Questões de Concurso Comentadas sobre coesão e coerência em português

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Q1023192 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

     Carros autônomos com diferentes tecnologias já estão circulando em várias partes do planeta, em ruas de grandes cidades e estradas no campo. Um caminhão autônomo já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer a entrega de uma grande carga de cerveja. Embora muito recentes, veículos sem motoristas são uma realidade crescente. E, no entanto, os países ainda não discutiram leis para reger seu trânsito.
     No início do século 20, quando os primeiros automóveis se popularizaram, as cidades tiveram o desafio de criar uma legislação para eles, pois as vias públicas tinham sido concebidas para pedestres, cavalos e veículos puxados por animais. Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova revolução industrial", como define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda. Ele cita o exemplo das empresas de seguros: "Hoje o risco incide sobre pessoas, donos dos carros e motoristas. No futuro, passará a empresas que produzem o carro, porque os humanos viram passageiros apenas".
(Adaptado de: SERVA, Leão. Cidades discutem regras para carros autônomos, que já chegam com tudo. Disponível em: www.folha.uol.com.br
Considere as relações coesivas estabelecidas pelo pronome seu, ao final do primeiro parágrafo. No contexto, esse pronome retoma, especificamente,
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Q1022189 Português

Leia o Texto 1 para responder a questão.

TEXTO 1

Pum em Marte

        Parece notícia do Sensacionalista, mas saiu no site da Nasa, sete anos atrás: haviam descoberto pum em Marte. Toneladas e toneladas de pum. Claro que, no dia 15 de janeiro do ano da graça (muita graça) de 2009, quando o cientista Michael Mumma veio a público anunciar a novidade, não escolheu o termo pum e sim metano – o que soa mais elegante aos ouvidos, embora não alivie nada para as narinas.

        Como escreveu um excelente cronista do "Estadão", à época, a principal questão para os astrônomos, desde então, passou a ser "aquela sempre suscitada quando esse tipo de gás aparece por aí: quem foi?". Na Terra, 90% de todo o metano existente é produzido por seres vivos. Os 10% restantes são resultado de reações geológicas. Seria o gás marciano pum de pedra ou há, escondida nas profundezas do planeta vermelho, alguma forma de vida com a mão amarela?

        Nesta quarta-feira (19), a ESA (Agência Espacial Europeia) e a Roscosmos (Agência Federal Espacial Russa) deram um grande passo em direção à solução do fétido enigma, pondo na órbita marciana a sonda TGO (Trace Gas Orbiter) e enviando ao solo o módulo Schiaparelli. O TGO, uma nave de três metros e meio de envergadura, é mil vezes mais sensível do que qualquer aparelho já mandado a Marte e será capaz de apontar o tipo de metano ali existente. Ele funcionará, basicamente, como uma enorme napa high-tech e, feito um sommelier testando o buquê marciano, transmitirá a nós suas considerações sobre a safra, o retrogosto e o "terroir" daqueles gases extraterrestres.

       Mesmo se descobrir que o metano é do tipo proveniente de seres vivos, contudo, o TGO será incapaz de encontrar os culpados, daí a importância da sonda Schiaparelli. Com 1,65 m de diâmetro e semelhante a uma cápsula de Nespresso (dourada, sabor "Volluto"), a pequena estação meteorológica passaria dados ao TGO e, principalmente, testaria a tecnologia europeia para colocar um aparelho no solo marciano, coisa que, até hoje, só os americanos conseguiram. Digo "passaria" e "testaria" porque algo deu errado no pouso e a Nespressão se espatifou. Por um dia, os cientistas ainda acreditaram que ela podia apenas estar meio caladona por causa do jet lag ou, quem sabe, emocionada com a beleza da paisagem estilo Papa-Léguas, mas na sexta veio a confirmação: a sonda entrou de fuça na terra e agora seus destroços, espalhados, lembram um pouco a plantação de batatas do Matt Damon depois da tempestade naquele filme estranho do Ridley Scott.

       Aperfeiçoar a tecnologia para pousar traquitanas em Marte é crucial para a próxima etapa da agência europeia: em 2020, depois que o TGO mapear de onde vem o pum, de que tipo é e quando costuma emanar das entranhas alaranjadas, o programa enviará o ExoMars Rover, veículo que irá penetrar o subsolo para encontrar, enfim, os responsáveis pelas emissões. Nenhum cientista admite, para não assustar o planeta antes da hora, mas o que o ExoMars fará é submeter Marte a uma colonoscopia. Para tal empreitada, a Roscosmos criou inclusive uma subagência especializada, a Roscofe.

      Caso descubramos, nos próximos anos, que há vida fora da Terra, uma questão se colocará para nós enquanto espécie: seremos capazes de produzir e enviar a Marte todas as toneladas necessárias de Luftal? Trata-se, sem dúvida, de um desafio inédito na história da humanidade.

PRATA, Antônio. Pum em Marte. Disponível em:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2016/10/1825393-pum-em-marte –

acessado em 30/11/2016)

Na expressão “naquele filme estranho do Ridley Scott”, no Texto 1, o pronome “naquele” é usado com o intuito de
Alternativas
Q990337 Português

      Quando era novo, em Pringles, havia donos de automóveis que se gabavam, sem mentir, de tê-los desmontado “até o último parafuso” e depois montá-los novamente. Era uma proeza bem comum, e tal como eram os carros, então, bastante necessária para manter uma relação boa e confiável com o veículo. Numa viagem longa era preciso levantar o capô várias vezes, sempre que o carro falhava, para ver o que estava errado. Antes, na era heroica do automobilismo, ao lado do piloto ia mecânico, depois rebaixado a copiloto. [...]

      Na realidade, os bricoleurs* de vila ou de bairro não se limitavam aos carros, trabalhavam com qualquer tipo de máquinas: relógios, rádios, bombas d´água, cofres. [...] Desnecessário dizer, assim, que desde que os carros vêm com circuitos eletrônicos, o famoso “até o último parafuso” perdeu vigência.

      Houve um momento, neste último meio século, em que a humanidade deixou de saber como funcionavam as máquinas que utiliza. De forma parcial e fragmentária, sabem apenas alguns engenheiros dos laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento de algumas grandes empresas, mas o cidadão comum, por mais hábil e entendido que seja, perdeu a pista há muito. Hoje em dia usamos os artefatos tal como as damas de antigamente usavam os automóveis: como “caixas-pretas”, com um Input (apertar um botão) e um Output (desliga-se o motor), na mais completa ignorância do que acontece entre esses dois polos.

      O exemplo do carro não é por acaso, acredito ter sido a máquina de maior complexidade até onde chegou o saber do cidadão comum. Até a década de 1950, antes do grande salto, quando ainda se desmontavam carros e geladeiras no pátio, circulava uma profusa bibliografia com tentativas patéticas de seguir o rastro do progresso. [...]

      Hoje vivemos num mundo de caixas-pretas. Ninguém se assusta por não saber o que acontece dentro do mais simples dos aparelhos de que nos servimos para viver. [...]

      O que aconteceu com as máquinas é apenas um indício concreto do que aconteceu com tudo. A sociedade inteira virou uma caixa-preta. A complicação da economia, os deslocamentos populacionais, os fluxos de informação traçando caprichosas espirais num mundo de estatísticas contraditórias, acabaram por produzir uma cegueira resignada cuja única moral é a de que ninguém sabe “o que pode acontecer”; ninguém acerta os prognósticos, ou acerta só por casualidade. Antes isso acontecia apenas com o clima, mas à imprevisibilidade do clima o homem respondeu com civilização. Agora a própria civilização, dando toda a volta, se tornou imprevisível.

(César Aira. In: Marco M. Chaga, org. Pequeno manual de procedimentos. Tradução: Eduardo Marquardt. Cuuritiba: Arte & Letra, 2007, p.49-51)

* bricoleur: aquele que faz qualquer espécie de trabalho

Em “desde que os carros vêm com circuitos eletrônicos, o famoso “até o último parafuso” perdeu vigência.” (2º§), a expressão destacada cumpre papel coesivo e introduz um valor semântico de: 
Alternativas
Q985851 Português

Imagem associada para resolução da questão


Dadas as afirmativas a respeito das falas apresentadas na tirinha,


I. No primeiro quadrinho, tem-se um período composto por subordinação.

II. No segundo quadrinho, há quatro orações coordenadas.

III. A expressão dos namorados (1º quadrinho) tem idêntica função sintática da palavra enorme (2º quadrinho).

IV. O conectivo e (2º quadrinho) poderia ser substituído por uma vírgula, sem prejuízos de sentido.

V. Na construção do último quadrinho, foi usado um verbo de ligação mais predicativo do sujeito.


verifica-se que estão corretas 

Alternativas
Q985843 Português
Imagem associada para resolução da questão

Na gravura, alterando-se o sujeito dos verbos do período para “nós” (1ª pessoa do plural), tem-se a seguinte modificação das formas verbais: 
Alternativas
Q974330 Português
Sobre o termo transcrito, está correto o que se afirma em
Alternativas
Q966391 Português

Leia a oração abaixo.


Após o campeonato, levou para casa o pôster e o troféu.


Ao passar a frase acima para o plural, temos:

Alternativas
Q962586 Português

TEXTO 3 


Já que praticamente todas as nossas ações diárias mais significativas estão revestidas de linguagem, é importante saber algo sobre o seu funcionamento. E esse funcionamento da linguagem é tão espontâneo que não nos damos conta de sua complexidade.

Quando falamos ou escrevemos, não temos muita consciência das regras usadas ou das decisões tomadas, pois essas ações são tão rotineiras que fluem de modo inconsciente.

Por outro lado, as atividades sociais e cognitivas marcadas pela linguagem são sempre colaborativas e não atos individuais. Por isso, seguidamente operam como fontes de mal-entendidos. Como seres produtores de sentidos, não somos tão lineares e transparentes quanto seria de desejar, e a compreensão humana depende da cooperação mútua. Sendo uma atividade de produção de sentidos colaborativa, a compreensão não é um simples ato de identificação de informações, mas uma construção de sentidos com base em atividades inferenciais.

Para se compreender bem um texto, tem-se que sair dele, pois o texto sempre monitora o seu leitor para além de si próprio, e esse é um aspecto notável quanto à produção de sentido.

Tal concepção teórica traz consequências, como, por exemplo, as seguintes: a) entender um texto não equivale a entender palavras ou frases; b) entender as frases ou as palavras é vê-las em um contexto maior; c) entender é produzir sentidos e não extrair conteúdos prontos; d) entender um texto demanda uma relação de vários outros tipos de conhecimentos, além do linguístico que consta na superfície do texto.

(Luís Antônio Marcuschi. Produção textualanálise de gêneros e compreensão. São Paulo: Editora Parábola, Record, 2008, p. 233. Adaptado). 

Um trecho do texto em que se estabelece uma relação de causa e consequência consta na alternativa:
Alternativas
Q962515 Português

TEXTO 1 


                             Os camelos do Islã

Por Reinaldo José Lopes


      Quando a gente pensa em eventos históricos, precisa sempre levar em conta um termo meio técnico, meio filosófico, sem o qual é muito fácil cometer escorregadas feias. O termo é contingência. Em outras palavras, o papel do que poderíamos chamar de coincidência ou acaso em mover as engrenagens da história, e o fato de que os eventos históricos são caóticos, quase que no sentido físico do termo: alterações minúsculas podem conduzir a efeitos gigantes.

      Por que estou me saindo com essa conversa mole? Bem, porque escrevi não faz muito tempo uma reportagem para esta Folha contando como uma série de alterações climáticas ligadas a erupções de vulcões a partir do século 6º d.C. parecem ter contribuído para acabar com o mundo antigo e “criar” a Idade Média.

      No texto original, acabou não cabendo um detalhe absolutamente fascinante: segundo os modelos computacionais climáticos usados pelos pesquisadores suíços que assinam o estudo, um dos efeitos do frio intenso trazido pela erupção vulcânica pode ter sido um considerável aumento da umidade — chuva, portanto — na Arábia. E daí, perguntará você?

      Bom, mais chuva = mais grama para os camelos e cavalos comerem. Mais camelos e cavalos = mais poderio militar para as tribos árabes. As quais, no período de que estamos falando, tinham acabado de adotar uma nova e empolgante ideologia religiosa trazida por um certo profeta chamado Maomé — uma ideologia que estava “pronta para exportação”, digamos assim.

      Aí a gente cai de novo na tal da contingência. A expansão árabe certamente não teria acontecido sem o surgimento do Islã — mas talvez não fosse viável sem aquele monte de camelos e cavalos que só nasceram graças a algumas erupções vulcânicas. Fatores assim interagem o tempo todo, e dificilmente a gente tem clareza suficiente para entendê-los na hora em que estão ocorrendo, ou mesmo muitos séculos depois.

In: http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2016/03/08/os-camelos-do-isla/ Acesso em: 30 set. 2016

Reconhecer os recursos de coesão de um texto é fundamental para compreender os sentidos veiculados. Acerca do emprego de tais recursos no Texto 1, analise as afirmativas a seguir.


1) A expressão: “Em outras palavras” (1º parágrafo) anuncia que, na sequência, o autor vai incluir uma informação nova.

2) O pronome relativo “o qual” (1º parágrafo) retoma o segmento “um termo meio técnico, meio filosófico” (1º parágrafo).

3) No trecho: “Por que estou me saindo com essa conversa mole?” (2º parágrafo), o segmento destacado, articulando-se ao parágrafo anterior, promove, também, a continuidade temática.

4) No trecho: “mais chuva = mais grama para os camelos e cavalos comerem.” (4º parágrafo), a substituição do sinal de igualdade manteria os sentidos originais de causa/consequência em: “Como houve mais chuva, houve mais grama para os camelos e cavalos comerem”.


Estão corretas:

Alternativas
Q961190 Português

               Aquário brasileiro busca revolucionar a biologia marinha


Inaugurado há cerca de nove meses na zona portuária do Rio de Janeiro (RJ), o maior aquário marinho da América do Sul já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas. Erguer o colosso de 150 milhões de reais levou dez anos de planejamento focado em três pilares: educação, pesquisa e conscientização. Com capacidade para receber até 8.000 animais, de 350 espécies, o AquaRio é também um grande centro de pesquisa. Atualmente, 15 estudos inéditos de universidades brasileiras estão sendo realizados no local, inclusive sobre a proteção a espécies ameaçadas. “Só é possível convencer as pessoas a proteger aquilo que elas conhecem — e o aquário oferece a experiência completa, integrada à divulgação da ciência”, conta o fundador e diretor-presidente, o biólogo Marcelo Szpilman.

      A relação de Szpilman com o mar sempre foi intensa: nasceu perto da praia, no bairro de Copacabana, e adorava pescar com o pai. Aos 11 anos, começou a mergulhar. Mas foi James Bond que o levou a seguir carreira de biólogo com o lançamento do filme 007: O Espião que me Amava (1977), devido à icônica cena em que o inglês confronta o antagonista com seu conhecimento de espécies de peixes.

      O filme não só inspirou Szpilman a estudar biologia como também o fez querer causar um impacto similar na vida das pessoas. Esses dois sonhos foram seu norte desde cedo. Primeiro, ele começou escrevendo livros — ao todo, tem cinco obras renomadas publicadas sobre identificação de peixes e tubarões e é reconhecido como um dos maiores especialistas brasileiros nesse tema.

      Hoje ele colhe os frutos do bom trabalho no AquaRio. “Meu sonho é captar cada vez mais jovens brasileiros para a ciência. A maioria nunca viu um aquário e agora tem à disposição um equipamento de nível internacional”, orgulha-se. Todos os dias, mais de 1.000 crianças, de escolas públicas e privadas, passam por ali. “O AquaRio pode proporcionar esse ‘clique’ que eu tive a outros jovens. Já recebi várias mensagens de pessoas que resolveram estudar biologia após uma visita ao aquário. É muito gratificante.”

      Com o perdão do trocadilho, Szpilman acredita que o AquaRio é um divisor de águas no Brasil. “Vamos criar um boom de aquários marinhos. Muitos já me contataram querendo fazer empreendimentos inspirados nele. E, mais do que isso, atualmente, 80% das pesquisas com animais marinhos feitas no mundo são realizadas em aquários”, relata. O próprio AquaRio, que é 100% privado, investe em pesquisas.

      Um dos estudos realizados no AquaRio tem potencial para ser utilizado em curto prazo: trata-se de uma pesquisa para combater o branqueamento de corais. “O coral é um animal que vive em simbiose com as algas, que dão cor e nutrientes a ele. Com as mudanças climáticas e a elevação da temperatura dos oceanos, a alga morre. Sem a alga, o coral perde sua cor e também morre”, explica.

                                                                                         (veja.abril.com.br)

A respeito da palavra "nele", em destaque no penúltimo parágrafo do texto, assinale a análise totalmente correta.
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Q946200 Português
Nas passagens a seguir, NÃO foi utilizada elipse como recurso coesivo em
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Q942759 Português

Texto I


O açúcar


O branco açúcar que adoçará meu café

nesta manhã de Ipanema

não foi produzido por mim

nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.


Vejo-o puro

e afável ao paladar

como beijo de moça, água

na pele, flor

que se dissolve na boca. Mas este açúcar

não foi feito por mim.


Este açúcar veio

da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,

dono da mercearia.

Este açúcar veio

De uma usina de açúcar em Pernambuco

ou no Estado do Rio

e tampouco o fez o dono da usina.


Este açúcar era cana

e veio dos canaviais extensos

que não nascem por acaso

no regaço do vale.


Em lugares distantes, onde não há hospital

nem escola,

homens que não sabem ler e morrem de fome

aos 27 anos

plantaram e colheram a cana

que viraria açúcar.


Em usinas escuras,

homens de vida amarga

e dura

produziram este açúcar

branco e puro

com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

GULLAR, Ferreira. Toda poesia (1950-1980). São Paulo: Círculo do Livro, 1983, p.227-228.

Caso a primeira estrofe do texto fosse estruturada em prosa e organizada em um parágrafo, a redação que apresentaria correção em relação à organização sintática e à pontuação seria:
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Q942161 Português
Crianças e adolescentes na Internet: a responsabilidade dos pais ou responsáveis

Muito se discute sobre os eventuais benefícios ou malefícios às crianças e adolescentes decorrentes do uso da Internet. No Brasil, a preocupação justifica-se pelo número crescente de acesso desses jovens à rede mundial de computadores. Embora não se tenham dados estatísticos sobre o acesso dessa camada da população brasileira, acredita-se que eles sejam responsáveis pela maioria dos acessos à rede mundial de computadores. Dados recentes demonstram que mais de 20 milhões de pessoas acessam diariamente a Internet com os mais variados interesses e necessidades, uma vez que ela acabou se tornando a intermediária de relações pessoais e comerciais. Quando a Internet é utilizada para obter-se informação com vista a pesquisas, estudos, conversas entre amigos, notadamente, concluir-se-ia que ela é um bem. Mas, ainda assim, teríamos que especular sobre a fonte de informação e com quem se relacionam esses jovens. Seria essa fonte segura? Seria essa fonte capaz de prover informações confiáveis para contribuir com o processo educacional? Seriam esses relacionamentos estabelecidos com pessoas confiáveis? [...]
Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/criancas-adolescentes-na-internet-responsabilidade.html> Acesso em: 10 fev. 2017.
Dadas as afirmativas sobre o texto,
I. O elemento articulador destacado Embora atribui ao contexto uma relação semântica de concessão.
II. O vocábulo destacado que inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
III. As palavras destacadas Internet, informação, pesquisas, estudos e conversas representam mecanismos de coesão semântica, já que exemplificam relação de hiperonímia e hiponímia.
verifica-se que está(ão) correta(s)
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Q926837 Português

TEXTO IV




Disponível em: https://www.carolrossetti.com.br. Acesso em 19.06.2017.
Em “Só que já disseram por aí que seu cabelo é feio, bombril, vassoura, grosseiro, ruim.”, a utilização do verbo em destaque na 3ª pessoa do plural, sem referente expresso,
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Q926823 Português

TEXTO I


EXPLORAÇÃO SEXUAL DA MULHER AFRICANA




NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectivas, 2016. p. 18. Adaptado.
Em “Quer isto dizer que os africanos escravizados não mereciam nenhuma consideração como seres humanos relacionada com a continuidade da espécie no quadro da família organizada” (linhas 3-5), o pronome demonstrativo destacado é um elemento de coesão anafórico que
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Q926822 Português

TEXTO I


EXPLORAÇÃO SEXUAL DA MULHER AFRICANA




NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectivas, 2016. p. 18. Adaptado.
Uma reescritura possível para o período: “Daí que a proporção da mulher para o homem estava perto de uma para cinco, e as relativamente poucas mulheres que existiam estavam automaticamente impedidas de estabelecer qualquer estável estrutura de família.” (linhas 5-7), preservando-se a coesão e a coerência textuais, é:
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Q907502 Português

                 O amor romântico prega coisas mentirosas,

                        diz psicanalista


Hamurabi Dias


    O amor. Um dia ele chega para todo mundo, acredite você leitor (leitora), ou não. Na contemporaneidade, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro “O Amor Líquido”, transforma a célebre frase marxista - “tudo que é sólido se desmancha no ar” - em ponto de partida para debater a fragilidade dos laços humanos e lançar o conceito de “líquido mundo moderno”. Em síntese, o autor traz uma reflexão crítica de como esse mundo “fluido", uma das principais características dos compostos líquidos, fragilizou os relacionamentos humanos. O sociólogo observa que o amor tornou-se, na sociedade moderna, como um passeio no shopping Center - ícone do capitalismo - e como tal deve ser consumido instantaneamente e usado uma só vez, sem preconceito. É o que considera a sociedade consumista do amor. Pois bem, é nesta linha fluida, sem preconceito e destarte liberal, com frases como “Ter parceiro único pode se tornar coisa do passado” e “Variar é bom, todo mundo gosta”, que a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, crítica do que considera “amor romântico”, lança os dois volumes do "O Livro do Amor”.

      “O Livro do Amor” é um estudo que começa desde a pré-história, seguindo por todos os períodos da humanidade, até chegar à atualidade. “Descobri coisas muito interessantes, como que o amor é uma construção social, e que em cada época ele se apresenta de uma forma”, avalia. No século XX, o livro é dividido em três partes. Para a psicanalista o que mudou o amor na contemporaneidade foram duas invenções: o automóvel e o telefone. “Pela primeira vez na história as pessoas puderam marcar encontro pelo telefone, mesmo com os moralistas defendendo que era uma indecência a voz do homem entrar pelo ouvido da mulher”, lembrou. Regina Navarro Lins acredita que muito dos nossos comportamentos atuais têm origem em períodos históricos passados, como o “amor romântico", surgido lá... no século XII. “Eu aponto também as tendências de como o amor está se transformando. A repressão diminuiu, ainda bem. O sexo é da natureza, é desejável, mas a nossa cultura judaico-cristã sempre viu o sexo com maus olhos. Nos últimos dois mil anos foi visto como algo abominável, a repressão sexual foi horrorosa”, apontou.

      Sobre o tão alardeado amor romântico, Lins inicia sua critica observando o caráter sub-humano que foi atribuído à mulher ao longo dos anos. “A mulher foi considerada incompetente e burra. O cavalheirismo é uma ideia péssima para as mulheres. Gentileza é outra coisa. O cavalheirismo implica sempre em o homem tratar a mulher como se ela fosse incompetente. Não tem sentido, se observarmos como a mulher foi considerada no passado, até hoje pessoas defenderem a ideia de que a mulher não pode puxar uma cadeira", comparou a psicanalista.

      Regina Navarro defende também que o amor romântico é baseado na idealização do outro, a invenção de uma pessoa, atribuindo a ela características que não tem. “Depois passa a vida 'azucrinando' o outro para mudar o jeito de ser, para se enquadrar naquilo que se imaginou. Esse tipo de amor prega coisas mentirosas, como de que não existe desejo por mais ninguém, de que os amados vão se completar e nada mais vai faltar, que um terá todas as suas necessidades completadas pelo outro. É um amor prejudicial, o que critico é o que ele propõe. As pessoas só vão viver bem em um relacionamento se houver a liberdade de ir e vir”, observou.


Disponível em <http://www.bomdiafeira.com.br/ noticias/palcocultural/9534/ 0+amor+rom%C3%A2ntico+prega+coisas+mentirosas,+diz+psicanalista&gt;. Acesso em: 23 de outubro de 2017. (Adaptado).

Analise as afirmativas a seguir, a respeito do trecho “Em síntese, o autor traz uma reflexão crítica de como esse mundo 'fluido ', uma das principais características dos compostos líquidos, fragilizou os relacionamentos humanos”.


I. Pela nova ortografia, as palavras CRÍTICA e CARACTERÍSTICAS não devem mais ser acentuadas.

II. FLUIDO, no contexto, genericamente, significa líquido.

III. Sem alteração de sentido, a expressão EM SÍNTESE pode ser substituída por CONTUDO.


Está correto apenas o que se afirma em:

Alternativas
Q903190 Português

A Jennifer Moyer


Abri um livro e, antes de começar a lê-lo, me fixei na dedicatória da primeira página. Dizia: À memória de Jennifer Moyer, que deixou tudo melhor do que havia encontrado. É o que todos nós gostaríamos de ver escrito no nosso obituário, imagino.

Desconheço quem seja Jennifer Moyer, mas simpatizei com essa moça (garanto que ela nunca deixou de ser moça, mesmo que tenha morrido aos cem). Só as pessoas de alma jovem e sadia é que entendem que a gente não vem ao mundo para sugá-lo, para retirar dele o suco possível e deixar para trás o nosso lixo. Encontramos o mundo de um jeito, ao nascer. É uma questão de honra que ele esteja melhor ao partirmos.

Mas não é tarefa fácil. Eu desanimo quando vejo a quantidade de pessoas grosseiras que se reproduzem feito gremlins.

[…]

MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. Porto Alegre: L&PM, 38 ed., 2012, p. 123.

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), de acordo com o texto.


( ) A frase “antes de começar a lê-lo”, sublinhada no texto, explica por que a autora se fixou na dedicatória da primeira página. É uma frase que acrescenta uma informação desnecessária para o conteúdo do texto.

( ) O conector “embora” pode substituir “mesmo que” sem alterar o sentido da oração.

( ) A palavra “jovem”, sublinhada no texto, tem a função de adjetivo, embora às vezes possa ser utilizada como substantivo.

( ) O conector “mas”, sublinhado no 3° e último parágrafo, não só introduz um novo parágrafo, como também uma ideia oposta ao que foi exposto até então.

( ) “feito”, em “feito gremlins”, pode ser substituído por “como” sem alterar o sentido da oração.


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Ano: 2017 Banca: FUMARC Órgão: COPASA Prova: FUMARC - 2017 - COPASA - Agente de Saneamento |
Q894811 Português

                                           Não "temos de"

                                                                                                       Lia Luft


      Vivemos sob o império do "ter de". Portanto, vivemos num mundo de bastante mentira. Democracia? Meia mentira. Pois a desigualdade é enorme, não temos os mesmos direitos, temos quase uma ditadura da ilusão dos que ainda acreditam. Liberdade de escolha profissional? Temos de ter um trabalho bom, que dê prazer, que pague dignamente (a maioria quer salário de chefe no primeiro dia), que permita grandes realizações e muitos sonhos concretizados? "Teríamos". No máximo, temos de conseguir algo decente, que nos permita uma vida mais ou menos digna.

      Temos de ter uma vida sexual de novela? Não temos nem podemos. Primeiro, a maior parte é fantasia, pois a vida cotidiana requer, com o tempo, muito mais carinho e cuidados do que paixão selvagem. Além disso, somos uma geração altamente medicada, e atenção: muitos remédios botam a libido de castigo.

       Temos de ter diploma superior, depois mestrado, possivelmente doutorado e no Exterior? Não temos de... Pois muitas vezes um bom técnico ganha mais, e trabalha com mais gosto, do que um doutor com méritos e louvações. Temos de nos casar? Nem sempre: parece que o casamento à moda antiga, embora digam que está retornando, cumpre seu papel uma vez, depois com bastante facilidade vivemos juntos, às vezes até bem felizes, sem mais do que um contrato de união estável se temos juízo. E a questão de gênero está muito mais humanizada.

      Temos de ter filho: por favor, só tenham filhos os que de verdade querem filhos, crianças, adolescentes, jovens, adultos, e mesmo adultos barbados, para amar, cuidar, estimular, prover e ajudar a crescer, e depois deixar voar sem abandonar nem se lamentar. Mais mulheres começam a não querer ter filho – e não devem. Maternidade não pode mais ser obrigação do tempo em que, sem pílula, as mulheres muitas vezes pariam a cada dois anos, regularmente, e aos cinquenta, velhas e exaustas, tinham doze filhos. Bonito, sim. Sempre desejei muitos irmãos e um bando de filhos (consegui ter três), mas ter um que seja requer uma disposição emocional, afetiva, que não é sempre inata. Então, protejam-se as mulheres e os filhos não nascidos de uma relação que poderia ser mais complicada do que a maternidade já pode ser.

      Temos de ser chiques, e, como sempre escrevo, estar em todas as festas, restaurantes, resorts, teatros, exposições, conhecer os vinhos, curtir a vida? Não temos, pois isso exige tempo, dinheiro, gosto e disposição. Teríamos de ler bons livros, sim, observar o mundo, aprender com ele, ser boa gente também.

      Temos, sobretudo, de ser deixados em paz. Temos de ser amorosos, leais no amor e na amizade, honrados na vida e no trabalho, e, por mais simples que ele seja, sentir orgulho dele. Basta imaginar o que seriam a rua, a cidade, o mundo, sem garis, por exemplo. Sem técnicos em eletricidade, sem encanadores (também os chamam bombeiros), sem os próprios bombeiros, policiais, agricultores, motoristas, caminhoneiros, domésticas, enfermeiras e o resto. Empresários incluídos, pois, sem eles, cadê trabalho?

      Então, quem sabe a gente se protege um pouco dessa pressão do "temos de" e procura fazer da melhor forma possível o que é possível. Antes de tudo, um lembrete: cada um do seu jeito, neste mundo complicado e vida-dura, temos de tentar ser felizes. Isso não é inato: se tenta, se conquista, quando dá. Boa sorte!

Disponível em http://zh.clicrbs.com.br/rs/opiniao/colunistas/lya-luft/noticia/2017/06/nao-temos-de-9807278.html Acesso em 11 jul. 2017

Em: “Sempre desejei muitos irmãos e um bando de filhos (consegui ter três), mas ter um que seja requer uma disposição emocional”, o articulador mas pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por 
Alternativas
Ano: 2017 Banca: FUMARC Órgão: COPASA Prova: FUMARC - 2017 - COPASA - Agente de Saneamento |
Q894806 Português

                                           Não "temos de"

                                                                                                       Lia Luft


      Vivemos sob o império do "ter de". Portanto, vivemos num mundo de bastante mentira. Democracia? Meia mentira. Pois a desigualdade é enorme, não temos os mesmos direitos, temos quase uma ditadura da ilusão dos que ainda acreditam. Liberdade de escolha profissional? Temos de ter um trabalho bom, que dê prazer, que pague dignamente (a maioria quer salário de chefe no primeiro dia), que permita grandes realizações e muitos sonhos concretizados? "Teríamos". No máximo, temos de conseguir algo decente, que nos permita uma vida mais ou menos digna.

      Temos de ter uma vida sexual de novela? Não temos nem podemos. Primeiro, a maior parte é fantasia, pois a vida cotidiana requer, com o tempo, muito mais carinho e cuidados do que paixão selvagem. Além disso, somos uma geração altamente medicada, e atenção: muitos remédios botam a libido de castigo.

       Temos de ter diploma superior, depois mestrado, possivelmente doutorado e no Exterior? Não temos de... Pois muitas vezes um bom técnico ganha mais, e trabalha com mais gosto, do que um doutor com méritos e louvações. Temos de nos casar? Nem sempre: parece que o casamento à moda antiga, embora digam que está retornando, cumpre seu papel uma vez, depois com bastante facilidade vivemos juntos, às vezes até bem felizes, sem mais do que um contrato de união estável se temos juízo. E a questão de gênero está muito mais humanizada.

      Temos de ter filho: por favor, só tenham filhos os que de verdade querem filhos, crianças, adolescentes, jovens, adultos, e mesmo adultos barbados, para amar, cuidar, estimular, prover e ajudar a crescer, e depois deixar voar sem abandonar nem se lamentar. Mais mulheres começam a não querer ter filho – e não devem. Maternidade não pode mais ser obrigação do tempo em que, sem pílula, as mulheres muitas vezes pariam a cada dois anos, regularmente, e aos cinquenta, velhas e exaustas, tinham doze filhos. Bonito, sim. Sempre desejei muitos irmãos e um bando de filhos (consegui ter três), mas ter um que seja requer uma disposição emocional, afetiva, que não é sempre inata. Então, protejam-se as mulheres e os filhos não nascidos de uma relação que poderia ser mais complicada do que a maternidade já pode ser.

      Temos de ser chiques, e, como sempre escrevo, estar em todas as festas, restaurantes, resorts, teatros, exposições, conhecer os vinhos, curtir a vida? Não temos, pois isso exige tempo, dinheiro, gosto e disposição. Teríamos de ler bons livros, sim, observar o mundo, aprender com ele, ser boa gente também.

      Temos, sobretudo, de ser deixados em paz. Temos de ser amorosos, leais no amor e na amizade, honrados na vida e no trabalho, e, por mais simples que ele seja, sentir orgulho dele. Basta imaginar o que seriam a rua, a cidade, o mundo, sem garis, por exemplo. Sem técnicos em eletricidade, sem encanadores (também os chamam bombeiros), sem os próprios bombeiros, policiais, agricultores, motoristas, caminhoneiros, domésticas, enfermeiras e o resto. Empresários incluídos, pois, sem eles, cadê trabalho?

      Então, quem sabe a gente se protege um pouco dessa pressão do "temos de" e procura fazer da melhor forma possível o que é possível. Antes de tudo, um lembrete: cada um do seu jeito, neste mundo complicado e vida-dura, temos de tentar ser felizes. Isso não é inato: se tenta, se conquista, quando dá. Boa sorte!

Disponível em http://zh.clicrbs.com.br/rs/opiniao/colunistas/lya-luft/noticia/2017/06/nao-temos-de-9807278.html Acesso em 11 jul. 2017

Em: “Isso não é inato: se tenta, se conquista, quando dá.”, isso se refere a
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Respostas
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3206: B
3207: A
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