Questões de Concurso Comentadas sobre advérbios em português

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Q3251571 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Povos da floresta.

Além de acordos que priorizem a adoção de fontes de financiamento, o Instituto Socioambiental (ISA) também apresenta um posicionamento voltado ao fortalecimento da visão que povos indígenas, quilombolas e povos е comunidades tradicionais levam para a Conferência do Clima, como destaca o analista de políticas climáticas do ISA, Ciro Brito.

"Uma das principais mensagens é de que os povos da floresta são agentes fundamentais para o combate à crise climática, pelos seus modos de criar, fazer e viver, que apoiam a conservação e o manejo sustentável da floresta. Outra mensagem é que o foco das negociações deve ser buscar garantir a justiça climática, em que os grupos mais vulneráveis às mudanças climáticas, apesar de não contribuírem para o agravamento da crise, estão sofrendo mais com seus efeitos. Por isso, mecanismos de adaptação e fontes de financiamento devem ser fortemente incentivados e pressionados para se chegar a bons acordos.".

No que se refere ao financiamento em si, Ciro considera que a COP29 tem a missão de garantir financiamentos para uma "correção de rumo" na ação climática global. "Os planos climáticos revistos (NDCs) dos países deverão ser apresentados até fevereiro de 2025, mas para que os países em desenvolvimento apresentem novas NDCs mais audaciosas, a COР 29 deve estabelecer que o financiamento estará disponível para os ajudar a cumprir suas metas climáticas. Então a nossa expectativa é que o Novo Objetivo Coletivo Quantificado (NCQG), a ser acordado na COP 29 reflita as necessidades e prioridades dos países em desenvolvimento, incluindo as necessidades em relação à adaptação climática "pontua". "Além de financiamento, esperamos que se chegue a um acordo sobre o Artigo 6, sobre a forma como os critérios de carbono são definidos, como os projetos podem ser aprovados e revistos, que informações sobre os contratos podem ser mantidas confidenciais e o que precisa ser transparente".

No contexto em que a COP29 antecede a realização da COP que será sediada pelo Brasil, o analista de políticas climáticas do ISA também destaca as expectativas em relação ao posicionamento do país na conferência deste ano. "Espera-se um posicionamento agregador, tendo em vista que o Brasil terá a presidência da próxima COP, em Belém, e precisa avançar na sua capacidade de liderar um grupo de países tão diverso", considera.

"Essa conferência (COP29) tende a ter uma participação menor da sociedade civil, em termos quantitativos, em relação às duas últimas COPs, por conta dos altos valores e do grande foco que a sociedade civil brasileira deu à COP da biodiversidade esse ano, na Colômbia. Além disso, muitas organizações já estão se preparando para COP30. A grande expectativa é sobre Belém".

De qualquer modo, Ciro pontua que o que se espera da participação da sociedade civil organizada na COP29 é uma "participação ativa, principalmente dos movimentos indígena, quilombola e de periferias, pressionando por mais ambição nos temas que estão na mesa para serem discutidos em Baku e já rufando os tambores para a COP de Belém".

Diário na COP29, Meio Ambiente, Cíntia Magno, 8/11/2024. Disponível em: https://diariodopara.com.br/cop/o-papel-fundamental-da-sociedade-civil -organizada-na-cop/
Em "(...) o Instituto Socioambiental (ISA) também apresenta um posicionamento (...)", sobre "também", não é correto afirmar:
Alternativas
Q3247015 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.



Comer muitos ovos por dia é saudável?


Segundo alguns nutricionistas consultados, o consumo excessivo e repetido de qualquer alimento é contraindicado.


"Nenhum alimento tem um consumo livre. Nem os vegetais, legumes ou frutas", diz Antonio Herbert Lancha Jr., professor da Universidade de São Paulo (USP). Todos os alimentos devem respeitar uma quantidade alinhada com nossa necessidade diária."


O ovo é bastante popular entre atletas e fisiculturistas porque, além de ser um alimento de baixo custo e fácil preparo, possui proteínas de alta qualidade, colaborando para a construção e a reparação muscular e, portanto, para a hipertrofia.


Mas segundo a nutricionista Desire Coelho, doutora em Ciências pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), muitos dos hábitos praticados por fisiculturistas e influenciadores com rotinas extremas não são embasados pela ciência.


Antonio Lancha Jr. diz que pesquisas demonstram que o consumo excessivo de ovos provoca uma alteração nas bactérias do intestino e leva à produção de uma substância chamada TMAO. Ela, por sua vez, está ligada ao estímulo da produção de colesterol.


O alto teor de colesterol está associado a um risco aumentado de doenças cardíacas. Ao mesmo tempo, a substância desempenha um papel fundamental para a execução de funções vitais no organismo.


A quantidade de lipídios ingerida com o ovo varia conforme o hábito de preparação. O ovo cozido, por exemplo, é considerado muito mais saudável do que o ovo frito.


A gema é a parte mais gordurosa do ovo. Uma gema de ovo contém cerca de 185 miligramas de colesterol, que é mais da metade da quantidade diária de 300 mg recomendada por órgãos de saúde.


Segundo Lancha Jr., comer apenas a clara em quantidade excessiva também leva ao aumento da produção de timol e, consequentemente, à alteração da capacidade de síntese do colesterol.


Além disso, diz a nutricionista, o excesso de proteína na alimentação leva à produção de sulfeto de hidrogênio (H2S), ligado à proliferação de células tumorais no intestino.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0k58288gd7o.adaptado.

Mas segundo a nutricionista Desire Coelho, muitos dos hábitos praticados por fisiculturistas e influenciadores com rotinas extremas não são embasados pela ciência.
Quanto às classes gramaticais dos vocábulos mencionados nesta frase é correto o que se afirma em:
Alternativas
Q3245850 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.



A checagem de fake news no Facebook e Instagram


A Meta anunciou que está abandonando o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram, substituindo-os por "notas da comunidade", em um modelo semelhante ao do X, em que comentários sobre a precisão do conteúdo das postagens são deixados a cargo dos próprios usuários.

O anúncio despertou críticas de ativistas contra o discurso de ódio na internet, que dizem que o ambiente online ficará menos seguro com a mudança. Já outros elogiaram o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, por colocar fim à "censura" no Facebook e Instagram.

A decisão da Meta vale apenas nos Estados Unidos. A empresa ainda não anunciou mudança na checagem de fake news em outros países, como o Brasil, mas avisou que isso acontecerá no futuro.

"A Meta está profundamente comprometida com a liberdade de expressão", afirmou a empresa. "Reconhecemos que formas abusivas do exercício deste direito causam danos. Nos últimos anos, desenvolvemos sistemas cada vez mais complexos para gerenciar conteúdo em nossas plataformas. Embora esses esforços tenham sido bem intencionados, eles se ampliaram a ponto de termos, às vezes, exagerado na aplicação de nossas regras, limitando debate político legítimo", diz a Meta. "As mudanças anunciadas recentemente pretendem enfrentar essa questão."

A checagem de fake news em postagens não é feita por uma equipe da Meta. Ela é feita por agências credenciadas junto à Rede Internacional de Verificação de Fatos (em inglês, IFCN), uma entidade não-partidária dedicada à checagem de fake news.

"Não achamos que uma empresa privada como a Meta deva decidir o que é verdadeiro ou falso, e é exatamente por isso que temos uma rede global de parceiros de verificação de fatos que revisam e classificam, de forma independente, potenciais desinformações no Facebook, Instagram e WhatsApp", diz um post de junho de 2021 do blog da Meta que explica como funciona o sistema.

"O trabalho deles nos permite agir e reduzir a disseminação de conteúdo problemático em nossos aplicativos", prossegue o texto.

A Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN) foi criada pelo Instituto Poynter, uma organização sem fins lucrativos que diz ser dedicada à promoção do jornalismo imparcial e ético. A rede foi lançada em 2015, reunindo a comunidade de verificadores de fatos ao redor do mundo.

Segundo a Meta, "todos os parceiros de verificação de fatos da Meta passam por um rigoroso processo de certificação com o IFCN".


https://www.bbc.com/portuguese/articles/czenenp7ze1o.adaptado.

A empresa ainda não anunciou mudança na checagem de fake news em outros países, como o Brasil, mas avisou que isso acontecerá no futuro.
Assinale a alternativa correta quanto às classes gramaticais dos vocábulos mencionados nesta frase.
Alternativas
Q3232799 Português
Identifique a classe da palavra sublinhada:

"Ele concluiu o trabalho rapidamente para entregá-lo a tempo."
Alternativas
Q3232798 Português
Na frase “Ele sempre viaja de avião”, classifique as palavras “ele” e “sempre” segundo sua função gramatical.
Alternativas
Q3228811 Português

A questão se refere ao texto abaixo.


Protejam as crianças da literatura


Wilson Gomes


    "Eu sou a favor da suspensão, porque não é certo o ensinamento desse livro", afirmou uma jovem mãe mineira, ao ser indagada sobre o que achava de o "Menino Marrom", de Ziraldo, ter tido o seu uso didático temporariamente suspenso em Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais. Essa convicção se repete na voz de um jovem pai, que acrescenta que é preciso estar alerta aos livros escolares, sim, e já tinha até planejado ir à Secretaria de Educação "com relação a alguns livros" de leitura obrigatória. Notem o plural.


    Fatos dessa natureza têm recebido enorme cobertura da mídia e inundado o debate público nacional a partir dos ambientes digitais. Não é claro para mim se foi a cobertura que aumentou ou se realmente houve um incremento nas ações de pais e autoridades para restringir o acesso de crianças e jovens a determinados livros. De todo modo, é notável como esses episódios continuam a se repetir.


    Há quem salte para grandes conclusões, atribuindo ao avanço da extrema direita uma onda de moralismo inquisitorial e uma temporada de caça a livros e a outras bruxarias artísticas e literárias no país. E há quem diga claramente que a paixão por censurar se restringe a obras antirracistas ou com temáticas relacionadas à cultura africana no Brasil. As evidências, contudo, não autorizam saltos tão grandes.


    Primeiro, se é verdade que a ultradireita acredita que o mal pode residir em livros e representações artísticas, identitários de esquerda compartilham o mesmo temor e idêntica vontade de proibir, cancelar e punir. A única diferença real entre as duas posições reside na definição do que exatamente constitui o mal. Para identitários, livros ofendem minorias, oferecem "gatilhos" que acionam sofrimentos em certas pessoas, induzem ao racismo, à misoginia, à homofobia e à transfobia e colonizam o pensamento. Para os ultraconservadores, a literatura ensina ideias religiosas falsas, induz à homossexualidade, faz doutrinação ideológica, promove a ideologia de gênero e o comunismo, além de expor crianças à violência e ao sexo.


    Em ambos os casos, há a convicção comum de que as crianças, quando não todas as pessoas, precisam ser protegidas dos livros. E, se possível, que se deem alguns passos mais, que variam desde a reescrita "politicamente correta" — alô, Lobato — ou "de acordo com a sã doutrina" de obras literárias, até a criação de listas de livros e de autores proibidos e a emissão de condenações públicas contra autores, eventualmente, até enquadrando-os em algum tipo penal.


    A rapidez com que se passa do julgamento moral de alguém que se sente ofendido — e o "sentir-se ofendido" é considerado motivo suficiente para a decisão de que um livro não presta — até o pedido de censura e punição ao autor é a mesma nos dois grupos. O identitário grita "racismo religioso" ou "transfobia" com a mesma celeridade com que o conservador conclui que "não é certo o ensinamento desse livro".


    Em segundo lugar, ao examinar as razões enunciadas por quem considera que a obra faz mal, notamos que a censura é invariavelmente vista como um ato de amor e zelo, pois o censor está sempre protegendo alguém vulnerável — crianças, jovens, membros de minorias, pessoas ignorantes, a massa ingênua. Na bibliografia sobre o tema, já se constatou, há anos, que três variáveis são importantes — o quão protetora é a pessoa que pede por censura, o quão vulnerável ela julga ser a pessoa ou grupo que quer proteger e a magnitude do mal que ela julga ver no objeto que deseja censurar.


    A estimativa do nível do mal depende de muitos fatores, inclusive do grau de conhecimento da obra julgada. Grandes leitores raramente têm medo de livros. Quem joga games eletrônicos não vê os danos que os não jogadores imaginam. Os extremamente protetores tendem a querer censurar tudo — celulares, games, televisão, YouTube, livros —, enquanto os que acham que todo mundo sabe se virar no mundo não querem censurar nada. Quem considera os outros muito ingênuos, estúpidos ou influenciáveis fica aflito com o que eles leem ou veem. Quem acha que todo mundo é mais ou menos como ele acredita que todos são suficientemente sagazes para driblar manipulações.


    Curiosamente, as mesmas pessoas que consideram patéticas e absurdas as alegações de que o livro de Ziraldo incentivaria a violência, que é um fato, consideram altamente sofisticado acreditar que smartphones e plataformas digitais vão tornar seus filhos estúpidos, que games os tornarão violentos, que a televisão... Ah, desculpem, as crianças não veem mais televisão. Deve ser, por isso, que estamos melhores.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas. Acesso em: 07 nov. 2024. [Adaptado]

Considere o parágrafo abaixo para responder à questão.


Em ambos os casos, há a convicção comum de que as crianças, quando não todas as pessoas, precisam ser protegidas dos livros. E, se possível, que se deem alguns passos mais, que variam desde a reescrita "politicamente correta" — alô, Lobato — ou "de acordo com a sã doutrina" de obras literárias, até a criação de listas de livros e de autores proibidos e a emissão de condenações públicas contra autores, eventualmente, até enquadrando-os em algum tipo penal.


A palavra “até”

Alternativas
Q3218745 Português
Analise as classes de palavras destacadas abaixo. Assinale a classificação que foi definida incorretamente.
Alternativas
Q3218739 Português
Assinale o advérbio que foi classificado incorretamente.
Alternativas
Q3216174 Português
Texto para responder à questão.

Há cidadãos neste país?

     Cabem, pelo menos, duas perguntas em um país onde a figura do cidadão é tão esquecida. Quantos habitantes, no Brasil, são cidadãos? Quantos nem sequer sabem que não o são?
    O simples nascer investe o indivíduo de uma soma inalienável de direitos, apenas pelo fato de ingressar na sociedade humana. Viver, tornar-se de um ser no mundo, é assumir, com os demais, uma herança moral, que faz de cada qual um portador de prerrogativas sociais. Direito a um teto, à comida, à educação, à saúde, à proteção contra o frio, a chuva, as intempéries; direito ao trabalho, à justiça, à liberdade e a uma existência digna.
    O discurso das liberdades humanas e dos direitos seus garantidores é, certamente, ainda mais vasto. Tantas vezes proclamado e repetido, tantas vezes menosprezado. É isso, justamente, o que faz a diferença entre a retórica e o fato. O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania, pela qual uma lista de princípios gerais e abstratos se impõem como um corpo de direitos concretos individualizados. A cidadania é uma lei da sociedade que, sem distinção, atinge a todos e investe cada qual com a força de se ver respeitado contra a força, em qualquer circunstância.
     A cidadania, sem dúvida, se aprende. É assim que ela se torna um estado de espírito, enraizado na cultura. É, talvez, nesse sentido, que se costuma dizer que a liberdade não é uma dádiva, mas uma conquista, uma conquista a se manter. Ameaçada por um cotidiano implacável, não basta à cidadania ser um estado de espírito ou uma declaração de intenções. Ela tem o seu corpo e os seus limites como uma situação social, jurídica e política. Para ser mantida pelas gerações sucessivas, para ter eficácia e ser fonte de direitos, ela deve se inscrever na própria letra das leis, mediante dispositivos institucionais que assegurem a fruição das prerrogativas pactuadas e, sempre que haja recusa, o direito de reclamar e ser ouvido.
     A cidadania pode começar por definições abstratas, cabíveis em qualquer tempo e lugar, mas para ser válida deve poder ser reclamada. A metamorfose dessa liberdade teórica em direito positivo depende de condições concretas, como a natureza do Estado e do regime, o tipo de sociedade estabelecida e o grau de pugnacidade que vem da consciência possível dentro da sociedade civil em movimento. É por isso que, desse ponto de vista, a situação dos indivíduos não é imutável, está sujeita a retrocessos e avanços. Os homens, pela sua própria essência, buscam a liberdade. Não a procuram com a mesma determinação porque o seu grau de entendimento do mundo não é o mesmo. As sociedades, pela sua própria história, são mais ou menos abertas às conquistas do homem. 


(SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2007. p. 19. Adaptado.)
Cabem, pelo menos, duas perguntas em um país onde a figura do cidadão é tão esquecida. Quantos habitantes, no Brasil, são cidadãos? Quantos nem sequer sabem que não o são?” (1º§). Em relação ao excerto, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q3214641 Português
O desejo mergulha na luz


        Chamava-se Desiderio, mas desconfio que não gostava muito desse nome. Que nem é feio – em italiano, pelo menos, quer dizer desejo. Eu só soube por acaso que era também Desiderio, um dia que pedi a meu irmão para levar uns livros a ele no hospital. A moça da portaria procurou “Fernando”, não havia nenhum. Procurou então “Severino”, e lá estava: Desiderio. Não cheguei a perguntar a ele se não gostava mesmo do nome tão sonoro. Não soube também se chegou a ler O apanhador no campo de centeio, que eu mandara naquela tarde. Eu não soube, não perguntei nem disse uma porção de coisas. Não comemos os camarões do Tirol com o doutor Eduardo. Não houve tempo. E a gente não sabia disso.

         Só o encontrei há poucos meses, no fim da primavera do ano passado, por intermédio de Marcos Breda, que só conhece pessoas do bem, e com quem ele fazia Bailei na curva. Nos vimos poucas vezes depois.

            Foi nessa mesma tarde que percebi o quanto ele estava frágil, embora aparentemente normal e bonito como sempre. Mas parecia vacilar às vezes – só parecia, qualquer coisa nos olhos, no passo –, como se fosse cair. Não caía. Por trás da fragilidade física escondia-se uma extraordinária força.

           Nos últimos tempos, falamos muito pouco diretamente. Eu mandava recados, pedia notícias a um, a outro. As notícias eram cada vez piores, e aprendi por experiência própria que muitas vezes a gente prefere ser deixado a sós com o enigma do próprio corpo, quando ele começa nos devorar feroz, incompreensível.

          Soube de sua partida numa manhã gelada de inverno. Eu acabara de voltar de um dos morros aqui perto de casa. Então, quando me contaram, suspirei assim “que alívio, meu Deus, que alívio”. Depois conversei com ele pedindo que fizesse boa viagem e não se preocupasse, que nós vamos tentar continuar cuidando de nós mesmos, que não olhasse para trás e mergulhasse na luz assim como quem se joga do alto do trampolim numa imensa piscina azul dentro de uma manhã alucinada de verão.



(Caio Fernando Abreu. Pequenas epifanias, 2014. Adaptado)
Na passagem do 1° parágrafo – Chamava-se Desiderio, mas desconfio que não gostava muito desse nome. Que nem é feio... –, os termos destacados são, na ordem, advérbio e adjetivo, assim como também, correta e respectivamente, os termos destacados em:
Alternativas
Q3214266 Português
Leia o texto para responder à questão.


Estratégias de sobrevivência


    Hoje bateu uma saudade danada de visitar uma feira literária, conversar com leitores, assinar os seus livros, tirar a selfie de praxe e num abraço agradecer-lhes por manterem viva essa coisa tão necessária para a nossa saúde mental a que chamamos de literatura. Me deu até saudade de algo que não faço desde que me mudei para Berlim: visitar escolas do ensino secundário no Portugal mais remoto, como Vila Nova de Paiva, Penalva do Castelo, Arruda ou Sobral de Monte Agraço, lugares que nunca me ocorreria visitar se não fosse pelos livros e pela curiosidade em conhecer o outro.

    Colhi tanto prazer nisso que não o via como sacrifício. Contrariando os meus hábitos de notívago, despertava com uma alegria de criança aniversariante, antes do galo cantar. Vestia a minha camisa e gravata favoritas e corria para a estação de comboio de Santa Apolónia, cruzando-me no caminho com outros madrugadores como eu, lisboetas por nascimento ou afeto, africanos europeus, irmãos da diáspora que fazem parte do leque de personagens que pululam em muitas das minhas histórias. Esses personagens me acompanharam da Flip em Paraty ao Africa Writes em Londres, do Elinga Teatro em Luanda à Escola Secundária de Penalva do Castelo, uma vila do distrito de Viseu, não muito longe de Fornos de Algodres e Mangualde. Na biblioteca da escola, um tanto retraídos, duas dezenas de alunos aguardavam pacientemente pela minha apresentação.


(Kalaf Epalanga. Minha pátria é a língua pretuguesa [Crônicas], 2023. Adaptado)
O termo destacado é um advérbio expressando circunstância de intensidade em:
Alternativas
Q3209027 Português
Museu do Artesanato Paraibano passa a integrar Rede
de Pesquisas das Américas



O Museu do Artesanato Paraibano Janete Costa, em João Pessoa, agora faz parte da Rede de Pesquisas das Américas (Arenet), sendo o primeiro museu do Brasil a fazer parte da rede. A iniciativa promove a colaboração e o intercâmbio entre as instituições, estudantes e acadêmicos por meio de programas de pesquisa.


Com um grande acervo, o Museu do Artesanato Paraibano tem muita diversidade na produção artesanal de todas as regiões do Estado. Além de preservar e valorizar o patrimônio cultural, gerando renda para os artesãos com a comercialização das peças e das diversas exposições.


O diretor do museu, Fábio Morais, destacou que a entrada na Arenet foi possível graças ao Encontro Ibero-americano de Artesanato e Arte Popular, realizado em João Pessoa na última segunda-feira (27).


A diretora-executiva da Arenet, Greta de Léon, participou desse encontro e, na terça, veio nos visitar. In loco, ela atestou, juntamente com outras autoridades, o potencial do Museu no ensino, na pesquisa, além de um acervo de memória muito rico. “Para nós, é uma alegria poder se conectar com instituições que possam fortalecer a cultura popular e o artesanato, trocando experiências e conhecimentos.”


Disponível em: https://portalcorreio.com.br. Acesso em: 01/02/2025.

“In loco, ela atestou, juntamente com outras autoridades, o potencial do Museu no ensino, na pesquisa, além de um acervo de memória muito rico.”
A palavra “muito” classifica-se como
Alternativas
Q3209023 Português
Museu do Artesanato Paraibano passa a integrar Rede
de Pesquisas das Américas



O Museu do Artesanato Paraibano Janete Costa, em João Pessoa, agora faz parte da Rede de Pesquisas das Américas (Arenet), sendo o primeiro museu do Brasil a fazer parte da rede. A iniciativa promove a colaboração e o intercâmbio entre as instituições, estudantes e acadêmicos por meio de programas de pesquisa.


Com um grande acervo, o Museu do Artesanato Paraibano tem muita diversidade na produção artesanal de todas as regiões do Estado. Além de preservar e valorizar o patrimônio cultural, gerando renda para os artesãos com a comercialização das peças e das diversas exposições.


O diretor do museu, Fábio Morais, destacou que a entrada na Arenet foi possível graças ao Encontro Ibero-americano de Artesanato e Arte Popular, realizado em João Pessoa na última segunda-feira (27).


A diretora-executiva da Arenet, Greta de Léon, participou desse encontro e, na terça, veio nos visitar. In loco, ela atestou, juntamente com outras autoridades, o potencial do Museu no ensino, na pesquisa, além de um acervo de memória muito rico. “Para nós, é uma alegria poder se conectar com instituições que possam fortalecer a cultura popular e o artesanato, trocando experiências e conhecimentos.”


Disponível em: https://portalcorreio.com.br. Acesso em: 01/02/2025.

“O Museu do Artesanato Paraibano Janete Costa, em João Pessoa, agora faz parte da Rede de Pesquisas das Américas (Arenet) ...”
Assinale a alternativa que indica a circunstância expressa pela palavra destacada. 
Alternativas
Q3206234 Português
        Sentimos a dor, mas não a ausência da dor; sentimos a inquietação, mas não a ausência da inquietação; o temor, mas não a segurança. Sentimos o desejo e o anelo, como sentimos a fome e a sede; mas, uma vez satisfeitos, tudo acaba, assim como o bocado que, uma vez engolido, deixa de existir para a nossa sensação. Enquanto possuímos os três maiores bens da vida, saúde, mocidade e liberdade, não temos consciência deles, e só os apreciamos depois de os havermos perdido, porque esses também são bens negativos. Só notamos os dias felizes da nossa vida passada depois de darem lugar aos dias de tristeza. À medida que os nossos prazeres aumentam, tornam-nos cada vez mais insensíveis; o hábito já não é um prazer. Por isso mesmo, a nossa faculdade de sofrer é mais viva; todo hábito suprimido causa um sentimento doloroso. As horas correm tanto mais rápidas quanto mais agradáveis são, tanto mais demoradas quanto mais tristes, porque o gozo não é positivo, diferentemente da dor, cuja presença se faz sentir. O aborrecimento dá-nos a noção do tempo; a distração tira-a. Não se poderia absolutamente imaginar uma grande e viva alegria se esta não sucedesse a uma grande miséria, porque nada há que possa atingir um estado de alegria serena e durável; o mais que se consegue fazer é distrair, satisfazer a vaidade. É por este motivo que todos os poetas são obrigados a colocar os seus heróis em situações cheias de ansiedades e de tormentos, a fim de os livrarem delas: drama e poesia épica só nos mostram homens que lutam, que sofrem mil torturas, e cada romance oferece-nos em espetáculo os espasmos e as convulsões do pobre coração humano. Voltaire, o feliz Voltaire, que tão favorecido foi pela natureza, pensa como eu, quando diz: “A felicidade não passa de um sonho; só a dor é real”. E acrescenta: “Há oitenta anos que o experimento; não sei fazer outra coisa senão resignar-me e dizer a mim mesmo que as moscas nasceram para serem comidas pelas aranhas, e os homens, para serem devorados pelos pesares”.

Arthur Schopenhauer. Dores do mundo. Rio de Janeiro:
Edições de Ouro – Coleção Universidade (com adaptações). 

Julgue o item a seguir, referente às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente. 


No fragmento “o mais que se consegue fazer é distrair” (nono período), o termo “mais” classifica-se como advérbio e intensifica o sentido da forma verbal “consegue”.

Alternativas
Q3198377 Português
 Dentista é presa tentando entrar em penitenciária
com celulares escondidos no jaleco em MT


Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).


De acordo com o texto, julgue o item a seguir.


Na linha 30, o vocábulo “individualmente” é um adjetivo empregado como um advérbio.

Alternativas
Q3193802 Português
Na frase: “Tatiane costumava andar muito devagar”, qual é a classe gramatical da palavra sublinhada?
Alternativas
Q3187628 Português
Guerras, desastres climáticos e tecnomilionários: 2025 inaugura uma nova ordem mundial


O regresso de Donald Trump à Casa Branca ameaça revolucionar as relações internacionais já abaladas pela invasão russa da Ucrânia. Tudo aponta para mudanças profundas nos conflitos, nas alianças, no comércio, na luta contra as alterações climáticas e no futuro da democracia.

O ano que acaba de começar parece ser um poderoso acelerador no caminho para uma nova ordem mundial, na qual o multilateralismo está em colapso, as velhas alianças estão se deteriorando – e as novas estão se consolidando –, o protecionismo está galopando, a democracia enfrenta ameaças sem precedentes.

A China vem buscando há algum tempo reformular o acordo entre as nações que melhor acomode seus interesses. A Rússia perturbou os equilíbrios pós-Guerra Fria em 2022, quando Vladimir Putin catapultou o mundo para uma nova fase geopolítica com a invasão em grande escala da Ucrânia, que é o desafio violento da ordem anterior. A partir de 20 de janeiro, dia da tomada de posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, o mundo terá de assumir que a grande potência que construiu a ordem atual também vai querer uma ordem diferente.

É a confluência destes fatores que faz com que 2025 tenha o potencial para mudanças extraordinárias. Como observou um relatório recente do grupo de reflexão International Crisis Group, “o mundo parece caminhar para uma mudança de paradigma. A questão é se isso acontecerá nas mesas de negociação ou nos campos de batalha”.

É claro que, sempre que lhe convinha, os Estados Unidos quebraram princípios e pisotearam as instituições da ordem que construíram e que agora estão se desfazendo. Mas, mesmo que fosse por interesses egoístas, foi um motor na construção de um quadro com acordos e instituições internacionais que teve alguns efeitos benéficos. Trump não parece acreditar nisso nem por princípios nem por interesses. Ele demonstrou isso no seu primeiro mandato e tudo indica que este segundo mandato será muito mais conturbado.


(Andrea Rizzi, publicada por El País, 05-01-2025, com adaptações)
[Questão Inédita] “A China vem buscando há algum tempo reformular o acordo entre as nações que melhor acomode seus interesses.” (3º parágrafo)
Assinale a alternativa em que a palavra “melhor” recebe a mesma classificação que na frase acima.
Alternativas
Q3187563 Português

Leia a charge a seguir para responder à questão.

WATTERSON, B. Calvin e Haroldo. Disponível em<https://br.pinterest.com/pin/7388786872525016/ > .

O uso da palavra “bem” no último quadrinho da charge ‒ “[...] o quanto algo faz bem pra você” ‒ é o mesmo que se observa em:
Alternativas
Q3187160 Português
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a classificação gramatical das palavras em destaque na frase abaixo:
"A menina corre rapidamente pela rua."
Assinale a alternativa CORRETA: 
Alternativas
Ano: 2025 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-PR Prova: Quadrix - 2025 - CRESS-PR - Agente Fiscal |
Q3184633 Português

Texto para o item.


TEXTO1.png (385×783)

Com base na estrutura linguística e no vocabulário empregados no texto, julgue o item seguinte.
A substituição do advérbio “principalmente” (linha 4) por mormente manteria a correção gramatical e o sentido original do texto. 
Alternativas
Respostas
1: B
2: C
3: D
4: A
5: A
6: A
7: A
8: B
9: D
10: A
11: E
12: D
13: E
14: E
15: E
16: C
17: D
18: B
19: A
20: C