Brasil passa a Rússia e vira 3º país com mais
mulheres presas no mundo
Com o aumento desproporcional, o Brasil bateu a marca
das 42 mil presas, ultrapassou a Rússia - 37 mil - e
assumiu a terceira posição no ranking dos países com
mais mulheres atrás das grades. A lista é encabeçada
por EUA - 211 mil - e China - 145 mil.
Os dados são da quinta edição do World Female
Imprisonment List, levantamento global sobre mulheres
presas realizado pelo ICPR - sigla em inglês para
Instituto de Pesquisa em Políticas Criminal e de Justiça
de Birkbeck College, Universidade de Londres, no Reino
Unido.
Para comparação, considerando homens presos, o Brasil
ocupa, desde 2017, a mesma terceira posição no ranking
global, também atrás de EUA e China. Desde 2000, essa
população aumentou 22% no globo, quase um terço do
crescimento entre mulheres.
A taxa de encarceramento feminino no Brasil, que em
2000 era de 6 presas para cada 100 mil mulheres, agora
é de 20, o que coloca o país em 15º lugar no ranking
proporcional liderado por EUA (64), Tailândia (47), El
Salvador (42), Turcomenistão (38), Brunei (36), Macau,
na China, (32), Belarus (30), Uruguai (29), Ruanda (28) e
Rússia (27).
O documento britânico compila dados prisionais de
fontes oficiais e destaca tanto o fornecimento incompleto
de dados pelo governo da China quanto a
indisponibilidade total de informações de outros cinco
países: Cuba, Etiópia, Coreia do Norte, Somália e
Uzbequistão.
Os dados consideram tanto presas provisórias, aquelas
que ainda não foram julgadas, quanto condenadas. No
Brasil, 45% das mulheres encarceradas são presas
provisórias.
Para Catherine Heard, diretora do projeto no ICPR, é
preocupante o aumento de mulheres presas porque as
evidências mostram que a prisão é, particularmente,
prejudicial a elas. "Seus impactos adversos continuam
por muito mais tempo e podem causar danos
irreparáveis, não apenas às mulheres, individualmente,
mas também a seus filhos."
Brasil passa a Rússia e vira 3º país com mais mulheres presas no
mundo (msn.com). Adaptado