Questões de Português - Crase para Concurso

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Q2422331 Português

Como o uso da bicicleta pode transformar as cidades


asd“Toda semana a gente se reunia em uma pedalada para tomar as ruas da cidade, exigindo que o poder público prestasse atenção em nós, deixasse de investir tanto na mobilidade para carros e passasse a priorizar as bicicletas”. O discurso pode soar como se fosse de um jovem cicloativista, mas foi feito por um planejador urbano que hoje já beira os 80 anos. A cidade - Copenhague, na Dinamarca - onde Jan Gehl precisou brigar por melhores condições para pedalar, não está nem perto do topo no ranking de piores trânsitos do mundo.

asdA capital dinamarquesa disputa com Amsterdã, na Holanda, o posto de melhor cidade para pedalar no mundo. Não por acaso, as duas também sempre aparecem entre as vencedoras dos estudos de melhores cidades para se viver no mundo. “Há uma relação entre cidades seguras e convidativas para pedalar e a qualidade de vida de quem mora nelas”, afirma Jan Gehl. Segundo ele, quando a bicicleta é usada por uma considerável parte da população como meio de transporte, a cidade fica mais silenciosa, menos poluída, os tempos de deslocamento diminuem e os gastos com saúde pública são menores.

asd“Copenhague e Amsterdã são casos especiais, pois havia, nas duas cidades, uma enorme quantidade de ciclistas nos anos 30”, conta Jeff Risom, urbanista novaiorquino que hoje trabalha no Gehl Architects, na capital dinamarquesa. “Mas, ____ partir da década de 1950, as bicicletas praticamente desapareceram das vias, e as cidades foram pouco ____ pouco sendo tomadas pelos carros”, conta ele. Com a indústria automobilística despontando e a produção em alta escala de carros, o planejamento urbano passou a se guiar por essa máquina, e as cidades foram sendo construídas e adaptadas para serem percorridas em alta velocidade.

asdQualquer iniciativa contrária ao avanço automobilístico era taxada de retrógrada. Não é à toa que, em 1961, a manchete do The Copenhagen Post tenha sido “Não somos italianos, mas sim dinamarqueses, e precisamos dos nossos carros!”. Depois de 50 anos, após a construção de ruas para pedestres em Copenhagen, em 2012, a manchete do The Copenhagen Post era “Strøget: 50 anos de efervescência no maior complexo de ruas de pedestres da Europa”.

super.abril.com.br ... - adaptado.

Assinalar a alternativa que preenche as lacunas do texto CORRETAMENTE

Alternativas
Q2421962 Português

Olhos d’água (Fragmento)


Sendo a primeira de sete filhas, desde cedo, busquei dar conta de minhas próprias dificuldades, cresci rápido, passando por uma breve adolescência. Sempre ao lado de minha mãe aprendi conhecê-la. Decifrava o seu silêncio nas horas de dificuldades, como também sabia reconhecer em seus gestos, prenúncios de possíveis alegrias. Naquele momento, entretanto, me descobria cheia de culpa, por não recordar de que cor seriam os seus olhos. Eu achava tudo muito estranho, pois me lembrava nitidamente de vários detalhes do corpo dela. Da unha encravada do dedo mindinho do pé esquerdo... Da verruga que se perdia no meio da cabeleira crespa e bela... Um dia, brincando de pentear boneca, alegria que a mãe nos dava quando, deixando por uns momentos o lava-lava, o passa-passa das roupagens alheias, se tornava uma grande boneca negra para as filhas, descobrimos uma bolinha escondida bem no couro cabeludo ela. Pensamos que fosse carrapato. A mãe cochilava e uma de minhas irmãs aflita, querendo livrar a boneca-mãe daquele padecer, puxou rápido o bichinho. A mãe e nós rimos e rimos e rimos de nosso engano. A mãe riu tanto das lágrimas escorrerem. Mas, de que cor eram os olhos dela?

Eu me lembrava também de algumas histórias da infância de minha mãe. Ela havia nascido em um lugar perdido no interior de Minas. Ali, as crianças andavam nuas até bem grandinhas. As meninas, assim que os seios começavam a brotar, ganhavam roupas antes dos meninos. Às vezes, as histórias da infância de minha mãe confundiam-se com as de minha própria infância. Lembro-me de que muitas vezes, quando a mãe cozinhava, da panela subia cheiro algum. Era como se cozinhasse ali, apenas o nosso desesperado desejo de alimento. As labaredas, sob a água solitária que fervia na panela cheia de fome, pareciam debochar do vazio do nosso estômago, ignorando nossas bocas infantis em que as línguas brincavam a salivar sonho de comida. E era justamente nos dias de parco ou nenhum alimento que ela mais brincava com as filhas. Nessas ocasiões a brincadeira preferida era aquela em que a mãe era a Senhora, a Rainha. Ela se assentava em seu trono, um pequeno banquinho de madeira. Felizes colhíamos flores cultivadas em um pequeno pedaço de terra que circundava o nosso barraco. Aquelas flores eram depois solenemente distribuídas por seus cabelos, braços e colo. E diante dela fazíamos reverências à Senhora. Postávamos deitadas no chão e batíamos cabeça para a Rainha. Nós, princesas, em volta dela, cantávamos, dançávamos, sorríamos. A mãe só ria, de uma maneira triste e com um sorriso molhado... Mas de que cor eram os olhos de minha mãe? Eu sabia, desde aquela época, que a mãe inventava esse e outros jogos para distrair a nossa fome. E a nossa fome se distraía.

Conceição Evaristo (Olhos d’água, p. 15-19)

Às vezes, as histórias da infância de minha mãe confundiam-se com as de minha própria infância.


Quanto ao uso do sinal indicativo de crase e à acentuação gráfica, assinale a alternativa correta:

Alternativas
Q2421960 Português

Olhos d’água (Fragmento)


Sendo a primeira de sete filhas, desde cedo, busquei dar conta de minhas próprias dificuldades, cresci rápido, passando por uma breve adolescência. Sempre ao lado de minha mãe aprendi conhecê-la. Decifrava o seu silêncio nas horas de dificuldades, como também sabia reconhecer em seus gestos, prenúncios de possíveis alegrias. Naquele momento, entretanto, me descobria cheia de culpa, por não recordar de que cor seriam os seus olhos. Eu achava tudo muito estranho, pois me lembrava nitidamente de vários detalhes do corpo dela. Da unha encravada do dedo mindinho do pé esquerdo... Da verruga que se perdia no meio da cabeleira crespa e bela... Um dia, brincando de pentear boneca, alegria que a mãe nos dava quando, deixando por uns momentos o lava-lava, o passa-passa das roupagens alheias, se tornava uma grande boneca negra para as filhas, descobrimos uma bolinha escondida bem no couro cabeludo ela. Pensamos que fosse carrapato. A mãe cochilava e uma de minhas irmãs aflita, querendo livrar a boneca-mãe daquele padecer, puxou rápido o bichinho. A mãe e nós rimos e rimos e rimos de nosso engano. A mãe riu tanto das lágrimas escorrerem. Mas, de que cor eram os olhos dela?

Eu me lembrava também de algumas histórias da infância de minha mãe. Ela havia nascido em um lugar perdido no interior de Minas. Ali, as crianças andavam nuas até bem grandinhas. As meninas, assim que os seios começavam a brotar, ganhavam roupas antes dos meninos. Às vezes, as histórias da infância de minha mãe confundiam-se com as de minha própria infância. Lembro-me de que muitas vezes, quando a mãe cozinhava, da panela subia cheiro algum. Era como se cozinhasse ali, apenas o nosso desesperado desejo de alimento. As labaredas, sob a água solitária que fervia na panela cheia de fome, pareciam debochar do vazio do nosso estômago, ignorando nossas bocas infantis em que as línguas brincavam a salivar sonho de comida. E era justamente nos dias de parco ou nenhum alimento que ela mais brincava com as filhas. Nessas ocasiões a brincadeira preferida era aquela em que a mãe era a Senhora, a Rainha. Ela se assentava em seu trono, um pequeno banquinho de madeira. Felizes colhíamos flores cultivadas em um pequeno pedaço de terra que circundava o nosso barraco. Aquelas flores eram depois solenemente distribuídas por seus cabelos, braços e colo. E diante dela fazíamos reverências à Senhora. Postávamos deitadas no chão e batíamos cabeça para a Rainha. Nós, princesas, em volta dela, cantávamos, dançávamos, sorríamos. A mãe só ria, de uma maneira triste e com um sorriso molhado... Mas de que cor eram os olhos de minha mãe? Eu sabia, desde aquela época, que a mãe inventava esse e outros jogos para distrair a nossa fome. E a nossa fome se distraía.

Conceição Evaristo (Olhos d’água, p. 15-19)

"E diante dela fazíamos reverências à Senhora".

O sinal indicativo de crase foi empregado, seguindo a mesma regra da oração, acima, em:

Alternativas
Q2420551 Português

LEIA O TEXTO 01 E RESPONDA AS QUESTÕES DE 01 A 07.


Como manter a saúde emocional no ambiente de trabalho?


Quando falamos sobre saúde, as pessoas logo pensam em sua saúde física, porém, ela não é a única com a qual devemos nos preocupar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde se divide em física, mental e social e ser saudável é manter o equilíbrio entre essas três áreas. A saúde emocional integra a área mental da saúde e mantê-la pode se tornar um desafio.

Costumamos nos preocupar com as situações externas a nós, enxergando o que há de errado com o mundo e deixamos de olhar para o nosso interior. Nossos sentimentos, desejos e frustrações são deixados em segundo plano.

Poucos têm a habilidade de perceber que há algo errado consigo mesmo e isso afeta nossa saúde emocional. Quando deixamos de dar atenção às emoções nós adoecemos e isso pode ser visto em suas atitudes, que não passam de reflexos dos nossos pensamentos.

Um profissional emocionalmente doente não é capaz de controlar suas emoções e de enxergar o que o cerca e a si próprio, tonando-se muitas vezes frustrado e incapaz de resolver problemas que possam surgir.

As empresas buscam pessoas que saibam lidar com as suas emoções e com os imprevistos comuns a qualquer cargo e isso só é possível quando se está emocionalmente saudável. Uma mente sã lhe permite analisar e resolver problemas de maneira global, aumentando assim sua produtividade e, consequentemente, o desempenho da empresa.


[Adaptado]Blog Menthes. Como manter a saúde emocional no ambiente de trabalho? Disponível em:

<https://menthes.com.br/como-manter-saude-emocional-no-ambiente-de-trabalho/>. Acesso em: 20 abr. 2020

Em relação ao uso de crase, identifique a oração em que o emprego de à está correto.

Alternativas
Q2420301 Português

No que tange ao emprego do acento indicativo de crase, avalie as afirmações seguintes relativas às regras que determinam seu uso:


I. O acento indicador de crase só tem cabimento diante de palavras femininas determinadas pelo artigo definido a ou as e subordinadas a termos que exijam o uso da preposição a.

II. Geralmente, acentuam-se o a ou as de locuções adverbiais, prepositivas, conjuntivas, quando formadas de substantivos femininos.

III. Nas locuções formadas com a repetição da mesma palavra, somente ocorre crase quando esses vocábulos forem femininos.

IV. Diante das palavras terra, casa e distância, não ocorre crase em nenhuma circunstância.


Quais estão corretas?

Alternativas
Respostas
256: B
257: C
258: C
259: C
260: A