Questões de Português - Coesão e coerência para Concurso

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Q1877173 Português
Texto VI

O texto abaixo é da poeta Amélia Rodrigues, escritora baiana do século XIX. Considere-o para responder à questão.


Almas irmãs


Que são irmãs as nossas almas, dizes:
Têm o mesmo Ideal, sagrado, imenso,
E se equilibram pelo azul extenso
Do céu, ébrias de luz, ternas, felizes...


Tens razão! Nossas almas se parecem!
- Aves que só procuram nas alturas,
No cimo dos rochedos, águas puras
P’ra matar-lhes a sede e nunca descem


A beber sobre o lodo, elas sonhando,
Vão pelo espaço intérmino cantando,
Em busca sempre da Incriada Luz...


A diferença é só – que a tua goza
E a minha chora, pálida, saudosa...
Como um goivo pendido aos pés da cruz.


No verso “P’ra matar-lhes a sede e nunca descem”, o pronome átono destacado cumpre papel coesivo, no entanto, percebe-se que ele apresenta também um valor de:
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Q1877149 Português

Texto II Considere o parágrafo abaixo transcrito do romance A Amiga Genial (2015, p.29), de Elena Ferrante, e responda à questão. 



      Estávamos no segundo ano do fundamental, acho, e ainda nem nos falávamos quando correu a notícia que, bem em frente à igreja da Sagrada Família, na saída da missa, seu Peluso tinha começado a gritar de raiva contra dom Achille, e dom Achille deixou o filho maior, Stefano, Pinuccia, Alfonso, que era de nossa idade, a esposa e, mostrando-se por um instante em sua forma mais assustadora, lançou-se contra Peluso, o ergueu e o atirou contra uma árvore do jardim, abandonando-o ali, desacordado, com o sangue a lhe escorrer de mil feridas na cabeça e em todo o corpo, sem que o coitado ao menos pudesse dizer: me ajudem. 

No fragmento “e dom Achille deixou o filho maior, Stefano, Pinuccia, Alfonso, que era de nossa idade, a esposa”, destaca-se uma construção relativa que possui valor:
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Q1877140 Português
Texto I


O trecho abaixo é o início do romance Capitu, Memórias Póstumas, de Domício Proença Filho. Considere-o para responder à questão.


    Só agora, decorrido tanto tempo humano, posso, finalmente, contestar as acusações contra mim feitas pelo meu ex-marido, Dr. Bento Santiago. E fazê-lo, porque, nestas paragens que ora habito, aprendi, com meu irmão Brás Cubas, as artes da narrativa alémtumular. Ficamos amigos, ele, eu e o senhor Quincas Borba, o filósofo, um homem extraordinário, não tão louco como alguns pensam e escreveram. Afinal, somos criaturas da mesma pessoa, diante de quem, confesso, fico dividida, talvez por força da ambiguidade do seu texto: ao mesmo tempo que o admiro, há um lado meu que o rejeita. Ele é o grande responsável por tudo o que me aconteceu. Devo-lhe minhas tristezas, minhas alegrias; devo-lhe a fama que, modéstia à parte, acabei granjeando. Mas a ele coube também a construção da imagem negativa que me foi atribuída. A ele e, a bem da verdade, a uns tantos críticos de nomeada que se debruçaram sobre minha história; alguns dentre eles me tiveram por frívola, outros felizmente, nunca aceitaram a palavra do filho de D. Glória. Sou-lhes grata, ao fim e ao cabo, do fundo do meu coração.

    Neste lugar de além-túmulo todos temos de assumir uma missão. A mim me foi dado trabalhar na direção da afirmação do discurso da mulher. Confesso-lhes que fiquei surpresa, quando fui notificada da incumbência. Por que eu? Disseram-me que era por força dos altos desígnios e da minha personalidade forte. Aceitei. Curiosamente, tive como companheira e leitora de fé, a Aurélia, Aurélia Camargo, que eu não conhecia e por quem logo me afeiçoei, uma mulher de rara distinção e encanto! Ela também teve problemas, antes e depois do casamento. Com um certo Seixas. Sua história, como a minha, também foi contada, ainda que apenas em parte, segundo seu próprio testemunho. Por um senhor chamado José de Alencar. Só que carregada de concessões, ela até que tentou afirmar-se, mas os tempos eram outros. “-Tive que ceder, minha amiga; Deus sabe o quanto me custou”. Estimulada por ela, eu, Capitu, decidi escrever sobre o outro lado da minha história. Sob o manto diáfano da fantasia, afinal a melhor forma de chegar à verdade profunda da humana condição. [...]
Considere o modo pelo qual o autor estabelece a coesão entre as frases na seguinte passagem: “Ela também teve problemas, antes e depois do casamento. Com um certo Seixas. Sua história, como a minha, também foi contada, ainda que apenas em parte, segundo seu próprio testemunho. Por um senhor chamado José de Alencar.” (2º§). Podemos notar que a escolha por essa estrutura:
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Q1875046 Português

Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.



Em relação ao período: ‘O argumento era que, passando a lei do divórcio, a família acabaria’ (l. 18-19), afirma-se que:

I. É um período composto por subordinação, havendo três orações: uma principal e duas subordinadas; evidenciando-se apenas uma conjunção.
II. A palavra ‘que’ funciona como conjunção integrante.
III. A oração ‘passando a lei do divórcio’ poderia assumir a forma ‘embora passasse a lei do divórcio’, mantendo-se a correção do período.

Quais estão corretas?
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Q1874693 Português

A concordância nominal estabelece uma relação entre o gênero e número do substantivo com os demais elementos da sentença. Observe o fragmento do texto a seguir. 


A esposa do Sueco __________ havia saído do salão de beleza com __________ dores de cabeça. __________, já as tivera anteriormente.


Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas. Atente ao uso da concordância nominal.

Alternativas
Respostas
891: D
892: B
893: C
894: C
895: C