Questões de Concurso Sobre acentuação gráfica: proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas e hiatos em português

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Q820943 Português

Considerando os aspectos linguísticos do texto e as ideias nele expressas, julgue o item.

As palavras “saúde” e “flúor” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica, pois ambas são paroxítonas.

Alternativas
Q820479 Português

Em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir. 


As palavras “consultório”, “área” e “várias” são acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. 

Alternativas
Ano: 2017 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2017 - MPE-GO - Secretário Auxiliar |
Q820251 Português
Assinale a alternativa que contenha palavra com acentuação gráfica ERRADA:
Alternativas
Q818816 Português

TEXTO:

                                    A crise que estamos esquecendo

      O tema do momento é a crise financeira global. Eu aqui falo de outra, que atinge a todos nós, mas especialmente jovens e crianças: a violência contra professores e a grosseria no convívio em casa. Duas pontas da nossa sociedade se unem para produzir isso: falta de autoridade amorosa dos pais (e professores) e péssimo exemplo de autoridades e figuras públicas.

      Pais não sabem resolver a má-criação dos pequenos e a insolência dos maiores. Crianças xingam os adultos, chutam a babá, a psicóloga, a pediatra. Adolescentes chegam de tromba junto do carro em que os aguardam pai ou mãe: entram sem olhar aquele que nem vira o rosto para eles. Cumprimento, sorriso, beijo? Nem pensar. Como será esse convívio na intimidade? Como funciona a comunicação entre pais e filhos? Nunca será idílica, isso é normal: crescer é também contestar. Mas poderíamos mudar as regras desse jogo: junto com afeto, deveriam vir regras, punições e recompensas. Que tal um pouco de carinho e respeito, de parte a parte? Para serem respeitados, pai e mãe devem impor alguma autoridade, fundamento da segurança dos filhos neste mundo difícil, marcando seus futuros relacionamentos pessoais e profissionais. Mal-amados, mal-ensinados, jovens abrem caminho às cotoveladas e aos pontapés.

      Mal pagos e pouco valorizados, professores se encolhem, permitindo abusos inimagináveis alguns anos atrás. Um adolescente empurra a professora, que bate a cabeça na parede e sofre uma concussão. Um menininho chama a professora de “vadia”, em aula. Professores levam xingações de pais e alunos, além de agressões físicas, cuspidas, facadas, empurrões. Cresce o número de mestres que desistem da profissão: pudera. Em escolas e universidades, estudantes falam alto, usam o celular, entram e saem da sala enquanto alguém trabalha para o bem desses que o tratam como um funcionário subalterno. Onde aprenderam isso, se não, em primeira instância, em casa? O que aconteceu conosco? Que trogloditas somos – e produzimos –, que maltrapilhos emocionais estamos nos tornando, como preparamos a nova geração para a vida real, que não é benevolente nem dobra sua espinha aos nossos gritos? Obviamente não é assim por toda a parte, nem os pais e mestres são responsáveis por tudo isso, mas é urgente parar para pensar.

      Na outra ponta, temos o espetáculo deprimente dos escândalos e da impunidade reinante. Um Senado que não tem lugar para seus milhares de funcionários usarem computador ao mesmo tempo, e nem sabia quantos diretores tinha: 180 ou trinta? Autoridades que incitam ao preconceito racial e ao ódio de classes? Governos bons são caluniados, os piores são prestigiados. Não cedemos ao adversário nem o bem que ele faz: que importa o bem, se queremos o poder? Guerra civil nas ruas, escolas e hospitais precários, instituições moralmente falidas, famílias desorientadas, moradias sub-humanas, prisões onde não criaríamos porcos. Que profunda e triste impressão, sobretudo nos mais simples e desinformados e naqueles que ainda estão em formação. Jovens e adultos reagem a isso com agressividade ou alienação em todos os níveis de relacionamento. O tema “violência em casa e na escola” começa a ser tratado em congressos, seminários, entre psicólogos e educadores. Não vi ainda ações eficazes.

      Sem moralismo (diferente de moralidade) nem discursos pomposos ou populistas, pode-se mudar uma situação que se alastra – ou vamos adoecer disso que nos enoja. Quase todos os países foram responsáveis pela gravíssima crise financeira mundial. Todos os indivíduos, não importa a conta bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca violência física ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito. Cada um de nós pode escolher entre ignorar e transformar. Melhor promover a sério e urgentemente uma nova moralidade, ou fingimos nada ver, e nos abancamos em definitivo na pocilga.

                 (Luft, Lya. Revista Veja. Edição 2107 – ano 42- nº 14. Ed. Abril. 08 de abril de 2009)

O par de vocábulos do texto acentuado pela mesma regra é:
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Q818222 Português

Considerando a acentuação gráfica das palavras no texto, julgue os itens a seguir:

I. A palavra "vitima" (linha 61) deveria receber acento agudo, assim como acontece na linha 25;

II. A palavra "máximo" (linha 10) possui acento agudo pelo mesmo motivo que a palavra "véspera" (linha 08) é acentuada;

III. A palavra "recorde" (linha 13) deveria receber acento agudo na sílaba "re-" para indicar corretamente sua pronúncia como proparoxítona;

IV. As palavras "país" (linha 26), "juízo" (linha 18) e "aí" (linha 42), quando têm retirados seus acentos gráficos, são transformadas em outras palavras da língua portuguesa.

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Q816310 Português
TEXTO 4
Onda Conservadora
   “Se a mobilização social pela redemocratização do país trouxe com a Constituição de 1988 um paradigma democrático e de respeito aos direitos humanos, a onda conservadora que se formou nos últimos anos traz a proposta de uma sociedade em que predomina o interesse das grandes empresas sobre o dos cidadãos, do privado sobre o público, do individualismo sobre os interesses coletivos, da competição sobre a solidariedade, da intolerância sobre a valorização da diversidade, da busca pela eliminação do adversário transformando-o em inimigo.”
Fragmento do editorial ONDA CONSERVADORA, de Silvio Caccia Bava, Le Monde Diplomatique Brasil, 22 de outubro de 2016 http://www.diplomatique.org.br/editorial.php?edicao=112
Assinale a alternativa em que não há palavra proparoxítona.
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Q815082 Português
Assinale a alternativa cuja palavra NÃO recebe a mesma regra de acentuação gráfica da palavra “física”.
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Q813984 Português

                                         Saúde na balança

      [...]

      Por muito tempo, as pessoas acreditaram que uma criança gorda tinha mais saúde que a magra. Assim, pais e avós julgavam que uma pessoa bem alimentada tinha de ser bastante rechonchuda. Até hoje, algumas pessoas acreditam nisso. Mas saiba que nem sempre quem come mais é saudável...

      O alimento tem duas funções no organismo: fornecer substâncias essenciais e fornecer energia. Exemplos de substâncias essenciais são proteínas, algumas gorduras, vitaminas e sais minerais – como o corpo humano não fabrica alguns componentes dessas substâncias, elas têm de vir do alimento. Além disso, aquilo que comemos fornece a energia para todas as funções do nosso organismo: enxergar, escutar, manter os órgãos funcionando...

      Se comemos a mesma quantidade de energia que gastamos em nossas atividades diárias, mantemos o peso constante. Mas, se comermos mais do que gastamos, essa energia em excesso se acumula na forma de gordura. Aí é que começa o perigo.

      Apesar de importante para os animais e seres humanos, a gordura pode trazer vários problemas quando se acumula de forma exagerada. A obesidade (excesso de gordura no corpo) favorece o aparecimento de doenças como diabetes (excesso de açúcar no sangue) e hipertensão (aumento da pressão arterial) em jovens. E isso ninguém deseja.

      Mas sabe quais são as causas que contribuem para que você (ou aquele amigo da escola) fique obeso? Há duas explicações para isso. Sobre uma já falamos: o exagero de refrigerantes, doces ou biscoitos – quando, na verdade, o ideal é comer mais frutas e verduras.

      A segunda causa para a obesidade é a falta de exercícios. [...]

                                          Ênio Cardillo Vieria, Departamento de Bioquímica, UFMG.

                       (Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/saude-nabalanca/.

                                                                                                   Acesso em: 08/04/2017). 

Assinale a opção que segue a mesma regra de acentuação gráfica presente no fragmento “Assim, pais e avós julgavam que uma pessoa bem alimentada tinha de ser bastante rechonchuda”:
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Q813926 Português

                                 Grudados no Facebook

      Eu resistir o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente usariam a plataforma.

      Logo em um dos primeiros posts, uma provocação aos jovens chamada “Você quer mesmo ser cientista?”, descobri o poder do Facebook: através de compartilhamentos, foram centenas de curtidas em um dia só – e eu me descobrir grudada na tela, acompanhando as curtidas e os comentários que chegavam.

      Por que o Facebook tem o poder de transfixar o usuário em sua frente? Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou que a resposta estivesse no retorno positivo que a plataforma oferece por meio das curtidas públicas aos posts de usuários.

      As curtidas servem como uma indicação reputação social do usuário, e ter boa reputação é algo valioso por aumentar a chance de ser alvo de boa vontade e cooperação dos outros.

      Mas nem sequer é preciso pensar a respeito para apreciar o valor da boa reputação: descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como uma motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa de boa reputação se afirma.

      Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a sensibilidade do cérebro dos usuários a recompensas de dois tipos: monetárias e sociais.

      O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada voluntário respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na forma de adjetivos associados à sua pessoa, e a frequência de uso do Facebook por cada voluntário. A sensibilidade a retorno monetário não importa: aqueles que mais usam a plataforma são as pessoas que sentem mais prazer em ser avaliadas positivamente pelos outros.

      A descoberta explica por que o Facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame: justamente por que funciona como um videogame, onde você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso, é difícil resistir a “jogar” o tempo todo...

                    SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ

                                    e apresentadora do programa Cerebrando (cerebrando.net).

                                                                                      (Folha de S. Paulo, 01/04/2017.)

Assinale a opção que segue a mesma regra de acentuação gráfica presente na palavra destacada no excerto “por necessidade profissional e também para conhecer o inimigo”:
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Ano: 2017 Banca: AMAUC Órgão: FCEP Prova: AMAUC - 2017 - FCEP - Monitor Artístico |
Q813875 Português
Assinale a alternativa na qual a sequência de palavras esteja correta de acordo com as normas ortográficas em vigência:
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Q813574 Português
ESCOLAS: ANALFABETISMO E CIDADANIA
Dal Marcondes 
Nos últimos anos, crescem em diversos setores as críticas em relação ao modelo de educação conhecido como "progressão continuada", no qual os alunos do ensino fundamental não repetem de ano, mas são acompanhados ano a ano de acordo com sua capacidade cognitiva e de aprendizagem. Esse sistema tornou relativamente comum que estudantes de séries avançadas ainda apresentem dificuldades de alfabetização, mesmo estando em um período em que já se espera um grau maior de conhecimento da língua. 
Essa adequação entre série e aprendizagem é o modelo tradicional de ensino, pelo qual quem não consegue apresentar um bom desempenho em provas não consegue passar de ano, repetindo a mesma série no ano seguinte. Por muito tempo foi assim e isso se refletia em um alto grau de abandono escolar. Crianças que não conseguiam acompanhar passavam a ter um desequilíbrio entre a idade e a série correspondente, além de sofrer diversas formas de bullying.
O modelo continuado foi adotado por diversos estados e cidades como uma forma de manter a criança na escola. Ele parte de alguns princípios estruturantes, como o respeito ao ritmo de aprendizagem de cada criança, no qual o acompanhamento pedagógico ajuda a reduzir a defasagem. Mas tem um princípio que não tem sido levado em conta quando se faz críticas ao modelo, que é o da socialização. Mesmo crianças com alto grau de dificuldade de aprendizagem, que, por motivos diversos, muitas vezes alheios à vontade das crianças, como subnutrição ou traumas, quando permanecem na escola durante o tempo normal, cumprindo todas as séries, aprendem a conviver com outras pessoas e a construir relações que vão ajudá-las a trabalhar e a viver melhor.
A opção da reprovação e do abandono escolar, por outro lado, coloca essas crianças na rua, ao alcance da violência e do crime, crescendo discriminadas e muitas vezes ressentidas com a sociedade que as abandonou. Certamente, o modelo da progressão continuada pode ser melhorado e precisa de mais empenho por parte de gestores e educadores, mas a alternativa da reprovação é mais danosa para a sociedade e para as crianças que não conseguem acompanhar pari-passu o currículo escolar. 
Portanto, antes de se fazer críticas a uma educação mais inclusiva, capaz de trabalhar elementos de cidadania no longo prazo, é bom fazer uma reflexão sobre os péssimos impactos de se lançar crianças à rua sem nenhuma estrutura de apoio. O tempo na escola, mesmo que os resultados não possam ser medidos em aprendizagem objetiva, ajuda na formação de cidadãos.
Disponível em: < http://www.cartacapital.com.br>. Acesso em: 13 mai. 2014.
GLOSSÁRIO
Pari-passu: expressão latina que significa "em igual passo", "simultaneamente", "ao mesmo tempo".
Em relação à acentuação gráfica das palavras “críticas”, “currículo” e “pedagógico”, assinale a opção correta.
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Ano: 2016 Banca: CRO - SC Órgão: CRO - SC Prova: CRO - SC - 2016 - CRO - SC - Administrador |
Q813164 Português
LÍNGUA ANCESTRAL DO PORTUGUÊS SE ORIGINOU NA TURQUIA
Pesquisa mostra que todas as línguas da família indoeuropeia, incluindo as latinas, tiveram origem na mesma região 
Por Guilherme Rosa 23 ago 2012, 19h44 - Atualizado em 6 maio 2016, 16h28 Adaptado de: http://veja.abril.com.br/ciencia/lingua-ancestral-do-portugues-se-originouna-turquia/ Acesso em 02 dez 2016. 
[...] Os idiomas que fazem parte da mesma família linguística têm uma origem comum. Por isso, acabam herdando algumas características dessa língua original, como palavras cognatas e construções linguísticas. A família com mais línguas é a Niger-Congolesa, que tem mais de 1.510 idiomas registrados, e 382 milhões de falantes. Já a família indo-europeia tem 426 idiomas catalogados, mas é falada por quase três bilhões de pessoas. [...] 
A família linguística indo-europeia reúne alguns dos idiomas mais falados em todo o planeta. Até o século 16, eles se restringiam à Europa e ao leste asiático, mas se espalharam pela América, África e Oceania. Hoje em dia, é falada por quase três bilhões de pessoas em todo o mundo. A segunda maior família de línguas é a sinotibetana, que inclui o chinês, o tibetano e o birmanês, e é falada por 1,3 bilhão de pessoas.
Até agora, os cientistas haviam desenvolvido duas teorias para explicar a origem da família indo-europeia. Uma delas propunha que ela era descendente de um idioma falado por um povo seminômade que habitava estepes ao norte do Mar Cáspio, na Rússia, há 6.000 anos. A outra hipótese previa que a língua havia surgido na região da Anatólia, no extremo oeste asiático, onde hoje se encontra a Turquia. Segundo essa teoria, ela teria se espalhado pelo mundo entre 9.500 ou 8.000 anos atrás, com a expansão da agricultura.
Os pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, resolveram testar qual desses cenários era mais provável. Para isso, resolveram adaptar um método estatístico utilizado por biólogos evolutivos para estudar a evolução de algumas espécies. Esses cientistas costumam usar semelhanças e diferenças no DNA para traçar as origens dessas espécies e montar uma árvore genealógica com seus ancestrais. 
Os pesquisadores usaram a mesma abordagem para montar a árvore genealógica dos idiomas indoeuropeus. Em vez de procurar por semelhanças no DNA, buscaram por palavras cognatas em 103 idiomas da família, desde os mais modernos aos já extintos. 
Depois de montar a árvore genealógica e de traçar como cada língua se espalhou pela Europa e Ásia, eles estimaram onde cada uma delas havia surgido, chegando até o idioma original.
Como resultado, confirmaram que a família indoeuropeia surgiu na Turquia entre 8.000 e 9.500 anos atrás. Segundo os pesquisadores, o desenvolvimento da agricultura levou essa “língua-mãe” ao resto da Europa e oeste da Ásia. 
Com a evolução do idioma e a relação com outras culturas, acabaram surgindo diversas subfamílias no decorrer do tempo. As cinco principais, que são faladas ainda hoje – o céltico, germânico, itálico, balto-eslavo e indo-iraniano – começaram a se diferenciar entre 4.000 e 6.000 anos atrás. 
Das alternativas a seguir, assinale a que apresente corretamente todas as palavras acentuadas (ou não) pela norma vigente: 
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Ano: 2016 Banca: CRO - SC Órgão: CRO - SC Prova: CRO - SC - 2016 - CRO - SC - Administrador |
Q813160 Português
LÍNGUA ANCESTRAL DO PORTUGUÊS SE ORIGINOU NA TURQUIA
Pesquisa mostra que todas as línguas da família indoeuropeia, incluindo as latinas, tiveram origem na mesma região 
Por Guilherme Rosa 23 ago 2012, 19h44 - Atualizado em 6 maio 2016, 16h28 Adaptado de: http://veja.abril.com.br/ciencia/lingua-ancestral-do-portugues-se-originouna-turquia/ Acesso em 02 dez 2016. 
[...] Os idiomas que fazem parte da mesma família linguística têm uma origem comum. Por isso, acabam herdando algumas características dessa língua original, como palavras cognatas e construções linguísticas. A família com mais línguas é a Niger-Congolesa, que tem mais de 1.510 idiomas registrados, e 382 milhões de falantes. Já a família indo-europeia tem 426 idiomas catalogados, mas é falada por quase três bilhões de pessoas. [...] 
A família linguística indo-europeia reúne alguns dos idiomas mais falados em todo o planeta. Até o século 16, eles se restringiam à Europa e ao leste asiático, mas se espalharam pela América, África e Oceania. Hoje em dia, é falada por quase três bilhões de pessoas em todo o mundo. A segunda maior família de línguas é a sinotibetana, que inclui o chinês, o tibetano e o birmanês, e é falada por 1,3 bilhão de pessoas.
Até agora, os cientistas haviam desenvolvido duas teorias para explicar a origem da família indo-europeia. Uma delas propunha que ela era descendente de um idioma falado por um povo seminômade que habitava estepes ao norte do Mar Cáspio, na Rússia, há 6.000 anos. A outra hipótese previa que a língua havia surgido na região da Anatólia, no extremo oeste asiático, onde hoje se encontra a Turquia. Segundo essa teoria, ela teria se espalhado pelo mundo entre 9.500 ou 8.000 anos atrás, com a expansão da agricultura.
Os pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, resolveram testar qual desses cenários era mais provável. Para isso, resolveram adaptar um método estatístico utilizado por biólogos evolutivos para estudar a evolução de algumas espécies. Esses cientistas costumam usar semelhanças e diferenças no DNA para traçar as origens dessas espécies e montar uma árvore genealógica com seus ancestrais. 
Os pesquisadores usaram a mesma abordagem para montar a árvore genealógica dos idiomas indoeuropeus. Em vez de procurar por semelhanças no DNA, buscaram por palavras cognatas em 103 idiomas da família, desde os mais modernos aos já extintos. 
Depois de montar a árvore genealógica e de traçar como cada língua se espalhou pela Europa e Ásia, eles estimaram onde cada uma delas havia surgido, chegando até o idioma original.
Como resultado, confirmaram que a família indoeuropeia surgiu na Turquia entre 8.000 e 9.500 anos atrás. Segundo os pesquisadores, o desenvolvimento da agricultura levou essa “língua-mãe” ao resto da Europa e oeste da Ásia. 
Com a evolução do idioma e a relação com outras culturas, acabaram surgindo diversas subfamílias no decorrer do tempo. As cinco principais, que são faladas ainda hoje – o céltico, germânico, itálico, balto-eslavo e indo-iraniano – começaram a se diferenciar entre 4.000 e 6.000 anos atrás. 
Analise as proposições a seguir. Em seguida, assinale a alternativa que contenha a análise correta sobre as mesmas. I. Em: “Já a família indo-europeia tem 426 idiomas catalogados, mas é falada por quase 3 bilhões de pessoas”, a simples substituição do termo “a família indo-europeia” por “o grupo indo-europeu, não alteraria a correção do período. II. Em: “A família com mais línguas é a NigerCongolesa, que tem mais de 1.510 idiomas registrados, e 382 milhões de falantes”, a vírgula antes de “e” é opcional. III. As palavras “elas” e “ela”, destacadas no terceiro parágrafo, referem-se, respectivamente, aos ternos: “teorias” e “origem”. IV. As palavras “Cáspio” e “Rússia”, presentes no terceiro parágrafo, são acentuadas pela mesma razão.
Alternativas
Ano: 2016 Banca: CRO - SC Órgão: CRO - SC Prova: CRO - SC - 2016 - CRO - SC - Administrador |
Q813158 Português
LÍNGUA ANCESTRAL DO PORTUGUÊS SE ORIGINOU NA TURQUIA
Pesquisa mostra que todas as línguas da família indoeuropeia, incluindo as latinas, tiveram origem na mesma região 
Por Guilherme Rosa 23 ago 2012, 19h44 - Atualizado em 6 maio 2016, 16h28 Adaptado de: http://veja.abril.com.br/ciencia/lingua-ancestral-do-portugues-se-originouna-turquia/ Acesso em 02 dez 2016. 
[...] Os idiomas que fazem parte da mesma família linguística têm uma origem comum. Por isso, acabam herdando algumas características dessa língua original, como palavras cognatas e construções linguísticas. A família com mais línguas é a Niger-Congolesa, que tem mais de 1.510 idiomas registrados, e 382 milhões de falantes. Já a família indo-europeia tem 426 idiomas catalogados, mas é falada por quase três bilhões de pessoas. [...] 
A família linguística indo-europeia reúne alguns dos idiomas mais falados em todo o planeta. Até o século 16, eles se restringiam à Europa e ao leste asiático, mas se espalharam pela América, África e Oceania. Hoje em dia, é falada por quase três bilhões de pessoas em todo o mundo. A segunda maior família de línguas é a sinotibetana, que inclui o chinês, o tibetano e o birmanês, e é falada por 1,3 bilhão de pessoas.
Até agora, os cientistas haviam desenvolvido duas teorias para explicar a origem da família indo-europeia. Uma delas propunha que ela era descendente de um idioma falado por um povo seminômade que habitava estepes ao norte do Mar Cáspio, na Rússia, há 6.000 anos. A outra hipótese previa que a língua havia surgido na região da Anatólia, no extremo oeste asiático, onde hoje se encontra a Turquia. Segundo essa teoria, ela teria se espalhado pelo mundo entre 9.500 ou 8.000 anos atrás, com a expansão da agricultura.
Os pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, resolveram testar qual desses cenários era mais provável. Para isso, resolveram adaptar um método estatístico utilizado por biólogos evolutivos para estudar a evolução de algumas espécies. Esses cientistas costumam usar semelhanças e diferenças no DNA para traçar as origens dessas espécies e montar uma árvore genealógica com seus ancestrais. 
Os pesquisadores usaram a mesma abordagem para montar a árvore genealógica dos idiomas indoeuropeus. Em vez de procurar por semelhanças no DNA, buscaram por palavras cognatas em 103 idiomas da família, desde os mais modernos aos já extintos. 
Depois de montar a árvore genealógica e de traçar como cada língua se espalhou pela Europa e Ásia, eles estimaram onde cada uma delas havia surgido, chegando até o idioma original.
Como resultado, confirmaram que a família indoeuropeia surgiu na Turquia entre 8.000 e 9.500 anos atrás. Segundo os pesquisadores, o desenvolvimento da agricultura levou essa “língua-mãe” ao resto da Europa e oeste da Ásia. 
Com a evolução do idioma e a relação com outras culturas, acabaram surgindo diversas subfamílias no decorrer do tempo. As cinco principais, que são faladas ainda hoje – o céltico, germânico, itálico, balto-eslavo e indo-iraniano – começaram a se diferenciar entre 4.000 e 6.000 anos atrás. 
Analise as proposições a seguir sobre as palavras destacadas no primeiro parágrafo: I. A palavra “cognatas”, destacada no texto, significa: de mesma origem. II. A palavra “têm”, destacada no primeiro parágrafo, é acentuada por ser um monossílabo tônico terminado em “-em”. III. A palavra “algumas” pertence à classe dos pronomes indefinidos; e “dessa” é uma contração de pronome demonstrativo com preposição. IV. O hífen em “Niger-Congolesa” justifica-se pelo fato de o hífen sempre ser empregado na composição de gentílicos compostos. Assinale a alternativa que contenha a análise correta das proposições.
Alternativas
Q812957 Português

                                O Dia da Consciência Negra

      [...]

      O assunto é delicado; em questão de raça, deve-se tocar nela com dedos de veludo. Pode ser que eu esteja errada, mas parece que no tema de raça, racismo, negritude, branquitude, nós caímos em preconceito igual ao dos racistas. O europeu colonizador tem - ou tinha - uma lei: teve uma parte de sangue negro - é negro. Por pequena que seja a gota de sangue negro no indivíduo, polui-se a nobre linfa ariana, e o portador da mistura é "declarado negro”. E os mestiços aceitam a definição e - meiões, quarteirões, octorões - se dizem altivamente “negros", quando isso não é verdade. Ao se afirmar “negro” o mestiço faz bonito, pois assume no total a cor que o branco despreza. Mas ao mesmo tempo está assumindo também o preconceito do branco contra o mestiço. Vira racista, porque, dizendo-se negro, renega a sua condição de mulato, mestiço, half-breed, meia casta, marabá, desprezados pela branquidade. Aliás, é geral no mundo a noção exacerbada de raça, que não afeta só os brancos, mas os amarelos, vermelhos, negros; todos desprezam o meia casta, exemplo vivo da infração à lei tribal.

      Eu acho que um povo mestiço, como nós, deveria assumir tranquilamente essa sua condição de mestiço; em vez de se dizer negro por bravata, por desafio - o que é bonito, sinal de orgulho, mas sinal de preconceito também. Os campeões nossos da negritude, todos eles, se dizem simplesmente negros. Acham feio, quem sabe até humilhante, se declararem mestiços, ou meio brancos, como na verdade o são. “Black is beautiful” eu também acho. Mas mulato é lindo também, seja qual for a dose da sua mistura de raça. Houve um tempo, antes de se desenvolver no mundo a reação antirracista, em que até se fazia aqui no Rio o concurso “rainha das mulatas”. Mas a distinção só valia para a mulata jovem e bela. Preconceito também e dos péssimos, pois a mulata só era valorizada como objeto sexual, capaz de satisfazer a consciência dos homens.

     A gente não pode se deixar cair nessa armadilha dos brancos. A gente tem de assumir a nossa mulataria. Qual brasileiro pode jurar que tem sangue “puro” nas veias, - branco, negro, árabe, japonês?

    Vejam a lição de Gilberto Freyre, tão bonita. Nós todos somos mestiços, mulatos, morenos, em dosagens várias. Os casos de branco puro são exceção (como os de índios puros - tais os remanescentes de tribos que certos antropólogos querem manter isolados, geneticamente puros - fósseis vivos - para eles estudarem...). Não vale indagar se a nossa avó chegou aqui de caravela ou de navio negreiro, se nasceu em taba de índio ou na casa-grande. Todas elas somos nós, qualquer procedência Tudo é brasileiro. Quando uma amiga minha, doutora, participante ilustre de um congresso médico, me declarou orgulhosa “eu sou negra” - não resisti e perguntei: “Por que você tem vergonha de ser mulata?” Ela quase se zangou. Mas quem tinha razão era eu. Na paixão da luta contra a estupidez dos brancos, os mestiços caem justamente na posição que o branco prega: negro de um lado, branco do outro. Teve uma gota de sangue africano é negro - mas tendo uma gota de sangue branco será declarado branco? Não é.

      Ah, meus irmãos, pensem bem. Mulata, mulato também são bonitos e quanto! E nós todos somos mesmo mestiços, com muita honra, ou morenos, como o queria o grande Freyre. Raça morena, estamos apurando. Daqui a 500 anos será reconhecida como “zootecnicamente pura" tal como se diz de bois e de cavalos. Se é assim que eles gostam!

QUEIROZ, Rachel. O Dia da Consciência Negra. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 23nov. 2002. Brasil, caderno 2, p. D16,

Vocabulário:

half-bread: mestiço,

marabá: mameluco.

meião, quarteirão e octorão: pessoas que têm, respectivamente, metade, um quarto e um oitavo de sangue negro.

“Black is beautiful”: “O negro é bonito

Considere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção do texto:

I. Em “mas parece que no tema de raça, racismo, negritude, branquitude, nós CAÍMOS em preconceito... Por pequena que seja a gota de sangue negro do INDIVÍDUO”, as palavras destacadas recebem acento pela mesma regra de acentuação.

II. Passando-se para o plural o trecho destacado em “todos desprezam o meia casta, EXEMPLO VIVO DA INFRAÇÃO À LEI TRIBAL.”, mantendo-se o A no singular, o sinal indicativo de crase, obrigatoriamente, não poderia ser usado.

III. Em “E os mestiços aceitam a definição e - meiões, quarteirões, octorões - se dizem altivamente 'negros', quando ISSO não é verdade.”, o elemento destacado se refere a uma ideia anteriormente expressa.

Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Q812925 Português

Comida: não deixe estragar  

1 Para evitar o desperdício de alimentos ou uma possível contaminação que afetaria a sua saúde, é preciso colocar em prática atitudes que começam na hora da compra e se estendem à forma como você armazena e prepara em casa. Aprenda!

2 Restos de comida no lixo prejudicam o bolso e o meio ambiente. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são jogados fora por ano. No Brasil, cada habitante produz 1 kg de lixo por dia, sendo 58% deste orgânico.

3 Para acabar com o desperdício, é preciso adotar certas medidas. Entre elas, planejar as compras com listas adequadas ao número de moradores da casa, cozinhar a quantidade certa e guardar as sobras na geladeira ou no freezer - organizando tudo de maneira correta, a fim de aumentar a conservação e a durabilidade dos produtos, além de prevenir doenças devido ao consumo de comidas estragadas.

4 O bom senso é excelente conselheiro para saber se os alimentos se apresentam em bom estado: olhe, cheire e prove. Mas cuidado: algumas alterações estão fora do alcance dos sentidos. A contaminação microbiana é a mais conhecida e perigosa. Muitas vezes invisível, não tem cheiro, nem sabor. É causada por bactérias, bolores e outros microrganismos que se desenvolvem nos alimentos e podem originar doenças. Os principais culpados são Salmonella, Listeria e Campylobacter. Todos afetam o funcionamento do aparelho digestivo e podem provocar vômitos e diarreias, entre outros sintomas.  

5 Quando os microrganismos, como o Clostridium botulinum e o estafilococos, produzem toxinas, podem surgir intoxicações alimentares com consequências mais graves: morte dos tecidos atingidos e paralisia dos músculos são exemplos. Porém vale destacar que nem sempre uma comida contaminada causa doenças: depende da quantidade de germes e da resistência da pessoa que está comendo.

6 Saiba, ainda, que as alterações físicas e químicas reduzem a qualidade do alimento: afetam o aspecto, a textura, o paladar e, às vezes, o valor nutritivo. Mas, em geral, não desencadeiam problemas de saúde. Essas alterações são provocadas, por exemplo, pela temperatura, pelo ar ou por enzimas, deixando, por exemplo, o mel cristalizado, a alface murcha ou a manteiga rançosa.

7 O bom é que essa degradação dos alimentos pode ser abreviada com boas práticas e temperaturas de conservação adequadas. Na cozinha, siga à risca as regras de higiene. Manipule os alimentos com as mãos e os utensílios limpos e não corte, por exemplo, o frango e os legumes sem lavar a faca, para evitar contaminação cruzada.

8 Cozinhe bem todos os pratos, para eliminar os microrganismos. As toxinas produzidas por alguns deles resistem ao calor e não há como eliminá-las. Caso a comida preparada sobre, espere esfriar e guarde na geladeira. Saiba que a temperatura sempre sobe quando colocamos novos alimentos dentro dela, mesmo que estejam à temperatura ambiente. Porém com comida quente a elevação é maior. Assim, além de pôr em risco a conservação do alimento, pode danificar o aparelho.

9 Na geladeira ou na despensa, uma boa dica é colocar os produtos com validade mais próxima na parte da frente. Dessa maneira, serão os primeiros a serem pegos na hora em que você quiser consumilos. Já o período de conservação depende do tipo de alimento. Em geral, os mais ácidos e secos resistem mais e, em muitos casos, não precisam de refrigeração. Os perecíveis - como carne, peixe, frutos do mar e bolos com recheio - devem ser guardados na geladeira e consumidos entre um e três dias. As sobras de refeições aguentam alguns dias, se forem bem cozidas e guardadas, no máximo a 4ºC.  

Texto adaptado de Revista Proteste Saúde, número 61, março 2017, p. 10-12.  

Sobre acentuação gráfica, assinale a alternativa em que todas as palavras retiradas do texto obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.
Alternativas
Q812924 Português

Comida: não deixe estragar  

1 Para evitar o desperdício de alimentos ou uma possível contaminação que afetaria a sua saúde, é preciso colocar em prática atitudes que começam na hora da compra e se estendem à forma como você armazena e prepara em casa. Aprenda!

2 Restos de comida no lixo prejudicam o bolso e o meio ambiente. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são jogados fora por ano. No Brasil, cada habitante produz 1 kg de lixo por dia, sendo 58% deste orgânico.

3 Para acabar com o desperdício, é preciso adotar certas medidas. Entre elas, planejar as compras com listas adequadas ao número de moradores da casa, cozinhar a quantidade certa e guardar as sobras na geladeira ou no freezer - organizando tudo de maneira correta, a fim de aumentar a conservação e a durabilidade dos produtos, além de prevenir doenças devido ao consumo de comidas estragadas.

4 O bom senso é excelente conselheiro para saber se os alimentos se apresentam em bom estado: olhe, cheire e prove. Mas cuidado: algumas alterações estão fora do alcance dos sentidos. A contaminação microbiana é a mais conhecida e perigosa. Muitas vezes invisível, não tem cheiro, nem sabor. É causada por bactérias, bolores e outros microrganismos que se desenvolvem nos alimentos e podem originar doenças. Os principais culpados são Salmonella, Listeria e Campylobacter. Todos afetam o funcionamento do aparelho digestivo e podem provocar vômitos e diarreias, entre outros sintomas.  

5 Quando os microrganismos, como o Clostridium botulinum e o estafilococos, produzem toxinas, podem surgir intoxicações alimentares com consequências mais graves: morte dos tecidos atingidos e paralisia dos músculos são exemplos. Porém vale destacar que nem sempre uma comida contaminada causa doenças: depende da quantidade de germes e da resistência da pessoa que está comendo.

6 Saiba, ainda, que as alterações físicas e químicas reduzem a qualidade do alimento: afetam o aspecto, a textura, o paladar e, às vezes, o valor nutritivo. Mas, em geral, não desencadeiam problemas de saúde. Essas alterações são provocadas, por exemplo, pela temperatura, pelo ar ou por enzimas, deixando, por exemplo, o mel cristalizado, a alface murcha ou a manteiga rançosa.

7 O bom é que essa degradação dos alimentos pode ser abreviada com boas práticas e temperaturas de conservação adequadas. Na cozinha, siga à risca as regras de higiene. Manipule os alimentos com as mãos e os utensílios limpos e não corte, por exemplo, o frango e os legumes sem lavar a faca, para evitar contaminação cruzada.

8 Cozinhe bem todos os pratos, para eliminar os microrganismos. As toxinas produzidas por alguns deles resistem ao calor e não há como eliminá-las. Caso a comida preparada sobre, espere esfriar e guarde na geladeira. Saiba que a temperatura sempre sobe quando colocamos novos alimentos dentro dela, mesmo que estejam à temperatura ambiente. Porém com comida quente a elevação é maior. Assim, além de pôr em risco a conservação do alimento, pode danificar o aparelho.

9 Na geladeira ou na despensa, uma boa dica é colocar os produtos com validade mais próxima na parte da frente. Dessa maneira, serão os primeiros a serem pegos na hora em que você quiser consumilos. Já o período de conservação depende do tipo de alimento. Em geral, os mais ácidos e secos resistem mais e, em muitos casos, não precisam de refrigeração. Os perecíveis - como carne, peixe, frutos do mar e bolos com recheio - devem ser guardados na geladeira e consumidos entre um e três dias. As sobras de refeições aguentam alguns dias, se forem bem cozidas e guardadas, no máximo a 4ºC.  

Texto adaptado de Revista Proteste Saúde, número 61, março 2017, p. 10-12.  

Sobre a acentuação gráfica de palavras retiradas do texto, assinale a alternativa que apresenta uma palavra cujo acento se justifica pela presença de um hiato.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Técnico Administrativo |
Q812841 Português

O exagero das festas infantis é uma ignorância peculiar do Brasil?

(Ivana Ebel)

1 Se tem uma coisa que eu nunca entendi no Brasil foi o exagero dos pais na hora de organizar uma festa de aniversário para as crianças. Isso é mesmo parte da nossa tradição cultural? O país tem uma verdadeira indústria em torno do que parece um desfile carnavalesco temático encerrado em qualquer dos salões de festa de Norte a Sul. Não, não me entenda mal: não sou contra celebrar a vida, festejar mais um ano. Mas chamar cem pessoas para um cenário emaranhado de figuras de isopor e balões porque o bebê está fazendo um aninho é de um exagero.

2 Quando cheguei aqui na Alemanha notei essa diferença antes mesmo de ter amigos com filhos. Nas lojas e supermercados, o setor das festinhas é bem pequeno. Velinhas, um ou dois brinquedinhos e deu. Pratos, copos, chapéus temáticos são raridade. As decoradoras de festas infantis morreriam de fome por aqui e os adultos gulosos pelos docinhos podem tirar o cavalinho da chuva.

3 Primeiro que os salgadinhos, docinhos e afins não existem. Alemães geralmente detestam brigadeiro: acham doce demais. Em algumas comunidades brasileiras aparecem pessoas que oferecem os serviços pela internet para mães brasileiras que querem fazer as festas como na terra natal, para espanto e choque dos alemães. Ninguém por aqui entende o motivo de tanta pompa e circunstância – e eu compartilho esse sentimento: por aqui se celebra muito mais o primeiro dia de aula de uma criança do que o fato de ela fazer mais um ano.

4 Os primeiros anos dos bebês alemães que vi por aqui foram festejados pelo pai, pela mãe e, em alguns casos, pelos avós. Um bolo na mesa marcou a data, mas a vida não mudou seu curso por causa disso. E é assim até quando a criança está maiorzinha e passa a ter relações de amizade no jardim. Só então a festinha passa a ser mais importante. Aos 4 anos, ela pode convidar quatro amiguinhos. Aos 5, cinco. O convite para a festa é específico: tem a hora em que os pais devem deixar os filhos na casa do aniversariante e a hora em que devem buscá-los.

5 Os pais dos convidados não ficam na festa. Geralmente a mesa é posta com bolo, salsichas (claro!) e salgados feitos em casa, não se bebe refrigerante e, depois de comer, as crianças participam de brincadeiras organizadas pela mãe anfitriã. Nessas brincadeiras existem pequenas prendas e no final todos ganham uma sacolinha de balas para levar para casa. Mas a festa não precisa ser necessariamente uma festa. Pode ser apenas um dia especial em que a criança comemora com os amigos em um programa que ela escolheu: ir ao cinema, ir a um parque fazer piquenique, um parque de diversões.

 6 Na escolinha, nada de frescura. A mãe leva um bolo ou muffins e algo salgado. Podem ser palitos de cenoura ou rodelas de pepino, por exemplo. Nada de decoração. O aniversariante usa uma coroa e é o rei da turma naquele dia. Geralmente se senta em uma cadeira em forma de troninho e é isso. A vida por aqui é muito, muito menos complicada. E menos consumista também.

7 Os casamentos seguem a mesma linha. Muita gente se casa apenas no civil, festeja no quintal de casa, faz fotos com amigos queridos em um parque e ninguém acha que por isso exista menos amor. Na verdade, confesso que a simplicidade da cerimônia me faz crer na cumplicidade do casal, mas isso é outro debate. Nunca fui uma moçoila casadeira mesmo.

8 Mas depois de alguns anos aqui começo a achar que uma coisa é o resultado da outra. Quando os pais transformam cada aniversário do filho em um show pirotécnico, o que sobra para eles na hora de festejar o que realmente importa na vida? Estamos constantemente preocupados em mostrar para o vizinho que a Pepa Pig da festa do nosso filho tem mais purpurina do que Elza do cenário do outro. No fundo, em vez de passarmos tempo de qualidade com quem amamos correndo por um parque ou cuidando do jardim, estamos mais preocupados em decidir o tema da próxima festa de isopor.

9 É na simplicidade de viver que os alemães e seu jeito austero nos fazem pensar no porquê de tanta complicação. Sem arcos de balões, eles dão de mil a zero na nossa pretensão de sermos calorosos, porque investimos mais nas aparências e convidamos dezenas de pessoas que nem gostamos tanto assim. Apostamos mais no cenário do que nas relações verdadeiras.

Texto adaptado de <http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/03/o-exagero-das-festas-infantis-e-uma-ignorancia-peculiar-do-brasil.html>.Acessado em 14 de março de 2016. 

Sobre a acentuação gráfica de palavras retiradas do texto, assinale a alternativa que apresenta uma palavra cujo acento se justifica pela presença de um hiato.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2017 - UEM - Técnico Administrativo |
Q812840 Português

O exagero das festas infantis é uma ignorância peculiar do Brasil?

(Ivana Ebel)

1 Se tem uma coisa que eu nunca entendi no Brasil foi o exagero dos pais na hora de organizar uma festa de aniversário para as crianças. Isso é mesmo parte da nossa tradição cultural? O país tem uma verdadeira indústria em torno do que parece um desfile carnavalesco temático encerrado em qualquer dos salões de festa de Norte a Sul. Não, não me entenda mal: não sou contra celebrar a vida, festejar mais um ano. Mas chamar cem pessoas para um cenário emaranhado de figuras de isopor e balões porque o bebê está fazendo um aninho é de um exagero.

2 Quando cheguei aqui na Alemanha notei essa diferença antes mesmo de ter amigos com filhos. Nas lojas e supermercados, o setor das festinhas é bem pequeno. Velinhas, um ou dois brinquedinhos e deu. Pratos, copos, chapéus temáticos são raridade. As decoradoras de festas infantis morreriam de fome por aqui e os adultos gulosos pelos docinhos podem tirar o cavalinho da chuva.

3 Primeiro que os salgadinhos, docinhos e afins não existem. Alemães geralmente detestam brigadeiro: acham doce demais. Em algumas comunidades brasileiras aparecem pessoas que oferecem os serviços pela internet para mães brasileiras que querem fazer as festas como na terra natal, para espanto e choque dos alemães. Ninguém por aqui entende o motivo de tanta pompa e circunstância – e eu compartilho esse sentimento: por aqui se celebra muito mais o primeiro dia de aula de uma criança do que o fato de ela fazer mais um ano.

4 Os primeiros anos dos bebês alemães que vi por aqui foram festejados pelo pai, pela mãe e, em alguns casos, pelos avós. Um bolo na mesa marcou a data, mas a vida não mudou seu curso por causa disso. E é assim até quando a criança está maiorzinha e passa a ter relações de amizade no jardim. Só então a festinha passa a ser mais importante. Aos 4 anos, ela pode convidar quatro amiguinhos. Aos 5, cinco. O convite para a festa é específico: tem a hora em que os pais devem deixar os filhos na casa do aniversariante e a hora em que devem buscá-los.

5 Os pais dos convidados não ficam na festa. Geralmente a mesa é posta com bolo, salsichas (claro!) e salgados feitos em casa, não se bebe refrigerante e, depois de comer, as crianças participam de brincadeiras organizadas pela mãe anfitriã. Nessas brincadeiras existem pequenas prendas e no final todos ganham uma sacolinha de balas para levar para casa. Mas a festa não precisa ser necessariamente uma festa. Pode ser apenas um dia especial em que a criança comemora com os amigos em um programa que ela escolheu: ir ao cinema, ir a um parque fazer piquenique, um parque de diversões.

 6 Na escolinha, nada de frescura. A mãe leva um bolo ou muffins e algo salgado. Podem ser palitos de cenoura ou rodelas de pepino, por exemplo. Nada de decoração. O aniversariante usa uma coroa e é o rei da turma naquele dia. Geralmente se senta em uma cadeira em forma de troninho e é isso. A vida por aqui é muito, muito menos complicada. E menos consumista também.

7 Os casamentos seguem a mesma linha. Muita gente se casa apenas no civil, festeja no quintal de casa, faz fotos com amigos queridos em um parque e ninguém acha que por isso exista menos amor. Na verdade, confesso que a simplicidade da cerimônia me faz crer na cumplicidade do casal, mas isso é outro debate. Nunca fui uma moçoila casadeira mesmo.

8 Mas depois de alguns anos aqui começo a achar que uma coisa é o resultado da outra. Quando os pais transformam cada aniversário do filho em um show pirotécnico, o que sobra para eles na hora de festejar o que realmente importa na vida? Estamos constantemente preocupados em mostrar para o vizinho que a Pepa Pig da festa do nosso filho tem mais purpurina do que Elza do cenário do outro. No fundo, em vez de passarmos tempo de qualidade com quem amamos correndo por um parque ou cuidando do jardim, estamos mais preocupados em decidir o tema da próxima festa de isopor.

9 É na simplicidade de viver que os alemães e seu jeito austero nos fazem pensar no porquê de tanta complicação. Sem arcos de balões, eles dão de mil a zero na nossa pretensão de sermos calorosos, porque investimos mais nas aparências e convidamos dezenas de pessoas que nem gostamos tanto assim. Apostamos mais no cenário do que nas relações verdadeiras.

Texto adaptado de <http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/03/o-exagero-das-festas-infantis-e-uma-ignorancia-peculiar-do-brasil.html>.Acessado em 14 de março de 2016. 

Assinale a alternativa em que ambas as palavras retiradas do texto obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.
Alternativas
Ano: 2017 Banca: IESES Órgão: CREA-SC Prova: IESES - 2017 - CREA-SC - Analista de Sistemas |
Q810522 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo. 

                 EXISTEM PESSOAS CRUÉIS DISFARÇADAS DE BOAS PESSOAS 

Adaptado de: http://www.resilienciamag.com/existem-pessoas-crueis-disfarcadas-de-boas-pessoas/ Acesso em 26 jan 2017.  

      Existem pessoas cruéis disfarçadas de boas pessoas. São seres que machucam, que agridem por intermédio de uma chantagem emocional maquiavélica baseada no medo, na agressão e na culpa. Aparentam ser pessoas altruístas, mas na verdade escondem interesses ocultos e frustrações profundas. 

      Muitas vezes ouve-se dizer que “quem machuca o faz porque em algum momento da vida também já foi machucado”. Que quem foi magoado, magoa. No entanto, ainda que por trás destas ideias exista uma base verídica, existe outro aspecto que sempre nos custa admitir: A maldade existe. As pessoas cruéis, por vezes, dispõem de certos componentes biológicos que as empurram em direção a determinados comportamentos agressivos. 

      O cientista e divulgador Marcelino Cereijudo nos assinala algo interessante. “Não existe o gene da maldade, porém há certos aspectos biológicos e culturais que a podem propiciar”. A parte mais complexa deste tema é que muito frequentemente tendemos a buscar rótulos e patologias em comportamentos que simplesmente não entram dentro dos manuais de psicodiagnóstico. 

      Os atos maliciosos podem ocorrer sem que exista necessariamente uma doença psicológica subjacente. Todos nós, em algum momento da nossa vida, já conhecemos uma pessoa com este tipo de perfil. Seres que nos presenteiam com bajulação e atenção. Pessoas agradáveis, com êxito social, mas que em privado delineiam uma sombra obscura e alargada. Na profundeza dos seus corações, respira a crueldade, a falta de empatia, e até mesmo a agressividade. 

Sobre algumas das palavras acentuadas no texto, são apresentadas justificativas para o acento que recebem. Marque a única INCORRETA.
Alternativas
Respostas
4101: E
4102: C
4103: D
4104: E
4105: C
4106: A
4107: A
4108: A
4109: A
4110: C
4111: B
4112: B
4113: D
4114: A
4115: D
4116: E
4117: B
4118: E
4119: C
4120: B