava-os até grandes com o leite de seus úberes de mochila. Elas respondiam pelos maridos.

José Lins do Rêgo. Menino de engenho. 64.a.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1995, p. 25.

Com base nos fragmentos de texto acima, julgue o item, referentes ao regionalismo brasileiro.

As dificuldades encontradas pelos retirantes no Brasil são descritas em Vidas Secas, de Graciliano Ramos, obra que pertence à tradição do romance nordestino de 30.
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Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Cujubim - RO
Q1192722 Literatura
Representante da poesia Árcade brasileira:
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Ano: 2018 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Câmara de Itaguara - MG
Q1189759 Literatura
O livro conta a história de Eugênio e Olívia, dois médicos que sofrem as angústias do mundo moderno. O livro divide-se em duas partes: na primeira, ocorre o cruzamento de dois níveis temporais – o presente (Eugênio dentro do carro em direção ao hospital) e o passado (sua vida de infância, seus traumas, o conhecimento de Olívia, o casamento com Eunice, a frustração, o sentimento de se ter vendido para vencer); a segunda parte desenvolve-se de maneira mais linear, embora o passado se misture ao presente através das cartas de Olívia e pela presença da filha. Assim, nessa narrativa de vários planos temporais, entrelaça-se uma crítica à sociedade fútil e vazia, ao acúmulo de riquezas e à consequente hipocrisia das relações sociais. Nesse mundo em crise, a voz de Olívia representaria a mensagem do próprio autor, simbolizada na metáfora do título. Uma mensagem de otimismo, de confiança, que Eugênio só compreenderá no final. 
É sintomático que o herói do romance, Eugênio, seja médico. O médico tornou-se, na sociedade atual, aquele mediador entre a ciência, a técnica e o sentimento humanitário. Pensando primeiro em si mesmo, egoisticamente, Eugênio evolui para a solidariedade, através das colocações de Olívia, que mesmo depois de morta, é uma personagem presente no romance, fazendo contraponto com Eugênio. A obra citada é:   
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Ano: 2019 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Pitangueiras - SP
Q1189508 Literatura
Conta o médico Fernandes Figueira, no livro “Velaturas” (com o pseudônimo de Alcides Flávio), que seu amigo Aluísio de Azevedo o consultou, durante a composição de “O homem”, sobre o envenenamento por estricnina; mas não seguiu as indicações recebidas. Apesar do escrúpulo informativo do naturalismo, desrespeitou os dados da ciência e deu ao veneno uma ação mais rápida e mais dramática, porque necessitava que assim fosse para o seu desígnio. (CANDIDO, 2000, p. 12.) Em “Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária”, Antônio Candido evoca o episódio envolvendo o escritor que introduziu o naturalismo na literatura brasileira para elucidar que: 
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Ano: 2019 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Pitangueiras - SP
Q1188977 Literatura
“Mais tarde tive notícias dele. Mandava-me dizer que lá me esperava. Sim, Barão!... Hei de voltar, um dia. E havemos de tornar a perder-nos pelos caminhos sombrios do nosso sonho e da nossa loucura; e mais uma vez havemos de cantar às estrelas, e dar a vida para ires depor outro botão de rosa na alta janela na tua Bela Adormecida!...” O trecho exposto de “O barão”, de Branquinho da Fonseca, atesta a constituição de uma narrativa na qual, conforme o crítico literário Massaud Moisés (2008), em “A literatura portuguesa”, “fundindo o real e o ideal, o universo das formas sensíveis com o das formas intuíveis, o escritor cria um surrealismo poético, que emana da própria sondagem no interior das realidades palpáveis”. Por tais características estilísticas e pela influência da própria época de suas produções ficcionais, o autor vincula-se ao movimento artístico-literário português que levou o nome de: 
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Respostas
531: C
532: E
533: A
534: C
535: C