Questões de Concurso Sobre romantismo em literatura

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Q3206817 Literatura
No movimento literário _________, é predominante a tônica localista, que expressa a singularidade do país e do eu, especialmente através da utilização do tema indígena como símbolo nacional. Um autor significativo desse movimento é __________, e o texto __________ desenvolve a temática indianista de forma épica, utilizando uma variedade de recursos literários, como diferentes tipos de verso.
As palavras que preenchem, correta e respectivamente, as lacunas dessa sentença são: 
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Q3205517 Literatura

Analise o texto e a imagem a seguir


Imagem associada para resolução da questão


“A estudante Bella Swan conhece Edward Cullen, um belo, mas misterioso adolescente. Edward é um vampiro, cuja família não bebe sangue, e Bella, longe de ficar assustada, se envolve em um romance perigoso com sua alma gêmea imortal.”


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O filme “Crepúsculo” (2008) possui referências de qual escola literária? 

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Q3205516 Literatura
Leia o poema de Cláudio Manoel da Costa.

Que inflexível se mostra, que constante
Se vê este penhasco! já ferido
Do proceloso vento, e já batido
Do mar, que nele quebra a cada instante!

Não vi; nem hei de ver mais semelhante
Retrato dessa ingrata, a que o gemido
Jamais pode fazer, que enternecido
Seu peito atenda às queixas de um amante.

Tal és, ingrata Nise: a rebeldia,
Que vês nesse penhasco, essa dureza
Há de ceder aos golpes algum dia:

Mas que diversa é tua natureza!
Dos contínuos excessos da porfia,
Recobras novo estímulo à fereza.

Publicado no livro Obras (1768). In: COSTA, Cláudio Manuel da. Obras. Introd. cronol. e bibliogr. Antônio Soares Amora. Lisboa: Bertrand, 1959. (Obras primas da Língua Portuguesa)

Marque a alternativa que analisa corretamente o poema.
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Q3191829 Literatura
Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


Meu Desejo 

 
Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta.... 


Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra....


Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito. 


Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro....


Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de languor!


Álvares de Azevedo
É típico do Romantismo o abandono à linguagem excessivamente rebuscada e preza pela tentativa de uma abordagem mais próxima das massas. Apesar desse aspecto, um texto que tem a sua produção datada na primeira metade do século XIX, invariavelmente apresentará vocabulário distante do cotidiano no qual a sociedade contemporânea se insere. Dito isso, dê o sinônimo que melhor se adeque ao contexto para o vocábulo que encerra o poema:
Alternativas
Q3191828 Literatura
Leia o texto abaixo para responder à próxima questão:


Meu Desejo 

 
Meu desejo? era ser a luva branca
Que essa tua gentil mãozinha aperta:
A camélia que murcha no teu seio,
O anjo que por te ver do céu deserta.... 


Meu desejo? era ser o sapatinho
Que teu mimoso pé no baile encerra....
A esperança que sonhas no futuro,
As saudades que tens aqui na terra....


Meu desejo? era ser o cortinado
Que não conta os mistérios do teu leito;
Era de teu colar de negra seda
Ser a cruz com que dormes sobre o peito. 


Meu desejo? era ser o teu espelho
Que mais bela te vê quando deslaças
Do baile as roupas de escomilha e flores
E mira-te amoroso as nuas graças!
Meu desejo? era ser desse teu leito
De cambraia o lençol, o travesseiro
Com que velas o seio, onde repousas,
Solto o cabelo, o rosto feiticeiro....


Meu desejo? era ser a voz da terra
Que da estrela do céu ouvisse amor!
Ser o amante que sonhas, que desejas
Nas cismas encantadas de languor!


Álvares de Azevedo
O poema em questão apresentado acima é pertencente à obra do célebre poeta romântico Álvares de Azevedo. A segunda geração do Romantismo, da qual Azevedo é o maior expoente, tem como preceito presente neste poema o(a):
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Q3186829 Literatura
Se eu morresse amanhã
Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria Se eu morresse amanhã! Quanta glória pressinto em meu futuro! Que aurora de porvir e que manhã! Eu perdera chorando essas coroas Se eu morresse amanhã! Que sol! que céu azul! que doce n'alva Acorda a natureza mais louçã! Não me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanhã! Mas essa dor da vida que devora A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã!
O poema ilustra o período marcado pela obsessão pela morte, pela melancolia, pela dor dos amores não correspondidos , pela lembrança da infância. A morte é vista, nessa geração, como a única saída para o descontentamento do eu lírico.
Neste texto, o eu lírico fantasia sobre o momento de sua morte, e como seus familiares iriam se comportar diante dessa situação.

A qual escola literária e a qual escritor pertence o poema acima? 
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Q3181996 Literatura
Leia o poema a seguir, de Gonçalves de Magalhães:

Adeus à Europa

Adeus, oh terras da Europa!
Adeus, França, adeus, Paris!
Volto a ver terras da Pátria,
vou morrer no meu país.

Qual ave errante, sem ninho,
oculto peregrinando,
visitei vossas cidades,
sempre na Pátria pensando.

De saudade consumido,
dos velhos pais tão distante,
gotas de fel azedavam
o meu mais suave instante.

As cordas de minha lira
longo tempo suspiraram,
mas alfim frouxas, cansadas
de suspirar, se quebraram.

Oh lira do meu exílio,
da Europa as plagas deixemos;
eu te darei novas cordas,
novos hinos cantaremos.

Adeus, oh terras da Europa!
Adeus, França, adeus, Paris!
Volto a ver terras da Pátria,
vou morrer no meu país.


Fonte: https://www.cervantesvirtual.com/obra-visor/suspiros-poeticos-e-saudades--0/html/. Acesso em 14/10/2024
No poema, um traço muito marcante do período literário em que foi produzido é o:
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Q3181995 Literatura
Leia o poema a seguir, de Gonçalves de Magalhães:

Adeus à Europa

Adeus, oh terras da Europa!
Adeus, França, adeus, Paris!
Volto a ver terras da Pátria,
vou morrer no meu país.

Qual ave errante, sem ninho,
oculto peregrinando,
visitei vossas cidades,
sempre na Pátria pensando.

De saudade consumido,
dos velhos pais tão distante,
gotas de fel azedavam
o meu mais suave instante.

As cordas de minha lira
longo tempo suspiraram,
mas alfim frouxas, cansadas
de suspirar, se quebraram.

Oh lira do meu exílio,
da Europa as plagas deixemos;
eu te darei novas cordas,
novos hinos cantaremos.

Adeus, oh terras da Europa!
Adeus, França, adeus, Paris!
Volto a ver terras da Pátria,
vou morrer no meu país.


Fonte: https://www.cervantesvirtual.com/obra-visor/suspiros-poeticos-e-saudades--0/html/. Acesso em 14/10/2024
Esse poema é representativo da:
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Q3179457 Literatura
A poesia romântica brasileira, fortemente influenciada pelo nacionalismo, emprega uma ampla variedade de figuras de linguagem para exaltar a natureza, a pátria e os sentimentos. Recursos como metáforas e hipérboles são amplamente utilizados para idealizar paisagens, emoções e personagens, contribuindo para o tom grandioso e emotivo característico do Romantismo.
Analise as assertivas abaixo sobre o uso de figuras de linguagem na poesia romântica brasileira e a seguir, assinale a alternativa CORRETA.
I. A metáfora, recurso estilístico frequentemente utilizado pelos poetas românticos, aparece como uma forma de comparar elementos naturais a sentimentos humanos, reforçando o vínculo entre o indivíduo e a pátria.
II. A hipérbole é uma figura de linguagem rara na poesia romântica brasileira, já que esse movimento literário priorizava a simplicidade e a moderação na expressão de ideias.
III. Poetas como Gonçalves Dias usaram figuras de linguagem para idealizar a natureza brasileira, frequentemente associando-a à pureza, à beleza e ao orgulho nacional.
IV. No contexto do nacionalismo romântico, o uso de figuras de linguagem como metáforas e hipérboles era estratégico para criar uma imagem glorificada do Brasil e reforçar o sentimento de pertencimento. 
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Q3179452 Literatura
Iracema, de José de Alencar, é uma obra central do Romantismo brasileiro e desempenha um papel importante na construção de um mito fundador da identidade nacional. A personagem Iracema, a "virgem dos lábios de mel", simboliza a união entre o indígena e o europeu, representando a origem do povo brasileiro.
Com base nas características dessa obra, identifique a alternativa INCORRETA
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Q3179441 Literatura
O Romantismo brasileiro, iniciado no século XIX, foi fundamental para a construção de uma identidade nacional, destacando elementos culturais e naturais próprios do Brasil. A literatura romântica desse período valorizou a exaltação da natureza, a idealização do indígena como herói nacional e a expressão de sentimentos como o amor puro e idealizado.
Assinale a alternativa CORRETA sobre o nacionalismo e a construção da identidade no Romantismo brasileiro. 
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Q3177558 Literatura

Considere o seguinte trecho de Iracema (1865), de José de Alencar:


"Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira."


Com base na análise desse fragmento e nas características do Romantismo brasileiro, assinale a alternativa correta: 

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Q3158244 Literatura
Todas as características fazem parte da vida e da obra de Macho de Assis, exceto: 
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Q3158227 Literatura
Todas as obras fazem parte do vasto repertório literário de José de Alencar, exceto: 
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Q3131255 Literatura
        Para os teóricos românticos, o Classicismo (que para eles engloba o que depois se chamou Barroco) teria sido expressão do colonizador português, perturbando o desenvolvimento original da literatura brasileira. Inversamente, o Romantismo representaria o espírito nacional, permitindo com a sua liberdade criadora a manifestação do gênio brasileiro inspirado pelas características da terra, da sociedade, dos ideais. Esta noção nitidamente ideológica correspondia a um estádio da consciência nacional em plena euforia. Historicamente a literatura do período colonial foi algo imposto, inevitavelmente imposto, como o resto do equipamento cultural dos portugueses. E este fato nada tem de negativo em si, desde que focalizemos a colonização, não pelo que poderia ter sido, mas pelo que realmente foi como processo de criação do País, com todas as suas misérias e grandezas. Certos traços que sempre foram censurados no Classicismo tornam-se fatores positivos, como a “artificialidade” das suas tendências. Quando Cláudio Manuel da Costa transforma em Polifemos as rochas da Capitania de Minas, e em Galateias os ribeirões cheios de ouro, está dando nome ao mundo e incorporando a realidade que o cerca a um sistema inteligível para os homens cultos da época, em qualquer país de civilização ocidental. Gregório de Matos pôs nos rigorosos limites convencionais do soneto não apenas a expressão dos padecimentos do amor e toda a inquietação do pecado (isto é, algo normal dentro da tradição), mas os costumes da sociedade em formação, com os seus preconceitos, as suas querelas, a sonoridade dos seus nomes indígenas. O importante é que através dessa convenção livresca manifestaram implicitamente, de maneira original, o contraste entre a civilização da Europa, que os fascinava e na qual se haviam formado intelectualmente, e a rusticidade da terra onde viviam, que amavam e desejavam exprimir. Na sociedade duramente estratificada, submetida à brutalidade de uma dominação baseada na escravidão, se de um lado os escritores e intelectuais reforçaram os valores impostos, puderam muitas vezes, de outro, usar a ambiguidade do seu instrumento e da sua posição para fazer o que é possível nesses casos: dar a sua voz aos que não poderiam nem saberiam falar em tais níveis de expressão. 

Antonio Candido. Literatura de dois gumes. In: A educação pela noite e outros ensaios.
Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 212-216 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto precedente e os contextos literários a que ele remete, julgue o item subsequente. 
A ideia central do texto é a de que o Romantismo logrou representar artisticamente a realidade brasileira, o que o Arcadismo, por sua artificialidade, não alcançou em suas obras.
Alternativas
Q3131254 Literatura
        Para os teóricos românticos, o Classicismo (que para eles engloba o que depois se chamou Barroco) teria sido expressão do colonizador português, perturbando o desenvolvimento original da literatura brasileira. Inversamente, o Romantismo representaria o espírito nacional, permitindo com a sua liberdade criadora a manifestação do gênio brasileiro inspirado pelas características da terra, da sociedade, dos ideais. Esta noção nitidamente ideológica correspondia a um estádio da consciência nacional em plena euforia. Historicamente a literatura do período colonial foi algo imposto, inevitavelmente imposto, como o resto do equipamento cultural dos portugueses. E este fato nada tem de negativo em si, desde que focalizemos a colonização, não pelo que poderia ter sido, mas pelo que realmente foi como processo de criação do País, com todas as suas misérias e grandezas. Certos traços que sempre foram censurados no Classicismo tornam-se fatores positivos, como a “artificialidade” das suas tendências. Quando Cláudio Manuel da Costa transforma em Polifemos as rochas da Capitania de Minas, e em Galateias os ribeirões cheios de ouro, está dando nome ao mundo e incorporando a realidade que o cerca a um sistema inteligível para os homens cultos da época, em qualquer país de civilização ocidental. Gregório de Matos pôs nos rigorosos limites convencionais do soneto não apenas a expressão dos padecimentos do amor e toda a inquietação do pecado (isto é, algo normal dentro da tradição), mas os costumes da sociedade em formação, com os seus preconceitos, as suas querelas, a sonoridade dos seus nomes indígenas. O importante é que através dessa convenção livresca manifestaram implicitamente, de maneira original, o contraste entre a civilização da Europa, que os fascinava e na qual se haviam formado intelectualmente, e a rusticidade da terra onde viviam, que amavam e desejavam exprimir. Na sociedade duramente estratificada, submetida à brutalidade de uma dominação baseada na escravidão, se de um lado os escritores e intelectuais reforçaram os valores impostos, puderam muitas vezes, de outro, usar a ambiguidade do seu instrumento e da sua posição para fazer o que é possível nesses casos: dar a sua voz aos que não poderiam nem saberiam falar em tais níveis de expressão. 

Antonio Candido. Literatura de dois gumes. In: A educação pela noite e outros ensaios.
Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 212-216 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto precedente e os contextos literários a que ele remete, julgue o item subsequente. 
No primeiro período do texto, a informação entre parênteses indica que, para os teóricos literários do Romantismo, o Barroco integrava o Classicismo.
Alternativas
Q3131253 Literatura
        Para os teóricos românticos, o Classicismo (que para eles engloba o que depois se chamou Barroco) teria sido expressão do colonizador português, perturbando o desenvolvimento original da literatura brasileira. Inversamente, o Romantismo representaria o espírito nacional, permitindo com a sua liberdade criadora a manifestação do gênio brasileiro inspirado pelas características da terra, da sociedade, dos ideais. Esta noção nitidamente ideológica correspondia a um estádio da consciência nacional em plena euforia. Historicamente a literatura do período colonial foi algo imposto, inevitavelmente imposto, como o resto do equipamento cultural dos portugueses. E este fato nada tem de negativo em si, desde que focalizemos a colonização, não pelo que poderia ter sido, mas pelo que realmente foi como processo de criação do País, com todas as suas misérias e grandezas. Certos traços que sempre foram censurados no Classicismo tornam-se fatores positivos, como a “artificialidade” das suas tendências. Quando Cláudio Manuel da Costa transforma em Polifemos as rochas da Capitania de Minas, e em Galateias os ribeirões cheios de ouro, está dando nome ao mundo e incorporando a realidade que o cerca a um sistema inteligível para os homens cultos da época, em qualquer país de civilização ocidental. Gregório de Matos pôs nos rigorosos limites convencionais do soneto não apenas a expressão dos padecimentos do amor e toda a inquietação do pecado (isto é, algo normal dentro da tradição), mas os costumes da sociedade em formação, com os seus preconceitos, as suas querelas, a sonoridade dos seus nomes indígenas. O importante é que através dessa convenção livresca manifestaram implicitamente, de maneira original, o contraste entre a civilização da Europa, que os fascinava e na qual se haviam formado intelectualmente, e a rusticidade da terra onde viviam, que amavam e desejavam exprimir. Na sociedade duramente estratificada, submetida à brutalidade de uma dominação baseada na escravidão, se de um lado os escritores e intelectuais reforçaram os valores impostos, puderam muitas vezes, de outro, usar a ambiguidade do seu instrumento e da sua posição para fazer o que é possível nesses casos: dar a sua voz aos que não poderiam nem saberiam falar em tais níveis de expressão. 

Antonio Candido. Literatura de dois gumes. In: A educação pela noite e outros ensaios.
Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 212-216 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto precedente e os contextos literários a que ele remete, julgue o item subsequente. 
Dar “voz aos que não poderiam nem saberiam falar”, tal como mencionado ao final do texto, é tarefa artística que só os poetas românticos, na euforia da pós-independência, puderam cumprir.
Alternativas
Q3131252 Literatura
        Para os teóricos românticos, o Classicismo (que para eles engloba o que depois se chamou Barroco) teria sido expressão do colonizador português, perturbando o desenvolvimento original da literatura brasileira. Inversamente, o Romantismo representaria o espírito nacional, permitindo com a sua liberdade criadora a manifestação do gênio brasileiro inspirado pelas características da terra, da sociedade, dos ideais. Esta noção nitidamente ideológica correspondia a um estádio da consciência nacional em plena euforia. Historicamente a literatura do período colonial foi algo imposto, inevitavelmente imposto, como o resto do equipamento cultural dos portugueses. E este fato nada tem de negativo em si, desde que focalizemos a colonização, não pelo que poderia ter sido, mas pelo que realmente foi como processo de criação do País, com todas as suas misérias e grandezas. Certos traços que sempre foram censurados no Classicismo tornam-se fatores positivos, como a “artificialidade” das suas tendências. Quando Cláudio Manuel da Costa transforma em Polifemos as rochas da Capitania de Minas, e em Galateias os ribeirões cheios de ouro, está dando nome ao mundo e incorporando a realidade que o cerca a um sistema inteligível para os homens cultos da época, em qualquer país de civilização ocidental. Gregório de Matos pôs nos rigorosos limites convencionais do soneto não apenas a expressão dos padecimentos do amor e toda a inquietação do pecado (isto é, algo normal dentro da tradição), mas os costumes da sociedade em formação, com os seus preconceitos, as suas querelas, a sonoridade dos seus nomes indígenas. O importante é que através dessa convenção livresca manifestaram implicitamente, de maneira original, o contraste entre a civilização da Europa, que os fascinava e na qual se haviam formado intelectualmente, e a rusticidade da terra onde viviam, que amavam e desejavam exprimir. Na sociedade duramente estratificada, submetida à brutalidade de uma dominação baseada na escravidão, se de um lado os escritores e intelectuais reforçaram os valores impostos, puderam muitas vezes, de outro, usar a ambiguidade do seu instrumento e da sua posição para fazer o que é possível nesses casos: dar a sua voz aos que não poderiam nem saberiam falar em tais níveis de expressão. 

Antonio Candido. Literatura de dois gumes. In: A educação pela noite e outros ensaios.
Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 212-216 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto precedente e os contextos literários a que ele remete, julgue o item subsequente. 
O caráter duplo da literatura brasileira no período de sua formação — Classicismo e Romantismo — expressa-se no fato de que a literatura foi, ao mesmo tempo, imposição do colonizador e expressão nativista e nacional.
Alternativas
Q3128879 Literatura
Dentre os autores e obras representantes da estética romântica no Brasil, NÃO está incluído o indicado em:
Alternativas
Q3119184 Literatura
Marque a alternativa onde temos apenas representantes do Romantismo.
Alternativas
Respostas
1: B
2: D
3: C
4: A
5: D
6: B
7: C
8: A
9: C
10: C
11: B
12: C
13: A
14: E
15: E
16: C
17: E
18: C
19: D
20: A