Questões de Concurso
Comentadas sobre concordância verbal, concordância nominal em português
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(__)No período: "O vento levou as palavras faladas, mas deixou os registros gráficos!", temos a primeira oração escrita com os termos essenciais dispostos na ordem direta; objeto direto representado pela expressão: "as palavras faladas".
(__)Os numerais cardinais do (1º§) concordam com o substantivo "anos".
(__)O verbo: "poderão" concorda com o sujeito simples: "seus netos".
(__)A série: "você"; "até"; "fala"; "tempo"; "séculos"; "gráficos" - temos, respectivamente: dissílabos oxítonos; dissílabos paroxítonos; trissílabos proparoxítonos.
(__)O texto está escrito com exemplo de pontuação interrogativa e exemplos de pontuação exclamativa.
Em seguida, marque a alternativa que contém a sequência CORRETA das informações acima.
Leia o trecho abaixo e complete a lacuna:
Já _____ muitos anos, _______ uma vasta e gigantesca biblioteca nesse colégio. Hoje, só ______livros amolambados, fracionados e retalhados pela incúria do Prefeito.
TEXTO 2
O garçom, o cão e os direitos humanos
A cena inusitada se deu em um restaurante. Eu acabara de pedir a conta e, enquanto esperava, fazia anotações em uma caderneta. O garçom, velho conhecido, me pergunta:
– E aí? Preparando uma reportagem?
– Não – eu disse, explicando que estava listando tópicos para um debate sobre direitos humanos para o qual fora convidado.
– Direitos humanos? Sou contra! – exclamou o garçom, com o cenho franzido.
Eu levei um susto. Perguntei a ele como alguém pode ser contra os direitos humanos. E só então percebi o tamanho do mal-entendido:
– Esse pessoal dos direitos humanos vive defendendo os bandidos sem se importar com as pessoas de bem!
A reação amarga e mal-humorada do garçom, sujeito boa-praça e brincalhão, é a prova de um tipo de corrupção que se tornou praga no Brasil: a da linguagem. A expressão "direitos humanos" foi destituída de seu sentido original para virar um aparato, um grupo, uma instituição – uma "coisa" talvez seja a palavra mais adequada – que existe "para ir lá e defender os bandidos".
[...] Eu trabalho com linguagem. Defendê-la contra sua distorção, portanto, é também uma tarefa minha como jornalista.
Imbuído dessa missão, e ciente de que precisava de mais e melhores argumentos para convencer meu amigo garçom de que ele estava sendo enganado pela corrupção da linguagem, peguei meu celular, dei uma busca no Google até achar uma conhecida charge do cartunista André Dahmer. Chamei meu camarada e mostrei o desenho: era um cachorrinho falando para outro simplesmente o seguinte: "sou contra os direitos dos animais!".
– Que cusco burro! – divertiu-se o garçom, de supetão, para depois cair em si e coçar a careca.
Paguei a conta e fui embora feliz de ter ao menos lhe deixado uma pulga atrás da orelha.
Marcelo Canellas. Disponível em: https://diariosm.com.br/cultura/cr%C3%B4nica-o-gar%C3%A7om-o-c%C3%A3o-e-os-direitos-humanos-1.2126493Acesso em: 10.08.19.
( )O período contém termos que estabelecem relação de sentido com a brevidade da vida. ( )O sujeito de "somos" é elíptico, identificado pela desinência verbal no presente do modo indicativo. ( )O termo: "instantes" é antítese de "momentos". ( )O substantivo abstrato: "efemeridade" é polissílabo paroxítono. ( )As combinações prepositivas: "na" e "da" são impostas pela concordância e regência verbais.
Após análise, marque a alternativa CORRETA.
Texto para a questão
Inclusão não é favor, é dever
A inclusão de alunos com deficiência é um desafio enorme para professores e gestores. Tirando as exceções aqui e ali, a maior parte dos docentes concorda que todos os meninos e meninas têm direito à Educação. A divisão só começa quando o assunto vai para o “como fazer”. Nesse momento, até os corações mais generosos travam. É difícil fazer algo para o qual você não foi preparado. Diante da falta de conhecimento e da diversidade de características físicas e mentais, a questão viaja do polo das boas intenções para o do pragmatismo duro. Como avaliar? Pode reprovar? Está tudo bem mandar para a sala de recursos?
Eu queria dar uns passos atrás. Não quero discutir o “como fazer”, mas falar de algo anterior: qual deve ser o papel da escola para um aluno com deficiência? A resposta é simples e vale, no final das contas, para todos os estudantes. A escola deve garantir que uma pessoa, por meio do conhecimento organizado, tenha um lugar no mundo. Por isso, inclusão não é um favor feito a um aluno coitadinho. É direito do estudante e dever da instituição. Quando o Estado assume uma responsabilidade, ele se compromete tanto com os beneficiários da medida quanto com quem permite que ela seja possível. No caso da Educação, ele se compromete com o aluno e com você. Sem educadores preparados, a inclusão vira um direito vazio. Portanto, cobre formação e boas condições de trabalho. Coloque seus alunos com deficiência nos projetos da escola. Dê visibilidade aos desafios nas redes sociais. Faça barulho. Afinal, professores não são apenas as pessoas que transmitem conhecimento, mas que criam condições para que o aprendizado aconteça. E nenhuma tecnologia será capaz de oferecer isso a seres humanos.
Essa é a razão pela qual propus a pergunta sobre o papel da escola. Muitas vezes, com as tarefas da rotina, nos esquecemos de pensar sobre o que fazemos. Sem pensar nos porquês da inclusão, nunca chegaremos em “como fazer”. Estou convencido que, mais do que nunca, lutar por formação e boas condições de trabalho são tarefas essenciais dos Educadores com E maiúsculo. No Brasil de hoje, lutar pelo básico é revolucionário.
(...)
Leandro Beguoci é diretor editorial e de conteúdo de NOVA ESCOLA [email protected].
FONTE:
https://novaescola.org.br/conteudo/15166/inclusao-nao-e-favor-e-dever
O poema apresentado abaixo será subsídio para a questão.
Meu destino
(Cora Coralina)
Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida…
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida…
Considerando as classes gramaticais dos vocábulos destacados no excerto abaixo, analise as proposições e assinale a alternativa correta:
Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
I – Os termos destacados são classificados como advérbios de local.
II – Os termos destacados são pronomes possessivos e todos estão flexionados no plural.
III – Todos os termos destacados concordam em gênero e número com os termos aos quais estabelecem referência.
IV – Os termos destacados servem como elementos coesivos e classificam-se como pronomes demonstrativos.
V – Os termos destacados podem ser substituídos, respectivamente, por minhas, nossa e seu sem
alterar o sentido apresentado.
• … pode ser atribuída à peculiaridade de, no Reino Unido, cada mamografia ser interpretada por dois radiologistas – e eventualmente um terceiro, caso haja necessidade de arbitrar divergências.
Assinale a alternativa em que a reescrita da frase “… caso haja necessidade de arbitrar divergências.” atende à norma-padrão de concordância da língua portuguesa.
A máxima da teoria ética da responsabilidade apregoa que somos responsáveis por aquilo que fazemos e reza: “Aja para atingir fins universalistas”. Em vez de aplicar ordenamentos previamente estabelecidos, os agentes priorizam as consequências das decisões e ações. Realizam assim uma análise situacional: avaliam os efeitos previsíveis que uma ação produz; planejam obter resultados positivos para si e para os demais agentes que interagem consigo sem ferir os interesses alheios; e, por fim, ampliam o leque das escolhas quando preconizam: “dos males, o menor” ou quando visam “fazer mais bem ao maior número de pessoas.
(Robert Henry Srour. Ética empresarial)
Leia o texto, para responder à questão.
Diamantes no deserto
Vales marcados pela intensa aridez parecem ter se tornado ambientes ideais para o florescimento de frutos típicos do século XXI: os produtos tecnológicos. O maior centro de inovação do planeta se encontra em uma região seca da Califórnia. Todos os anos, o Vale do Silício concentra 50 bilhões de dólares de investimentos de alto risco, usualmente destinados a startups – quase metade do montante movimentado dentro dos Estados Unidos –, além de 15% da produção de patentes desse país.
A mais de 10 000 quilômetros de distância de lá, no Oriente Médio, o Deserto de Nevegue, em Israel, vê crescer, sobre seu solo abrasador, um complexo industrial que põe o território em disputa direta com a cidade chinesa de Shenzhen pelo posto de maior polo de inovação do mundo. No oásis tecnológico proliferam companhias de ponta, que se espalham ainda pela costa litorânea, nos arredores de Tel-Aviv, fazendo dessa pequeníssima nação, com menos de 10% da área do Estado de São Paulo e população pouco maior que a da cidade do Rio de Janeiro, um sinônimo de progresso.
Como Israel transformou um deserto árido em centro de inovação mundial? Responde Ran Natanzon, especialista em vender tal faceta do país: “Trata-se de uma combinação dos seguintes fatores, todos igualmente essenciais: somos uma nação altamente militarizada; mantemos a indústria em ligação com as pesquisas acadêmicas; o governo atua para fomentar o setor; há operação ativa de fundos de investimentos e multinacionais; e existe uma proliferação de startups”.
Todo israelense, homem ou mulher, é obrigado a servir no Exército ao completar 18 anos. O que não quer dizer, no entanto, que o contingente completo vá para a linha de frente. Há, por exemplo, uma unidade, a 8 200, integrante do Corpo de Inteligência das Forças de Defesa, cujos membros se dedicam a decifrar códigos de computador. “Essa tropa fornece veteranos hábeis em trabalhar com segurança de dados digitais e em outras áreas do mercado da tecnologia”, explicou o engenheiro israelense Lavy Shtokhamer, que chefia uma divisão que mescla agentes ligados ao governo e representantes de empresas parceiras, como a IBM, em ações contra ataques de hackers que têm como alvo Israel ou, como vem sendo mais frequente, sistemas de companhias privadas.
(Filipe Vilicic. Veja, 12.02.2020. Adaptado)