Questões de Português - Análise sintática para Concurso
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Atenção: Para responder à questão, considere o conto “O perguntar e o responder”, de Carlos Drummond de Andrade.
O espelho recusou-se a responder a Lavínia que ela é a mais bela mulher do Brasil. Aliás, não respondeu nada. Era um espelho muito silencioso.
Lavínia retirou-o da parede e colocou outro, que emitia sons ininteligíveis, e foi também substituído.
O terceiro espelho já fazia uso moderado da palavra, porém não dizia coisa com coisa.
Um quarto espelho chegou a pronunciar nitidamente esta frase: “Vou pensar”. Ficou pensando a semana inteira, sem chegar à conclusão. Lavínia apelou para um quinto espelho, e este, antes que a vaidosa senhora fizesse a interrogação aflita, perguntou-lhe:
− Mulher, haverá no Brasil espelho mais belo do que eu?
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Atenção: Considere o trecho de Órfãos do Eldorado para responder à questão.
Estiliano era o único amigo de Amando. “Meu querido Stelios”, assim meu pai o chamava. Essa amizade antiga havia começado nos lugares que eles evocavam em voz alta como se ambos ainda fossem jovens: as praias do Uaicurapá e do Varre Vento, o lago Macuricanã, onde pescaram juntos pela última vez, antes de Estiliano viajar para o Recife e voltar advogado, e de Amando casar com minha mãe. A separação de cinco anos não esfriou a amizade. Os dois sempre se encontravam em Manaus e Vila Bela; eles se olhavam com admiração, como se estivessem diante de um espelho; e, juntos, davam a impressão de que um confiava mais no outro do que em si próprio.
Via o advogado com o mesmo paletó branco, a mesma calça de suspensórios, e um emblema da Justiça na lapela. A voz
rouca e grave de Estiliano intimidava quem quer que fosse; era alto e robusto demais para ser discreto, e tomava boas garrafas de
tinto a qualquer hora do dia ou da noite. Quando bebia muito, falava das livrarias de Paris como se estivesse lá, mas nunca tinha ido à
França.
(HATOUM, Milton. Órfãos do Eldorado. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, edição digital)
A voz rouca e grave de Estiliano intimidava quem quer que fosse (2º parágrafo)
No contexto, o trecho sublinhado acima exerce a mesma função sintática daquele sublinhado em:
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
A ingaia ciência
A madureza, essa terrível prenda
que alguém nos dá, raptando-nos, com ela,
todo sabor gratuito de oferenda
sob a glacialidade de uma estela,
a madureza vê, posto que a venda
interrompa a surpresa da janela,
o círculo vazio, onde se estenda,
e que o mundo converte numa cela.
A madureza sabe o preço exato
dos amores, dos ócios, dos quebrantos,
e nada pode contra sua ciência
e nem contra si mesma. O agudo olfato,
o agudo olhar, a mão, livre de encantos,
se destroem no sonho da existência.
I. O sentido da primeira frase do poema, que se inicia em “A madureza” (1° verso), completa-se ao final do 4° verso. II. O trecho o círculo vazio (2ª estrofe) possui a mesma função sintática do trecho o mundo (2ª estrofe). III. O eu lírico emprega o presente do indicativo a fim de enunciar verdades eternas, como no trecho A madureza sabe o preço exato // dos amores (3ª estrofe).
Está correto o que se afirma APENAS em
Leia atentamente o texto a seguir e responda à questão.
A cada aborto legal, 11 meninas são internadas por interrupções provocadas ou espontâneas
A respeito do período acima, é incorreto afirmar que
Excerto: “Explore cada canto do meu cérebro. Pegue minhas células, se necessário, e deixe-as crescer. Queime o que resta de mim e espalhe as cinzas aos ventos para ajudar as flores a crescer”.
TEXTO 3
HOME OFFICE
A grande mudança trazida pela Covid-19 foi a implantação do home office pelas empresas. Com o isolamento para conter a propagação da doença, o trabalho remoto foi a saída encontrada para continuar as atividades, pelo menos para aqueles profissionais cujo emprego não exige presença física em um local específico. Essa medida adiantou uma prática que vinha sendo implantada de forma gradual antes da pandemia por algumas empresas, limitada a alguns dias da semana.
O Twitter, por exemplo, informou em maio que os funcionários poderiam trabalhar em casa para sempre, caso preferissem. A exceção ficaria por conta daqueles profissionais que não conseguem desempenhar o trabalho a distância, como a equipe de manutenção nos servidores.
No entanto, essa mudança na forma de trabalhar traz desafios como continuar produtivo sem a supervisão direta do chefe ou perto dele, mantendo o mesmo número de horas trabalhadas; aumento de gastos com água, luz, internet e mobiliário adequado em casa; capacidade de manter a comunicação de forma virtual com o distanciamento físico de chefes e colegas; além do equilíbrio do trabalho em casa com a vida pessoal.
O economista Thomas Coutrot, cujas pesquisas são focadas no impacto da globalização no mercado de trabalho, é cético quanto ao futuro do trabalho a distância. “Talvez as pessoas se deem conta de que o trabalho remoto não tem nada a ver com o paraíso com que elas sonhavam, de conciliação entre a vida profissional e a pessoal. Trabalho remoto é difícil: é uma pressão, um isolamento, uma dificuldade de comunicação e cooperação com os colegas. É uma situação bastante precária”, opina.
Ele observa que, em poucas semanas, as empresas já constatam o aparecimento de problemas de saúde física e mental dos funcionários que estão em casa devido à pandemia – um problema que só tende a aumentar.
“O controle do empregador é ainda mais acirrado quando os empregados estão a distância. O trabalhador fica conectado em tempo integral, no sistema da empresa. Os chefes podem saber o que cada um está fazendo em tempo real”, frisa.
“Além disso, é uma situação que limita a autonomia, a criatividade, a possibilidade de tomar um tempo para conversar com os colegas sobre assuntos não diretamente ligados ao trabalho, mas que propiciam novas ideias e soluções.”
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2020/06/19/pandemia-, adiantou-mudancas-no-mundo-do-trabalho. Acesso em 28/04/2022.
Sobre Pontuação, observe o fragmento de texto abaixo:
“Além disso, é uma situação que limita a autonomia, a criatividade, a possibilidade de tomar um tempo para conversar com os colegas sobre assuntos não diretamente ligados ao trabalho, mas que propiciam novas ideias e soluções.”
Sobre esse fragmento, assinale a alternativa CORRETA.
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto CG1A1-II, julgue o item que se segue.
No terceiro período do primeiro parágrafo, a expressão “Esse
comércio” faz referência ao termo “gado”, empregado no
período imediatamente anterior.
Amizade é uma palavra pequenininha
Amizade é uma palavra pequenininha, mas que nunca vem sozinha. Ela dá sempre a mão com o conta comigo, estou aqui, se precisar, me chame, desejo-lhe muita saúde, estou feliz por você, torço por você, se precisar de um ombro, tenho dois, penso em você, gosto de você estou te ouvindo, não te esqueço, mesmo se não nos falamos todos os dias...
Amizade é esse amor misterioso e gostoso do coração dividido e unificado ao mesmo tempo. Quem pode entender que o coração possa amar tanto e tantos?
O coração de um amigo é como um mapa-múndi onde cada um se encontra em algum lugar, mas todos fazem parte do mesmo globo. O coração de um amigo é um bombardeio de sentimentos bons. Diferentes, especiais e importantes, cada um à sua maneira. É como diz a música "Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito."
E são nas diferenças que nos completamos, nas desavenças que aprendemos o perdão, a paciência e a humildade. Ser amigo é saber aceitar que os outros não sejam iguais à gente, mas que os seus valores podem enriquecer ainda mais os que temos e amá-los apesar das diferenças, como se ama uma rosa com espinhos, mas não menos bela.
Sozinho não é quem não tem ninguém; sozinho é quem não tem um amigo. Pouco importa saber em que parte do mundo nossos amigos se encontram se podemos sentir na alma que dentro de nós e dentro deles há um espaço reservado que nada mais poderá preencher. Amizade, doce amizade... se somos dois, unidos seremos um elo forte; se somos muitos, seremos uma corrente que nada poderá vencer.
Autora Letícia Thompson. http://www.leticiathompson.net/amizade_e_uma
_palavra_pequenininha.htm.Adaptado.
Texto CG2A1-II
Nas últimas décadas, os sentimentos de medo e de insegurança diante da violência e do crime, no Brasil, agravaram-se durante a transição para o regime democrático, com o aumento da violência urbana. A escalada dessa violência não se limitou às metrópoles brasileiras, verificando-se também nas pequenas e médias cidades do interior do país. Nesse período, houve uma rápida expansão da riqueza, pública e privada, o que provocou uma série de mudanças. Alterou-se profundamente a infraestrutura urbana, com a dinamização do comércio local, a expansão dos serviços ligados às novas tecnologias da informação e da comunicação e a construção de novas rotas ligando os diferentes estados e facilitando o trânsito entre os países. Ocorreram, ainda, mudanças importantes na composição da população, provocadas pela oferta de trabalho em outras cidades e(ou) estados e pela rápida diversificação da estrutura social, com a expansão da escolarização média e superior e da profissionalização.
Essas tendências da urbanização produziram inumeráveis consequências que agravaram o ciclo de crescimento da violência. Ao lado da diversificação das estruturas sociais e das mudanças na composição social da população, houve aumento da mobilidade social, transformaram-se os estilos de vida, assim como se diversificaram os contatos interpessoais. Paralelamente a esses avanços e essas conquistas, foram desenvolvidos os “bolsões” de pobreza urbana, enclaves no seio dos centros urbanos ou na periferia das cidades, constituídos onde a precariedade dos serviços urbanos avançou pari passu a uma baixa oferta de trabalho, à escolarização deficiente e à precarização do suporte social e institucional às famílias.
Sérgio Adorno e Camila Dias. Monopólio estatal da violência.
In: Renato S. de Lima, José L. Ratton e Rodrigo G. Azevedo (Org.).
Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014 (com adaptações).
No período acima, o termo sublinhado exerce a função sintática de
Texto CG2A1-II
Você pode adorar morango e lhe ser alérgico. Se comer, já sabe, é um desastre. Outro pode ter horror a cebola e não lhe ser alérgico. Não come porque detesta. Assim como não se discutem, gostos também não se explicam. São tabus. A alergia é uma descoberta do princípio do século passado. O sujeito nasce com uma hipersensibilidade para isto ou aquilo. Os alérgenos. Há, por exemplo, quem não suporte perfume. Um determinado tipo de perfume.
No caso de alimento, você evita. Se a alergia é a pluma, estofado de pluma sempre se pode evitar. Já perfume é mais difícil. Causa a ruptura de uma amizade, ou até de um amor. Se o outro insiste, é porque não há amor nem amizade. Nada mais prosaico do que um namorado ou uma namorada que se põe a espirrar à simples aproximação do parceiro ou da parceira. Uma tempestade alérgica pode liquidar com um amor. Sábia é a natureza ao impor as suas repulsas e as suas afinidades.
Otto Lara Resende. Sufoco hipersensível. Internet:<cronicabrasileira.org.br> (com adaptações).
Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, esse cenário torna elevado o risco de apagões (interrupções temporárias localizadas de fornecimento), ainda mais em momentos de picos de consumo, que ficam mais frequentes com a volta do calor.” (BBC News Brasil, 19/09/2021)
A frase abaixo em que o vocábulo “quando” mostra o mesmo valor daquele apresentado no texto acima é: