Questões de Concurso
Sobre concordância verbal, concordância nominal em português
Foram encontradas 10.057 questões
O emprego do plural em “bens” (l.1) comprova que esse vocábulo está sendo aí empregado como substantivo, não como um possível advérbio.
Com o emprego do plural em “culturas indígenas” (l.10-11), o autor reforça mais a idéia de pluralidade das nações indígenas, mencionada à linha 4, do que se utilizasse a forma singular, também coerente e correta no texto.
Atenção
Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
Tempos, lugares mágicos
Sim, já faz tempo, éramos jovem casal e estávamos de férias, à toa na vida. Provavelmente aquele nosso cenário mágico de então terá incorporado novidades: haverá lugar incólume ao tempo? Deixemos oculta a medida comum do tempo e digamos que tudo 'aconteceu já faz alguns séculos. cada um carrega dentro de si seu singular relógio emocional. Estávamos os dois na praia de Amaralina, tomando cerveja num fim de tarde de verão (haverá outras estações em Salvador?). Aquele momento azul bem que podia ser eterno, sentíamos. Passamos a conversar sobre o Tempo. imaginei então o que seria feito daquele lugar, dali a um milhão de anos. E especulava, manhoso: “Existirá talvez o planeta, mas alguma coisa guardará algo do sol desta tarde, destes coqueiros, de nós?”
Você então lembrou que não há eliminação cabal da matéria, há transformações sucessivas. E eu imaginei que, decorridos milênios, nós dois seríamos duas moléculas avulsas, viajantes do espaço que, de repente, poderiam cruzar seus caminhos vertiginosos exatamente onde milênios antes teria havido uma cidade, uma praia, uma conversa e dois. Então lhe propus um pacto: que esses duas moléculas, ao se cruzarem numa fração de segundo em meio a tantas no caos, se façam notar por um quase imperceptível código luminoso, uma faísca fulminante, uma piscadela guardada por milênios no coração da matéria cósmica.
Você achou minha imaginação exuberante demais e preferiu olhar em volta, conferir a brisa que batia nas folhas dos coqueiros de Amaralina. Há lugares assim, neste nosso planeta: excitam a imaginação até o limite do imponderável, e ao mesmo tempo exercem toda a sua sedução telúrica. Acabamos um chope e andamos um bocado, a tempo de ver o sol desaparecer. Depois, já avistando o Farol da Barra, passei a imaginar que aquele farol mágico, daquela terra mágica, assim que escurecesse passaria a acender estrelas altíssimas. Mas você olhava distraída para algum ponto da linha do horizonte.
(Jehova de Brito, a publicar)
Com relação às ideias, à estrutura linguística e ao vocabulário empregados no texto, julgue o item.
... aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…
Assinale a alternativa redigida segundo a norma-padrão de concordância nominal e/ou verbal.
Francisco Carlos T. da Silva. O mundo mudou?
Ciência Hoje, nov./2003 (com adaptações).
Com relação ao texto acima, julgue o seguinte item.
A flexão de singular na forma verbal “ficou” (l.11) é
exigência das regras de concordância com “final” (l.10).
Amado L. Cervo. Sob o domínio do pensamento
único. In: UnB Revista, ano III, n.º 7 (com adaptações).
Julgue o item que se segue, a respeito do texto acima.
A flexão de plural no pronome átono em “aproximando-os”
(l.10) justifica-se pelo plural em “países” (l.8).
Acerca da estrutura linguística empregada no texto, julgue o item.
Na linha 1, a correção gramatical do texto seria
mantida caso a forma verbal “vive” fosse flexionada no
plural, de forma a concordar com o sentido plúrimo
de “população”.
Não foi ______________ ao substituo do cronista a mínima qualidade estilística. _____________ abusava do talento, abordava os assuntos sem traços de personalismo, __________ que fossem. Já ________________ escreve frases ____________ ininteligíveis e trata de assuntos em ____________ bojo coloca sempre uma crítica feroz.
1. Quarenta e cinco por cento dos imigrantes vieram da Venezuela. 2. Haviam muitos personagens naquela novela. 3. Existem muitas maneiras de abordar este assunto.
Assinale a alternativa que indica todas as frases corretas.
A escalada da violência contra professores no Brasil
O caso dos quatro alunos e da professora esfaqueados em uma escola da Vila Sônia, capital de São Paulo, ilustra com contornos violentos o que os números indicam há anos: as escolas brasileiras são as mais violentas do mundo.
Em 2019, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) já lançava um alerta sobre o assunto. O Brasil encabeçava um ranking mundial de violência no ambiente escolar, elaborado a partir de mais de 100 mil entrevistas com professores e diretores do Ensino Fundamental 2, que corresponde do 6º ao 9º ano. Ao menos 12,5% dos professores brasileiros ouvidos pela organização em 2013 afirmavam terem sido vítimas de agressão verbal por parte de alunos – a média global, para se ter uma ideia, era de 3,4%. Anos depois, o quadro não arrefeceu.
Em entrevista à Nova Escola, a professora Telma Vinha, da Faculdade de Educação da Unicamp e coordenadora do Grupo Ética, Diversidade e Democracia na Escola Pública (GEDDEP), destaca o aumento dos discursos de ódio e a influência deles sobre os alunos. Muitos jovens participam de fóruns e grupos nas redes sociais associados à xenofobia, ao racismo e até ao neonazismo e levam esses discursos para a prática dentro do ambiente escolar.
É preciso pontuar, no entanto, que o aumento da violência escolar é um fenômeno complexo e de múltiplas raízes. Uma delas, a pandemia. Dados preliminares de uma pesquisa que está sendo desenvolvida por Telma Vinha e seus colegas na Unicamp já indicam os impactos do isolamento social sobre esse tipo de violência: dos 22 ataques cometidos em escolas brasileiras ao longo dos últimos 21 anos, nove ocorrem do segundo semestre de 2022 para cá.
(Fonte: Abril — adaptado.)