Questões de Concurso Sobre crase em português

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Q580383 Português
      Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria livros.
      Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem, há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam como uma espécie de “detox", uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato, parecem esquecer os problemas do dia.
      Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e tranquilidade.
     Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen Nogueira e Alexandre Almeida. “Na arteterapia, há um assunto específico a ser trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração", afirmam. Ou seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse, mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e ansiedade.

                                                                             (Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Alterando-se a frase – Os livros funcionam como uma espécie de “detox", uma válvula de escape para rotinas estressantes. – , obtém-se versão correta, quanto ao uso ou não do acento indicativo da crase, em:
Alternativas
Q580007 Português
Leia o memorando a seguir.

Memorando n° 200-2015/CRO-SP São Paulo, 18 de junho de 2015.

Ao Senhor Chefe da Divisão de Apoio Administrativo

Assunto: Recebimento de Materiais de Escritório

        Informamos que, nos últimos dias, __________ erros de digitação que ___________a compra dos materiais de escritório. Foram feitas as correções e esses materiais estarão disponíveis para retirada _______ partir das 10h00 do dia 22.06.2015.

                                             Atenciosamente

                                              Yamada Araújo

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:


Alternativas
Q579952 Português
      Das musas, entidades mitológicas da Grécia Antiga, dizia-se que eram capazes de inspirar criações artísticas e científicas. Mulheres belas, talentosas e descendentes diretas de Zeus já foram homenageadas por Shakespeare, Dante e Rafael.

      Pois a musa inspiradora de Felipe Alves Elias tinha 15 m de comprimento e 6 m de altura, pesava até sete toneladas e estaria, hoje, com idade bem avançada: 145 milhões de anos. Funcionário do Museu de Zoologia da USP, Felipe leva tatuado no braço um crânio de espinossauro e é um paleoartista. Ele diz: “Faço a representação visual de uma hipótese paleontológica sobre a anatomia, a aparência ou a ecologia das espécies fósseis." Apesar da explicação complicada, todos já devem ter visto obras de paleoartistas em livros didáticos, exposições ou filmes. O trabalho deles, contudo, não aparece nos Flintstones ou no Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros.

     “A paleoarte tem como função a divulgação científica", diz Ariel Milani, um dos grandes estudiosos da área no Brasil. “No cinema, é entretenimento. Visualmente é lindo, mas tudo ali é uma grande liberdade artística". Ao dizer isso, ele jura que não é dor de cotovelo. Pioneiro da paleoarte no Brasil, Ariel desenha dinossauros há quase 20 anos e atualmente faz doutorado na Unicamp. Ele afirma: “Meu trabalho tenta formalizar a paleoarte dentro das ciências biológicas. O problema é que as pessoas não entendem o limite entre arte e ciência. Para os cientistas, somos artistas; para os artistas, somos cientistas."

      Para estimular o crescimento da área no país, anualmente a Paleo SP – reunião anual da Sociedade Brasileira de Paleontologia – organiza um concurso de paleoarte. O próximo evento está marcado para dezembro e Ariel será o juiz técnico, por isso sugere alguns macetes que podem levar os aspirantes à vitória. “O dinossauro não pode ser magnífico, se estiver andando em cima da grama, está errado. A grama só surgiu depois dos dinossauros.Também não pode colocar um T-Rex ao lado de um dinossauro do período Triássico."

                                                                            (Revista da Folha, junho de 2015. Adaptado)


Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, quanto ao uso ou não do acento indicativo da crase, as lacunas dos enunciados a seguir.

Os artistas dedicam-se ______ musas para se inspirarem. Não se pode colocar um T- Rex junto _____um tiranossauro do Triássico.

Tudo ali se assemelha ______ uma grande liberdade artística.

Alternativas
Q579860 Português

                  

No que se refere às estruturas linguísticas do texto acima e às ideias nele desenvolvidas, julgue o item a seguir.

O sinal indicativo de crase em “proteção às redes” (l. 5 e 6) justifica-se pela contração da preposição a, exigida pelo substantivo “proteção”, com o artigo definido feminino as, que determina o vocábulo “redes”.

Alternativas
Q579434 Português
Assinale a alternativa em que o emprego dos sinais de pontuação e do sinal indicativo de crase está de acordo com a norma-padrão.
Alternativas
Q577876 Português
Para responder às questões de 1 a 5, leia o texto abaixo.

Profissional pode assessorar políticos e atores para aprimorar a comunicação

    A vice-diretora da graduação em fonoaudiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Kátia de Almeida, afirma que a profissão é regulamentada desde 1981. Segundo ela, o objetivo do curso é formar profissionais que possam prevenir, avaliar, diagnosticar e tratar os distúrbios da comunicação humana e da audição, além de aperfeiçoar padrões de audição, voz, fala e linguagem. "Também visamos à formação de professores e pesquisadores", completa.
     Kátia diz que o estágio supervisionado começa no terceiro ano, mas que o quarto ano é todo dedicado a ele, com carga de 1.080 horas. "Além de atuarem na clínica de fonoaudiologia da Santa Casa, os alunos também trabalham no complexo hospitalar da instituição, além de unidades básicas de saúde, creches e escolas."     Segundo ela, o aluno precisa gostar da área da saúde e da comunicação humana, de relações interpessoais e de se atualizar constantemente. Depois de formados, é possível atuar tanto em serviço público quanto privado. "Eles também podem trabalhar com assessoria empresarial, atendendo políticos, atores e outros profissionais, para o aprimoramento da comunicação humana." Kátia diz que a questão da saúde auditiva é importante para toda a polução, incluindo músicos e outros profissionais que estão expostos a níveis elevados de pressão sonora no ambiente de trabalho. "Todos os profissionais da música correm o risco de ter uma perda de audição, e só agora estão começando a se conscientizar."
    A médica conta que a audiologia é uma das especializações da fonoaudiologia e, neste ano, foi considerada uma das mais remuneradas e menos estressantes num ranking americano. 
     Segundo ela, o mercado de trabalho está em expansão em decorrência do aumento da expectativa de vida dos brasileiros. "A população de idosos faz com que apareçam novos serviços, porque eles querem envelhecer com qualidade."
                               (Disponível em www.estadao.com.br)
Leia o trecho a seguir, retirado do primeiro parágrafo do texto.

"Também visamos à formação de professores e pesquisadores".

Sobre ele, pode-se afirmar corretamente que:

Alternativas
Q576044 Português

Leia o texto que se segue.

      Na área ficcional, opondo-se 1__ inconsciência, ou seja, reagindo 2__ má consciência, haveremos de governar, dentro do possível, a obra em geral e, em particular, as personagens. Negaremos 3 __ personagens, honestamente, qualquer parcela de vontade. Cada uma será assim porque nos pareceu, quase sempre ao cabo de cálculos e ensaios, acréscimos e cortes, que assim devia ser; e está no relato porque foi necessário, porque julgamos oportuno dar-lhe uma função ainda que fosse 4__ de parecer disponível. Nem uma palavra lhes será disponível sem licença ou aprovação. Ainda que alguns dos seus remotos modelos possam existir fora de nós, só existem 5__ partir do momento em que nossas palavras o efetivam.

                                                       (Adaptado de Osman Lins, Guerra sem testemunhas, 1974, p. 16)

Quanto ao uso do sinal indicativo da crase, assinale a opção que preenche, de forma gramaticalmente correta, as lacunas do texto.
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Q575893 Português

                                                       MINHA CALÇADA

                                           

      Morreu na semana passada, atropelado pela multidão que vinha na direção oposta, o último cronista andarilho. Ele insistia em fazer como seus antepassados, João do Rio, Lima Barreto, Benjamim Costallat, Antônio Maria, Carlinhos Oliveira, e flanava em busca de assuntos. Descanse em paz, pobre coitado.

      O cronista andarilho estava na calçada par da Avenida Rio Branco, em frente à Galeria dos Empregados no Comércio, às 13h15m de quarta-feira, quando foi abalroado por um pelotão de transeuntes que marchava apressado no contrafluxo. Caiu, bateu com a cabeça num fradinho. Morreu constrangido por estar atrapalhando o tráfego de pedestres, categoria à qual sempre se orgulhou de pertencer.

      A perícia encontrou em seu bolso um caderno com a anotação “escrever sobre as mulheres executivas que caminham de salto alto sobre as pedras portuguesas do Centro, o que lhes aumenta ainda mais a sensualidade do rebolado”. O documento, entregue ao museu da Associação Brasileira de Imprensa, já está numa vitrine de relíquias cariocas.

      O cronista que ora se pranteia era um nostálgico das calçadas e tinha como livro de cabeceira “Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro”. Nele, Joaquim Manuel de Macedo descreve uma caminhada pela Rua do Ouvidor como um dos grandes prazeres da vida. No apartamento do cronista, de quem no momento se faz este funéreo, foi encontrada também a gravura de J. Carlos em que um grupo de almofadinhas observa, deslumbrado, a passagem de uma melindrosa de vestido curto e perna grossa pela Avenida Central dos anos 1920.

      As calçadas inspiravam o morto. Fez dezenas de crônicas sobre a poesia do flanar sem rumo, às vezes lambendo uma casquinha de sorvete. Numa delas chegou a falar da perda de tempo que era subir até o Corcovado para admirar o Rio. O cronista andarilho, agora de saudosa memória, dizia não haver melhor jeito e lugar para se entender a cidade do que bater perna descompromissadamente, mas em passos mais curtos do que essa palavra imensa, pelas calçadas.

      Ele ia assim como quem não quer nada, na terapia gratuita de atravessar de um lado para o outro e não estar focado em nada — enfim, na exata contramão do que recomenda o odioso estresse moderno que o atropelou próximo ao turbilhão da Galeria.

      O cronista andarilho gostava de ouvir os torcedores discutindo futebol na banca do botafoguense Tolito, na esquina com a Sete de Setembro. Também podia rir da pregação moralista do profeta Gentileza no Largo da Carioca, ou dar uma parada no Cineac Trianon, na Rio Branco 181, e avaliar as fotos das strippers que naquele momento estariam tirando a roupa lá dentro, na tela do cinema.

      A vida era o que lhe ia pelas calçadas do Rio, um espaço historicamente sem entraves para se analisar como caminhava a Humanidade. O cronista andarilho, desde já saudoso como o frapê de coco do Bar Simpatia, não percebeu o fim das calçadas — e, na distração habitual, foi vítima da confusão que se estabeleceu sobre elas, uma combinação criminosa das novas multidões apressadas com fradinho, anotador do jogo do bicho, bicicleta, burro sem rabo, mesa de botequim, gola de árvore acimentada, esgoto, banca de jornal, segurança de loja sentado no meio do caminho e o escambau a quatro.

      Calçadas não há mais. Eram passarelas onde os vizinhos se encontravam, perpetuavam os hábitos do bairro e tocavam a vida em frente com certa intimidade pública — no subúrbio chegava-se a colocar as cadeiras para curtir com mais conforto o mundo que passava. O cronista andarilho acreditava que na calçada pulsava a alma carioca. Com o caderno sempre à mão, anotava os modismos, os pequenos acontecimentos. No dia seguinte publicava o que achava ser a história afetiva da cidade, aquela em que as pessoas se reconhecem, pois são as obreiras.

      O homem gastava sola de sapato. Uma outra inspiração para o seu ofício era o livro “A arte de caminhar pelas ruas do Rio de Janeiro”, escrito pelo contista e pedestre Rubem Fonseca nos anos 1990. Ainda havia calçada suficiente para o protagonista descer andando das ladeiras do Morro da Conceição, se esgueirar pelos becos nos fundos da Rua Larga e, sem GPS, chegar à Rua Senador Dantas. Não há mais.

      O cronista peripatético costumava cruzar na vida real com Rubem Fonseca, os dois flanando pelas calçadas do Leblon. As meninas do Leblon não olhavam para eles, não tinha importância. O mestre seguia em aparente calma, enquanto a mente elucubrava cenas cruéis de sexo e violência para um próximo conto. Mas, como sabem todos os que têm passado por ali, as calçadas do Leblon também desapareceram embaixo de tapume do metrô e da multidão trazida pelo shopping center. O engarrafamento agora é de gente — e foi aí que se deu o passamento do último cronista andarilho, vítima da absoluta impossibilidade de se caminhar pelas agressivas calçadas da sua cidade.

                                                                                        (SANTOS, J. Ferreira dos. O Globo, 17/03/2014.)

“Com o caderno sempre à mão, anotava os modismos, os pequenos acontecimentos.” (§ 9)

Na frase acima, o acento indicativo da crase foi corretamente empregado. Das frases abaixo, aquela em que está INCORRETO o emprego do acento indicativo da crase é:

Alternativas
Q575780 Português
Assinale a frase em que o uso do acento indicador da crase e a colocação dos pronomes estão de acordo com a norma-padrão da língua.
Alternativas
Q575282 Português

O Sr. Pip


    Todo mundo o chamava de Olho Arregalado. Mesmo na época em que eu era uma garota magrinha de treze anos, eu achava que ele sabia do seu apelido mas não ligava. Os olhos dele estavam interessados demais no que havia lá em cima para reparar num bando de garotos descalços.

    Ele tinha o ar de alguém que tinha visto ou vivido um grande sofrimento e que não havia sido capaz de esquecê-lo. Seus olhos grandes na cabeça grande eram mais saltados do que os de qualquer pessoa – como se quisessem abandonar a superfície do rosto dele. Eles nos faziam pensar em alguém que está louco para sair de casa.

    Olho Arregalado usava o mesmo terno de linho todos os dias. As calças colavam nos seus joelhos ossudos devido à umidade.Tinha dias em que ele usava um nariz de palhaço. O nariz dele já era grande o suficiente. Ele não precisava daquela lâmpadavermelha. Mas, por motivos que não conseguíamos imaginar,ele usava o nariz vermelho em determinados dias que talvez tivessem algum significado para ele.

(Jones, Lloyd. O Sr. Pip. Trad. Léa Viveiros de Castro.Rio de Janeiro: Rocco, 2007. p.09. Fragmento)

Alterando-se a oração “As calças colavam nos seus joelhos devido à umidade" mantém-se a crase em
Alternativas
Ano: 2011 Banca: IBFC Órgão: MPE-SP Prova: IBFC - 2011 - MPE-SP - Oficial de Promotoria |
Q575002 Português
Assinale a alternativa em que o uso do acento indicativo da crase está incorreto.
Alternativas
Ano: 2011 Banca: IBFC Órgão: MPE-SP Prova: IBFC - 2011 - MPE-SP - Oficial de Promotoria |
Q574995 Português
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.

Enviamos ____ ela o livro que _______ tempos procurava.

Alternativas
Ano: 2011 Banca: IBFC Órgão: MPE-SP Prova: IBFC - 2011 - MPE-SP - Oficial de Promotoria |
Q574990 Português
Colégios autoritários


Ao ameaçar, fazer vista grossa para agressões em seus pátios e expulsar alunos que tentam reparação judicial, três escolas de elite do Rio dão aula de falta de cidadania e de civilidade

Francisco Alves Filho

Conhecidas pelo excelente nível de ensino, três escolas do Rio de Janeiro preferidas pela elite deram nas últimas semanas verdadeiras aulas de desrespeito às regras mais básicas de cidadania. Denúncias feitas por alunos de agressões ou constrangimentos graves foram tratadas por esses estabelecimentos de forma arbitrária e só fez aumentar o sofrimento das vítimas e seus pais. No tradicionalíssimo Colégio São Bento, recordista de aprovação no Enem, um aluno de 6 anos foi agredido por um adolescente de 14, a direção da escola escondeu o fato dos responsáveis e se mostrou mais preocupada com o agressor. Na Escola Alemã Corcovado, depois de levar empurrão de um professor, um aluno de 12 anos, seu irmão e seus pais foram excluídos do estabelecimento. No pH, a adolescente Jannah Nebbeling, 15 anos, acusa coordenadoras de ameaçá-la por conta de uma comunidade virtual na qual discutia conteúdos curriculares. “Iniciei uma ação contra o colégio por coação, constrangimento e ameaça, além de danos morais", diz Andréa Coelho, mãe de Janna. Os outros dois casos também foram parar nos tribunais. Para piorar, diretores criticaram direta ou indiretamente os pais que foram à Justiça, como se nos limites da escola vigorasse uma lei diferente da do restante do País. O imbróglio mais comentado foi a abordagem dada pelo São Bento, escola com 153 anos de existência, a uma sequência de agressões sofrida pelo aluno de 6 anos. Ele apanhou de outro,de 14 anos, no dia 26 de maio. Para justificar aos pais os ferimentos na cabeça e na testa do menino, a diretoria da escola informou que tudo não passara de um “acidente" causado por simples brincadeira. A verdade logo veio à tona, mas a posição do colégio continuou inadequada. O agressor foi punido com apenas um dia de suspensão. “Eu e meu marido reivindicamos a expulsão dele, até para garantir que meu filho tivesse segurança para ir à escola. Isso não aconteceu e resolvemos procurar a polícia para denunciar o colégio", explica a advogada Viviane de Azevedo, mãe da vítima. A reação do estabelecimento de ensino foi equivocada. “Estão querendo transformar um acidente educacional em um fato criminal", reclamou Mário Silveira, supervisor administrativo do São Bento, que tem mensalidades em torno de R$ 2 mil. Silveira ainda se referiu ao agressor como alguém que estaria “sendo mais punido do que o acidentado". “Num contato com a direção, ouvi que aquela era a maneira de agir do São Bento e quem não estivesse satisfeito estaria livre para sair", recorda Viviane. “Entendi o recado e tirei meu filho de lá."

Na Escola Alemã Corcovado – onde, para ingressar, os pais têm que desembolsar R$ 8 mil, além das mensalidades de R$ 2 mil – a agressão teria partido de um mestre. Um estudante de 12 anos reclama que, durante uma aula realizada no ano passado, foi empurrado pelo professor alemão Jens Wiemer, que berrava palavrões. O menino caiu e bateu com a cabeça e as costas no chão. Os pais do garoto só souberam da agressão um mês depois. Foram à polícia e ao Ministério Público. O professor foi suspenso e voltou para a Alemanha. Algum tempo depois, os pais da vítima passaram a notar que o menino era avaliado na escola “com rigor exagerado e diferenciado em relação aos colegas de sala", segundo relata a ação. Depois de novo protesto, veio a decisão mais surpreendente: tanto o aluno denunciante quanto seu irmão e seus pais souberam há três meses que foram excluídos da escola. “Essa decisão decorreu exclusivamente das várias violações aos estatutos cometidas pela família", relata nota da escola à ISTOÉ. “Não decorreu do exercício legal e regular da família de seu direito de denunciar o que achasse devido às autoridades competentes." Sob qualquer aspecto, uma total inversão de valores.

No caso do curso pH, o diretor de ensino Rui Alves argumenta que não houve ameaça à menina e, segundo ele, a comunidade virtual que distribuiria uma “cola" associava o colégio a palavrões. “A mãe tem todo o direito de ir à Justiça, mas isso é um assunto pedagógico", diz Alves. Doutor em pedagogia, o professor Henrique Sobreira critica as escolas: “São atitudes de quem promete uma educação para a cidadania e faz algo bem diferente", diz ele. A lição é a pior possível. “Quando escolas se acham acima da lei, é compreensível que os alunos também passem a pensar da mesma forma", avalia o especialista.



 Considere o trecho abaixo e as afirmações que seguem.

Os pais do garoto só souberam da agressão um mês depois. Foram à polícia e ao Ministério Público.

I. O uso do acento indicativo da crase justifica-se apenas porque o verbo ir exige a preposição “a".

II. O uso do advérbio “só" não interfere na informação e ele poderia ser retirado sem qualquer alteração no sentido.

Está correto o que se afirma em: 

Alternativas
Q574931 Português
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase seguinte, no que se refere à ocorrência do acento indicativo de crase.

O autor chegou ________confessar que alguns de seus hábitos não levavam_________ uma satisfação genuína, e se reportou _________ocasião em que foi acolhido na choupana de um velho caboclo do Acre, _________ quem se referiu com gratidão e nostalgia.
Alternativas
Q574311 Português

Baliza


Cravar a estrela no chão

e dizer à noite: agora,

afaste-se a escuridão,

que eu vou chegando com a aurora.


E fazer brotar da terra

− da terra que tudo faz −

não a treva e o ódio da guerra,

mas a luz e o amor da paz.


Que eu vim traçar nos caminhos

(em vez de dor e agonia)

a rota livre dos homens

com as tintas claras do dia.


(Adaptado de: SOUZA, Santo.Disponível em: www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sergipe/santos_souza.html. Acessado em: 05.09.2015)

A frase redigida corretamente, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, é:
Alternativas
Q573661 Português

Texto

                                                  A formação da cidadania

      Em todas as manifestações de caráter social, político e econômico, da mais inconsequente opção (pessoal) às mais sérias decisões do governo, o ser humano é guiado por dois comportamentos básicos: pensar e agir, de acordo com os conhecimentos disponíveis. (....)

      A interação contínua entre pensamento e ação permite ao homem tomar decisões, tanto as de natureza particular – como a escolha de um curso ou profissão ou a compra de um par de sapatos -, quanto as que terão consequências coletivas, como a eleição de governantes ou a participação em manifestações públicas. Portanto, de modo geral, as decisões não são arbitrárias. Não importa o grau de consciência política que o indivíduo possui, ou a massa de conhecimentos de que ele dispõe sobre uma questão: há sempre uma dose de reflexão em cada um dos seus atos.

      É fácil de constatar que as ideias, as opiniões, as atitudes e as ações não seguem um esquema simples, mecanicista e uniforme, pois as diferentes preocupações que atormentam o homem se embaralham e se cruzam a cada instante e às vezes se chocam. É como se todas as provas automobilísticas do mundo fossem disputadas ao mesmo tempo no mesmo autódromo.

      A formação do cidadão consiste em capacitá-lo a pôr ordem nesse processo, que se desenvolve ao seu redor mas sempre explode dentro dele. A principal contribuição formativa da educação é a de atuar sobre esse mecanismo mental decisório e ajustá-lo o mais corretamente possível, equilibrando os conhecimentos, as habilidades e as atitudes segundo padrões éticos, morais e outros, válidos para todos ou para a maioria das pessoas.

      Não existe um método infalível para que alguém possa chegar, sempre, às melhores decisões sobre todas as coisas, mas pode-se melhorar a capacidade de raciocínio com a prática, o estudo, a crítica, a reflexão. O grande objetivo, que mais parece um ideal inatingível, é conseguir que cada indivíduo se torne autônomo, isto é, que seja capaz de decidir por si mesmo, não se sujeitando à interferências ou pressões externas. É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes.

                                                                       (Martinez, Paulo. Direitos de cidadania – um lugar ao sol.) 

Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave indicativo da crase está incorreto.
Alternativas
Q573097 Português
Conhecimentos Básicos
Este texto pode ser visto como um pequeno manual de trabalho para ativistas sociais, candidatos, advogados, juizes, promotores, cidadãos e cidadãs em geral.
Ele ____ informações preciosas sobre a breve história da Lei 9.840, que trouxe para o nosso Direito normas que permitem a cassação de candidatos envolvidos em atos de compra de votos e uso eleitoral da máquina administrativa.
Aos eleitores que tenham acesso a este trabalho aconselhamos que formem grupos para seu estudo. Uma dica seria ler cada capitulo coletivamente, cada um lendo um parágrafo, por exemplo, estabelecendo um debate a partir das perguntas contidas ao final de cada parte e de outras formuladas espontaneamente pelos participantes.
Para os candidatos, esse manual pode atuar como fonte de estimulo ____ campanhas desenvolvidas dentro de preceitos éticos e como alerta contra a prática da corrupção eleitoral. Mas também serve para ressaltar a importância de que suas assessorias sejam orientadas para o conhecimento dessa lei que tanto tem provocado cassações, muitas vezes por falta de compreensão do seu conteúdo. Além disso, pode chamar a atenção para a possibilidade de utilização de instrumentos legais aptos para fazer cessar atos de campanha de adversários que optem por infringir____ legislação eleitoral.
Para juizes, promotores e advogados eleitorais este texto pode contribuir para que compreendam um pouco mais a origem e a vocação social, ética e cultural da Lei 9.840. Trata-se do nosso único instrumento legal verdadeiramente gestado “nas ruas”, fruto da inconformidade das amplas massas populares contra essa chaga que ainda acompanha o processo eleitoral: a compra de votos. Mas também indica que a sociedade está atenta e vigilante para que os casos de corrupção eleitoral chegados ____ Justiça não fiquem impunes.
Para a sociedade civil organizada, segue aqui um roteiro de como articular as redes de entidades e movimentos sociais denominadas COMITÊS 9.840, as quais podem influir e muito na construção de eleições cada vez mais limpas.
Se há uma mensagem principal neste trabalho, ela poderia ser resumida no lema do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral: “Voto não tem preço, tem conseqüências” . Aqui se procura fortalecer essa consciência, convocando a todos e todas para que assumamos dentro do limite das nossas atividades tudo que esteja a nosso alcance para que possamos superar formas tão aviltantes de mudança ilegitima do resultado dos pleitos eleitorais.
Cartilha Cidadania e Eleições: para um processo eleitoral limpo e justo. Publicação do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) - Lei 9.840.
Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas do texto.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: IESES Órgão: CRM-SC Prova: IESES - 2015 - CRM-SC - Contador |
Q572370 Português
Nesta frase, em qual “a" ocorre a crase:
Agradeço a (1) Deus, a (2) meus pais, a (3) meus amigos e a (4) todos que me ajudaram.
Alternativas
Q570956 Português
No texto a seguir, foram retirados os artigos definidos femininos a(s), as preposições a e as contrações à(s). __ PAISANA Isolada por um cientista israelense, ____ enzima polimarase R1 pode ajudar no combate ___ violência. Responsável pelas mutações genéticas que tornam ___ bactérias resistentes _____ antibióticos, _____ substância consegue reproduzir material genético (DNA) danificado na tentativa de eliminar os vestígios de um crime, por exemplo. (Isto É. São Paulo: Globo, 15 nov. 2000.) A sequência que completa correta e respectivamente as lacunas encontra-se na alternativa:
Alternativas
Q570896 Português
Atenção: Considere o texto abaixo e responda.
    O que me moveu, inicialmente, a fazer este texto foi uma sensação produzida por uma viagem ao Havaí. Sensação de que se é parte de um cenário. Na praia de Waikiki, os hotéis têm lobbies que se comunicam, pontuados por belíssimos (mas falsos) jardins tropicais, sem uma folha no chão, lagos com peixes coloridos, tochas, belos gramados e, evidentemente, muitas lojas. Um filme de Elvis Presley.
    Honolulu é um dos milhares de exemplos a que podemos recorrer. A indústria do turismo cria um mundo fictício de lazer, onde o espaço se transforma em cenário e, desse modo, o real é transfigurado para seduzir e fascinar.
    O espaço produzido pela indústria do turismo é o presente sem espessura, sem história, sem identidade. O lugar é, em sua essência, produção humana, visto que se transforma na relação entre espaço e sociedade. O sujeito pertence ao lugar como este a ele. A indústria turística produz simulacros de lugares.
    Mas também se produzem modos de apropriação dos lugares. A indústria do turismo produz um modo de estar em Nova York, Paris, Roma, Buenos Aires... É evidente que não se pode dizer que essas cidades sejam simulacros, pois é claro que não o são; entretanto, o pacote turístico ignora a identidade do lugar, sua história e modo de vida, banalizando-os.
    Os pacotes turísticos tratam o turista como mero consumidor, delimitando o que deve ou não ser visto, além do tempo destinado a cada atração, num incessante "veja tudo depressa".
    Essa rapidez impede que os olhos desfrutem da paisagem. Passa-se em segundos por séculos de civilização, faz-se tábula rasa da história de gerações que se inscrevem no tempo e no espaço. Num autêntico tour de force consentido, pouco espaço é destinado à criatividade. Por sua vez, o turista vê sufocar um desejo que nem se esboçou, o de experimentar. 
    No fim do caminho, o cansaço; o olhar e os passos medidos em tempo produtivo, que aqui se impõe sem que disso as pessoas se deem conta. Não cabem passos lentos, olhares perdidos. O lazer produz a mesma rotina massacrante, controlada e vigiada que o trabalho.
    Como indústria, o turismo não parece criar a perspectiva do lazer como possibilidade de superação das alienações do cotidiano. Só a viagem como descoberta, busca do novo, abre a perspectiva de recomposição do passo do flâneur, daquele que se perde e que, por isso, observa. Walter Benjamin lembra que "saber orientar-se em uma cidade não significa muito. No entanto, perder-se numa cidade, como alguém se perde numa floresta, requer instrução".
    (Adaptado de Ana Fani Alessandri Carlos. Disponível em: http://www.cefetsp.br/edu/eso/lourdes/turismoproducaonaolugar.html)
Atente para o que se afirma abaixo. I. Num autêntico tour de force consentido, pouco espaço é destinado à criatividade. Sem prejuízo da correção, o sinal indicativo de crase deve ser suprimido, caso o termo “criatividade” seja substituído por “inovar”. II. Sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, o verbo “produzir” pode ser flexionado indiferentemente no singular ou no plural, sem prejuízo da correção, em: Mas também se produzem modos de apropriação dos lugares. III. A frase Os pacotes turísticos tratam o turista como mero consumidor não admite transposição para a voz passiva. Está correto o que se afirma APENAS em
Alternativas
Respostas
5161: B
5162: E
5163: A
5164: C
5165: D
5166: B
5167: E
5168: B
5169: A
5170: B
5171: C
5172: C
5173: D
5174: A
5175: E
5176: D
5177: A
5178: B
5179: D
5180: C