Questões de Português - Análise sintática para Concurso
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Leia o texto.
Fragmento de uma crônica de Eça de Queirós.
Há em Portugal quatro partidos: o Partido Histórico, o Regenerador, o Reformista e o Constituinte. Há ainda outros, mas anônimos, conhecidos apenas de algumas famílias. Os quatro partidos oficiais, com jornal e porta para a rua, vivem num perpétuo antagonismo, irreconciliáveis, latindo ardentemente uns contra os outros de dentro de seus artigos de fundo. Tem-se tentado uma pacificação, uma união. Impossível! Eles só possuem de comum a lama do Chiado que todos pisam e a Arcada que a todos cobre. Quais são as irritadas divergências e princípio que os separam?
— Vejamos:
O Partido Regenerador é constitucional, monárquico, intimamente monárquico, e lembra a seus jornais a necessidade da economia.
O Partido Histórico é constitucional, imensamente monárquico e prova irrefutavelmente a urgência da economia.
O Partido Constituinte é constitucional, monárquico e dá subida atenção à economia.
O Partido Reformista é monárquico, é constitucional e doidinho pela economia!
1. Todos os quatro são católicos.
2. Todos os quatro são centralizadores.
3. Todos os quatro têm o mesmo afeto à ordem.
4. Todos os quatro querem o progresso, e citam a Bélgica.
5. Todos os quatro estimam a liberdade.
Quais são então as desinteligências? – Profundas!
Assim, por exemplo, a ideia de liberdade entendem-na de diversos modos.
O Partido Histórico diz gravemente que é necessário respeitar as liberdades públicas. O Partido Regenerador nega, nega numa divergência absoluta, provando com abundância de argumentos que o que se deve respeitar são - as públicas liberdades.
A conflagração é manifesta!
Observe a frase retirada do texto:
“Assim, por exemplo, a ideia de liberdade entendem-na de diversos modos”.
Assinale a alternativa correta sobre ela.
LÍNGUA PORTUGUESA
Sepultura em capela finlandesa do século 18
revela detalhe mórbido sobre mulher grávida
Durante uma expedição em uma capela na região de Vihti, na Finlândia, a arqueóloga Tiina Vare e outros pesquisadores da Universidade de Oulu, encontraram um sepultamento macabro do século 19.
Ao analisar a capela construída no século 18, que abrigou enterros por quase cem anos, de 1785 até 1829, a especialista identificou oito caixões, mas um possível novo esqueleto. Os resultados da pesquisa foram divulgados na International Journal of Osteoarchaeology.
Contendo uma câmara funerária, muitos nobres buscaram a capela para ter seu descanso final, como foi o caso de Charlotta Bjornram que, segundo documentos eclesiásticos, morreu em outubro de 1808, aos 24 anos. A mulher estava grávida quando morreu, algo que chocou os especialistas que analisaram sua sepultura. Nas cavidades pélvicas de Bjornram havia um crânio de um feto sobressaindo o canal vaginal.
O fenômeno é conhecido como ‘extrusão fetal após a morte’ e ocorre quando uma mulher morre e o feto é “expulso” de seu ventre devido ao processo de decomposição do cadáver. Segundo os estudiosos, a mulher estava no primeiro trimestre de gestação e pode ter morrido por algum tipo de infecção, que ainda não está claro para a equipe.
Para os pesquisadores, a extrusão ocorreu alguns dias depois da morte de Charlotta, a razão por trás disso foi os gases que se formaram na cavidade abdominal do corpo sem vida. Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.
Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/sepulturaem-capela-finlandesa-do-seculo-18-revela-detalhe-morbido-sobre-mulhergravida.phtml Acesso em 23 de julho de 2021.
Assinale a alternativa que apresente a função sintática exercida pelo termo em destaque no período: Durante uma expedição em uma capela na região de Vihti, na Finlândia, a arqueóloga Tiina Vare e outros pesquisadores da Universidade de Oulu, encontraram um sepultamento macabro do século 19.
Considere o seguinte texto para responder às questões 05 a 10:
Se existe uma arte que surpreende qualquer pessoa, é a dos peritos. Eles conseguem desvendar muitos mistérios e descobrem segredos inimagináveis, guardados a sete chaves, como crimes hediondos e evidências escondidas. Esses profissionais têm conquistado cada vez mais fãs nas telinhas, graças às séries de ficção que exibem o trabalho minucioso que a função exige, materializado nas técnicas forense — que desvenda as pistas deixadas nas cenas de crime - e criminal - que encontra provas, mediante a análise científica de vestígios. [...]
Na série Criminal Minds (“Mentes criminosas”), por exemplo, enquanto detetives comuns estudam as evidências de um crime, dois agentes do FBI da Unidade de Análise Comportamental em Quântico reunem suas especialidades singulares para analisar o crime de dentro para fora e desvendar o crime. Sem examinar as evidências no laboratório, eles investigam o comportamento dos criminosos nas cenas dos crimes, bem como onde eles vivem ou trabalham, para descobrir como eles pensam.
Fonte: ÂNGELIS, Rebeca. Criminal ou forense? 5 séries para você se inspirar em ser perito. Disponível em: https://www.ung.br/noticias/criminal-ou-forense5-series-para-voce-se-inspirar-em-ser-perito. [com adaptações].
Considerando as relações sintáticas estabelecidas no 1º parágrafo do texto, assinale a única alternativa em que o pronome relativo “que” NÃO exerce a função de sujeito.
Leia o gênero textual a seguir:
A professora olhou para Joãozinho e disse:
- Joãozinho, essa maçã aí na sua carteira?
Ele respondeu:
- É pra mim comer, professora.
Ela o corrigiu:
- É pra eu comer, Joãozinho.
- Não, Professora. É pra mim mesmo.
(estacaodapalavra.blogspot.com/piadas-gramaticais).
Analise as proposições a seguir e marque a alternativa adequada:
I- O humor da piada acontece em razão da confusão instalada pelo entendimento de Joãozinho sobre a fala da professora.
II- A intencionalidade discursiva da professora era mostrar a Joãozinho que a construção usada por ele continha um desvio da norma padrão, no que diz respeito à sintaxe.
III- Na última fala de Joãozinho, o pronome “mim” também apresenta desvio da norma padrão.
É CORRETO afirmar:
Leia o texto 02 para responder às questões de 9 a 11.
Texto 02 – As milhas caminhadas
Não se chega aonde se deseja sem sacrifício, não se alcança o que se acha distante sem caminhar, não se encontra a realização de todos os sonhos, sem antes buscar compreender que tudo requer luta.
O homem fraco amputa as pernas nas primeiras milhas, por não entender que a arte maior de encontrar o que quer é buscar a distância, a verdadeira certeza de que tudo que deseja requer um pouco de esperança.
Muitos desistem, muitos se sentam à beira do caminho, muitos se perdem por estradas sem prumo ou rumo e devido à sua incerteza de buscar o que projetou, se curva na dúvida e permanece de joelhos [...]
O melhor amigo do homem é a perseverança, pois o desânimo em momento algum permite que surja a árvore da luminosidade e fé. Sempre haverá momentos que alguém mostre a sua revolta em decorrência das desigualdades existentes, porém esta imagem não fará com que este possa enxergar o caminho da verdade e da justiça [...].
HOLANDA, Rafael Rodrigues. Nossos Caminhos. Campina Grande: Impressos Adilson. 2016, p.51.
No enunciado “Sempre haverá momentos que alguém mostre a sua revolta, em decorrência das desigualdades existentes, porém esta imagem não fará com que este possa enxergar o caminho da verdade e da justiça”.
Analise as proposições a seguir e marque a alternativa adequada.
I- Na construção linguística “Sempre haverá momentos”, o verbo é impessoal e, como tal, a oração não tem sujeito.
II- O termo “porém” é um conector que estabelece, ao mesmo tempo, uma relação de contradição e concessão.
III- A construção linguística “o caminho da verdade e da justiça” funciona sintaticamente como objeto direto.
É CORRETO afirmar apenas: