Questões de Concurso
Comentadas sobre coesão e coerência em português
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Nas relações de coesão que se estabelecem entre os termos do texto, “ela” refere-se a “cada história” e “se” , a “os indivíduos e os grupos sociais específicos”
Mantêm-se a coerência textual e a correção gramatical caso se retire do texto a expressão “cada história” , tornando-a subentendida.
Na organização textual, o pronome “sua” e em ambas as ocorrências, retoma “etnocentrismo” .
Com relação às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens
seguintes.
decoração sofisticada, com colunas de mármore, lustres
monumentais de cristal e detalhes das escadarias em ouro,
atiça os olhos do turista. Câmera em punho, o ímpeto de
registrar o ambiente logo é interrompido por um dos
funcionários. “É proibido fotografar os homens vestindo roupas
brancas e as mulheres em trajes pretos”, exclamou. Restrições
desse tipo dentro de um hotel internacional são, no mínimo,
estranhas aos olhos ocidentais. No entanto, quando o resort em
questão está localizado em Doha, capital do Catar, ter cuidado
com as fotos é apenas uma das milhares de regras e
imposições a serem respeitadas na cidade.
Nas ruas, nos museus ou nos shoppings de Doha,
sempre existe alguém para impedir os retratos. E se você
conseguir tirar uma foto escondido vai perceber as pessoas
cuidadosamente tampando o rosto. Isso porque o Catar, país
que acaba de ser eleito sede da Copa do Mundo de 2022, vive
sob os preceitos da religião muçulmana. Lá, as mulheres não
podem exibir seus rostos fora de suas residências e adotam as
burcas como traje. As menos tradicionais se escondem apenas
com lenços e véus.
(Natália Mestre, “A cidade dos contrastes”. ISTOÉ PLATINUM,
n. 22, Dezembro/Janeiro 2011, p. 72)
Outra redação para o segmento acima, clara e correta, é:
Subentende-se, pelas relações de sentido que se estabelecem no texto, que a expressão “Essas áreas” retoma, por coesão, “territórios cujo entorno é demarcado por fronteiras oficialmente reconhecidas, com governos nacionais que flutuam entre a debilidade, a corrupção e a não existência” .
Pelas relações de sentido que se estabelecem no texto, subentende-se, no trecho "Para os outros, não" , a retomada, por coesão, do enunciado ‘catar lixo era natural’ .
A expressão "a esse pretexto" constitui recurso coesivo que retoma a idéia de "não só para os julgadores" .
O termo "do qual" é um elemento que estabelece coesão textual ao referir-se ao trecho anteriormente expresso: "conjunto de regras de valores supremos" .
O pronome masculino singular "ele" está sendo empregado como recurso coesivo que retoma o termo antecedente "povo"
Em "a estabelecida” , subentende-se, como recurso de coesão textual, a elipse da palavra "forma", citada na linha 4.
Pelos sentidos do texto, a substituição de "à época" seja por nessa época, seja por naquela época preserva a coesão textual e a correção gramatical do texto.
Julgue os seguintes itens a respeito das idéias e das estruturas
lingüísticas do trecho acima, que faz parte de carta escrita por
Lévi-Strauss a Mário de Andrade.
Assinale a opção em que o trecho constitui continuação coesa, coerente e gramaticalmente correta para o texto acima.
Com relação ao texto acima, assinale a opção correta.
Com base nas estruturas sintático-semânticas do texto acima, assinale a opção correta.
Em relação ao texto acima, assinale a opção incorreta.
O crítico José Onofre disse uma vez que a frase “não se
faz uma omelete sem quebrar ovos” é muito repetida por gente
que não gosta de omelete, gosta do barulhinho dos ovos sendo
quebrados. Extrema esquerda e extrema direita se parecem não
porque amam seus ideais, mas porque amam os extremos, têm
o gosto pelo crec-crec.
A metáfora da omelete é “o fim justifica os meios”, em
linguagem de cozinha. O fim justificaria todos os meios extre-
mos de catequização e purificação, já que o fim é uma humani-
dade melhor – só variando de extremo para extremo o conceito
de “melhor”.
Todos os fins são nobres para quem os justifica, seja
uma sociedade sem descrentes, sem classes ou sem raças
impuras. O próprio sacrifício de ovos pelo sacrifício de ovos tem
uma genealogia respeitável, a ideia de regeneração (dos outros)
pelo sofrimento e pelo sangue acompanha a humanidade desde
as primeiras cavernas. Ou seja, até os sádicos têm bons
argumentos. Mas o fim das ideologias teria decretado o fim do
horror terapêutico, do mito da salvação pela purgação que o
século passado estatizou e transformou no seu mito mais
destrutivo.
O fracasso do comunismo na prática acabou com a des-
culpa, racional ou irracional, para o stalinismo. O tempo não
redimiu o horror, o fim foi só a última condenação dos meios.
(Adaptado de: Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)