Questões de Concurso
Sobre acentuação gráfica: acento diferencial em português
Foram encontradas 682 questões
Leia o texto a seguir:
Cafezinho
Rubem Braga
Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café.
Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase:
– Ele foi tomar café.
A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir tomar um “cafezinho”. Para quem espera nervosamente, esse “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante.
Depois de esperar duas ou três horas, dá vontade de dizer:
– Bem, cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago:
– Ele saiu para tomar um café e disse que volta já.
Quando a bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar:
– Ele está?
– Alguém dará o nosso recado sem endereço.
Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado será o mesmo:
– Ele disse que ia tomar um cafezinho…
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim dirão:
– Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí…
Ah! fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino, nós teremos saído há uns cinco minutos para tomar um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.
Fonte: BRAGA, Rubem. O Conde e o passarinho & Morro de isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2022, p. 156-157
A oração que conta com todas as palavras devidamente acentuadas de acordo com a norma-padrão é:
De acordo com Cunha e Cintra, a respeito de ortografia, analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Para reproduzirmos na escrita as palavras de nossa língua, empregamos um certo número de sinais gráficos chamados letras e acentos gráficos; o conjunto ordenado de letras de que nos servimos para transcrever os sons que representam as ideias denomina-se vocábulo, o qual, hoje constitui-se de 23 letras.
( ) O acento pode ser agudo, grave ou circunflexo. O agudo é empregado para assinalar as vogais tônicas fechadas i e u, e as vogais tônicas abertas e semiabertas a, e e o. O acento grave é empregado para indicar a crase da preposição a com a forma feminina do artigo (a, as) e com os pronomes demonstrativos a(s), aquele(s), aquilo. O circunflexo é empregado para indicar o timbre semifechado das vogais tônicas a, e e o.
( ) O apóstrofo serve para assinalar a inserção de um fonema – geralmente de uma vogal – no texto lírico, em certas pronúncias populares e em palavras compostas ligadas pela preposição de.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Leia o texto e responda o que se pede nos comandos das questões.
PAGAR PARA DORMIR.
Em um mundo com bilhões de insones cresce o número de hotéis onde o objetivo principal dos hóspedes é reaprender a ter uma boa e merecida noite de sono.
Diego Alejandro
“Um conceito de estilo de vida projetado para promover o descanso, a saúde positiva e o bem-estar.” É assim que o Zedwell, um hotel londrino, define sua estadia. As portas, paredes e pisos dos quartos têm isolamento acústico, o ar é purificado, não há TV, os cartões eletrônicos de acesso não emitem sinal sonoro e a iluminação é suave. Os elementos são um pouco peculiares, mas são o único do estabelecimento inglês. Eles são a base de um novo tipo de turismo que se expande neste mundo que aos poucos sai de uma pandemia sedento por usufruir novamente de um dos maiores prazeres e necessidade da vida: dormir. Em lugares como Zedwell, paga-se para reaprender a desfrutar das delícias do sono.
Parece estranho pensar em reservar um hotel com a finalidade de nele cair nos braços de Morfeu. No entanto, quando se sabe que bilhões de pessoas lutam todas as noites para descansar ao menos algumas horas, a proposta faz sentido. No Brasil, são pelo menos 73 milhões de insones, segundo a Associação Brasileira do Sono, padecendo das consequências de não pregar os olhos adequadamente: alteração de humor, baixa na capacidade cognitiva, pouca disposição física e maior riscos a doenças graves como obesidade e diabetes.
A emergência de um turismo do sono, portanto, não soa assim tão despropositada. E o nicho vai muito bem, obrigado. A maioria dos hotéis abriu depois de 2020, como o inglês Zedwell e o Hastens Sleep Spa, inaugurado em Coimbra, Portugal. Com 15 quartos e pacotes a partir de 3000 reais a diária, o local pertence à marca homônima de camas listadas entre as melhores do mundo. Elas são feitas por artesãos que usam métodos tradicionais e materiais naturais desde 1852, com cada móvel levando mais de 300 horas para ser produzido. O processo gera “condições perfeitas para que o corpo relaxe ergonomicamente, apoiado e sem pontos de pressão”, garante a fabricante.
O foco dado à cama é esperado. Os hóspedes que reservam a Sleep Suite do Park Hyatt, em Nova York, pagam a partir de 4000 reais de diária para aproveitar, principalmente a restorative bad (em tradução livre do inglês), invenção da empresa Bryte, que usa inteligência artificial para acomodar o corpo do hóspede com perfeição. Outros resorts levaram o turismo do sono a um patamar acima. Em Ibiza, na Espanha, o Six Senses possui estadias com direito a exames e consultas de saúde e monitoramento do sono, além de sessões de relaxamento na praia. O Hotel Mandarim Oriental, em Genebra, uniu-se ao Senas, clínica privada suíça, para criar um programa de três dias - e 19.000 reais - que inclui diagnóstico de distúrbios do sono. Estadias em lugares assim, contudo, não devem ser encaradas como a redenção da insônia. “O sono perdido não é recuperado em poucos dias de hospedagem”, afirma a neurologista Márcia Assis, vice-presidente da Associação Brasileira do Sono. Por outro lado, a experiência gera informações valiosas. “À vivência pode ensinar novos hábitos a ser levados para rotina diária”, avalia a especialista. Na bagagem de volta, portanto, em vez de objetos locais, estará a matéria-prima para o merecido, sagrado e saudável descanso.
Fonte: REVISTA VEJA, n. 2826, 01/02/2023.
Foi empregado acento diferencial em:
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 10.
O bebê infrator.
Otto Lara Resende.
Não quer fazer julgamento precipitado nem falar de cadeira, isto é, sentado com todo o conforto e longe da tragédia. Mas me pergunto em que é que mudou esse problema que já nem sei como chamar. Sei que foi massificado com a legião dos meninos de rua. Botar uma etiqueta num problema ajuda a esquecê-lo.
Menor, inicialmente, era menor de idade. Daí apareceu a palavra "demenor" pronunciada "dimenor" pelos próprios meninos. "Sou dimenor" é um prévio perdão.
São cada vez mais precoces, os meninos. Aos 14 anos, um garoto dirige como gente grande. O videogame não tem segredo para uma criança de sete anos. A idade da razão é hoje a idade do computador. Se é assim para os que têm videogame e carro, não é diferente para os que não têm. Ou têm caco de vidro e estilete, faca e pedaço de pau. São também precoces os chamados "despossuídos". Um antigo relatório dos anos 50 falava em "desvalidos". Da sorte acrescentava.
Era o tempo do SAM, uma abjeção. Uma denúncia dramática liquidou a sigla e o respectivo Serviço de Assistência ao Menor. No lugar veio a Funabem. Outra sigla, outra torpeza. Agora é a Febem. Duas sílabas. "Fe" de felicidade e "bem" de bem-estar. Ou de bem aventurança. Era isto, presumo, o que estava na cabeça dos que bolaram o Estatuto da Criança e do Adolescente. Absoluta prioridade para a criança, garante a Constituição.
Aí a gente vê o que vê na televisão. Tatuapé é um filme de horror. Ao vivo e real. O drinque desce redondo, como se diz. E o jantar está na mesa. Ainda bem que é fácil apagar das nossas retinas fatigadas aquele trecho do inferno. Tatuapé mancha, nódoa social, se desmancha. Não será um tatu a pé que vai atrapalhar nossa digestão. Viva o trocadilho. Mais um pouco e um grupo de extermínio é apenas um esportivo grupo de caça. Ao tatu, por exemplo.
Quando a República foi proclamada, há 102 anos já estava no ar o discurso. Podem checar. Uma bela retórica. A república ía alfabetizar e pôr na linha todos os brasileirinhos, livres enfim do atraso. E começou o enxurro de exposição de motivos, discursos, leis e códigos. Hoje é difícil saber o que é maior. Se o papelório ou se o problema. Aí vem a ideia luminosa: por que não baixar a idade? Aos 16 anos, o menor pode, sim, ser responsável.
Criminalmente responsável. Deixa de ser menor. Por que não aos 14 anos? Ou aos sete? Por que não ao nascer? É isto mesmo: todo bebê é um criminoso. E nato!
Folha de São Paulo. 10 abr. 1992. Acervo Instituto Moreira Salles.
"Se é assim para os que têm videogame e carro, não é diferente para os que não têm. Ou têm caco de vidro e estilete, faca e pedaço de pau.". Analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
I- O excerto sugere paridade de tratamento entre menores de diferentes níveis econômicos.
II- A vírgula separa a oração subordinada da principal, posposta.
III- O acento circunflexo em "têm" deve-se a ajuste de concordância.
IV- A estrutura conclusiva do segundo período elenca objetos usados em atividades pueris.
V- O polissíndeto, na afirmação alternativa, enumera armas de delitos.
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 10.
A violência e o efeito contágio.
Recentemente fomos surpreendidos com a notícia de um ataque a uma creche em Blumenau, onde um homem, em um ato de barbárie, vitimou quatro crianças deixando todos nós atônitos, amedrontados e, ao mesmo tempo, tentando buscar respostas, mesmo que não há nada que justifique este horror.
Contudo, uma das razões que pode levar a tal violência é um fenômeno psicológico conhecido como efeito contágio, onde uma emoção, comportamento ou ideia se propaga de forma rápida e ampla, funcionando como um estímulo para aquela que estão propensas a reproduzir o mesmo comportamento.
O efeito contágio pode ser positivo, como, por exemplo, quando somos influenciados por hábitos saudáveis, por ideias otimistas, atitudes de solidariedade, etc; ou pode ter efeito negativo, através da influência dos comportamentos agressivos, de riscos, comportamentos alimentares inadequados, dentre outros.
No caso de um crime violento ou de um ataque, como o que aconteceu na escola, a ação pode servir de inspiração para outras pessoas, com características psicológicas e/ou motivações similares a do agressor para realizar o mesmo ato ou algo semelhante. Esta influência pode ser amplificada pela tecnologia, através do compartilhamento de informações, fotos, imagens, vídeos nas redes sociais ou aplicativos de conversa uma vez que a propagação ocorre num curto espaço de tempo e para muitas pessoas.
Tudo isso pode gerar aumento dos níveis de estresse, ansiedade e medo, principalmente em pessoas que já passaram por expenencias traumáticas. Somado a isso, há o sentimento de impotência pela falta de controle da situação e que conduz a sentimentos negativos sobre si, como a baixa autoestima, além de outros impactos psicológicos como insoma, dificuldade de concentração, perda da confiança nas pessoas, desenvolvimento de doenças, depressão, etc. Evidentemente que a divulgação da notícia é importante, mas o alerta é para que em casos de violência, como o ataque ocorrido na escola, não ganhe tamanha notoriedade a ponto de inspirar outras pessoas a cometer o mesmo ato.
Embora o efeito contágio seja um fenômeno complexo, precisamos refletir sobre a banalização da violência e a nossa postura diante dela. Associar a violência como algo de natureza humana ou reduzi-la simplesmente ao resultado da vida em sociedade, é uma forma de terceirizar a responsabilidade.
A passividade corrobora para o avanço da violência. Esse conformismo social dificulta a percepção do movimento de ação-reação e a nossa responsabilidade, mesmo que indireta. Como dito acima, uma vez que o efeito contágio pode também ter efeitos positivos, que sejamos então influenciados por comportamentos de solidariedade e de respeito ao próximo.
Joselene L. Alvim-psicóloga. 10/04/2023
A alternativa em que a palavra não pode ser grafada sem acento gráfico é:
Julgue o item subsequente.
Leva acento agudo ou circunflexo a forma verbal terminada em “a”, “e” e “o” tônicos seguida de “lo”, “la”, “los” ou “las”: sê-lo, deixa-la, trá-lo-ás.
Julgue o item subsequente.
As formas “detém”, “provém” e “contém”, na 3ª pessoa do
plural, ficam “detêm”, “provêm” e “contêm”, devido à regra
do acento diferencial.
Julgue o item que se segue.
Leva acento agudo ou circunflexo a forma verbal
terminada em “a”, “e” e “o” tônicos seguida de “lo”, “la”,
“los” ou “las”: sê-lo, deixa-la, trá-lo-ás.
Julgue o item que se segue.
No grupo de palavras: “enonomico”, “economia”, “carcere",
“encarcerado”, “adolescente” e “adolescencia", quatro
deveriam estar graficamente acentuadas.
Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões.
VICIADOS EM APLICATIVOS
Ao deixar decisões com o mundo virtual, afeto minha criatividade.
De uns tempos para cá, ninguém mais dirige sem Waze. Mesmo sabendo o caminho, as quebradas, os truques. Confesso: conheço bastante bem São Paulo e mal sei usar o aplicativo. Não que eu seja contra. Há muitos anos, no Japão, fiquei deslumbrado com a possibilidade de chegar aonde quisesse. O aplicativo também me salvou em uma viagem à Alemanha. Quando o Waze desembarcou aqui, achei ótimo. Mas aí estava com um amigo, indo para minha casa. Um caminho conhecidíssimo ele botou o Waze.
- É melhor - respondeu ele, com expressão de esfinge.
Fomos. O trajeto congestionado. Propus uma rota alternativa. O motorista não gostou. Deu uma guinada à direita.
-Porque virou?
-O Waze mandou. Aqui está vazio.
Estava. Todos os veículos, todos viraram imediatamente na mesma direção, congestionando toda a rua. Óbvio. O aplicativo dissera para fazerem o mesmo. E aí foi: uma sucessão de conversões, desvios, para chegar a novos congestionamentos. Quem vive há muito tempo em uma cidade tem seus truques. O Waze segue a lógica, inclusive de quilometragem. Mas não dá margem ao jeitinho pessoal, que é, frequentemente, a salvação. Por exemplo, seu eu vou para o Rio de Janeiro, quero pegar a Ayton Sena, que é uma rodovia mais tranquila em termos de caminhões. O Waze sempre indica a Dutra. Quando há outro no volante, começa a briga.
- Vai pela direita.
- O Waze está mandando à esquerda.
- Mas eu prefiro..
- É melhor. Diz que está vazia.
- ENTRA Á DIREITADE UMAVEZ!
Mas a questão não é exatamente essa. Motoristas experientes abdicam de todo seu conhecimento. Anos de tráfego para não pensarem um segundo sequer no caminho.
Não sou maluco por aplicativo. Até hoje não incorporei a Siri à minha vida. Fico satisfeita em teclar. Sim, é uma facilidade. Temos de viver entre tantas.
Existe uma tal Alexia, que torna a casa inteligente. Uma companheira. Lê as notícias, toca música, prevê o tempo. Controla a casa. Pede comida. Até conta piadas. Há também a Siri, já citada aqui, e o Google Home, Aplicativos que cuidam da sua, da minha, da nossa vida.
Fazem parte de uma mesma tendência. Deixar tarefas e decisões por conta do mundo virtual. Ninguém mais tem de escolher uma música. Basta abrir uma lista do Spotfy, que nem precisa ser sua mesmo, mas de alguém que você admira. É fascinante. Mas sinto que cada vez mais me torno menos criativo. Se eu sigo o caminho do Waze, nunca entrarei por acaso em uma ruazinha diferente e apaixonante. Se me entrego à Alexia, algo do meu estilo e modo de ser estará se transformando.
Não importa o que eu diga agora, sempre será incrivelmente careta. Os aplicativos estão aí, mais cedo ou mais tarde também me entregarei a eles, e assim o mundo vai. Só me pergunto: cada vez que eu abdicar de uma pequena capacidade de tomar decisões, não estarei abrindo mão de uma partezinha de minha humanidade?
Fonte: CARRASCO, Walcir, VEJA, 20 de agosto 2021.
Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave denota um certo grau de intimidade.
No mínimo, as tecnologias deveriam ser desenvolvidas para atender às necessidades de todas as pessoas, sem distinção alguma. No entanto, o Grupo de Pesquisa em Acessibilidade Digital, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, concluiu que, apesar do escasso número de avaliações dos usuários com deficiência visual ou condições oculares – fotofobia, daltonismo, baixa visão – em aplicativos, os feedbacks são suficientes para revelar falhas graves nas usabilidades dos aplicativos. Geralmente, as avaliações são utilizadas para aprimorar o refino das interfaces, ou para que os desenvolvedores projetem um novo software.
“As avaliações não são suficientes numericamente. Imagina só, você tem um aplicativo com um bilhão de downloads. Mas, só há 300 pessoas questionando sobre acessibilidade. Por mais que deem feedbacks, as empresas responsáveis por essas tecnologias não priorizarão adotar novas posturas”, explica Marcelo Eler, coordenador da pesquisa e professor da EACH. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 36 milhões de pessoas no mundo são cegas e outras 217 milhões têm baixa visão. No Brasil, a ausência de dados atualizados por meio do Censo prejudica estimar atualmente dados mais precisos.
O estudo é resultado das pesquisas de doutorado de Alberto de Oliveira e Paulo dos Santos, do Programa de Pós- - Graduação em Sistemas de Informação (PPgSI) da EACH, sob a orientação de Marcelo. Além disso, a pesquisa teve a colaboração de Wilson Júnior e Danilo Eler, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Wajdi Aljedaani, da Universidade do Norte do Texas (UNT), nos Estados Unidos. Eles observam que é “preciso que o mecanismo de avaliações seja explorado para deixar evidente às empresas que os problemas de usabilidade existem, importam e têm consequências sérias” [...].
“Para as pessoas sem deficiência, alguns comentários avaliando positivamente, solicitando melhorias, ou expondo alguma reclamação, podem parecer um detalhe ou uma frescura. E não é! A ausência de interfaces acessíveis impede as pessoas de serem autônomas, pois precisarão de alguém para auxiliá-las, como, por exemplo, num pedido de entrega de alimentos”, explica Marcelo ao mencionar a necessidade de evidências empíricas para romper com esses preconceitos ou atitudes capacitistas, ou seja, discriminação às pessoas com alguma deficiência.
Texto: Danilo Queiroz
(Disponível em: https://jornal.usp.br/diversidade. Adaptado.)
O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.
Caos nos aeroportos: por que a Europa virou o pesadelo dos turistas brasileiros
Quem está com viagem marcada para a Europa nos próximos dias deve se preparar para o pior. A crise enfrentada pelas companhias aéreas durante as férias de verão do hemisfério norte tem tomado conta das principais capitais europeias. O destaque negativo vai para Portugal, onde brasileiros chegaram a passar até quatro dias no aeroporto de Lisboa sem conseguir voltar ao país. Registros de cancelamentos, atrasos nos voos e bagagens extraviadas são comuns, e muitos passageiros estão sem receber informação alguma sobre como proceder nesses casos. Devido o colapso, algumas empresas não estão sequer prestando atendimento básico aos seus clientes, como fornecer alimentação durante os períodos de espera.
COMO MINIMIZAR OS PROBLEMAS |
Os passageiros brasileiros têm os seus direitos garantidos pela Resolução 400, emitida pela Agência Nacional de Aviação Civil(Anac) |
• Peça informações por escrito para a companhia aérea. Comprovantes de mensagens são cruciais caso você precise entrar na justiça |
• No caso de atrasos e eventuais cancelamento em que a empresa aérea não forneceu alimentação: guarde recibos dos restaurantes. |
• Muitas empresas têm respondiso aos passageiros com maior agilidade nas redes sociais, principalmente pelo Twitter. |
• Rastreador magnéticos, como o AirTag, da Apple, podem ser fixado na bagagem para facilitar a localização em caso de extravio |
Surtos de doenças respiratórias entre os funcionários, greves de profissionais do setor aéreo e aumento da demanda são algumas das causas do problema. A tão esperada recuperação do setor após dois anos de pandemia é, ironicamente, a principal responsável pela situação atual dos aeroportos: não houve tempo hábil para recontratar funcionários demitidos nem para oferecer os voos disponíveis nas opções pré-pandemia.
Sobrecarregados, os trabalhadores paralisaram as atividades em companhias que operam na Bélgica, Espanha, França, Itália e Portugal. Foi o caso da Ryanair, empresa de baixo custo que registrou greve de três dias. Nas redes sociais, passageiros do mundo todo sofrem com um problema que jamais tinha sido observado com tamanha intensidade: o extravio de bagagens. Imagens de milhares de malas abandonadas nos saguões dos aeroportos inundaram as redes sociais.
(Disponível em: Caos nos aeroportos: por que a Europa virou o pesadel dos turistas brasileiros (msn.com). Adaptado.)
A crise enfrentada pelas companhias aéreas durante as férias de verão do hemisfério norte tem tomado conta das principais capitais europeias.
Assinale a opção CORRETA. (Atente-se para a grafia brasileira, e não portuguesa).
Foi durante o ....................... de ....................... que ele teve a ....................... de comprar os
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
Julgue o item que se segue.
As formas “detém”, “provém” e “contém”, na 3ª pessoa do
plural, ficam “detêm”, “provêm” e “contêm”, devido à regra
do acento diferencial.
Texto
Como as redes sociais alteram a nossa percepção de tempo (por Daniel Vila Nova)
(Texto adaptado exclusivamente para este concurso.O texto original está disponível em https://gamarevista.uol.com.br/sociedade/como-as-redessociais-alteram-a-nossa-percepcao-de-tempo/ ; 28 de Setembro de 2021 @GAMAREVISTACOMPORTAMENTOREDES SOCIAISSOCIEDADETEMPO)
Da revolução industrial à digital, o tempo sempre foi modulado pela tecnologia. Entenda como a internet está moldando nossa relação com o relógio
Do Facebook ao Instagram, do Twitter ao Tiktok, a presença dos aplicativos em nossas vidas é tamanha que vem alterando a maneira como entendemos e nos relacionamos com o tempo. Se antes as pessoas lidavam com o que estava ao alcance físico, hoje, com a possibilidade de uma rede que nos conecta instantaneamente a qualquer lugar ou informação do mundo, temos que lidar com diversos “agoras” — a conversa entre amigos no chat de celular, o e-mail do trabalho e/ou o feed da rede social, somado ao que acontece no espaço físico em que a pessoa está. (I. __________ À medida que – Na medida que) a nossa noção de tempo é (II. __________ fragmentado – fragmentada), a maneira com que percebemos e reagimos ao que ocorre ao nosso redor é (III. __________ alterado – alterada).
Para a socióloga britânica Rebecca Coleman, da Goldsmiths Universidade de Londres, as redes sociais e o mundo digital passaram a produzir “agoras” diferentes e não um único “agora” uniforme e coeso. Em suas pesquisas, ela se dedica a entender como esses diferentes presentes são moldados por meio de diversas plataformas e práticas. Rebecca indica que, com o advento do digital, passamos a lidar com ao menos três “agoras” diferentes — o agora em tempo real, o agora alongado e o agora eliminado.
O mundo digital transformou o “agora” em um elemento com limites elásticos que se alongam e contraem
Sabe-se que o agora em tempo real é exemplificado por notificações de mensagens e menções em redes sociais, como uma atividade digital que acontece de imediato e que costuma exigir uma resposta, independentemente do horário. Já o agora alongado, exemplificado por quando mexemos nas redes sociais e a atualizamos em busca de conteúdo, é uma ação constante, que nunca é finalizada. Por fim, o agora eliminado, exemplificado por quando buscamos o digital para passar o tempo, é um movimento que busca eliminar o tempo o mais rápido possível, geralmente quando estamos esperando algo acontecer no mundo físico. De acordo com a socióloga britânica, as definições por vezes se entrelaçam, mas ela entende que o mundo digital transformou o “agora” em um elemento com limites elásticos que se alongam e contraem, se expandem e condensam.
Em um período em que tudo parece acontecer ao mesmo tempo, é natural a forma com que a humanidade encara o tempo e suas alterações. “A possibilidade de ter uma comunicação instantânea e constante aliada à disponibilidade de informações de maneira veloz afetam a nossa organização e percepção de tempo”, afirma André Cravo, professor da UFABC, psicólogo e pesquisador na área de neurofisiologia e cognição.
Assim como em outras revoluções tecnológicas ao longo da história, a revolução digital alterou a maneira com que nossa sociedade lida com o conceito de tempo. Enquanto todos tentam se readaptar e entender qual é a nova estrutura temporal a ser seguida, as redes sociais parecem já ter sentido que atenção e tempo não só andam juntos, como também são extremamente lucrativos. (...)
Estratégias para sequestrar sua atenção
As ferramentas utilizadas pelas redes sociais para manter o usuário no aplicativo são das mais variadas — feed infinito, tempo limitado em que postagens ficam disponíveis, timelines não cronológicas. Nada disso é por acaso, alerta Cravo. Na timeline cronológica, você consegue saber até onde consumiu o conteúdo e em que ponto pode encerrar sua visita no aplicativo. Ao quebrar essa ordem cronológica, perde-se a noção de quanto falta para ele ser finalizado. Quando estamos vendo um streaming, é só acabar um episódio que outro começa imediatamente. Da mesma forma, quando uma série ou um filme acabam, outros começam.
A ideia, segundo o psicólogo, é criar a sensação de que aquela tarefa nunca se completa. Já em conteúdos que têm uma data de expiração, como os Stories do Instagram ou o Snapchat, há uma cobrança para que o usuário consuma aquele conteúdo o quanto antes. Aqui, o artifício é o de obrigar o usuário a prestar atenção ao tempo, fazendo com que se visite o aplicativo ao menos uma vez por dia. “Raramente é uma informação completamente imperdível, mas as redes já criam essa sensação de que estamos perdendo algo. Quando isso é potencializado com algo que pode ser perdido, é natural que isso nos afete.” De acordo com Cravo, qualquer tipo de manipulação que afete a relação temporal de alguém vai afetar também a percepção e a organização temporal.
Texto 2
Estilo de vida: 5 atitudes que fazem os outros gostarem mais de você (Por Vitória Martinez)
Texto adaptado especificamente para este concurso. O texto original está disponível em https://mundoemrevista.com.br/5-atitudes-que-fazem-os-outrosgostarem-mais-de-voce/, acesso em 05 dez 23)
Em sua vida social, haverá atitudes que te aproximarão ou afastarão das pessoas.
Desenvolver hábitos que promovam uma interação positiva com os outros pode não apenas melhorar suas relações sociais, mas também fazer com que as pessoas gostem mais de você.
Existem alguns hábitos que, quando incorporados à sua vida diária, são capazes de te tornar mais agradável e de inspirar mudanças positivas naqueles ao seu redor. Por isso, destacamos alguns destes hábitos para que você possa ter uma imagem mais positiva!
Seja menos negativo
O otimismo é uma qualidade que pode influenciar profundamente a forma como os outros te ______ (I. veem / vêem). Pessoas positivas ______ (II. tem / têm) a capacidade de contagiar um ambiente com boas energias.
Não seja desagradável: evite reclamações constantes, foque em encontrar soluções para os desafios. Isso não apenas faz com que você se destaque como alguém ______ (III. proativo / próativo), mas também cria um ambiente mais leve e agradável para aqueles ao seu redor.
Esqueça a necessidade de querer agradar todo mundo
A necessidade de querer agradar pode ser exaustiva, já que isso é inatingível. É impossível suprir as expectativas e aceitar as opiniões de todos, então, concentre-se em ser autêntico e fiel aos seus valores. Pessoas que demonstram autenticidade são geralmente mais respeitadas e, por consequência, mais queridas.
Não seja controlador
A vontade de controlar situações e até mesmo as escolhas dos outros pode gerar desconforto. Permitir que as pessoas ao seu redor tenham espaço para tomar suas próprias decisões e aprender com suas experiências, essa é uma forma de demonstrar confiança e respeito. Seja um facilitador, não um controlador.
Reclame menos
A reclamação constante pode afastar as pessoas da sua vida. Seja consciente dos seus comentários e evite falar apenas o negativo. Em vez de reclamar, concentre-se em expressar gratidão. Quando as pessoas percebem que você consegue encontrar aspectos positivos, mesmo em situações desafiadoras, isso desencadeia um convívio agradável e inspirador.
Dê espaço aos outros
Seja consciente do espaço pessoal e das decisões de cada um. Ao permitir que as pessoas tenham autonomia, você constrói relações baseadas em respeito mútuo. Saiba a hora de ouvir o outro, afinal, nem tudo é sobre você. Dessa forma você ganha a simpatia alheia, já que o outro vai se sentir protagonista da própria vida.
Julgue o item a seguir.
As formas “detém”, “provém” e “contém”, na 3ª pessoa do
plural, ficam “detêm”, “provêm” e “contêm”, devido à regra
do acento diferencial.
Julgue o item a seguir.
A palavra “Hífen”, ao receber “s” do plural, perde o acento
(hifens), mas possui um plural variante menos comum
que mantém o acento, devido a outra regra: hífenes.