Questões de Concurso
Sobre estilística em literatura
Foram encontradas 72 questões
Dado o poema abaixo,
“Imagino Irene entrando no céu:
– Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.”
BANDEIRA, M. Antologia Poética. José Olympio: Rio de Janeiro, 1978.
Quanto ao poema, é correto afirmar que há
“Canto do Piaga” – Gonçalves Dias.
Não sabeis o que o monstro procura?
Não sabeis a que vem, o que quer?
Vem matar vossos bravos guerreiros,
Vem roubar-vos a filha, a mulher!
Fragmento extraído de Norma Goldstein, “Versos, sons, ritmos”. 13ª edição. São Paulo, 2001, pág. 28-29.
Neste fragmento de “Canto do Piaga” todos os versos obedecem ao mesmo esquema rítmico. Neste caso temos versos de:
Até nas flores se vê
O destino e a sorte
Umas enfeitam a vida
Outras enfeitam a morte
Saudades
Tenho saudades de muitas coisas
do meu tempo de menininha:
sentar no colo do meu pai,
ninar boneca sem receios,
chorar de medo da morte da mãe,
sonhar com festa e bolo de aniversário,
cantar com os anjos na igreja,
ouvir as mágicas histórias de vovó,
brincar de pique, de corda e peteca,
acreditar em cegonhas, fadas e bruxas
e sobretudo no Papai Noel.
Será que quando for velhinha,
e já estiver caducando,
vou viver tudo de novo?
(Cantigas de adolescer. São Paulo, 1992. p. 9.)
As questões 1 e 2 baseiam-se no poema abaixo:
Célula
A alma é um absoluto fora-da-lei
assaltante contumaz do corpo
com pé-de-caba-fantasmático
que entra-e-sai, a alma é ah!
instantâneo em qualquer disfarce:
aparência de água, ar
insinuação de mercúrio
cara enluvada por meia de náilon
capuz sem furos, avessa e celofane
sombra que a luz seca, vice-versa.
Armando Freitas Filho
A respeito do poema acima, é correto afirmar que:
Leia o poema abaixo para responder às questões 1 e 2.
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens
presentes,
a vida presente.
Carlos Drummond de Andrade
A respeito do poema acima, pode-se afirmar que:
A questão é baseada no trecho de letra de canção abaixo.
Papo de Psicólogo (Pedro Mariano)
Não é papo de psicólogo,
Eu só quero entender,
Se um grande amor termina a gente se preocupa em saber por que
O que que deu errado, onde que desandou, pra onde foi a alma e a alegria daquele amor
(...)
Deita, pensa no amanhã
Pensa, se deita em meu divã
Mas não é papo de psicólogo,
Eu só quero entender,
Se um grande amor termina a gente se preocupa em saber porque
(...)
(Disponível em http://www.vogaiume.com.br/)
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Mário Quintana

Sobre a construção do poema, é correto afirmar que se caracteriza