Questões de Concurso
Sobre acentuação gráfica: acento diferencial em português
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Texto para o item.
Julgue o item, relativos a aspectos linguísticos do texto.
Na linha 27, o emprego da preposição “a” em “ao
contato com outras crianças” indica a possibilidade de
emprego do acento indicativo de crase no “a” que
antecede “atividades pedagógicas”.
Texto 1
“É importante que a sociedade compreenda a necessidade de investir na saúde mental”
A pandemia acionou os sinais de alerta para a saúde mental e deu-lhe uma visibilidade nunca antes vista. O cansaço pandêmico, a preocupação e o medo de uma doença desconhecida, o isolamento e o esforço visível no rosto dos profissionais de saúde que aguentaram trabalhar, meses a fio, na linha da frente na luta contra a covid-19 trouxeram o tema para a opinião pública. O desafio da saúde mental em Portugal é agora “aproveitar a onda e não deixar que o tema volte a ser menos visível e garantir que as pessoas estejam conscientes e despertas para o problema”, afirma António Leuschner.
O psiquiatra e presidente do Conselho Nacional de Saúde Mental participou em mais um podcast, onde recordou o direito de todos os cidadãos a usufruir de bem-estar mental, acompanhando o bem-estar físico e o bem-estar social. “Estas três componentes são absolutamente indissociáveis”, refere, lembrando que este é um problema que surge muitas vezes associado a doenças físicas graves, em que os doentes sofrem psicologicamente com isso, e que, por isso, é essencial garantir que têm o acompanhamento e o apoio necessários.
Este é um problema que afeta não só os doentes, mas também as famílias. “Não podemos esquecer que por detrás de uma pessoa há sempre um agregado familiar”, aponta Joaquina Castelão, que participou igualmente no podcast sobre saúde mental e que, em conjunto com António Leuschner, desenvolveu a tese que reflete e aponta caminhos sobre o tema.
A presidente da Familiarmente (Federação Portuguesa de Associações de Famílias com Pessoas com Experiências de Doença Mental), que conhece de perto o problema e trabalha junto de outras famílias e das associações que lhes dão voz, alerta para a importância da promoção da saúde e da prevenção, não apenas com a saúde mental, “mas, acima de tudo, no diagnóstico correto, no tratamento adequado e num acompanhamento integrado em termos multidisciplinares, que inclua como recurso – e não apenas como parceiro – a família”. Porque esta, acrescenta, também precisa de ser cuidada, não com a mesma tipologia de doença, mas necessita de apoio e de acompanhamento. “Esta é uma percentagem muito elevada da nossa população e requer uma atenção muito grande por parte dos principais responsáveis pelas políticas de saúde mental, pelos dirigentes dos serviços e da sociedade em si.”
O estigma sobre estas doenças – que ainda perdura em pleno século XXI – tem também, na opinião da presidente da Familiarmente, que ser eliminado. Na sua perspectiva, a sociedade continua a ser a principal responsável pelo estigma que se mantém, provavelmente por falta de informação sobre o assunto, “mas o que é certo é que ainda há muito a fazer nessa área”.
António Leuschner concorda e acrescenta que a saúde mental pode, e deve, ser trabalhada da mesma forma que a restante saúde, ou seja, muito antes de aparecer a doença. E estas ações, defende, devem começar muito cedo na vida das pessoas. A recente constituição de um grupo que fará um estudo sobre a importância da saúde mental no aumento da criminalidade nos jovens abaixo dos 16 anos é, para o psiquiatra, um passo muito importante. “Tendo a noção de que é verdade que muitas das determinantes das descompensações não estão propriamente na entidade biológica por detrás de cada um de nós, mas também estarão em fatores ambientais, sociais, económicos ou familiares, é um trabalho fundamental”, reforça.
Relativamente aos custos, uma componente sempre importante em qualquer temática da saúde, Joaquina Castelão acredita que serão idênticos, ou até menores, que em muitas outras áreas da saúde. “Há custos numa fase inicial, que se transformam em dividendos muito superiores aos custos do que se investe na saúde, devido a toda a repercussão que tem uma pessoa estabilizada poder levar a sua vida com normalidade.”
Muitas vezes estas pessoas deixam os empregos ou os estudos, interrompendo o ciclo de vida normal devido à incapacidade que a doença traz, enquanto progride sem tratamento adequado. O mesmo acontece nas famílias, que frequentemente deixam de trabalhar para fazer um acompanhamento, reduzindo o rendimento do agregado, com todas as implicações económicas e sociais que a situação acarreta. “Temos de ponderar todos estes fatores e não pensar apenas no custo que pode ter para o Estado. Neste momento, o maior custo está sobre a pessoa que sofre, sobre a sua família e sobre a sociedade, porque é uma pessoa que deixa de produzir para o país.”
Fátima Ferrão
Diário de Notícias, 19/6/2022
Texto publicado em Portugal
( ) As palavras câncer, tireoide, laringe, nasofaringe, ovário, traqueia, brônquios e pulmões são paroxítonas.
( ) As palavras esôfago, estômago, fígado, ovário, próstata, glândula e mesotélio são proparoxítonas.
Assinale a opção CORRETA quanto à nova pontuação sem alteração de sentido.
FORMAÇÃO EM SAÚDE: CENÁRIO DE INCERTEZAS?
O processo de formação da medicina tem relação com as amplas mudanças experimentadas pela profissão nas últimas décadas, em função de avanços tecnológicos e da maneira como o conhecimento é disseminado, influenciando a formação, o mercado de trabalho, a demanda por cursos e por profissionais e a regulação do exercício profissional. O Brasil tem um parque importante e consolidado de instituições formadoras em saúde e forma um contingente expressivo de pessoas, para um mercado de trabalho bastante largo. No caso da medicina, os 206 cursos em funcionamento no país em 2012 foram responsáveis por mais de 16.000 concluintes, por exemplo. No entanto, persiste o antigo problema da crônica desigualdade na distribuição geográfica que, no caso dos médicos, tem se acelerado em função de determinadas circunstâncias econômicas e sociais, como a globalização, a criação de um mercado global para certas profissões, a organização e estruturação de modelos técnicos assistenciais, etc.
A Enfermagem, que tem no cuidado
integral ao ser humano, nas dimensões individual
e coletiva o cerne da profissão, tem agregado
cada vez mais uma diversidade de
conhecimentos, habilidades e atitudes para atuar
em áreas como a atenção, a gestão, o ensino, a
pesquisa, o controle social e as especialidades,
dentre outras, aumentando igualmente a
responsabilidade dos profissionais para com a
sociedade. Esta profissão teve um crescimento
exponencial na última década, fundamentalmente
a partir da abertura de escolas privadas. Essa
oferta educacional aparentemente excessiva,
sem planejamento e com queda da qualidade,
vem influenciando no rebaixamento de salários,
na ocorrência de subemprego, com
possibilidades de desemprego. Há indicações de
reconfiguração de currículos da enfermagem
voltados à formação de enfermeiros para atuarem
na mudança do modelo de atenção à saúde dos
indivíduos nos diferentes momentos do ciclo de
vida, da família e da sociedade.
Neste contexto, os processos formativos vêm se transformando, em especial na graduação, principalmente em decorrência dos processos de expansão do ensino privado, com o crescimento desordenado de escolas e cursos em todo o Brasil. [...]
[...]
No entanto, o perfil demográfico, epidemiológico e de necessidades assistenciais da população, estão a requerer reorientações, conforme instituído nas Diretrizes Curriculares Nacionais, na formação para a promoção da saúde e para o campo da saúde coletiva, prioritariamente, para atuação nos determinantes e condicionantes do processo saúde/doença.
[...]
Adaptado: Formação em Saúde: Problemas e Tendências I. Mario
Roberto Dal Poz, Thereza Cristina Varella, Maria Ruth dos Santos. – Rio
de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2015.
Assinale a opção CORRETA (obs.: atente-se para as regras vigentes brasileiras, e não portuguesas).
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo.
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto está citado na questão.
Texto para o item.
A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
As formas verbais “pôs” (linha 1) e “vêm” (linha 28) são
acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra
de acentuação gráfica.
A FÁBULA DOS PORCOS-ESPINHOS
(Fábula do Esopo)
A FÁBULA DOS PORCOS-ESPINHOS
(Fábula do Esopo)
“para justificar aos olhos do seu povo a existência fácil e opulenta das facções que a têm dirigido” (3º§)
O vocábulo destacado é acentuado em função:
(Disponível em: http://www.malvados.com.br/tirinha1687.jpg.)
Sobre a tirinha, considere as seguintes afirmativas:
1. O termo “há” pode ser substituído, no primeiro quadrinho, sem prejuízo do sentido, por “existe”.
2. Caso se substituísse “alguma pessoa” por “pessoas” no último quadrinho, seria necessário acentuar o verbo “ter”.
3. A expressão “pessoa jurídica”, no último quadrinho, faz referência à situação de dever na justiça.
4. O último quadrinho afirma o valor da pessoa humana para nossa sociedade.
Assinale a alternativa correta.