Questões de Concurso
Comentadas sobre denotação e conotação em português
Foram encontradas 505 questões
Coluna I.
A- Denotação. B- Conotação. C- Figuras de linguagem. D- Figuras de palavras. E- Figuras de pensamento. F- Figuras sintáticas. G- Figuras fonéticas.
Coluna II.
(1) São recursos expressivos que se encontram na combinação das palavras, quando o conteúdo da frase expressa um jogo de conceitos. (2) São recursos expressivos que se revelam pelo modo não convencional com que as palavras são trabalhadas. (3) É o emprego da palavra fora do seu sentido normal: a ela é atribuído um significado novo, um sentido figurado. Ele é criado pelas circunstâncias, pelo contexto em que se encontra a palavra. é um tipo de emprego em que ela (a palavra) fica sujeita a mais de uma interpretação. Ela é própria da linguagem literária, porque os textos literários expressam o imaginário do autor, uma realidade criada por ele, fictícia. O objetivo do autor é puramente estético, artístico; ela é também muito usada na linguagem falada. (4) São recursos expressivos que se obtêm quando as palavras adquirem um sentido novo, diferente do convencional. (5) É o emprego da palavra no seu sentido usual. O significado usual, ou convencional da palavra, é o primeiro informado no dicionário. É um tipo de emprego em que a palavra fica sujeita a apenas uma interpretação. Ela é própria da linguagem informativa, científica, ou técnica, porque os textos dessa natureza exigem informações claras, objetivas, exatas. (6) São recursos expressivos que se mostram nos aspectos sonoros das palavras. (7) São recursos expressivos que se encontram na organização não convencional, ou usual, dos termos na frase.
Leandro Sarmatz. Antonio Candido o mestre do Brasil. Internet: <super.abril.com.br>.
Tendo o texto precedente como referência inicial, assinale a opção correta.
O BALLET DA ORTOGRAFIA Às vezes quero dizer que saí e mandam botar acento no "i", porque se tirar o acento, quem sai não sou eu, é o outro - e é aí que está a diferença. Falam-me em ditongos, em hiatos, em dissílabos e proparoxítonas - palavras que me trazem amargas recordações de uma infância cheia de zeros. Quando vou a uma festa, nunca sei se devo dançar com "ç" ou com "s". Só depois dos primeiros passos é que percebo que quem dansa com "s" não sabe dançar. (...) (Leon Eliachar)
Prever para prover
Ricardo Essinger
Presidente da Fiepe
Ano passado, economistas e futurólogos faziam previsões otimistas do que estava por vir. O respeitado Ipea, por exemplo, indicava aceleração de crescimento do PIB, em 2,3%. Entretanto, ninguém previu a tragédia que vem se abatendo sobre a humanidade, ceifando vidas, tolhendo o esforço dos empreendedores, aqui e em todo o mundo. Em 2021, não deve ser muito diferente. A recessão global vai continuar e a extrema cautela deve prosperar entre investidores internos e externos. Cabe, portanto, a todos os nossos segmentos produtivos, trabalhar ativamente para superar as perdas e danos. É exatamente essa a atitude que está sendo tomada pela indústria pernambucana e, nesse contexto, o Sistema Fiepe vem participando, particularmente, no atendimento à crescente demanda tecnológica, que gera um avanço indispensável para se reinventar produtos e serviços. Assim, o Sistema Fiepe oferece cursos profissionalizantes, nas modalidades de ensino a distância ou presencial com segurança, para garantir a competitividade das empresas do estado.
A boa notícia é que a produção industrial de Pernambuco voltou a crescer. Em julho deste ano, se comparado ao ano anterior, o aumento foi de 17%, levando o estado a ter o maior crescimento entre as 14 federações pesquisadas. O resultado também foi superior à média nacional (-3,0%) e à do Nordeste (0,9%), em julho de 2020.
Os números podem oscilar neste final de ano, mas vários fatores contribuíram para esses resultados positivos alcançados em Pernambuco. O papel agregador que o Sistema Fiepe vem fazendo há anos, integrando sindicatos e pequenas e grandes empresas; e a formação de profissionais altamente qualificados, pelo Senai, tiveram participação relevante. Por isso, a satisfação dos clientes dos nossos serviços de tecnologia e inovação (consultorias, laboratórios etc.) tem 85% de aprovação; e a preferência das indústrias pelos concluintes dos cursos técnicos do Senai atinge o extraordinário índice de 100%.
O Sesi matriculou mais de 6,6 mil alunos nos cursos básicos, em Pernambuco, sendo um quarto deles, ou 1.530, de forma gratuita, mantendo os cuidados ampliados com a saúde, com foco nos cuidados preventivos com a pandemia. Saúde e economia devem seguir vencendo os desafios, saindo desta crise com a certeza de que todos os setores do desenvolvimento devem atuar em permanente sintonia.
Tudo isso vai contribuir para enfrentar a gravidade do momento. Vamos trabalhar para a superação. Senai, Sesi e IEL formam o triângulo de atuação da Fiepe, e o número de vagas deve permanecer o mesmo em 2021. Estamos trabalhando e muito para isso. Vamos prever para prover.
(Adaptado. Revisão linguística. Disponível em: https://bit.ly/3mqoNw1. Acesso em 20 nov. 2020)
Leia o texto 'Prever para prover' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Apesar de ser um artigo de opinião, o autor se utiliza de uma linguagem conotativa em alguns excertos, valendo-se da metonímia: “tolhendo o esforço dos empreendedores.” e “Os números podem oscilar neste final de ano”.
II. No último parágrafo do texto, as palavras “contribuir”, “enfrentar”, “gravidade” e “momento” são formadas, respectivamente, do seguinte modo: por prefixação; parassíntese; prefixação e sufixação; sufixação.
III. Nos trechos “Em 2021, não deve ser muito diferente” e “Cabe, portanto, a todos os nossos segmentos produtivos...”, as vírgulas foram usadas pelo mesmo motivo que nos enunciados a seguir, respectivamente: I. O médico, em seu último relatório, analisou amplamente o caso; II. É, pois, imprescindível que sejam tomadas todas as medidas.
Marque a alternativa CORRETA:
Leia o texto a seguir e responda à questão.
O piadista do Vaticano
Poggio Bracciolini redescobriu em documentos antigos a arte de contar piadas e virou o comediante da Renascença
Álvaro Oppermann
Um italiano chega a um mosteiro alemão e pergunta: "Vocês têm livro de humor grego?" Parece anedota, mas situações como essa eram comuns para Gian Francesco Poggio Bracciolini (1380-1459). Secretário de 8 papas, o funcionário graduado do Vaticano aproveitava as viagens de trabalho para praticar seu hobby: vasculhar bibliotecas. Entre pilhas de manuscritos em decomposição, Poggio localizou e copiou valiosas obras de gregos e romanos perdidas havia séculos. Mas seu grande achado foi uma coleção de piadas.
No século 15, elas eram mesmo item de colecionador. Abundantes e populares até o fim da Antiguidade - o autor romano Suetônio menciona 150 coletâneas à disposição de seus contemporâneos -, foram sendo banidas e esquecidas, vítimas da moral do cristianismo medieval.
Daí a alegria de Poggio quando encontrou, em um mosteiro no sul da Alemanha, o lendário Philogelos ("Amante do Riso"), uma antologia de humor grego do século 4. Seus contos de escatologia, adultério e burrice, que hoje eliminariam humoristas do Show do Tom, eram flashbacks hilariantes para a sombria Europa medieval. "Com a divulgação do Philogelos, a piada nasceu de novo, e Poggio foi o seu parteiro", escreveu seu biógrafo, William Sheperd, ele mesmo um precursor do humor involuntário.
Em 1451, aos 70 anos, Poggio finalmente publicou sua própria obra humorística. O Liber Facetiarum ("Livro da Jocosidade"), ou apenas Facetiae, era uma coleção em latim de 273 anedotas, a primeira desde o Império Romano. Piadas hoje meio chochas ("Como eu quero que o barbeiro corte meu cabelo? Em silêncio!" ou "A esposa convidou o marido para jantar ou fazer amor... e não tinha comida em casa!") tornaram seu autor a sensação nas cortes italianas.
[ ...]
O piadista do Vaticano morreu em Florença e virou estátua de Donatello. A imagem de Poggio ficou na frente do famoso Duomo até 1569, quando foi parar no topo da fachada da catedral, "reciclada" como um dos 12 apóstolos. Poggio, crítico dos pecados da Igreja, certamente acharia graça na canonização.
Revista SuperInteressante. Edição 263. Março de 2009. Disponível em:<http://super.abril.com.br/cultura/piadistavaticano-616655.shtml>. Acesso em: 19 de abril de 2012. (texto adaptado)
" Nunca esquecerei aquela noite..."
A noite, de Elie Wiesel, é um dos mais
populares relatos da barbárie nazista
HELIO GUROVITZ
10/07/2016 - 10h00 - Atualizado 10/07/2016 10h00
Diante dos limites da linguagem para lidar com o horror, vários escritores sobreviventes do nazismo escolheram o suicídio. O poeta Paul Célan se lançou no Rio Sena. O psicólogo Bruno Bettelheim se asfixiou com um saco plástico. O escritor Primo Levi morreu ao cair – não por acidente, segundo a polícia – da escadaria de seu prédio em Turim. Elie Wiesel não. Morreu de causas naturais aos 87 anos, na semana passada. Mas não foi indiferente ao tormento. Consumido pela culpa de não ter salvado o pai no campo de Buchenwald, ficou anos em silêncio. Foi o escritor francês François Mauriac quem o convenceu a escrever. “Aquele olhar, como de um Lázaro levantado dos mortos, mas ainda prisioneiro nos confins sombrios por onde vagara, tropeçando entre os cadáveres da vergonha”, escreveu Mauriac sobre o primeiro encontro com Wiesel. “E eu, que acredito que Deus é amor, que resposta poderia dar ao jovem questionador, cujos olhos escuros ainda traziam o reflexo daquela tristeza angélica (…)?” Depois da conversa com Mauriac, Wiesel escreveu, compulsivamente, algo como 800 páginas em iídiche, idioma materno seu e da maioria dos judeus exterminados. O livro resultante, Un di velt hot geshvign (E o mundo silenciou), não saiu na íntegra. Com uma fração do tamanho original, foi publicado em francês em 1958, sob o título La nuit (A noite).
A noite, de Elie Wiesel é o livro da semana
Entre as quase 60 obras que Wiesel produziu, A noite é a mais conhecida. Tornou-se um dos mais populares relatos da barbárie nazista, ao lado do Diário de Anne Frank e de É isso um homem?, de Primo Levi. Não fez sucesso no lançamento, nem mesmo depois de traduzido para o inglês, em 1960. Foi conquistando o público nos anos 1960 e 1970. Em 2006, voltou à lista de mais vendidos, escolhido pelo clube do livro da apresentadora Oprah Winfrey. A noite foi escrito com alta carga de sentimento – mas não é sentimental. Muito menos piegas. Não tem um olhar religioso ou vingativo. É tão somente um testemunho e, por isso mesmo, mais contundente. Narra o encontro de Wiesel, aos 15 anos, com o mal na forma mais absoluta. Do momento em que sua família é arrancada de casa até o instante em que, libertado de Buchenwald, ele enfim olha no espelho pela primeira vez em meses. “Das profundezas do espelho, um cadáver olhou de volta para mim”, diz. “O olhar nos seus olhos, enquanto olhavam os meus, nunca me deixou.”
Dos quatro filhos da família Wiesel, Eliezer era o único menino. Na aldeia judaica de Sighet, passa seu tempo entre estudos rabínicos e as conversas com o zelador da sinagoga, que lhe dá acesso ao estudo da cabala, então proibido a quem tivesse menos de 30 anos. O zelador some, levado pelos nazistas. Por milagre, escapa dos campos e volta à aldeia, onde relata o extermínio. Ninguém acredita nele. Pensam que está louco. Pouco depois, os alemães segregam os judeus em dois guetos. A família Wiesel embarca então no trem da morte. Ao chegar ao complexo de Auschwitz Birkenau, na Polônia ocupada, a mãe e a irmã de 7 anos são separadas. As duas vão direto para as câmaras de gás (outras duas irmãs se salvariam). Pai e filho escapam, na seleção comandada pelo facínora Josef Mengele. São enviados ao campo de trabalho de Buna, onde sobrevivem a uma rotina de fome, tortura, doença e escravidão. Com a aproximação das tropas soviéticas, são levados numa marcha forçada de centenas de quilômetros. A maioria morre de exaustão. Na chegada a Buchenwald, o pai de Wiesel está doente, à beira da morte. O filho faz de tudo para tentar acudi-lo. Também exausto, acaba por largá-lo. Na noite fatídica, 29 de janeiro de 1945, Shlomo Wiesel é levado ao forno crematório.
Dez anos se passariam até que Elie entendesse a única coisa que poderia dar sentido a sua vida depois: prestar testemunho; manter viva a memória. Silêncio e indiferença diante do mal, dizia, são um pecado maior. Sua voz se tornou, desde então, “a consciência da humanidade” e se fez ouvir por toda parte onde os mesmos crimes voltavam a ser cometidos – da Bósnia ao Camboja, de Ruanda a Darfur. Era a mesma voz daquele menino que, diante do mal absoluto, soube encontrar as palavras mais belas e pungentes: “Nunca esquecerei aquela noite, a primeira noite no campo, que transformou minha vida numa longa noite, sete vezes maldita e sete vezes selada. Nunca esquecerei aquela fumaça. Nunca esquecerei os pequenos rostos das crianças, cujos corpos vi tornados em coroas de fumaça sob um céu azul em silêncio. Nunca esquecerei aquelas chamas que consumiram minha fé para sempre. Nunca esquecerei o silêncio noturno que me despojou, por toda a eternidade, do desejo de viver. Nunca esquecerei aqueles momentos que assassinaram meu Deus e minh’alma e transformaram meus sonhos em pó. Nunca esquecerei isso, mesmo que seja condenado a viver tanto quanto o próprio Deus. Nunca”.
Adaptado:
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/heliogurovitz/noticia/2016/07/nunca-esquecerei-aquela-noite.html, acesso em
10 de jul, de 2016.
( ) Conotação é o emprego da palavra com seu significado original. Seu objetivo é informar o receptor da mensagem clara e objetiva. ( ) Denotação é o emprego da palavra com seu significado original. Com objetivo de provocar sentimentos no receptor da mensagem, com diferentes interpretações. ( ) Denotação é o emprego da palavra em seu sentido usual, original e convencional. Seu objetivo é informar o receptor da mensagem de forma clara e objetiva. ( ) Conotação é o emprego da palavra com um significado novo, diferente do original, onde é criada pelo contexto. ( ) Na frase “Camila é um doce de pessoa.”, o termo empregado é Conotativo.
Assinale a alternativa CORRETA:
Leia o texto a seguir para responder à questão.
O que destrói o relacionamento é a falta de respeito
Os relacionamentos chegam ao fim por diversos motivos. Alguns por excesso de ciúmes, outros por exagerados cuidados, outros por falta de respeito.
Muitas vezes abandonamos o barco amando muito, mas a relação sofreu tantos maus-tratos que não há como continuar. Constata-se facilmente que as relações são afetadas pela forma como as pessoas se tratam. É interessante comparar o começo com o fim de um relacionamento. No começo, as pessoas são gentis, educadas e se mostram preocupadas com o outro. Mas, com o passar do tempo, desrespeitam o companheiro de forma cruel, como se não houvesse nenhum sentimento entre eles.
No calor das emoções, muitos usam as ofensas como quem usa uma metralhadora com a intenção de matar. E matam mesmo. Matam o respeito, o amor, a vontade de continuar. Alguns relacionamentos, ainda que não levem à morte nem sirvam de reportagem para os noticiários sensacionalistas, deixam marcas profundas na alma das pessoas.
É preciso entender que onde prevalece a dor e a humilhação, não pode haver relacionamento.
(Pamela Camocardi. Disponível em: http://www.asomadetodososafetos.com.
Acesso em: 10.11.2019. Adaptado)
Sobre a estrutura de composição do texto 02, é INCORRETO afirmar que
Na Baixada do Glicério um prédio inacabado foi conquistado por sofás velhos, encerados puídos, cachorros e pessoas vira-latas. Muito perto, o entreposto do Inamps bafeja uma fumaça de remédios vencidos. Filas e filas de receitas médicas encardidas, empunhadas as orações. Gosmentos de vergonha das suas sujeiras, os engenheiros cobrem o Tamanduateí com placas de concreto. Deixarão correr uma autoestrada moderníssima por cima. Os meninos vão rachar a cabeça nessas pistas lisinhas. Quem viver verá na TV.
(São Paulo - Brasil - 1993) (Fernando Bonassi. Passaporte. São Paulo: Cosac & Naify, 2001. p. 94.)
“um prédio inacabado foi conquistado por sofás velhos, encerados puídos, cachorros e pessoas vira-latas” Acerca do trecho acima, assinale a alternativa correta:
I – A expressão em destaque no trecho: “a professora o colocou na "fileira dos burros", foi usada no sentido conotativo. II – Houve um erro de concordância verbal em: “Existem exemplos surpreendentes...”, pois o termo em destaque deveria estar no singular, por se tratar de um verbo impessoal. III – As aspas, no segundo parágrafo do texto, foram usadas com finalidades distintas.
Com base no texto acima, julgue o próximo item.
A palavra “faro” (l.5) está sendo empregada no sentido
figurado ou conotativo e significa, no contexto, instinto,
perspicácia.
![](https://s3.amazonaws.com/qcon-assets-production/images/provas/76454/a5a75ed3ad4b3495b7ea.png)
Leia o texto, para responder à questão.
Após 15 anos do Estatuto do Idoso, desafio é cumprir a lei
Quinze anos após ter sido criada, a principal lei de defesa dos direitos do idoso ainda tem sua aplicação completa como desafio. Em outubro de 2003, quando o chamado Estatuto do Idoso entrou em vigor, 8,5% da população tinha 60 anos ou mais —15 milhões de pessoas. Hoje, esse grupo já representa 13% do total e supera 27 milhões, segundo o IBGE.
O envelhecimento da população não tem sido acompanhado por medidas que garantam todos os direitos desse público, dizem especialistas. A baixa oferta de políticas de cuidado para idosos que precisam de apoio, como os chamados centros-dia, é um dos gargalos apontados. Outros problemas são dificuldade no_________________ saúde,________________abordagem nas escolas sobre__________________idoso e falta de políticas de emprego.
“Existe uma cultura de que envelheceu e acabou: você ganha um pijama, um chinelo e uma poltrona. Queremos mostrar que o idoso continua sendo sujeito de direitos”, diz Delton Pastore, promotor que atua na defesa do idoso no Ministério Público de São Paulo. Para ele, falta integração de serviços ao idoso, como na saúde e na assistência social.
Desde que entrou em vigor, o estatuto já foi alterado em mais de 20 pontos, por 11 leis. Uma das mais recentes, de 2017, deu prioridade especial no atendimento a quem tem a partir de 80 anos.
Pesquisa Datafolha mostra que a maioria dos idosos têm visão pessimista sobre as condições do país: 69% deles avaliam que o Brasil está pior hoje do que na sua juventude. Saúde pública e condições de trabalho têm as piores avaliações.
(Natália Cancian e Laís Alegretti. Disponível em:
<https://www1.folha.uol.com.br>. 10.07.2018. Adaptado)
Leia o texto, para responder à questão.
Cor-de-rosa
O vizinho mandou pintar de cor-de-rosa sua casa, e de azul-claro o beiral e os marcos e folhas das janelas. Esta providência dá margem a algumas divagações, que aqui são transmitidas ao leitor, nosso companheiro.
O ato do vizinho é muito mais importante do que lhe parece a ele. Afirma um sentimento de confiança na civilização mediterrânea, e o propósito de contribuir para que todos nós, residentes ou transeuntes, recuperemos um pouco da beatitude perdida.
Quem pinta hoje sua casa, em vez de negociar-lhe a demolição, cumpre uma cláusula do contrato social, observa a boa lição urbanística e, dentro do rito milenar, satisfaz essa velha tendência do homem a aformosear o quadro de sua existência.
De uns anos para cá as ruas passaram a ser percorridas por elementos suspeitos, que, avaliando em metros quadrados aéreos os terrenos onde se erguem as habitações humanas, logo procuram seus proprietários e lhes propõem botar aquilo no chão.
A aquiescência imediata dos interpelados revela estranha propensão ao suicídio, praticado através da destruição de algo fundamental, como é a casa em que vivemos.
Tendo destruído essa parte do ser, as pessoas transportam os remanescentes para os ossuários erguidos apressadamente no mesmo local, e que se arrumam pelo princípio da superposição de urnas. Aí aguardarão, talvez, até a consumação dos séculos, o dia da ressurreição das casas.
Mas o vizinho reagiu contra essa psicose grupal, e dali sorriem pintadas de rosa as paredes de sua casa.
(Carlos Drummond de Andrade, Fala, amendoeira. Adaptado)
Leia a tira para responder à questão.
Texto V
Pense num nó
Pedro Gravatista era o maior dador de nó de gravata do Brasil. Dava nó até em colarinho de batina. Foi chamado pra engravatar o presidente do Sindicato dos Odontologistas de Minas Gerais, quase fez dele um Tiradentes; e, pra morte federativa, só faltou o pau da forca, a reza e o padre.
O sindicalista (caboco do dentifrício inflamado, faixa negra de doutor) era o maior arrancador de incisivos a bufetes do país, famoso pelo golpe certeiro e profilaxia aplicada. Era um caboco danado, assim dos seus vinte e poucos danos, de nome Antônio Fenomenal.
Pois bem, esse fenomenalzinho pegou o dador de nó pelo nó e deu-lhe um coletivo de bufete, maior do que a Casa do Espancamento.
Sai o gravatista com o talento entre as pernas e diz:
- De hoje em vante, só nó em pingo d’água.
Vocabulário:
Odontologista: dentista
Profilaxia: limpeza
Incisivo: tipo de dente
Do dentifrício inflamado: irritadiço, irascível
QUIRINO, Jessier. Papel de bodega. Recife: Bagaço, 2013, p.107.
Os textos publicitários utilizam, de modo geral, uma linguagem específica para atingir, de forma diferenciada, aos seus propósitos comunicativos. Observe o texto a seguir e indique a alternativa correta.
Chegaram os blocos desodorantes sanitários do Pato Purific. São dois patinhos pra você colocar na lagoa.
(Fonte: Publicidade. Revista Cláudia, jul./1993.
Adaptado)