Questões de Concurso Comentadas sobre literatura
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Leia o poema de Raimundo Correia e responda a alternativa correta:
MAL SECRETO
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
CORREIA, Raimundo. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Editora José Aguilar, 1961, p.135-136.
Leia a estrofe a seguir e marque a alternativa correta.
Mas esta linda e pura semideia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim com a alma minha se conforma,
Está no pensamento como ideia;
E o vivo e puro amor de que sou feito,
Como a matéria simples busca a forma.
Quanto aos versos camonianos acima, é correto afirmar que
Leia o fragmento a seguir e marque a alternativa correta.
Que auroras, que sol, que vida,
que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Quanto à estrofe transcrita, é correto afirmar que
INSTRUÇÃO: Leia o poema a seguir para responder às questões de 1 a 3.
Maldição
Olavo Bilac
Se por vinte anos, nesta furna escura,
Deixei dormir a minha maldição,
– Hoje, velha e cansada da amargura,
Minh’alma se abrirá como um vulcão.
E, em torrentes de cólera e loucura,
Sobre a tua cabeça ferverão
Vinte anos de silêncio e de tortura,
Vinte anos de agonia e solidão…
Maldita sejas pelo Ideal perdido!
Pelo mal que fizeste sem querer!
Pelo amor que morreu sem ter nascido!
Pelas horas vividas sem prazer!
Pela tristeza do que eu tenho sido!
Pelo esplendor do que eu deixei de ser!…
Disponível em: www.tudoepoema.com.br/olavo-bilac-maldicao/.
Acesso em: 4 fev. 2022.
O eu lírico, a voz que se manifesta em primeira pessoa no poema, faz uma queixa atribuída a um indivíduo
Julgue o item a seguir.
Augusto dos Anjos, poeta do Romantismo Brasileiro, tem
por características artísticas a angústia no tratamento de
questões que envolvem o ser humano enquanto carne,
sangue e instintos, além do uso frequente de vocabulário
considerado vulgar, baixo, para a produção literária da
época, como se vê em versos íntimos.
Julgue o item a seguir.
São características comuns nas produções literárias
brasileiras do Arcadismo e Romantismo a dualidade do
homem moderno dividido entre o sagrado e o terreno,
representados pela Igreja e pelo Iluminismo,
respectivamente.
Julgue o item a seguir.
Exaltação do nacionalismo, da pátria e da natureza, bem
como a idealização da sociedade, do amor e da mulher
são características típicas do estilo literário
Parnasianismo.
Julgue o item a seguir.
Os movimentos literários Simbolismo e Parnasianismo
convergem quanto à presença da objetividade, da
linguagem precisa, objetiva e culta e da busca pelo
equilíbrio formal.
Este é um poema de:
A peculiaridade da linguagem do cordel deve-se ao fato de o texto ser
ATO PRIMEIRO
Sala ricamente adornada: mesa, consolos, mangas de vidro, jarras com flores, cortinas etc., etc. No fundo, porta de saída, uma janela etc., etc.
CENA 1
AMBRÓSIO (só, de calça preta e chambre) — No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo o homem pode ser rico, se atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que, resolvido a empregar todos os meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos, era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda serei. O como não importa; no bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver de responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa.
(PENA, Martins. O noviço. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.)
De acordo com as características estruturais do texto apresentado, pode-se afirmar que:
A um poeta
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino*, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
Olavo Bilac. Tarde. In: Olavo Bilac: obra reunida (org. Alexei Bueno).
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 268.
*monge da ordem de S. Bento