Questões de Português - Coesão e coerência para Concurso

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Q2771789 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


A questão da leitura no Brasil


  1. Sabemos que ler traz muitos benefícios a quem o pratica de modo correto. A leitura
  2. desenvolve e aumenta o repertório geral, auxilia para que o indivíduo tenha senso crítico, amplia
  3. o vocabulário, estimula a criatividade e, finalmente, facilita a escrita. _________ carregue
  4. consigo grandes benefícios, é preciso tomar cuidado e selecionar bem o que se lê. Segundo Valdir
  5. Heitor Barzotto, professor da Faculdade de Educação da USP, “vivemos em um momento em que
  6. há excesso de material disponível, o que também pode ser prejudicial, pois uma pessoa pode ler
  7. coisas que não são, necessariamente, de uma fonte confiável. É uma novidade do tempo
  8. contemporâneo. Existe muito acesso ao texto, mas não ao conhecimento”. A grande quantidade
  9. de informação disponível foi propiciada, _________, pelo avanço da tecnologia, em especial o
  10. da internet.
  11. Além disso, outro grande problema do panorama da leitura e da escrita no País é a questão
  12. da interpretação. Alunos com 14 anos ainda têm dificuldades em identificar informações que
  13. estão tanto explícitas quanto implícitas em um texto. Este déficit transcende a disciplina de
  14. português e atinge matérias como matemática, no momento de interpretar enunciados-problema,
  15. e história, para compreender as relações entre os fatos. Nesse sentido, é importante
  16. lembrar o papel de uma educação de boa qualidade, pois é necessário, primeiramente,
  17. ultrapassar a barreira da dificuldade da leitura para que o poder de interpretação seja facilitado.
  18. Na busca pela melhoria do incentivo à leitura e à escrita no País, há três perspectivas para
  19. as quais devemos tornar os nossos olhares: o governo, a escola e o próprio lar. Esses três
  20. constituem os principais pilares e não acontecem separadamente. Do poder público é preciso
  21. cobrar uma melhor administração dos recursos destinados a levar as pessoas a ler. Para o
  22. professor Barzotto, isso se reflete, principalmente, nas bibliotecas escolares que, além de
  23. estarem bem aparelhadas, também devem contar com bons funcionários especializados em
  24. leitura. “O governo precisa garantir uma estrutura mínima em que seja possível ler”, afirma.
  25. No que diz respeito às funções da escola, é necessário que se construa uma autonomia
  26. dentro de cada uma. Hoje, muito do que é reproduzido em sala de aula parte de pesquisas
  27. advindas das universidades, como investigações sobre leitura, escrita e aprendizado. Cria-se
  28. então uma relação de dependência, quando, na verdade, a universidade deveria funcionar como
  29. uma parceira. “Por mais que saibamos que o Estado controla como se deve fazer, ele não está
  30. todos os dias na escola.”
  31. Em casa, o professor Barzotto diz que é indispensável que haja material de leitura
  32. disponível, mas ressalta que quantidade nem sempre é qualidade. O importante é que,
  33. primeiramente, não se force o hábito de leitura na família como uma obrigação, mas sim como
  34. um prazer. É muito mais produtivo que a família converse e discuta sobre o que leu.

(Fonte: http://www5.usp.br/84357/especialistas-comentam-desafios-para-a-pratica-da-leitura-no-brasil/ – Texto adaptado especialmente para esta prova.)

A fim de garantir a coesão e a coerência do texto, as lacunas das linhas 03 e 09 só NÃO podem ser preenchidas, respectivamente, por:

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Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: CAERN Prova: IBADE - 2018 - CAERN - Analista de Sistemas |
Q2765711 Português

O ZELADOR DO LABIRINTO


Tem também a história do zelador do labirinto. Todos os dias ele saía de casa cedo, com sua marmita, e entrava no labirinto. Seu trabalho era percorrer todo o labirinto, inspecionando as paredes e o chão, vendo onde precisava um retoque, talvez uma mão de tinta, etc.

Era um homem metódico. Pela manhã, fazia a ronda do labirinto, anotando tudo que havia para ser consertado, depois saía do labirinto, almoçava, descansava um pouquinho, e entrava de novo no labirinto, agora com o material que necessitaria para seu trabalho. Quando não havia nada para ser consertado, ele apenas varria todo o labirinto e, ao anoitecer, ia para casa. Um dia, enquanto fazia a sua ronda , o zelador encontrou um grupo de pessoas apavoradas. Queriam saber como sair dali. O zelador não entendeu bem.

- Como, sair?

- A saída! Onde fica a saída?

- É por ali - apontou o zelador, achando estranha a agitação do grupo.

Mais tarde, no mesmo dia, enquanto varria um dos corredores, o zelador encontrou o mesmo grupo. Não tinham encontrado a saída. Estavam ainda mais apavorados. Alguns choravam. Alguém precisava lhes mostrar a saída! Com uma certa impaciência, o zelador começou a dar a direção. Era fácil.

- Saiam por ali e virem à esquerda. Depois à direita, depois à esquerda outra vez, direita, direita, esquerda .... - Espere! - gritou alguém. - Ponha isso num papel.

Sacudindo a cabeça com divertida resignação, o zelador pegou seu caderno de notas e toco de lápis e começou a escrever.

- Deixa eu ver. Esquerda, direita, esquerda, esquerda ...

Hesitou.

- Não, direita. É isso. Direita, direita, esquerda ... Ou direita outra vez?

O zelador atirou o papel e o lápis no chão como se estivesse pegando fogo. Saiu correndo, com todo o grupo atrás. Também estava apavorado. Aquilo era terrível. Ele nunca tinha se dado conta de como aquilo era terrível. Corredores davam para corredores que davam para corredores que davam numa parede. Era preciso voltar pelos mesmos corredores, mas como saber se eram os mesmos corredores? A saída! Onde fica a saída?

A administração do labirinto teve que procurar um novo zelador, depois que o desaparecimento do outro completou um mês. Podia adivinhar o que tinha acontecido. O novo zelador não devia ter muita imaginação. Era preferível que nem soubesse ler e escrever. E em hipótese alguma devia falar com estranhos.



O Zelador do Labirinto. Revista lcaro, 230, RMC Editora, Setembro de 2003, p. 34.Questão 01

"Era um homem metódico. Pela manhã, fazia a ronda do labirinto, anotando tudo que havia para ser consertado, depois saía do labirinto, almoçava, descansava um pouquinho, e entrava de novo no labirinto, agora com o material que necessitaria para seu trabalho."


No trecho o autor faz uso de um recurso coesivo chamado:

Alternativas
Q2759354 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


O fim do trema, sucesso da @


Achei engraçadinhas as histórias antagônicas desses dois sinais gráficos. Um, o trema, está desaparecendo; aliás, oficialmente já desapareceu. O outro, a arroba, está no auge de sua popularidade. Do primeiro recebi, enviado por um amigo, uma sentida despedida. “Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças, por mais de 450 anos. Fui expulso pra sempre do dicionário.” Suas queixas não poupam o cedilha, que teria sido a favor de sua expulsão – “aquele Ç ... que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra”. E um conformado desabafo: “A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, “kkk” pra cá, “www” pra lá.”

O estranho é não haver referência à arroba, muito mais em voga do que as letras citadas. Calcula-se que a@– esse a com uma perna esticada fazendo quase um círculo – anda hoje em três bilhões de endereços eletrônicos, o que ainda é pouco, considerando que não é possível passar um e-mail sem ela. Antes, apenas como medida, ainda tinha uma utilidade, pelo menos para os comerciantes e estivadores dos armazéns do cais do porto, já que servia para indicar a unidade de peso equivalente a 15 quilos.

É curiosa e vertiginosa a carreira de sucesso da @, que nem existia nas primeiras máquinas de escrever. Conta-se que foi em 1971, graças ao engenheiro americano Ray Tomlinson, que ela começou a ganhar destaque, e por acaso. Encarregado do projeto que seria o precursor da internet, Ray precisava de um símbolo que ligasse o usuário do correio eletrônico ao domínio. Aí, olhando para um teclado, caiu de amores pela @, depois que seu coração balançou entre o ponto de exclamação e a vírgula.

A partir dos anos 90, com a massificação da internet, a arroba passou a ser provavelmente o símbolo gráfico mais popular do universo. Os e-mails podem viver sem tremas, sem pontos de exclamação, de interrogação, til, cedilha, reticências, mas nunca sem aquele sinalzinho que aparece em cima do 2 e precisa ser acionado apertando-se a tecla Shift. E mais: além de popularidade, ganhou prestígio. Em 2010, o Museu de Arte Moderna de Nova York adquiriu o símbolo@para a sua coleção de designer. “Uma aquisição que nos deixa orgulhosos”, anunciou o MOMA em seu site. Agora mesmo é que a @ está se achando.

(VENTURA, Zuenir, O Globo, 06/04/2013)

Que alternativa completaria corretamente a frase:


A arroba acumulou dois significados: é um sinal _________ não se pode passar uma mensagem eletrônica e outro, _________ utilidade era bem conhecida dos estivadores do cais do porto.

Alternativas
Q2757681 Português

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 1 A 5.


Tempos de resiliência


JORGE BARUDY LABRIN


1É a palavra da moda empregada por políticos,

2esportistas e gurus da autoajuda

3Resiliência designa a capacidade humana de superar traumas e feridas.

4Não é uma receita para a felicidade, mas uma atitude vital positiva que estimula a

5reparar os danos sofridos. As experiências de órfãos, crianças maltratadas ou

6abandonadas; de mulheres que sofreram com a violência machista de seus

7maridos; de vítimas de guerras, de tortura, de catástrofes naturais, ou de doenças

8permitiram constatar que muitas pessoas não se prendem a seus traumas a vida

9toda, mas contam com esse antídoto. Só precisam encontrar ambientes

10interpessoais e sociais que as ajudem a conhecer o valor terapêutico da

11solidariedade e do amor, porque são reconhecidos como afetados por

12experiências injustas e degradantes. Porque a resiliência dificilmente pode brotar

13na solidão. A confiança e a solidariedade de outras pessoas é condição

14imprescindível para que qualquer pessoa ferida por uma experiência traumática

15recupere a confiança em si mesma e na condição humana.

16O termo tem sua origem na Física. É a capacidade que um material tem

17de resistir a um impacto e recuperar sua forma original. Uma bola de borracha é

18um objeto resiliente, ao contrário do vidro de uma janela que, diante de um

19impacto, se estilhaça e não recupera sua forma anterior. Este fenômeno físico

20serviu de metáfora para o ser humano, que pode receber o impacto de um trauma

21e seguir adiante sem se destruir.


Disponível em:< http://brasil.elpais.com/brasil/2016/03/22/ciencia/1458660245_345067.html?rel=mas >.

Acesso em 18 abr. 2016.

Na enumeração dos traumas que as pessoas resilientes seriam, em tese, capazes de superar, o vocábulo que é omitido no início de cada elemento citado é

Alternativas
Q2743584 Português

Considere o período a seguir: “Fui à praia me bronzear porque estava nevando e, quando isso ocorre, o calor aumenta, o que faz com que sintamos frio”. Trata-se de um período que apresenta:

Alternativas
Respostas
11: D
12: E
13: C
14: D
15: D