Questões de Concurso
Sobre crase em português
Foram encontradas 6.752 questões
Compete ______Secretaria Escolar arquivar os documentos de alunos ativos e egressos, que já deixaram _______ escola. Além disso, a Secretaria presta auxílio _______ Direção com ________ expedição de documentos.
As cidades constituem-se como o maior artefato da cultura. E, justamente, se opõem à natureza. Qualquer condição urbana é um intervento sobre as condições naturais, o que desequilibra o status quo.
O convívio é algo necessariamente conflituoso, tenso, perigoso. E, como não temos o controle sobre a natureza, precisamos trabalhar com o imponderável e revesti-lo de cuidados compatíveis com as possibilidades do universo em convivência.
A ocupação das margens de rios é um modelo convencional na produção urbana. Todas as culturas o fizeram. Muitas cidades já sofreram com enchentes - e mesmo assim se mantiveram no mesmo lugar. É que razões mais determinantes foram escolhidas.
Também a ocupação de encostas e de morros é outro modelo universal. Mas há encostas firmes, há encostas frágeis. Há encostas que rompem sem ação antrópica e outras onde é a ação do homem que causa a derrubada.
No entanto, as cidades vitoriosas foram aquelas que souberam ajustar suas razões às da natureza. Mas, para o fazerem, planejaram, escolheram, construíram sistemas próprios, capazes de alcançar um patamar de confiança e conforto em que pudessem superar as incertezas do meio.
O Rio de Janeiro é uma cidade que tem aprendido. Das tragédias da década de 60, emergiu o serviço de geotecnia extremamente bem-sucedido da GeoRio. Nesses 40 anos, a cidade tem investido poderosamente na contenção de encostas e na eliminação de risco.
O Rio também tem investido na proteção a famílias em risco. É claro que não é simples, considerando-se que a falta de política habitacional é uma realidade no nosso país. Mas é considerável o esforço do município no reassentamento de famílias, pelo menos desde a década de 90, através do programa Morar Sem Risco.
O monitoramento das condições meteorológicas é outro trabalho importante que obviamente não previne as chuvas, mas pode ser útil na prevenção do dano. Monitorar e informar, alertar as famílias em risco, é tarefa complexa, de grande exigência tecnológica, que hoje já pode ser feita com bom resultado.
Agora, ante a dor, a melhor resposta será a busca da cooperação.
(Sérgio Magalhães - O Globo, 16/01/2011- disponível em: http://www.cidadeinteira.blogspot.com/ - fragmento)
A crase, marcada pelo acento grave, é indispensável no segmento “ajustar suas razões às da natureza." Também se torna obrigatório o uso do acento grave em:
Adolescentes de países asiáticos estão usando aparelhos
ortodônticos de mentira - novidade pode trazer riscos
à saúde
Quem já usou aparelho nos dentes sabe: a definição de felicidade é o dia em que seu dentista arranca aquilo definitivamente da sua boca. Pois é: mais uma verdade absoluta que cai. Crianças da Tailândia, Indonésia e China estão usando aparelhos falsos para (pelo menos supostamente) ficar com o visual mais bonito.
Mais do que um item fashion, trata-se de um item de status. Aparelhos são caros e, para os adolescentes de lá, utilizá-los tem a mesma importância que desfilar com um carrão importado no mundo (supostamente) adulto. Um aparelho real custa em torno de 1.200 dólares - o falso sai por menos de 10% disso, chegando a custar US$ 100. Quem quer ficar por dentro da mais nova tendência foshion- bizorro deve ir a um salão de beleza ou então comprar o kit de montagem e fazer tudo por conta própria.
Mas essa nova onda pode ter conseqüências bastante sérias. Uma tailandesa de 17 anos contraiu uma infecção na tiroide e acabou tendo uma parada cardíaca fatal. Outra garota, de apenas 14 anos, morreu depois de comprar 0 produto de uma loja ilegal. Estudos mostraram que a composição do produto leva chumbo, 0 que fez com que eles fossem proibidos na Tailândia, fato que só aumentou o interesse em torno da coisa. Agora os jovens se apropriaram do aparelho falso como um símbolo de resistência, parte de uma cultura de gangs de jovens que andam de moto nas grandes cidades. Talvez o problema seja ainda mais grave na Indonésia: lá, 0 uso é liberado e alguns adultos estão começando a aderir à moda.
(revistagalileu.globo.com)
I. Aderir à moda do falso aparelho.
II. Aderir á ela.
III. Aderir á ele.
Tendo em mente a coerência em relação ao contexto e o respeito às regras do acento indicativo de crase, pode-se considerar a adequação de:
I Fui _____ França este ano.
II Viajarei _____ catorze horas.
III Voltamos _____ contemplar a lua.
[...]
Fui ao presídio feminino Nelson Hungria, convidado para dar uma pequena palestra sobre o livro e a liberdade. Uma biblioteca breve e bem escolhida foi a primeira surpresa, além das cores com que as alunas pintaram a escola da unidade. Depois, todos aqueles olhos, atravessados por uma fome de mudança, rostos variados, tantos, boa parte dos quais cheios de comoção. Olhos em que brilha a obstinada luz do “ainda-não”, que as faz seguir em frente, com a geografia particular de seus afetos. Chamam-se Marisa, Teresa, Maria. Mas que importam os nomes? Não quiseram saber de meu passado e eu tampouco me interessei pelo passado daquelas senhoras. Como disse Agostinho, o passado deixou de ser e o futuro não veio. Portanto, só há presente. E estávamos ali convocados pela duríssima beleza do agora.
Lembrei a todas que sonhamos de olhos abertos, sobretudo de olhos abertos, como disse Ernst Bloch, e que o presente só faz sentido através da construção que se faça da matéria viscosa dos sonhos, do tempo que virá por antecipação. Disse-lhes que eram noivas de um belo e atraente senhor, a quem deveriam fazer a corte e conquistar com arrebatada decisão: o futuro. E tentamos avançar nessa direção.
As perguntas nos aproximaram, quebrando um mundo aparentemente dividido, nas malhas processuais ou nas franjas do Código Penal. Somos a mesma porção de humanidade, regidos pela poética do encontro e da boa vontade. Eu indagava silencioso se a Justiça terá olhos suficientes para alcançar essas moças e senhoras, que ainda me emocionam de tal modo que até o momento não sei definir o que vivi. Mas será mesmo preciso definir o que quer que fosse nessa esfera?
Fui almoçar depois com a diretora e as agentes penitenciárias. As cozinheiras são “moradoras” que preparam os pratos com suas próprias mãos. A fome silenciosa de justiça, no silêncio e no trabalho. Penso nas minhas mãos e nas suas, leitor. Penso nas mãos dos juízes e nas de nossas mães. Porque sem compaixão não há justiça.
Marco Lucchesi, publicado em O Globo, 27/11/13 - fragmento adaptado
disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/fome-de-justica-
10891521#ixzz2oNk31UbC
Sobre o fragmento em destaque, é correto afirmar:
(Adaptado de: MESTIERI, Gabriel. Disponível em: entretenimento.uol.com.bre CHAIA, Miguel. Disponível em: institutotomieohtake.org.br)
Atente para as afirmativas abaixo.
I. No segmento para aprofundar questões referentes à sincronicidade entre arte e ciência, o sinal indicativo de crase deverá ser suprimido caso se substitua o elemento sublinhado por “sincronização".
II. Sem prejuízo para a correção e o sentido, o sinal de travessão pode ser substituído por dois-pontos no segmento “usufruir uma obra de Tomie Ohtake propicia uma dupla experiência – incita a reflexão...
III. O segmento sublinhado em que para a sua elaboração prescinde da intencionalidade pode ser isolado por vírgulas, sem prejuízo da correção.
Está correto o que se afirma APENAS em
A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de espécies ameaçadas e representa muito mais do que um simples depósito de carbono. Evoluída nos últimos 50 milhões de anos, a floresta amazônica é o maior parque tecnológico que a Terra já conheceu, porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de miniaturização e automação. Qualquer apelo que se faça pela valorização da floresta precisa recuperar esse valor intrínseco.
Cada nova iniciativa em defesa da floresta tem trilhado os mesmos caminhos e pressionado as mesmas teclas. Neste comportamento, identificamos o que Einstein definiu como a própria insanidade: “fazer a mesma coisa, de novo, esperando resultados diferentes".
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a harmonização dos interesses da sociedade contemporânea com uma Amazônia viva e vigorosa. Para chegarmos lá, é preciso compenetração, modéstia, dedicação e compromisso com a vida. Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência à ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a reconstrução ecológica da floresta. Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados da resiliente biologia tropical e, com isso, ir muito além de compreender seus mecanismos.
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita os excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.
(Adaptado de: NOBRE, Antônio Donato.O Futuro Climático da Amazônia.
Disponível em: www.ccst.inpe.br)
Idem, ibidem.
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do fragmento de texto acima, julgue o item que se segue.
O acento indicativo de crase em “às injunções” ( l.12) justifica-se pela regência de “independência” ( l.11), que exige complemento regido pela preposição “a”, e pela presença de artigo definido feminino plural antes de “injunções”.
Julgue o item a seguir, relativo à tipologia e aos aspectos linguísticos do texto acima.
Estaria também correto o emprego de sinal indicativo de crase em “a cada” (l. 4 e 5).
Mario Quintana faz referência