Questões de Concurso
Comentadas sobre acentuação gráfica: acento diferencial em português
Foram encontradas 295 questões
Analise as assertivas a seguir sobre as regras básicas de gramática e ortografia da língua portuguesa e em seguida, assinale a alternativa CORRETA.
I. O uso de “mau” é sempre recomendado quando a palavra tem o sentido de "não bom", enquanto “mal” deve ser usado apenas como advérbio de modo.
II. O uso da vírgula é opcional antes de "que", em orações subordinadas, desde que o significado da frase não seja alterado.
III. A concordância verbal deve ser realizada de acordo com o sujeito da oração, levando em consideração se ele está no singular ou plural.
IV. O acento diferencial em “pára” (verbo) e “para” (preposição) foi mantido pelo Novo Acordo Ortográfico, visando evitar ambiguidades.
Com base no Novo Acordo Ortográfico, assinale a alternativa CORRETA.
Paula e Pedro _____ 4 filhos. Eles _____ uma casa de verão e sempre que possível _____ um tempo juntos lá.
Complete, respectivamente, as lacunas com as formas adequadas do verbo "ter", de acordo com as regras de acentuação da língua portuguesa.
Apesar de as tecnologias em saúde estarem comumente associadas à incorporação de equipamentos e novos medicamentos em hospitais, salienta-se, conforme definição do Ministério da Saúde, serem tecnologias em saúde “todas as formas de conhecimento que podem ser aplicadas para a solução ou a redução dos problemas de saúde de indivíduos ou populações”.
Assinale a alternativa correta sobre a frase.
O urso-de-óculos
A única espécie de urso que vive na América do Sul é exclusiva da região dos Andes e corre risco de desaparecer. Trata-se do urso-de-óculos, também conhecido como urso andino. Por serem excelentes escaladores, os ursos andinos costumam construir plataformas nas árvores onde descansam, se alimentam e guardam comida para quando precisam. Eles são encontrados em vários pontos da América do Sul, vivendo nos chamados Andes tropicais. Dentro desse território estão diversos ecossistemas, como florestas tropicais secas e úmidas de terras baixas e montanhosas, matagais tropicais secos e úmidos, e pastagens de alta altitude. Infelizmente, esses ursos não existem no Brasil.
É natural imaginar que todas as espécies de ursos hibernam durante os meses mais rigorosos do inverno. No entanto, esse não é o caso do urso andino. Como seu alimento fica disponível o ano todo na maior parte de seu habitat, os ursos-de-óculos não hibernam.
O urso-de-óculos tem marcas brancas ou bronzeadas em forma de anel ao redor dos olhos, características marcantes da espécie. São essas marcas que dão o nome ao animal. As manchas em sua pelagem contrastam com a cor preta e uniforme do resto do corpo do animal, que em alguns casos pode assumir também um tom marrom-avermelhado. O urso andino tem porte médio, cauda curta de cerca de sete centímetros, orelhas pequenas e redondas, pescoço curto e grosso e focinho robusto.
Destaca-se a preferência do animal por bromélias como alimento. Eles também comem frutas, além de palmeiras, musgo, cactos e outras espécies de plantas. De maneira oportunista, eles também se alimentam de mamíferos. Isso significa que podem comer coelhos e antas da montanha, e até mesmo gado doméstico quando estes pastam em liberdade.
Redação National Geographic Brasil – adaptado.
É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo AMÁMOS, LOUVÁMOS, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo AMAMOS, LOUVAMOS, já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português.
O Leão e o Reflexo
Em uma linda savana africana, eu, um leão perdido há 20 dias, vagava com fome e sede, temendo estar sozinho.
Um dia, encontrei uma lagoa e corri em direção a ela, ansioso para beber água. No entanto, ao ver um "leão" refletido na água, recuei com medo de ser atacado.
Passei a noite perto da lagoa, mas não me atrevi a voltar. No dia seguinte, a sede era tão grande que decidi arriscar. A mim me pareceu a última saída. Ao me aproximar e ver o "leão" novamente, ignorei o medo e bebi a água.
Foi então que percebi que o "leão" era apenas meu próprio reflexo e, aliviado, saciei minha sede.
Texto Adaptado
Autor Desconhecido
LOBATO, Isabela. Fóssil sugere que humanos habitam a América há mais tempo do que se sabia. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/fossil
sugere-que-humanos-habitam-a-america-ha-mais-tempo-do-que-se-sabia/. Acesso em 22 de julho de 2024 [com supressões].
I. O uso do acento grave utilizado no trecho se explica porque o vocábulo „iguais‟ exige a preposição „a‟ e o substantivo „marcas‟ (subentendido) admite a anteposição do artigo feminino no plural „as‟;
II. A vírgula antes da conjunção „mas‟ pode ser suprimida, sem que isso viole as regras preconizadas pela tradição normativa;
III. A expressão „nos tempos antigos‟ não poderia, na posição em que está, receber uma vírgula antes da preposição contraída „nos‟.
Marque a opção CORRETA:
Leia o Texto 2 para responder às questões 04 e 05.
Texto 2
Envelhecer
Mario Quintana Antes, todos os caminhos iam.
Agora todos os caminhos vêm
A casa é acolhedora, os livros poucos.
E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.
Disponível em: <https://revistabula.com/2329-os-10-melhores-poemas-de-mario-quintana/.> Acesso em: 25 mar. 2024.
O acento circunflexo na palavra “vêm” corresponde
O fim das redes sociais
Cada vez menos “sociais", as redes têm implicações
de uso muito maiores do que se pensa
Marcelo Vidigal M de Barros
As redes sociais tornaram-se as principais plataformas de geração e distribuição de conteúdo, ofuscando os antigos e poderosos canais de TV, rádios e jornais. Então, não surpreende que sua influência venha chamando a atenção dos governos e da sociedade, lá fora e aqui. (...) Ainda que as pessoas, em geral, tenham percebido diferenças em seus feeds, muita gente ainda não entendeu o alcance e as implicações das mudanças recentes, que se aceleraram nos últimos 12 meses. (...)
Com o crescimento do TikTok e a mudança dos feeds do Facebook e Instagram para um modelo de recomendação baseado em algoritmos, entramos em uma nova era; o algoritmo passou a privilegiar o conteúdo que entende ser mais interessante para você, e não mais o que seus amigos estão postando. Se o algoritmo identificar que você gosta de futebol, por exemplo, vai te apresentar mais vídeos com os golaços da última rodada. A novidade, porém, é que, logo abaixo de um lance mágico do Messi, o algoritmo, agora, mostra um “frango” em uma pelada da periferia, postado por alguém fora de sua rede.
Neste novo padrão de recomendação, o componente “social”, isto é, o conteúdo distribuído por sua rede, perdeu importância. (...) E neste novo modelo, temos à disposição todo o conteúdo da plataforma, e não ficamos limitados apenas à nossa rede. (...)
Quando a recomendação de conteúdos era definida apenas pela quantidade de seguidores e likes, os grandes influenciadores conquistaram o poder de definir comportamentos, influenciar nosso consumo e ganhar muito com isso. (...) Não é à toa que, em 2022, Kim Kardashian e duas das maiores influenciadoras do mundo apoiaram a campanha “Make Instagram Instagram again”, uma tentativa de reverter a decisão da empresa de não dar preferência às postagens publicadas por “amigos”.
Esta é a grande mudança. E uma mudança grande, ao mesmo tempo. Migramos para uma versão das mídias sociais dominada por algoritmos e não por influenciadores. Em contraste com o modelo antigo, quando a competição era por popularidade, no novo modelo, a competição é por relevância de conteúdo; quanto maior for o match do conteúdo sugerido com o que cada um de nós gosta, maior será o nosso tempo de permanência nestas plataformas. (...)
O crescimento do TikTok tem sido usualmente atribuído à rejeição da nova geração às redes mais maduras, como o Instagram. (...) Com a entrada dos algoritmos na jogada, pelo menos no curto prazo, haverá uma ampliação dos problemas atuais de polarização e radicalização.
Ainda há muito por vir, e é impossível prever todas as consequências desta mudança, mas, ao entendermos melhor as primeiras implicações, podemos estar mais preparados para os desafios que, como sociedade, temos pela frente.
Adaptado de: https://exame.com/lideres-
extraordinarios/governanca/o-fim-das-redes-sociais. Acesso em:
30 out. 2023.
Analisando quatro décadas de dados salariais dos EUA, Reino Unido, Canadá e Itália, Arellano-Bover e seus colegas identificaram que a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu, com os jovens de ambos os gêneros recebendo salários mais semelhantes. As gerações mais antigas, que apresentavam maiores desigualdades, estão se aposentando, o que reduz o gap salarial geral. Entre 1976 e 1995, a probabilidade de homens de 25 anos trabalharem no décimo superior de grupos empresariais diminuiu, em média, 6 pontos percentuais, enquanto a mesma probabilidade para mulheres caiu apenas 2 pontos percentuais.
Ou seja, a diferença entre os rendimentos médios de uma sociedade não nos informa muito sobre questões ligadas à igualdade de gênero. E mesmo com o envelhecimento demográfico contínuo, é improvável que esse mecanismo reduza ainda mais a diferença salarial de gênero. Já que desde 1995 a diferença entre a classificação salarial média de homens e mulheres jovens é mínima.
As decisões individuais também desempenham um papel importante nessa dinâmica, uma vez que a escolha da graduação está fortemente ligada aos ganhos futuros. Homens jovens em média preferem áreas de estudo ligadas a exatas e tecnologia, que proporcionam altos ganhos. Nos EUA, 63% da diferença salarial de recém-formados é devido ao tipo de curso universitário; na Itália, é 51%. Já as mulheres tendem a escolher áreas de trabalho como educação e cuidados, que pagam menos em média.
Além disso, o gap salarial se amplia principalmente após o nascimento do primeiro filho, quando as mulheres sofrem maior pressão social e familiar para priorizar o cuidado com os filhos em detrimento da carreira. Essas expectativas têm outros tipos de custos para os homens: tendência a aceitar horas extras e demonstrar afeto através da provisão, ao custo de quase não ter tempo com familiares. Essa tendência emerge no mundo inteiro, ainda que em graus distintos. Consequentemente, as mulheres estão super-representadas em empregos de baixa remuneração para atender essas responsabilidades, trabalhando com maior flexibilidade e por menos horas.
Alguns argumentam que as diferenças salariais se devem a fatores biológicos e preferências distintas. Embora homens e mulheres se diferenciem em alguns aspectos psicológicos que podem influenciar o mercado de trabalho, essas diferenças explicam apenas uma ínfima parte da disparidade salarial de gênero. Além disso, não há garantia de que a valorização de certas características traga resultados econômicos positivos para as empresas.
Por isso, para aqueles que almejam alcançar a paridade financeira, o progresso está claramente ligado às escolhas educacionais, de carreira e arranjos familiares. Antes de avaliar uma sociedade apenas pela diferença de rendimentos, é crucial analisar outros indicadores de desigualdade de gênero. Exemplos incluem a taxa de matrícula em diferentes níveis educacionais, acesso a financiamento e capital para negócios, disponibilidade e uso de licenças parentais, direitos de propriedade e herança, mobilidade territorial, taxas de violência de gênero e a força das normas sociais. O salário tende a ser uma consequência de todos esses fatores.
Homens e mulheres devem ter maior liberdade para decidir juntos como equilibrar a vida pessoal e profissional. Isso requer tanto um Estado que garanta igualdade de oportunidades com políticas públicas eficientes quanto menos julgamentos das escolhas alheias por parte de todos nós.