Questões de Concurso
Sobre artigos em português
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Texto especialmente adaptado para esta prova.
Disponível em: https://www.contioutra.com/o-pensamento-ve-o-mundo-melhor-que-os-olhos/.
Texto especialmente adaptado para esta prova. Disponível em
http://desacontecimentos.com/?p=301.
(Adaptado de <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/04/150430_vert_fut_ciencia_vendas_ml>
Coluna 1 1. Artigo. 2. Preposição. 3. Pronome.
Coluna 2 ( ) Linha 05. ( ) Linha 12. ( ) Linha 30. ( ) Linha 36. ( ) Linha 47 (1ª ocorrência).
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Texto para responder à questão.
Uma vela para Dario
Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminui o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva e descansou na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se ele não está se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque.
Estendeu-se mais um pouco, deitado agora na calçada, e o cachimbo a seu lado tinha apagado. Um rapaz de bigode pediu ao grupo que se afastasse, deixando-o respirar. E abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario roncou pela garganta e um fio de espuma saiu no canto da boca.
Cada pessoa que chegava se punha na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram acordadas e vieram de pijama às janelas. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao lado dele. Uma velhinha de cabeça grisalha gritou que Dario estava morrendo. Um grupo transportou-o na direção do táxi estacionado na esquina. Já tinham introduzido no carro a metade do corpo, quando o motorista protestou: se ele morresse na viagem? A turba concordou em chamar a ambulância. Dario foi conduzido de volta e encostado à parede - não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém afirmou que na outra rua havia uma farmácia. Carregaram Dario até a esquina; a farmácia era no fim do quarteirão e, além do mais, ele estava muito pesado. Foi largado ali na porta de uma peixaria. Imediatamente um enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse o menor gesto para espantá-las.
As mesas de um café próximo foram ocupadas pelas pessoas que tinham vindo apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficara torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os documentos. Vários objetos foram retirados de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do seu nome, idade, cor dos olhos, sinais de nascença, mas o endereço na carteira era de outra cidade.
Registrou-se tumulto na multidão de mais de duzentos curiosos que, a essa hora ocupava toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu contra o povo e várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo – os bolsos vazios. Restava apenas a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio – quando vivo – não podia retirar do dedo senão umedecendo-o com o sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão.
A última boca repetiu – “Ele morreu, ele morreu”, e então a gente começou a se dispersar. Dario havia levado quase duas horas para morrer e ninguém acreditara que estivesse no fim. Agora, os que podiam olhá-lo, viam que tinha todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não lhe pôde fechar os olhos ou a boca, onde as bolhas de espuma haviam desaparecido. Era apenas um homem morto e a multidão se espalhou rapidamente, as mesas do café voltaram a ficar vazias. Demoravam-se nas janelas alguns moradores, que haviam trazido almofadas para descansar os cotovelos.
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.
Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario esperando o rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade, apagando-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.
TREVISAN, Dalton. Cemitério de elefantes . Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1964, p.33-35.
Embora Dario seja apenas uma pessoa qualquer, ao ser nomeado toma-se real no enunciado textual. Da mesma forma, o que no nível das estruturas narrativas é definido como Povo (sujeito do fazer), no texto concretiza-se, linguisticamente, na(s) seguinte(s) categoria(s):
1. os indiferentes (cada pessoa, várias pessoas, mais de duzentos, alguns moradores): constância do plural e de pronomes definidos.
2. os solidários (dois ou três passantes, o senhor gordo, o rapaz de bigode, a velhinha de cabelo grisalho: alguém, um grupo, um terceiro, um senhor piedoso, um menino de cor e descalço): uso do numeral e do artigo definido, além da adjetivação.
3. a indeterminação para generalizar a indiferença e a espoliação que permite pressuposições sobre a ação que domina o texto. Nesta categoria, o uso do discurso indireto predomina sobre o direto.
Está correto apenas o que apresenta em:
A mulher do vizinho
Contaram-me que, na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército, morava (ou mora) também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco.
O delegado resolveu passar uma chamada no homem e intimou-o a comparecer à delegacia.
O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo à ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer-lhe o seguinte:
— O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: duralex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.
Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:
— Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
— Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general, ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou?
Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:
— Da ativa, minha senhora?
E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:
— Da ativa, Motinha! Sai dessa...
Fernando Sabino
(Texto 01)
Mas os ecos da cidade retornam em sua obra inteira, e permanecem nela qual uma inscrição latejante, sem correspondente cronológico contabilizável – como a tal “fotografia na parede”, que dói, ou como um sino repercutindo traumas e avivando o vivido. (2°parágrafo)
assinale a alternativa correta.
Texto para responder à questão.
Restos de Carnaval
Com relação aos componentes destacados do trecho, é correto afirmar que:
Leia o trecho do texto a seguir e responda à questão.
O futebol é o circo do mundo. Não há nenhum outro esporte que provoque tanta paixão, tanta alegria, tanta tristeza. O futebol dá sentido à vida de milhões de pessoas que, de outra forma, estariam condenadas ao tédio. É remédio para a depressão. É o assunto para as conversas em bares, escritórios, fábricas, táxis, construções, possivelmente confessionários, pelos pecados que a paixão faz cometer...
O futebol é a bola que se joga no jogo das conversas. O futebol faz esquecer lealdades políticas, ideológicas, religiosas, econômicas, raciais. Acabam as diferenças. Todos são iguais: são torcedores de futebol. São torcedores de futebol. No mundo inteiro.
(Trecho extraído de “O bobo da corte”, de Rubem Alves)
FELIZ / MIM / UNS / CHOVER / QUIÇÁ
Leia o texto a seguir e responda às questões.
Trabalho voluntário: quatro histórias emocionantes
Eles não se importam de abdicar algumas horas de descanso e lazer nos dias mais desejados da semana - sábado e domingo - para estar ao lado de pessoas que nem mesmo conhecem.
Por Keila Bis
Atualizado em 21 dez 2016
Histórias curam. Não importa se é feriado, se está chovendo ou fazendo sol ou se tem de trabalhar. Há 14 anos, todos os sábados, das 10 às 11 horas, o publicitário Rogério Sautner, de 41 anos, está presente na ala de doenças infectocontagiosas para crianças e adolescentes do instituto de infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. “Conto histórias e também os entretenho com desenhos, mágicas e jogos”, explica ele, um dos integrantes da associação Viva e Deixe Viver, que treina e capacita voluntários a se tornarem contadores de histórias em hospitais. “No começo, meu maior desafio foi trabalhar nesse ambiente. Até mesmo o cheiro me incomodava.” Hoje, isso passa longe de ser um problema e, quando indagado sobre o envolvimento emocional com essas crianças, já que muitas delas são portadoras de HIV e morrem, ele explica: “A associação tem psicólogos que nos atendem frequentemente e passamos por workshops para aprender a lidar com essa situação”. Para ele, o que mais o estimula a continuar é verificar a transformação que provoca. “Quando chego, eles estão tristes e desanimados. Quando saio, estão animados e alegres, como num passe de mágica.” A importância dessa ação foi constatada pela psicóloga Cláudia Mussa em uma pesquisa com 24 crianças hospitalizadas antes e depois do trabalho dos contadores de histórias: “Descobri que as queixas de dor diminuíram em 75% dos casos.” Mas não foram somente as queixas das crianças que diminuíram. “Eu também me vi transformado por elas. Parei de reclamar da vida. Sou muito mais feliz do que era há 14 anos”, conclui Rogério.
Trecho adaptado. Disponível em: https://casa.abril.com.br/ bem-estar/trabalho-voluntario-quatro-historias-emocionantes/ Publicado/: em 5 jul 2012, 18h23
( ) “Muitas adolescentes ficam grávidas porque querem...” (linha 2). A autora, ao empregar “querem”, no presente do indicativo, confirma a sua certeza diante do fato expresso pelo verbo. ( ) “...os adolescentes a refletirem sobre as mudanças resultantes de uma gravidez na adolescência (linha 17). O uso do artigo “as” revela uma referência imprecisa ao substantivo “mudanças”. ( ) “Invariavelmente, descobrimos que o motivo que levou à gravidez está ligado à falta de perspectiva...” (linha 09). O sujeito sintático do verbo destacado é classificado como indeterminado. ( ) “apenas uma pequena fração engravida por acidente.” (linha 3). O verbo destacado é classificado como intransitivo.
A sequência CORRETA é
Esta startup compra roupas usadas e devolve para as fabricantes revendê-las
Britânica Stuffstr desenvolveu um negócio que tem como objetivo finalizar o ciclo de uso das vestimentas. Adidas já é uma das parceiras
Pelo menos uma vez por ano, algumas pessoas fazem aquela limpeza no guarda roupas e pensam no que fazer com peças que não servem mais ou que já não combinam com o novo estilo de vida. A partir daí, as roupas são direcionadas para doação ou para revenda em sites ou brechós. Muitas, ainda, acabam sendo descartadas, mesmo com condições de uso. Enquanto isso, a fabricante não tem ideia de qual fim tiveram as peças produzidas.
De olho nessa oportunidade, a startup britânica Stuffstr resolveu aprimorar o trabalho de recolhimento e repasse de roupas de segunda mão. Eles coletam e armazenam dados dos produtos por até cinco anos. Os clientes então podem pesquisar para descobrir quanto a empresa pagará para comprar o item de volta.
A startup coleta o item do consumidor e leva para o local de triagem, que analisa se a peça ainda tem condições de uso. As que têm são direcionadas de volta às empresas; já as que têm perda total vão para reciclagem. A Stuffstr, então, envia essas informações de volta às marcas, com base nas condições das roupas devolvidas.
As marcas podem usar essas informações para planejar o desenvolvimento futuro de produtos, visando melhor durabilidade, e ajustar os preços que oferecem aos consumidores pelos itens usados.
Com isso, a startup argumenta que os consumidores ganham um dinheiro extra, o desperdício é reduzido e as marcas obtêm dados e informações valiosas sobre as peças e os clientes. As primeiras parcerias da Stuffstr foram com as empresas John Lewis e Adidas. Ao entrar no site das marcas, o cliente se depara com a possibilidade de vender peças usadas para a startup.
À Forbes, o co-fundador da Stuffstr, John Atcheson disse que a startup está “em uma posição única para poder oferecer aos consumidores um nível sem precedentes de transparência sobre o que acontece com o material – onde é revendido e por quanto – e até o que acontece se não puder ser revendido e for direcionado para a reciclagem. 70% de tudo o que estamos comprando vai para aterros, mesmo que ainda seja utilizável”, diz. De acordo com ele, a ideia é fechar o ciclo de uso das peças e reduzir o descarte desnecessário.
Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Moda/noticia/2020/01/esta-startup-compra-roupasusadas-e-devolve-para-fabricantes-revende-las.html>. Acesso em: 29 jan. 2020
Ladrões podem roubar sua impressão digital a
partir de fotos
A mente criminosa não tem limites. Desta vez, os ladrões estão usando uma nova tecnologia para roubar impressões digitais de fotografias. Detalhe: as imagens em que as pessoas aparecem fazendo o simpático símbolo de “paz e amor” são os principais alvos.
O alerta foi feito por uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Informática do Japão que afirmou que as técnicas de reconhecimento de digitais estão se tornando cada vez mais comuns – seja para logar em smartphones e tablets, seja para verificar identidades. E isso está começando a ser explorado pelos criminosos.
As câmeras de alta qualidade dos smartphones e as redes sociais têm aumentado o risco de vazamento de informações pessoais. Os cientistas japoneses copiaram impressões digitais com base em fotos tiradas por uma câmera digital a 3m de distância do indivíduo.
“Fazer um sinal de paz na frente da câmera, por exemplo, pode tornar as impressões amplamente disponíveis”, explicou o pesquisador Isao Echizen ao jornal Sankei Shimbun que publicou a pesquisa. Segundo ele, os golpistas nem precisariam de equipamentos avançados para recriar os traços dos dedos – principalmente se a área da digital estiver iluminada.
O mesmo instituto desenvolveu um filme transparente, à base de óxido de titânio, que pode ocultar as impressões digitais em fotografias. Essa seria uma alternativa para confundir os larápios virtuais. O problema é que os cientistas vão levar, pelo menos, dois anos para aperfeiçoar a técnica antes de lançá-la. Até lá, esconda os dedos.
HIRATA, Gisele. Ladrões podem roubar sua impressão digital a partir de fotos. Revista Super
Interessante. São Paulo: Abril, 2017. Disponível em: <http://super.abril.com.br/tecnologia/ladroespodem-roubar-sua-impressao-digital-a-partir-defotos/>.
Leia o seguinte trecho do texto para responder a questão: “O mesmo instituto desenvolveu um filme transparente, à base de óxido de titânio, que pode ocultar as impressões digitais em fotografias.”
Analise a veracidade das seguintes proposições relacionadas às classes de palavras.
( ) O termo “transparente” é um advérbio.
( ) Os termos “os” e “as” são artigos.
( ) O termo “um” é um numeral.
( ) O termo “titânio” é um adjetivo.
( ) Os termos “pode” e “ocultar” são verbos.
( ) O termo “em” é uma conjunção.
Assinale a alternativa com a sequência
CORRETA:
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