Questões de Português - Colocação Pronominal para Concurso
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Em 1999, a Assembleia Geral da ONU convocou um Movimento Global para uma Cultura de Paz, com o intuito de estancar a escalada da violência no mundo. Para a ONU, o conceito de cultura de paz parte do princípio de que a paz e a violência não são inerentes à humanidade. Por isso, a paz precisa ser ensinada e estimulada, para forjar um mundo mais digno, justo e harmonioso.
Dois conceitos são importantes para essa aprendizagem. O primeiro afirma que a cultura de paz é uma escolha e uma ação que se deseja concretizar. Portanto, não adianta falar apenas que a violência é algo que não se deseja, porque isso não vai resolver o problema. O outro conceito é o de que a construção da paz é um processo educativo: as pessoas precisam vivenciar, debater e concretizar ações, partindo do princípio de que, quando agimos apenas de acordo com nossa vontade, nossas ações afetam o outro. Achar que só as nossas vontades têm de prevalecer prejudica nossas relações com o outro. Daí a importância do diálogo, da tolerância e do acolhimento.
Se a paz é decisiva no nível do indivíduo, muito mais no nível coletivo. Por isso, os agentes da administração pública, da segurança, os da educação e da justiça são figuras imprescindíveis, para que o processo de paz se concretize na sociedade em geral. Não é difícil pôr em prática algumas ações que sustentam a paz, entre elas:
1. Respeitar a vida, sem discriminar nem prejudicar ninguém.
2. Rejeitar a violência em todas as suas formas, buscando proteger os mais fracos, como crianças, idosos e pessoas vulneráveis.
3. Ouvir para compreender, privilegiando a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo nem à maledicência.
4. Preservar o planeta promovendo um consumo responsável, protegendo todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta.
5. Redescobrir a solidariedade, a partir do respeito aos princípios democráticos, com o fim de criar modos mais fraternos de convívio entre as pessoas.
(http://www.comitepaz.org.br. Adaptado, acesso em 11.11.2019)
Leia o texto.
Pseudodiário de um pseudogestor
Fazem cinco minutos que informo à minha secretária de que esse é o documento que preciso para comunicar as autoridades que sobe para 10 os casos de febre amarela nesta região. Em vão minha informação… nenhuma resposta positiva e o tempo passa. Agora, no final do dia, a mim, como diria o poeta, não compete-me a declamação dos versos já conhecidos e, sim, a escrita das novas estrofes…
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) considerando a norma culta.
( ) Há no texto quatro inadequações quanto à regência verbal.
( ) Se na expressão “as autoridades” fosse colocada uma crase em “às”, uma inadequação de regência verbal seria resolvida.
( ) A frase: “Esse é o documento que preciso” está da mesma forma correta como a frase: “Este é o poeta de que gosto”, no que diz respeito à regência verbal.
( ) Na frase sublinhada, há um desvio de concordância verbal.
( ) A expressão “no final do dia” está entre vírgulas para isolar um adjunto adverbial deslocado.
( ) Em: “não compete-me a declamação dos versos…”, há correta colocação pronominal.
( ) A frase “Fazem cinco minutos” equivale a “Devem fazer cinco minutos” e ambas estão corretas.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta,
de cima para baixo.
I. Em ‘locutor esportivo jamais chamou nada’. ‘Jamais’ e ‘nada’ são advérbios.
II. Em ‘vive-se da desgraça alheia’ verifica-se um caso de próclise.
III. Em ‘se um porco morde a perna de um caixeiro’, ‘se’ é conjunção subordinativa.
IV. Em ‘se um porco morde a perna de um caixeiro’, ‘a perna’ é objeto direto e ‘de um caixeiro’ é objeto indireto.
V. ‘Desgraça alheia’. Um antônimo para ‘alheia’ é ‘própria’.
Agora assinale a alternativa correta quanto às afirmativas:
No ensino, como em outras coisas, a liberdade deve ser uma questão de grau. Há liberdades que não podem ser toleradas. Uma vez conheci uma senhora que afirmava que não se deve proibir alguma coisa a uma criança, pois deve desenvolver sua natureza de dentro para fora. “E se a sua natureza a levar a engolir alfinetes?” indaguei, lamento dizer que a resposta foi puro vitupério. No entanto, toda criança abandonada a si mesma, mais cedo ou mais tarde engolirá alfinetes, tomará veneno, cairá de uma janela alta ou doutra forma chegará a mau fim. Um pouquinho mais velhos, os meninos, podendo, não se lavam, comem demais, fumam até enjoar, apanham resfriados por molhar os pés, e assim por diante – além do fato de se divertirem importunando anciãos, que nem sempre possuem a capacidade de resposta de Eliseu. Quem advoga a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na veneta. Deve existir um elemento de disciplina e autoridade; a questão é até que ponto, e como deve ser exercido.
Russel, Bertrand. Ensaios céticos in: Platão e Fiorin: Para entender o texto. Vocabulário: Vitupério: insulto, ofensa. Eliseu: profeta bíblico Assinale a alternativa correta.
Yuval Noah Harari. 21 lições para o século 21. Trad. Paulo Geiger. 1.ª ed.
São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 138-41 (com adaptações).
Com relação às propriedades gramaticais e à coerência do texto 9A2-I, julgue o item a seguir.
No trecho “antes de se tornarem adultas” (l.23), ocorre próclise
pronominal, mas, nesse contexto, também seria correta a
ênclise: antes de tornarem-se adultas.
• Ter disciplina é fundamental e quando cultivamos a disciplina em nosso dia a dia, ela pode nos trazer muitos ganhos. • Procurar superar adversidades é uma atitude saudável, e os filhos disciplinados são mais propensos a superar adversidades.
De acordo com o emprego e a colocação dos pronomes estabelecidos pela norma-padrão, os trechos destacados podem ser substituídos, respectivamente, por:
Certos cientistas ...... que os mosquitos, em países tropicais e subdesenvolvidos, ..... graves causadores de doenças a partir da década de 2000, em virtude de ..... sérios problemas de saneamento básico.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, as formas verbais em:
Uma declaração política que definiu uma geração, uma epifania de paz, três caóticos dias que transformaram a história da música: os símbolos que cercam Woodstock são muitos, e às vezes é difícil separar o mito da realidade. O festival tem um peso cultural significativo, mas o legado de meio milhão de jovens festejando na chuva é menos sentido como uma subcultura revolucionária e mais como um clichê da cultura pop.
Em 1969, a sociedade americana estava se recuperando de vários acontecimentos, entre eles os protestos contra a guerra do Vietnã, os distúrbios raciais e os assassinatos de figuras como Martin Luther King e Robert Kennedy, o que implicitamente colocou a paz e o amor de Woodstock como antídoto contra a raiva. “O estado de ânimo no país era um pouco como hoje. Havia uma sensação de violência, de verdadeiro ódio e divisão”, disse Martha Bayles, acadêmica do Boston College.
Apesar de o Woodstock ter incluído canções de protesto, Bayles descartou a noção popular de que o festival foi político, o que considera um “mal-entendido”. “Nem o movimento contra a guerra, nem o movimento do poder negro… ninguém desse lado viu o Woodstock como algo além de uma piada”. “Foi visto pela militância política mais rígida como algo bobo e autoindulgente”.
A artista mais ativa politicamente do evento foi Joan Baez, que recorda Woodstock como “um festival de alegria”. Os três dias “foram algo importante, mas não uma revolução”, disse ao jornal The New York Times. “Uma revolução ou mesmo uma mudança social não acontecem sem a vontade de correr riscos. E o único risco em Woodstock era não ser convidado para o evento”, afirmou.
(“Cinco décadas depois de Woodstock, ainda é difícil separar o mito da realidade”. AFP, https://gauchazh.clicrbs.com.br, 14.08.2019. Adaptado)
Preservando as relações de sentido e a correção quanto à norma-padrão da língua, o trecho destacado pode ser substituído por:
Além de ser a autora do quadro Abaporu (1928), a pintora Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma mulher à frente do seu tempo também no amor, ao contrário das várias jovens que mantinham casamentos a contragosto. Ao longo da vida, Tarsila, que atraiu olhares por sua beleza e vestuário ousado, teve quatro grandes relacionamentos – reprovados por seus irmãos. Seus pais, no entanto, ficavam do seu lado. Ela foi destemida.
Seu primeiro marido era primo de sua mãe. Desníveis culturais e traições fariam a pintora paulista pedir o fim do enlace. Foi uma tensão muito grande, porque envolvia alguém do seu núcleo mais próximo.
Seu segundo amor foi o escritor Oswald de Andrade (1890-1954), um dos líderes dos modernistas, que a acompanharia em uma das fases mais profícuas, compreendida entre a metade dos anos 20 e o começo dos 30. Apesar do “vanguardismo” de ambos, eles mantinham discrição sobre o relacionamento. Nas cartas que trocavam quando ela estava em Paris, usavam pseudônimos. Somente se sentiriam libertos quando Tarsila conseguiu a anulação de seu primeiro casamento.
A parceria intelectual e o carinho que emanavam do casal ilustre, no entanto, acabaram mal. Oswald traiu Tarsila com Pagu, pseudônimo da jornalista e poeta Patrícia Galvão (1910-1962). “Ela ficou tão furiosa que não deixou o Oswald entrar em casa para buscar suas coisas”, conta a sobrinha- -neta da pintora, Tarsilinha, que soube dos bastidores por familiares.
Com a queda da bolsa de Nova York em 1929, a crise da pintora ganhou mais um elemento: sua família perdera a fortuna. Sua reação, inesperada, foi entender o novo cenário que se apresentava. Assim, em 1931, viajou para o Leste Europeu com seu novo parceiro, o psiquiatra paraibano Osório César (1895-1979), retornando ao Brasil em 1932. Antes de se afastar dele, pinta o quadro Operários (1933).
Seu último relacionamento foi com o carioca Luís Martins (1907-1981). Vinte anos mais jovem, o jornalista, cronista e crítico de arte vai ser seu companheiro por cerca de dezoito anos. A felicidade duradoura não vai conseguir eliminar a preocupação acerca da diferença de idade entre os dois. Tarsila se sentia culpada por não poder compartilhar com Martins o sonho de ter filhos.
O enredo chega ao fim, mais uma vez, com uma traição. Martins deixa a pintora para se casar com a sua prima Anna Maria Martins. Esta, depois de algum tempo, vai pedir perdão e conta que desistiu de Luís. Tarsila, generosa que era, a perdoa e a aconselha a não desistir da sua felicidade. As duas choram e se abraçam.
(Tatiane de Assis, Os quatro grandes amores da pintora Tarsila do Amaral. Revista Veja, 15.04.2019. Acesso em 19.08.2019. Adaptado)
Leia a tirinha.
https://www.google.com
Analise as afirmativas abaixo em relação à tirinha.
1. O humor da tirinha reside no fato de a namorada perceber, na fala do namorado, os problemas gramaticais e não gostar deles.
2. Em sua fala, a namorada faz referência à colocação pronominal.
3. O namorado faz a colocação pronominal errada em todas as falas.
4. Para corrigir suas falas, o namorado deveria usar a ênclise em todas as falas.
5. Para corrigir a frase: “Nunca deixe-me!” será necessário usar a próclise, assim: ”Nunca me deixe”.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas
corretas.
Michael em fúria
Michael, um furacão de força 4, chegou em fúria à costa da Flórida, nos Estados Unidos, com ventos de mais de 200 km/h. Foi o segundo da temporada; em setembro, o ciclone Florence já havia inundado cidades na Carolina do Norte e estados vizinhos.
Na mesma semana, veio a luz um novo e sombrio relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, na sigla em inglês). O estudo, elaborado por dezenas de cientistas de vários países, foi apresentado na Coreia do Sul.
Trata-se de um relatório especial, diferente das abrangentes publicações sobre trajetórias da mudança do clima que o IPCC compila a intervalos de cinco ou seis anos. No caso, o objetivo era avaliar as diferenças entre um aquecimento na atmosfera de 1,5 ºC e outro de 2 ºC.
Os dois limiares figuram no Acordo de Paris (2015), que lista o segundo como meta a não ser ultrapassada, pois os climatologistas predizem que os impactos seriam excessivos e talvez incontroláveis.
A barreira de 1,5 ºC, por sua vez, aparece no tratado como algo preferível do ponto de vista dos riscos e custos a serem enfrentados por sociedades e governos.
O novo documento indica que esse limiar de prudência está para ser ultrapassado logo, possivelmente ainda em 2030, e com certeza até os anos 2050.
Restariam, assim, poucas décadas para zerar as emissões de gases do efeito estufa no planeta, o que exigiria uma revolução nos setores de energia e transportes. Mais provável, a julgar pela persistente trajetória atual, é transpor-se a marca dos 2 ºC.
(Folha de S.Paulo. 16.10.2018. Adaptado)
A respeito das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue.
A substituição de “se contentam” (.20) por contentam-se
manteria a correção gramatical do texto.
Também já fui brasileiro
Eu também já fui brasileiro
moreno como vocês.
Ponteei viola, guiei forde
e aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fecham
e todas as virtudes se negam.
Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não.
(Carlos Drummond de Andrade)