Questões de Concurso Sobre artigos em português

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Q1787242 Português

Ética nas redes sociais – Pratique!


    Quando navegamos na internet, criamos a ilusão de estarmos “imunes” às nossas publicações, textos, fotos, vídeos...

    Porém, muitos se esquecem de que podemos ser prejudicados dependendo do que postamos, pois sempre somos responsáveis por nossas ações online. Algumas situações podem até gerar processos por causa de uma leve brincadeira, isso sem contar demissões por justa causa, separações de casais, brigas entre amigos e etc., por isso é importante manter uma postura ética não só nas redes sociais, mas em toda internet. Na dúvida, não publique!

Todos nós sabemos que a internet abre possibilidades para nos expressarmos com mais liberdade, encontrarmos pessoas que pensam de maneira parecida (ou não), mas lembre-se: “O seu direito termina onde começa o direito do outro”.

    Já que a situação não é tão legal quando o prejudicado é você, então antes de escrever por impulso, pense um pouco, veja se não vai ofender ninguém, pois alguém pode um dia se deparar com alguma coisa que você escreveu e não gostar, daí o problema começa.

E lembre-se: por mais que você pense que não é monitorado, isso não é verdade, na internet tudo é rastreado sim, então não abuse e aja com ética e respeito!

Fonte (adaptada):

https://blogprnewswire.com/2013/01/21/ ética nas redes sociais pratique/

No trecho “Já que a situação não é tão legal quando o prejudicado é você, então antes de escrever por impulso, pense um pouco, veja se não vai ofender ninguém”. Os termos sublinhados são respectivamente:
Alternativas
Q1787174 Português
TEXTO
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA EDUCACIONAL
(1º§) Os jovens hoje em dia estão ligados a uma 'sociedade digital' com o grande avanço tecnológico e meios de comunicação, mas isso tem gerado muitas questões. A tecnologia não tem mais como ser evitada, principalmente pelos jovens e adolescentes, e no ambiente escolar não é diferente, e isso vem gerando muitas opiniões diversas na sociedade. Mas todos nós somos cientes de que o uso dos aparelhos digitais melhoram e favorecem o trabalho nas escolas, tornando-o mais criativo, dinâmico e envolvente. Os membros das próprias escolas precisam reconhecer que o celular é sim importante, e que para os pais, é um meio de monitoramento da trajetória diária dos filhos, no qual é um fácil contato entre eles. 
(2º§) O objetivo dos educadores deveria ser apenas conscientizar os próprios do uso indevido, e não proibir. O celular pode ser utilizado facilmente como um organizador, que contém um acesso muito rápido, assim ajudando o desempenho didático. Nós, jovens, temos capacidade de raciocinar e observar várias coisas ao mesmo tempo, e com o celular não iria ser diferente, como por exemplo: podemos copiar e ouvir uma explicação na sala de aula, tocar e cantar em um instrumento musical sem problema algum.
(3º§) Antes não dependíamos tanto da tecnologia, mas quanto mais ela cresce, mais a violência aumenta absurdamente seu índice, e assim segue preocupando mais os próprios pais que, às vezes passam o dia todo longe. A nova era digital tem que ser considerada pelas escolas uma aliada, e não inimiga. Sou a favor da conscientização dos alunos, mas não da proibição em si, o aluno que tiver responsabilidade, não deixará o objeto digital atrapalhar seus estudos e conhecimentos adquiridos, assim ele será útil no momento certo, sem afetar o seu desempenho mental. (...)

(https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/redacao/a-importancia-tecnologia-educa cional.htm) - (Adaptado)
Analise as assertivas com (V) verdadeiro ou (F) falso.
(__)O sujeito da oração é elíptico ou desinencial de primeira pessoa da singular. (__)Em: "Nós, jovens¹, temos² capacidade de³ raciocinar" temos, respectivamente: um aposto do sujeito simples, concordância verbal na primeira pessoal do plural, preposição imposta pela regência nominal. (__)Em: "O¹ aluno que² tiver responsabilidade³" temos, respectivamente: artigo definido, pronome relativo, substantivo abstrato polissílabo paroxítono com função sintática de objeto direto. (__)A oração: "Antes não dependíamos tanto da tecnologia" exemplifica um caso de uso de hipérbato.
Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de cima para baixo:
Alternativas
Q1786923 Português
Marque a alternativa cujas palavras são TODAS invariáveis.
Alternativas
Q1786839 Português

"Tudo em ’Torto arado’ é presente no mundo rural do Brasil. Há pessoas em condições análogas à escravidão"


     Quando Bibiana e Belonísia nasceram, tinham outros nomes. O baiano Itamar Vieira Junior tinha 16 anos quando começou a escrever Torto arado (Todavia), que ganhou nesta quinta-feira o Prêmio Jabuti de melhor romance, e suas protagonistas tinham outras identidades. A essência da narrativa, no entanto, permaneceu inalterada: a história de duas irmãs, contada a partir de sua relação com o pai e com a terra onde viviam. O título, retirado do poema Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga, tampouco mudou. O que veio depois foi a vontade de levar a história para o sertão da Chapada Diamantina, longe da capital ou do Recôncavo Baiano, onde a maioria dos seus conterrâneos ambientam suas narrativas. "A gente fala do sertão, do semiárido, parece que se trata de uma coisa só, mas o sertão da Chapada tem uma regularidade de chuva, uma diversidade de paisagem, de mato, que salta aos olhos", conta Vieira Junior, hoje com 41 anos, ao EL PAÍS, por telefone.

    

    Profundamente influenciado pelas leituras de Graciliano Ramos, Jorge Amado e Rachel de Queiroz, ele escreveu as primeiras 80 páginas da obra, mas o manuscrito se perdeu durante uma mudança da família. Vieira Junior só retomaria a história vinte anos depois, quando, formado geógrafo e funcionário público do INCRA, conheceu as realidades de indígenas, quilombolas, ribeirinhos e assentados no sertão baiano e maranhense. "Ao longo de 15 anos, aprendi muito sobre a vida no campo e vi um Brasil muito diverso do que vivemos cotidianamente nas cidades. Existe uma vida muito pulsante no campo, uma vida que está em risco, porque essas pessoas vivem em constante conflito na defesa de seus territórios. Tudo isso reacendeu a chama de escrever Torto arado", conta o escritor, que lembra que o Brasil é um dos países com maiores índices de violência no campo. No ano passado, foram registrados 1.883 conflitos, incluindo 32 assassinatos, de acordo com o levantamento anual realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).

    

    Em 2017, quando escrevia a segunda - e definitiva - versão do romance, nove trabalhadores rurais com os quais Vieira Junior teve contato foram assassinados, seis deles em uma chacina. "Foi um ano brutal", lembra. São as vidas e lutas dessa gente que estão contadas em sua obra, que acompanha a família das irmãs Bibiana e Belonísia no cotidiano de Água Negra, uma fazenda onde os trabalhadores aram a terra sem receber salário, tendo apenas o direito de construir casebres de barro que precisam ser reconstruídos a cada chuva, pois o fazendeiro não autoriza construções de alvenaria. Quando não estão plantando e colhendo nas terras do patrão, cultivam roças nos próprios quintais para comer e ganhar um pouco dinheiro vendendo abóbora, feijão e batata na feira. São quase todos negros, descendentes de escravizados libertos havia poucas décadas, como é o próprio autor. Descendente de negros escravizados vindos de Serra Leoa e da Nigéria e de indígenas Tupinambás, Vieira Junior construiu um sertão real, que tem vida e verde, graças, em parte, às histórias dos avós paternos, que viveram no campo, na região de Coqueiros do Paraguaçu, no Recôncavo Baiano.

    

    O torto arado que dá nome ao livro é um objeto que, usado pelos antepassados das protagonistas na lida com a terra, atravessa o tempo para representar essa herança escravocrata de tantas desigualdades. Narrado primeiramente por Bibiana, depois por Belonísia e, na terceira parte, por outra personagem, o romance já começa com o clímax de um acidente: crianças, as duas irmãs ? filhas de Zeca Chapéu Grande, um líder comunitário e espiritual encontram uma faca da avó Donana. A partir daí, a linguagem, central na narrativa desde a prosa melodiosa com que o autor escreve, torna-se ainda mais importante. O não dito é tão importante quanto o que está impresso no papel. Uma irmã torna-se a voz da outra, e, como estão descritos os gestos, mas não as palavras das personagens, o leitor não sabe quem foi mutilada até chegar a um terço do romance. 


(FONTE: El País. Texto de Joana Oliveira. Disponível em https://brasil.elpais.com/cultura/2020-12- 02/tudo-em-torto-arado-ainda-e-presente-no-mundo-rural-brasileiro-ha-pessoas-em-condicoes-analogas-a-escravidao.html)

No trecho "O que veio depois foi a vontade de levar a história para o sertão da Chapada Diamantina, longe da capital ou do Recôncavo Baiano, onde a maioria dos seus conterrâneos ambientam suas narrativas.", as palavras destacadas devem ser corretamente classificadas como:
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Q1786736 Português

Ou agimos agora ou será tarde demais

O clima não espera: cientistas do IPCC alertam que combater

o aquecimento global exige mudanças sem precedentes,

mas ainda é possível se não perdermos tempo;

e nossas florestas são motivo para ter esperança

por Rodrigo Gerhardt


    O time mais robusto de cientistas do mundo, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), divulgou nesta segunda-feira, na Coreia do Sul, um novo relatório sobre o caminho para limitar o aquecimento global a 1.5 grau e assim cumprir o histórico Acordo de Paris. É uma tarefa que envolve escolhas difíceis e urgentes, e só poderá ser alcançada se não perdermos mais tempo. Para líderes politicos e corporativos, a mensagem é clara: “Ajam agora!”.

    Atualmente, já enfrentamos 1 grau Celsius de aquecimento. Para os cientistas da ONU, que revisaram mais de 6 mil estudos, estamos muito próximos de atingir 1.5º C e até mesmo chegar a 2º C de aquecimento já na primeira metade do século, ou seja, logo daqui trinta anos. Este é o nível mínimo seguro para a forma como vivemos no planeta. A única solução possível, diz o relatório, é reduzir pela metade até 2030 a emissão de gases que esquentam o planeta, para então zerá-las em 2050, além de absorver parte do carbono que já está na atmosfera. Neste caminho não bastam só novas tecnologias e energia limpa – as florestas também terão papel fundamental.

    “No cenário traçado pelo IPCC, o futuro da humanidade depende não apenas de eliminarmos os combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, e zerar o desmatamento em escala mundial para reduzir as emissões, mas também proteger florestas, savanas e outras formas de vegetação natural para capturar o excesso de CO2 que já está na atmosfera e o que ainda será emitido na fase de transição para uma economia neutra em carbono”, diz o estrategista internacional de Florestas do Greenpeace, Paulo Adário.

    Para ele, a melhor e mais aceitável forma de fazer isso é adotar um ambicioso programa de restauração das florestas degradadas em escala global. “Afinal, as árvores são ‘usinas’ naturais de captação de carbono desenvolvidas e testadas há milhões de anos”, afirma.

    No Brasil, líderes políticos e empresariais têm o dever de ampliar os compromissos já assumidos com a comunidade global e adotar as medidas necessárias para nos proteger dos impactos que já estão sendo sentidos, como secas severas prolongadas e tempestades com força recorde. “Além de acelerar a transição para uma matriz energética 100% limpa e renovável, o país tem o desafio de revolucionar o setor agropecuário – que responde por cerca de 70% das emissões brasileiras, incluído ao ‘pum’ dos rebanhos, o uso de fertilizantes e o desmatamento de novas áreas – e trazê-lo para um patamar sustentável”, afirma.


Disponível em https://www.greenpeace.org/brasil/blog/ou-agimos-agora-ou-sera-tarde-demais/?gclid=EAIaIQobChMI3tOxh57c6AIVRwmRCh00vQZTEAAYASAAEgI WhvD_BwE

Analise: “o futuro da humanidade depende não apenas de eliminarmos os combustíveis fósseis, como carvão e petróleo” e assinale a alternativa que apresenta a classificação correta dos vocábulos em destaque.
Alternativas
Q1786423 Português
Para responder à questão, leia atentamente o excerto a seguir:

     (PALHAÇO, entrando)

Peço desculpas ao distinto público que teve de assistir a essa pequena carnificina, mas ela era necessária ao desenrolar da história. Agora a cena vai mudar um pouco. João, levante-se e ajude a mudar o cenário. Chicó! Chame os outros.

(Ariano Suassuna, em O auto da compadecida, 1980)
A partir do texto lido, assinale a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1786422 Português
Para responder à questão, leia atentamente o excerto a seguir:

     (PALHAÇO, entrando)

Peço desculpas ao distinto público que teve de assistir a essa pequena carnificina, mas ela era necessária ao desenrolar da história. Agora a cena vai mudar um pouco. João, levante-se e ajude a mudar o cenário. Chicó! Chame os outros.

(Ariano Suassuna, em O auto da compadecida, 1980)
Assinale a alternativa que corresponde, respectivamente, às classificações CORRETAS dos elementos em destaque no texto de Ariano Suassuna:
Alternativas
Q1786248 Português

Com relação aos aspectos linguístico‐estruturais do texto, julgue o item.


A expressão "Farmácia Viva" (linha 23) está antecedida do artigo definido masculino "o" em concordância com o termo "Projeto" (linha 17).

Alternativas
Q1784387 Português
A ciência compartilhada na rede

O padrão ouro da avaliação dos artigos científicos até a década passada era a citação. Quando olhamos para as citações que um artigo recebeu, estamos considerando um grupo relativamente limitado de pessoas que o usaram: aquele grupo que se interessou, leu e utilizou aquele texto para construir e publicar o seu próprio trabalho. Mas a citação não é o único uso que um artigo científico pode ter. Profissionais, pacientes, gestores, ativistas, amadores, wikipedistas, curiosos, muita gente pode se interessar pela literatura científica, pelos mais diversos motivos. Hoje, nas redes sociais, encontramos traços desses interesses por artigos científicos e pela ciência. O biólogo compartilha seu artigo novo no Facebook. A astrônoma explica sua pesquisa em um vídeo no YouTube. A doutoranda cria seu caderno de pesquisa em formato de blogue. O observador de pássaros publica uma série de fotos no Instagram para identificar uma possível espécie nova. A cientista social escreve uma sequência no Twitter mostrando com o que a pesquisa acadêmica pode contribuir para a sociedade. São atos que não necessariamente geram citações, mas mostram que a utilidade da ciência não se resume ao que é publicado formalmente em periódicos consagrados. E observar a repercussão do que foi publicado nesses ambientes digitais é cada dia mais viável por conta dos identificadores persistentes de documentos. Alguns dos identificadores mais conhecidos são o DOI (Digital Object Identifier), o PMID (usado na PubMed) e o sistema Handle, entre outros.
As métricas da disseminação de trabalhos científicos nas redes sociais, que chamamos altmetrias, vão aos poucos se incorporando ao nosso cotidiano. Em alguns periódicos e repositórios, encontramos junto aos dados de download informações sobre quantas vezes o arquivo foi compartilhado. Mas quais seriam essas medidas? Pode-se dizer que hoje usamos alguns tipos de métricas alternativas, e que, a partir delas, podemos fazer diferentes estudos. Podemos lançar o olhar para a disseminação dos conteúdos em tuítes e posts de divulgação, ver a interação dos usuários a partir desses posts, os downloads dos artigos e sua incorporação em gestores de referência como o Mendeley e a geração de conteúdo a partir do uso dos artigos em documentos como blogues, sites e Wikipedia. Podemos avaliar quantitativamente as diferentes reações (no caso do Facebook), redes de relações e compartilhamentos dos usuários, ler os comentários e respostas, enfim, ver todo esse processo que vai da divulgação científica ao diálogo entre pares, em um olhar sobre a ciência e sua disseminação e comunicação.
Há que se considerar que as altmetrias estão sujeitas a formas de uso equivocadas, ou mesmo fraudulentas. Porém, observamos hoje uma crescente reflexão para se buscar um uso adequado de todas as métricas. Precisamos fugir de números mágicos que prometem resumir em um único indicador todo o valor de uma pesquisa. É muito importante que os processos de avaliação sejam focados em uma multiplicidade de formas de se medir resultados, e que esses resultados sejam devidamente contextualizados. Mas, principalmente, o importante é identificar se a ciência que está sendo produzida é de qualidade teórico-metodológica para além da repercussão por si só. Ciência se produz construindo caminhos, com sucessos e insucessos, não é uma sequência de acertos contada em uma saga do herói. Pode ser que as altmetrias passem por um período mais ‘violento’ de interação com a ciência, com erros e acertos na sua exploração. Mas, com o tempo, cremos que o monitoramento necessário das repercussões nas mídias sociais trará mais pontos positivos que negativos.

GOUVEIA, F. C.; SOUZA, I. V. P. de. Disponível em: <https://cienciahoje.org.br/artigo/a-ciencia-compartilhada-na-rede/>. Acesso: 03/set/2018. [Adaptado]
Considere as frases abaixo em seu contexto.
1. “Quando olhamos para as citações que um artigo recebeu, estamos considerando um grupo relativamente limitado de pessoas que o usaram: aquele grupo que se interessou, leu e utilizou aquele texto para construir e publicar o seu próprio trabalho.” (1º parágrafo) 2. “Profissionais, pacientes, gestores, ativistas, amadores, wikipedistas, curiosos, muita gente pode se interessar pela literatura científica, pelos mais diversos motivos.” (1º parágrafo)
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação às frases acima.
( ) Em 1, o sinal de dois-pontos é usado para anunciar uma síntese do que se acabou de dizer. ( ) Em 1, “um artigo”, “o” (em “o usaram”) e “aquele texto” estabelecem relação de correferencialidade. ( ) Embora as orações adverbiais costumem ter uma ordem flexível no período, em 1 a oração temporal “Quando […] recebeu” não pode ser deslocada sob pena de prejudicar a coesão textual. ( ) Em 2, o uso de “muita gente” em vez de “muitas pessoas” confere um traço de informalidade ao texto. ( ) Em 2, “pela” e “pelos” compartilham forma e função: são combinações de preposição com artigo que expressam relação de finalidade.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
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Q1783690 Português

Texto para o item.


Simone Sena Farina e Nicolina Silvana Romano‐Lieber. Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança? In: Saúde e Sociedade, v. 18, n.o  1, 2009, p. 7‐18 (com adaptações).

Com relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.

Mantém a correção gramatical a inserção, após a forma “atender” (linha 2), do vocábulo as.
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Q1783107 Português

Com base na leitura do texto, julgue o item.


O emprego do acento indicativo de crase em “às atividades” (linhas 55 e 56) justifica-se pela regência do substantivo “retorno” (linha 55) e pela anteposição de artigo definido ao termo “atividades”.

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Q1782305 Português

Texto: Uma Vela para Dário 

Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou na pedra o cachimbo.

Dois ou três passantes, rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.

Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca.

Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guardachuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. 

A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede – não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.

Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las.

Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso. 

Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados – com vários objetos – de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade, sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade.

Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda rua e calçada: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.

O guarda aproximou-se do cadáver e não pode identificá-lo – os bolsos vazios.

Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio, quando vivo, só podia destacar umidecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão.

A última boca repetiu – Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto.

Dalton Trevisan

Fonte: (Vinte Contos Menores. Record: Rio de Janeiro, 1979, p.2.)

Leia o fragmento para responder a questão que se refere a compreensão de Morfologia (Classe de Palavras):
Dois ou três passantes, rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.
O termo três, no fragmento apresentado tem a correta denominação em classes de palavras como:
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Q1781402 Português

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa”. O uso do artigo indefinido em destaque tem a função de
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Q1778856 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.

Você conhece os jogos que acompanham a humanidade há milhares de anos?

    Em algum momento, milhares de anos atrás, algum humano da Pré-História modificou um osso, uma concha, uma pedra ou um pedaço de madeira e começou a apostar com os colegas qual marca apareceria quando ele lançasse o objeto ao chão. Ele não estava sozinho: existem centenas de sítios arqueológicos com peças que parecem ter sido utilizadas para jogar.
     Aliás, nem sequer somos a única espécie que gosta de testar a sorte: em 2005, um estudo da Universidade Duke concluiu que, por diversão, macacos preferem seguir rotas mais longas e perigosas, mesmo quando a recompensa é menor. “Eles simplesmente gostam de jogar”, descreve o diretor do Centro para Pesquisas de Jogos de Azar da Universidade de Nevada, David G. Schwartz, no livro Roll the Bones: The History of Gambling. 
    O tempo avançou e os habitantes das primeiras civilizações também passaram a desenvolver seus próprios tipos de jogos. “Apostar é um passatempo antigo e disseminado”, explica o pesquisador. Seja na Mesopotâmia, no Egito ou na Coreia, já havia as primeiras versões de dados e fichas. Os chineses, por exemplo, pintavam e decoravam conchas e ossos de animais. Por volta do primeiro milênio antes de Cristo, as ruas do país já tinham casas para jogos – uma primeira versão dos cassinos, que surgiram para organizar as partidas, com regras e prêmios.
   Como aponta David G. Schwartz, cada uma das invenções da humanidade, incluindo a imprensa de tipos móveis do século 15 da Era Cristã, foi utilizada para incrementar os jogos. “A partir de 1650, a mania da jogatina se espalhou por boa parte da Europa”, explica.
     Quando o sistema bancário se estruturou e se fortaleceu na Europa, os cassinos ganharam um grande espaço – a palavra, aliás, vem do italiano e significa o equivalente a “clube social”. É considerado que o primeiro cassino da Era Moderna surgiu em Veneza, uma cidade onde as pessoas comuns já estavam habituadas a apostar com cartas e dados nas praças. Por sua vez, muitos dos jogos até hoje praticados em cassinos, como a roleta, surgiram posteriormente na França.
      No século 19, Monte Carlo tornou-se um centro de entretenimento. Eram tantos visitantes, de diversos lugares, utilizando moedas diferentes, que foi preciso criar o sistema de fichas. Inicialmente feitas de marfim, elas surgiram na China no início do século 18 e passaram a ser importadas. Mas os jogadores podiam comprar os mesmos modelos na rua e levá-los escondidos para dentro dos cassinos, o que obrigou os proprietários das casas a criar métodos cada vez mais sofisticados para identificar as peças.
    Nos Estados Unidos, os nativos haviam inventado seus próprios jogos. Entre os colonizadores, a primeira cidade a assumir o papel de capital dos cassinos foi Nova Orleans. Apenas na década de 40 do século 20 é que Las Vegas se consolidou. Ali, com o Hotel Flamingo, inaugurado em 1946, estabeleceu-se a estética conhecida ainda hoje, com os salões amplos e a falta de janelas – há quem diga que é para o jogador perder a noção de tempo, mas os proprietários dos locais costumam alegar que a luminosidade do sol prejudica visualizar as cartas e as telas das máquinas caça-níqueis. 

Fonte: https://super.abril.com.br/historia/voce-conhece-os-jogos-que-acompanham-a-humanidade-ha-milhares-deanos/

Assinale a alternativa CORRETA com relação ao seguinte trecho: “Em algum momento, milhares de anos atrás, algum humano da Pré-História modificou um osso, uma concha, uma pedra ou um pedaço de madeira e começou a apostar com os colegas qual marca apareceria quando ele lançasse o objeto ao chão”.
Alternativas
Q1771348 Português
Leia o texto para responder a questão.

Dom Quixote
Miguel de Cervantes
Há aproximadamente quatrocentos anos, na aldeia de La Mancha, na Espanha, vivia um fidalgo de poucas posses materiais, mas muitos livros, e que adorava experimentar os desafios da vida e cujo passatempo era ler contos e mais contos de cavalaria.
Era este nobre senhor alto, magro, de cinquenta e poucos anos, queixo pontiagudo, cabelo grisalho desgrenhado e certo ar de loucura no olhar. De sobrenome Quixada ou Quesada, embora não rico, era muito conhecido pelos lavradores e tinha fala de boa pessoa entre os moradores da comunidade em que vivia. [...]
Em “Era este nobre senhor alto, magro, de cinquenta e poucos anos, queixo pontiagudo, cabelo grisalho, desgrenhado e certo ar de loucura no olhar”, as palavras destacadas pertencem a qual classe de palavras?
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Q1771015 Português
Leia o texto para responder a questão.


Cerca de 900 mil pinguins-rei desapareceram do mundo
Uma das principais explicações para o desaparecimento das
aves é que elas migraram pela rota marítima e não voltaram
para a sua ilha de origem
   Pesquisadores estão querendo entender o que causou o desaparecimento de 900 mil pinguins-rei da ilha vulcânica Île Aux Cochons, que fica localizada entre Madagascar e a Antártica. Os profissionais realizaram uma expedição no local com o intuito de descobrir o que aconteceu. No entanto, nenhuma das hipóteses que haviam sido levantadas foi comprovada. 
   A expedição foi realizada no final de 2019 e garantiu a descoberta de diversos espaços vazios na ilha, que até então, segundo a revista Science, era a maior agregação da espécie do mundo nos últimos anos e a segunda maior colônia entre todas as 18 espécies de pinguins. Segundo os cientistas, uma das principais explicações para o súbito desaparecimento dos animais é que eles migraram pela rota marítima e não voltaram para a sua ilha de origem. O que leva a crer que foi dessa forma que a colônia foi dispersada, já que os animais não foram localizados em ilhas próximas.  
   No entanto, apesar da possível explicação, o mistério aumenta quando se coloca em evidência as características da espécie, já que normalmente os pinguins-rei são fieis ao local de nascimento e de primeira reprodução. 
   Durante a expedição, os cientistas instalaram na ilha armadilhas e câmeras de visão noturna para procurar gatos e ratos, conhecidos por se alimentarem de ovos de filhotes de aves marinhas. Os pesquisadores também coletaram amostras de sangue de pinguim e desenterram os ossos de alguns para identificar doenças ou mesmo mudanças na dieta que poderiam sugerir alguma pista, no entanto nada foi identificado.
   Sem qualquer evidência de erupção vulcânica ou tsunami, o desaparecimento causado por algum desastre ambiental também foi descartado. O fato é que muitos dados ainda precisam ser processados para que se saiba o que de fato ocorreu com as aves.
Disponível em https://espacoecologiconoar.com.br/cerca-de-900-mil-pinguins-reidesapareceram-do-mundo/
Assinale a alternativa que apresenta um artigo definido.
Alternativas
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RN Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Agente e Escrivão |
Q1770379 Português
A frase abaixo em que há ERRO no emprego ou na ausência do artigo definido é:
Alternativas
Q1769647 Português
Leia com atenção: “Ela ficou com o terceiro lugar.” O item destacado na frase acima é:
Alternativas
Q1766150 Português
    No dia 31 de outubro de 1861, depois de um conturbado processo de construção, que durou cerca de três décadas, a Bahia inaugurou a sua primeira penitenciária, que recebeu oficialmente o nome de Casa de Prisão com Trabalho. A instituição foi construída numa área pantanosa, na periferia da cidade de Salvador. 
    A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência mundial de modernização do sistema prisional, que teve início na Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para atemorizar a quem estivesse planejando novos crimes, foram, gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade moderna, que planejava privar o criminoso do seu bem maior — a sua liberdade —, internando-o numa instituição construída especificamente para recuperá-lo, que recebeu o nome de penitenciária. O seu funcionamento era regido por normas que seriam aplicadas de acordo com o modelo penitenciário escolhido pelas autoridades, mas utilizavam-se elementos como o trabalho, a religião, a disciplina, o uso de uniformes e, sobretudo, o isolamento como métodos de punição e recuperação.
    Dessa forma, esperava-se criar um “novo homem”, que seria devolvido à sociedade com todos os atributos necessários à convivência social, principalmente para o trabalho. Foi com essa expectativa que os reformadores baianos implantaram a Casa de Prisão com Trabalho. 

Cláudia Moraes Trindade. O nascimento de uma penitenciária: os primeiros presos da Casa de Prisão com Trabalho da Bahia (1860-1865). In: Tempo, Niterói, v. 16, n. 30, p. 167-196, 2011 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se segue.
Com o uso do artigo definido na contração “do” em “do projeto civilizador oitocentista” (no início do segundo parágrafo), pressupõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham conhecimento prévio acerca desse projeto.
Alternativas
Q1765361 Português
Leia o texto para responder a questão.


O último ano de John Lennon
John morreu há 40 anos e estaria completando 80 neste mês.
Embarque aqui numa viagem pelos últimos 12 meses de vida
do beatle, quando a velha rivalidade com Paul renasceu, e lhe
deu energia para compor o último capítulo de sua obra.
Texto: Alexandre Carvalho
    “Você sabe quem sou eu?”, perguntou o cliente embriagado à garçonete da casa de shows Troubadour, em Los Angeles. “Você é só um babaca com um absorvente enrolado na cabeça”, respondeu a atendente, já cansada das grosserias naquela mesa. O ano era 1974, e, de fato, John Lennon tinha achado uma boa ideia sair à noite com um absorvente menstrual na testa. Em outra ocasião, novamente bebaço, o beatle seria expulso da mesma casa por trocar socos com o empresário de uma banda que tentava se apresentar em meio aos gritos e palavrões de Lennon. Foram 18 meses de esbórnia na costa oeste dos Estados Unidos, uma fase que mais tarde o músico chamaria de lost weekend – “fim de semana perdido”, uma referência ao nome original do filme Farrapo Humano (1945), que conta a tragédia de um alcoólatra. John havia sido chutado no ano anterior por Yoko Ono, que não aguentava mais as infidelidades do marido. Pela primeira vez, se via na condição de solteiro milionário mais famoso do mundo. Então se juntou a uma gangue de bebuns, da qual faziam parte o também beatle Ringo Starr, o baterista Keith Moon, do The Who, e o músico Harry Nilsson – uma turma que o cantor Alice Cooper chamava de The Hollywood Vampires Drinking Club. 
    A farra durou até 1975, quando Yoko chamou Lennon de volta para casa, e ele topou na mesma hora. A reconciliação seria o fato mais marcante da vida de John naquele ano se não houvesse outro ainda mais transformador: a gravidez de Yoko, que daria à luz o único filho do casal, Sean – nascido exatamente no aniversário do pai, 9 de outubro. 
    À época, John já tinha um herdeiro, o pré-adolescente Julian, de seu primeiro casamento, com Cynthia Powell. E Lennon tinha consciência de que sempre fora um pai ausente para seu primogênito. “Hey Jude”, a canção que Paul McCartney compôs para consolar Julian do divórcio dos pais, sempre o lembraria disso. Então, ainda na ressaca moral de seu lost weekend, Lennon decidiu que com Sean seria diferente. E mudou completamente de vida, tornando-se um recluso no apartamento 72 do Edifício Dakota, em Nova York, onde John e Yoko decidiram se estabelecer ainda no início daquela década. A partir do nascimento de seu caçula, o beatle mais rebelde e antissistema deixaria a vida pública para se dedicar à família. Pelo menos até o epílogo de sua história, meia década depois, em 1980. E é para esse ano, o último da vida de John, que vamos agora.
    Quarentenado
   Minha “lareira eletrônica”. Era como John Lennon chamava seu aparelho de TV, de tanto que ficava ligado, sem som, sintonizado em novelas. Naquele início de 1980, no ano em que se tornaria quarentão, o músico passava a maior parte do dia sentado de pernas cruzadas em sua cama, lendo o que lhe caísse na mão. Tinha um apetite eclético para revistas e jornais, que ia de publicações de fofoca a conteúdos mais densos, como Scientific American e The Economist. Via tudo dando goles em até 30 xícaras de chá e café por dia, em meio a cinzeiros com baganas de Gitanes sem filtro. Essa rotina caseira permitia caminhadas pelo Central Park, bem à frente do seu prédio, e levar o filho pequeno para a natação. Mas de resto Lennon preferia se esconder em seu apartamento. As visitas-surpresa do ex-parceiro Paul, que aparecia do nada com um violão quando de passagem por Nova York, tinham parado desde que John insistiu que ele telefonasse antes de ir, lembrando que não estavam mais nos anos 1950, quando eram adolescentes que não se desgrudavam. “Não falei por mal”, explicaria Lennon. “Só quis dizer que estava tomando conta de um bebê o dia inteiro, e não dava para ter um cara batendo na minha porta.”
    [...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/especiais/o-ultimo-ano-de-john-lennon/
Analise: “Foram 18 meses de esbórnia na costa oeste dos Estados Unidos, uma fase que mais tarde o músico chamaria de lost weekend” e assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
621: A
622: C
623: D
624: A
625: B
626: C
627: D
628: C
629: C
630: C
631: C
632: C
633: D
634: A
635: B
636: A
637: D
638: B
639: C
640: C