Questões de Português - Adjetivos para Concurso
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Texto para o item.
Gabriel Othero e Valdir Flores. O que sabemos sobre a linguagem? In:
Gabriel Othero e Valdir Flores (org.). O que sabemos sobre a linguagem:
51 perguntas e respostas sobre a linguagem humana. São Paulo:
Parábola, 2022, p. 10-11
(com adaptações)
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
A palavra “tanta”, em seus dois usos na linha 4, e a
palavra “tão”, na linha 6, são empregadas no texto em
função adjetival.
O termo “positivamente” (oitavo período) é empregado como adjetivo de sentido quantitativo e se refere ao fato de a expectativa de vida humana aumentar numericamente, e não diminuir.
Observe o seguinte texto, de modelo muito utilizado no contexto administrativo:
Exmo. Sr. Chefe de Polícia de Palmas
LUÍS ROBERTO NEVES, brasileiro, dentista, residente à Rua das Acácias n. 28, Gávea, Palmas, como presidente da Associação de Moradores do bairro,
EXPÕE
Que tendo solicitado inúmeras vezes junto à Prefeitura da Cidade o aumento do policiamento para a localidade denominada Corredor da Praia, em face do grande número de furtos nas casas do local, assim como nos automóveis estacionados nas ruas,
SOLICITA
Que dê ordens para que seja providenciada de forma oficial e rápida a instalação de uma unidade policial durante o horário noturno em nosso bairro, a fim de proteger não só nossos interesses, mas também, e sobretudo, nossas vidas.
Contando com pronto atendimento
Luís Roberto Neves
Entre as opções abaixo, assinale a que não caracteriza a
linguagem empregada nessa solicitação.
Assinale o problema de construção encontrado nessa frase.
Texto CG1A1-I
Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20, Anísio Teixeira (1900-1971) foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. A marca do pensador Anísio era uma atitude de inquietação permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como algo definitivo, mas que se busca continuamente.
O mundo em transformação requer um novo tipo de homem, consciente e bem-preparado para resolver seus próprios problemas, acompanhando a tríplice revolução da vida atual: intelectual, pelo incremento das ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige, segundo Anísio, “uma educação em mudança permanente, em permanente reconstrução”.
As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso reformar a escola, começando-se por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil.
O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu algo mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido.
Para o pensador, não se aprendem apenas ideias ou fatos, mas também atitudes, ideais e senso crítico — desde que a escola disponha de condições para exercitá-los. Assim, uma criança só pode praticar a bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia da aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive, e não em um centro preparatório para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá satisfação, o interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas atividades.
Para ser eficiente, dizia Anísio, a escola pública para todos deve ser de tempo integral para professores e alunos, como a escola parque, por ele fundada em 1950, em Salvador, que mais tarde inspirou os centros integrados de educação pública (CIEP) do Rio de Janeiro e as demais propostas de escolas de tempo integral que se sucederam. Cuidando da higiene e saúde da criança, bem como da sua preparação para a cidadania, essa escola é apontada como solução para a educação básica no livro Educação não é privilégio. Além de integral, pública, laica e obrigatória, ela deveria ser também municipalizada, para atender aos interesses de cada comunidade. O ensino público deveria ser articulado numa rede até a universidade.
Márcio Ferrari. Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil.
In: Revista Nova Escola, jul./2008 (com adaptações).
Considerando aspectos sintáticos e semânticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
No primeiro período do quinto parágrafo, a palavra “ideais”
é um adjetivo que qualifica “atitudes”.
Em relação aos aspectos gramaticais e aos sentidos do texto, julgue o item .
Tanto o vocábulo “programável” (linha 28) quanto o
vocábulo “indesejável” (linha 31) pertencem à classe dos
adjetivos.
Texto
Eu tinha uns quatro anos no dia em que minha mãe morreu. Dormia no meu quarto, quando pela manhã me acordei com um enorme barulho na casa toda. Eram gritos e gente correndo para todos os cantos. O quarto de dormir de meu pai estava cheio de pessoas que eu não conhecia. Corri para lá, e vi minha mãe estendida no chão e meu pai caído em cima dela como um louco. A gente toda que estava ali olhava para o quadro como se estivesse em um espetáculo. Vi então que minha mãe estava toda banhada em sangue, e corri para beijá-la, quando me pegaram pelo braço com força. Chorei, fiz o possível para livrar-me. Mas não me deixaram fazer nada. Um homem que chegou com uns soldados mandou então que todos saíssem, que só podia ficar ali a polícia e mais ninguém.
Levaram-me para o fundo da casa, onde os comentários sobre o fato eram os mais variados. O criado, pálido, contava que ainda dormia quando ouvira uns tiros no primeiro andar. E, correndo para cima, vira meu pai com o revólver na mão e minha mãe ensanguentada. “O doutor matou a dona Clarisse!” Por quê? Ninguém sabia compreender.
(REGO, José Lins do. Menino de Engenho.
São Paulo: Global Editora, 2020.)
Atenção: Para responder à questão, leia o texto de John Gledson.
Na década de 1880, Machado de Assis publicou cerca de oitenta contos, numa espantosa explosão de criatividade, que também rendeu seu primeiro grande romance, Memórias póstumas de Brás Cubas (1880).
Como isso aconteceu − por que aconteceu, e por que nesse momento? Nada é mais difícil de explicar do que a explosão de um gênio criador − e não devemos duvidar que é disso que se trata. Contos podem parecer fáceis, escritos algo apressadamente como uma espécie de subproduto de um trabalho mais sério ou até como sintomas de uma incapacidade passageira de empreender “obras de maior tomo” (palavras de Dom Casmurro), mas nada está mais longe da verdade. Contos não são romances imperfeitos − existem com seus direitos próprios, e quando Machado começou a escrever os seus melhores, o gênero estava conquistando uma nova dignidade.
O traço mais importante de seus contos é a ironia, com frequência fixada por um estilo que muitas vezes emprega certo registro de linguagem a fim de estabelecer, desde a primeira palavra, que nada ali é para ser levado inteiramente a sério, que aquilo não é a fala direta do autor: “A coisa mais árdua do mundo, depois do ofício de governar, seria dizer a idade exata de Dona Benedita”. Machado podia parodiar qualquer tipo de linguagem, da Bíblia à dos jornais (essa, de fato, era a que satirizava com mais frequência). No começo dos anos 1880, Machado não só estabelecera seu direito a falar do universo, mas também principiara a fazer o retrato da sociedade brasileira sob uma luz inteiramente nova. Os romances bem-educados dos anos 1870, que elevavam a vida social, deram lugar à sátira selvagem de Memórias póstumas de Brás Cubas, que mostrava realidades − adultério, prostituição, escravatura, o tratamento dado aos agregados − com uma nitidez e uma cólera inteiramente impossíveis alguns anos antes.
Uma coisa é certa: a expansão do material possível de Machado e o distanciamento irônico que ele adota são inseparáveis. Digamos assim: se ele não tivesse encontrado modos dos mais variados (irônicos, sarcásticos, mas sempre semiocultos) de se expressar a respeito de coisas sobre as quais não devia falar, ou às quais só podia se referir de soslaio, suas histórias jamais teriam existido; podemos sentir sua satisfação quando se aproxima de outra questão espinhosa e acaba encontrando novas maneiras de falar sobre coisas demasiado embaraçosas para mencionar diretamente. Na minha opinião, isso ajuda a explicar o êxito de seus contos − Machado caminhava no fio da navalha.
I. No trecho Machado podia parodiar qualquer tipo de linguagem, da Bíblia à dos jornais, (3° parágrafo) o emprego da crase se deve à supressão da palavra “linguagem”. II. O emprego da crase é facultativo em às quais só podia se referir de soslaio. (4° parágrafo) III. No trecho acaba encontrando novas maneiras de falar sobre coisas demasiado embaraçosas (4° parágrafo), a palavra sublinhada foi empregada como adjetivo.
Está correto o que se afirma APENAS em
Cada substantivo presente no trecho “Vede o nobre cavalo! o paciente burro! o incomparável jumento! Vede o próprio boi!” (linha 13) é antecedido de um adjetivo.
Considerando a imagem precedente, julgue o item a seguir.
No trecho “Livre de complicações, cheio de vantagens”,
embora os adjetivos “Livre” e “cheio”, assim como os
substantivos “complicações” e “vantagens”, tenham sentidos
opostos entre si, a ideia expressa por “cheio de vantagens” é
adicional, e não contrária, à afirmação “Livre de
complicações”.