Questões de Português - Divisão Silábica para Concurso
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Macramê
Ana Lina
Continuava sentada naquela cadeira completamente muda. Muda a cadeira. Muda ela também, rangendo todo aquele silêncio como o seu sapato amarelo apertado. A cadeira, amiga há anos, fora da avó, depois de sua mãe e agora dela passaria para quem? Há anos ela vivia sozinha. Ali, sob os olhos daquela noite de azul em festa, sentada na calçada daquela rua torta e ladeira preguiçosa, debaixo de um poste de luz que poderia se passar facilmente por uma lua para qualquer coração distraído, ela e a cadeira eram surpreendidas pelo tamanho do mundo. Várias pequenas casas ainda não adormecidas; nuvens correndo lentas; folhas suicidas dançando do alto das copas das árvores e gargalhando nos vidros das janelas, nos contornos côncavos do telhado… Uma matilha de vaga-lumes sonâmbulos abanando luz junto aos braços do vento… Sabia todo o tempo solto dentro dela… Sabia a cadeira solta no mundo.
Texto extraído de:
http://autoressaconcursosliterarios.blogspot.com.br/20
13/05/os-20-minicontos-classificados.html
“(...) número que provavelmente subestima os que andam pelas ruas com glicemias elevadas sem ter recebido o diagnóstico.”
Marque a alternativa que apresenta a correta separação silábica das palavras acima sublinhadas.
Leia, com atenção, o texto a seguir, pois a questão é referentes a ele.
DESAFIOS DA MEMÓRIA
Nossa capacidade de "arquivar" informações e resgatá-las quando necessário costuma diminuir com o passar do tempo; alguns hábitos simples, entretanto, ajudam ____ fortalecer a capacidade de recordar.
Em geral, lembrar – seja um compromisso, o rosto de um conhecido, o que o professor ensinou na aula anterior ou a data de aniversário de um amigo – é muito útil. Não por acaso as pessoas se sentem tão ameaçadas quando percebem que a memória começa a lhes pregar peças. O desgaste da capacidade de reter e acessar informações (principalmente as mais recentes) surge ____ medida que o tempo passa, mas pode ser agravada por fatores como noites mal dormidas, alimentação inadequada, falta de concentração e acomodação ao cotidiano. A boa notícia é que algumas atitudes que podem ser incorporadas ____ rotina ajudam a melhorar o desempenho nessa área. Mas é preciso esforço. Como ocorre com a maioria de nossas habilidades, quanto mais as exercitamos mais elas se desenvolvem. Isso vale para os treinos da musculatura, idiomas ou aprendizado de algum instrumento musical. No caso da memória, em especial, é importante desafiar-se ____ buscar novos aprendizados. Se você trabalha em um escritório, uma boa pedida pode ser aulas de dança (ainda que essa atividade lhe pareça distante de seu universo). Se for um dançarino avesso ____ informática, pode aprender ____ lidar com computador; se trabalhar com vendas, o exercício de jogar xadrez será um desafio. Ou seja, ofereça a seu cérebro a possibilidade de se surpreender – e até errar, __________ não? A novidade estimula os circuitos neurais.
Outra providência importante para quem quer exercitar a memória é aprender ____ relaxar. Para a maioria das pessoas é impossível focar a atenção em algo se elas estiverem sob tensão. Um hábito simples, que ajuda a direcionar a concentração para o que queremos, é o famoso "contar até 10": basta prender a respiração por dez segundos e soltá-la lentamente. Também vale lembrar que é contraproducente tentar guardar todos os fatos que acontecem, o melhor é focalizar a atenção e se concentrar naquilo que parece de fato importante, procurando afastar os demais pensamentos.
Dormir também é fundamental para manter a capacidade mnêmica em dia. É durante o sono que as memórias são cultivadas: enquanto algumas vingam, outras se perdem. A construção da memória depende muito desse período em que o cérebro tece a trama da subjetividade e oferece respostas ____ problemas que nos afligem durante a vigília.
Ao contrário do que muitos pensam, o cérebro não descansa durante o sono, mas encontra-se em franca atividade. É nessas horas que as informações coletadas durante a vigília são processadas, selecionadas, gravadas e finalmente transformadas em memória. Dentre as várias funções do sono, o processamento da memória parece ser a única que exige do organismo estar realmente adormecido.
Economizar horas de sono prejudica a cognição: alguns aspectos da consolidação da memória só são acionados quando dormimos mais de seis horas. Quando se passa uma noite em claro, as memórias daquele dia ficam, portanto, comprometidas.
Em seu livro Os sete pecados da memória (The seven sins of memory), Daniel L. Schacter, chefe do Departamento de Psicologia da Universidade Harvard, descreve várias maneiras como esquecemos. Ele chama uma delas de "transitoriedade do pecado". É com essa estratégia que descartamos informações obsoletas - um velho número de telefone ou o que comemos no almoço na terça-feira passada, por exemplo. Assim como recuperar e utilizar uma informação a solidifica na memória, nossa mente também "julga" que é seguro descartar informações que raramente acessamos. O pesquisador diz que deixamos de recordar __________ o cérebro desenvolveu estratégias para eliminar informações irrelevantes ou ultrapassadas. O chamado esquecimento eficiente é, portanto, crucial para haver uma memória funcional. "Quando nos esquecemos de algo útil, significa simplesmente que o sistema de poda está trabalhando um pouco bem demais", diz Schacter.
A memória é urna função inteligente: permite que seres humanos e animais se beneficiem da experiência passada para resolver problemas apresentados pelo meio. Proporciona aos seres vivos diversas aptidões, desde o simples reflexo condicionado até a lembrança de episódios pessoais, e a utilização de regras para a antecipação de eventos. Essa diversidade baseia-se no tripé aquisição, armazenamento e emprego das informações.
Revista Scientific American - por Amanda Nogueira
SAÚDE E LIBERDADE
Victor Ruiz Caballero/The New York Times
A epidemia mundial de obesidade é fenômeno concreto e constitui um desafio para as autoridades sanitárias. O excesso de peso, afinal, está associado a uma série de moléstias graves como diabetes, doenças cardiovasculares e até alguns tipos de câncer.
Diante de uma disparada dos índices de sobrepeso infantil, o governo chileno declarou guerra a alimentos insalubres, impondo mudanças nas embalagens, criando restrições à publicidade e elevando a carga tributária de produtos como os refrigerantes.
A meta se mostra, a princípio, correta. Resta saber se os meios escolhidos são os mais indicados.
Objetivos sociais relevantes não raro se chocam com garantias às liberdades individuais. Seria uma intromissão descabida do Estado na vida privada, por exemplo, proibir todo o consumo de álcool para reduzir as mortes no trânsito.
As regras adotadas no Chile não chegam, obviamente, a tamanha arbitrariedade. Ainda assim, ensejam discussão —o tema também está em pauta no Brasil.
Lá, o governo determinou que as embalagens de alimentos que contenham altos teores de sal, açúcar e gordura tragam alertas para o risco de consumir o produto.
Tais normas de rotulagem parecem corretas, desde que se evite o alarmismo. Empresas não podem se furtar à obrigação de fornecer a melhor informação científica disponível sobre o que comercializam.
Mais controversas são as restrições ao marketing, que já baniram ícones como o tigre Tony, dos cereais açucarados Kellogg's. Neste caso se interfere na liberdade de expressão: se disciplinar a publicidade é razoável, o veto total a determinados conteúdos só se justifica em casos extremos.
Também inspira cautela a ideia de elevar a tributação de artigos muito calóricos, a exemplo do que vários países já fazem com o cigarro e o álcool. Embora defensável, o uso de tal instrumento deve mirar apenas o consumo abusivo —não faria sentido, por exemplo, sobretaxar o pão e o macarrão.
Deve-se levar em conta que, diferentemente do cigarro — uma droga que vicia e prejudica não somente seus usuários como aqueles que os cercam —, alimentos são necessários à vida. Mesmo os que engordam não são inadequados para todos a todo momento.
Cabe ao Estado, sem dúvida, promover hábitos saudáveis. Mas há que preservar ao máximo a liberdade das empresas de atuar e, principalmente, a do cidadão de escolher o que vai ou não comer.
Disponível em: [email protected]
Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti têm explosão
em novo balanço da Saúde
O número de casos de dengue em Minas Gerais, nos três primeiros meses deste ano, supera o mesmo período de 2013, quando ocorreu a pior epidemia já registrada da doença no estado. Enquanto de janeiro a março daquele ano foram 245.304 ocorrências, em igual período de 2016 já são 251.315 registros, de acordo com o Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos Casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG). Foram confirmadas 30 mortes causadas pela doença no estado, uma a mais que no último balanço.
O boletim também aponta uma explosão nos casos de zika, atribuída à mudança no critério de diagnóstico. De 10 casos, conforme boletim divulgado na semana passada, o número saltou para 789. De acordo com critérios do Ministério da Saúde, quando há confirmação da circulação do vírus nos municípios, não é mais necessária a realização de exames laboratoriais, passando a ser considerados para a confirmação do diagnóstico apenas os exames clínicos. O documento também demonstrou que foram confirmados oito casos da febre chikungunya em Belo Horizonte, Santa Vitória, Limeira do Oeste, Nanuque e Água Comprida. A secretaria informa que todos os casos foram importados, uma vez que a infecção ocorreu em estados do Nordeste brasileiro.
O aumento dos casos contrasta com o número de vistoria em residências em Minas. As visitas domiciliares, que estão entre as principais ações para o combate ao Aedes aegypti, estão longe de alcançar a totalidade de imóveis. Das 7,2 milhões de residências no estado, apenas 45,98% foram vistoriadas, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde. O percentual coloca Minas em sétimo lugar no ranking nacional, liderado por Rondônia, onde 62,37% dos imóveis foram vistoriados. Entre as federações do Sudeste, Minas é o melhor colocado ficando à frente de Espírito Santo (40,69%), Rio de Janeiro (37,91%) e São Paulo (33,68%). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, até fevereiro, dos 886 mil imóveis da capital, foram vistoriados 370 mil.
Para tentar reduzir as pendências de casas em que o acesso foi vedado, a Defesa Civil de Belo Horizonte adotou estratégia ostensiva para localizar os proprietários. Como muitos não são encontrados durante o dia, técnicos visitarão as residências, no período noturno, para tentar agendar a visita dos agentes de combate a endemias (ACE). “Estamos fazendo um piloto no Barreiro para identificarmos as dificuldades. O nosso objetivo é diminuir ao máximo o número de pendências”, afirma o coordenador da Defesa Civil de BH, coronel Alexandre Lucas. Cerca de 20% não receberam a visita de agentes ou porque os moradores não estão em casa ou não permitiram a entrada.
Desde que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) decretou estado de emergência em razão da infestação do Aedes aegypti, já foram realizadas 75 ações de entrada forçada em imóveis. De acordo com o município, a partir do Decreto 16.182, de dezembro de 2015, o poder público pôde intensificar as ações intersetoriais no combate ao mosquito.
Além das visitas dos ACEs e agentes comunitários de saúde (ACS), também são realizados mutirões nas regionais. A gerente de Vigilância em Saúde e Informação da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Maria Tereza da Costa, pontuou que este tem sido um ano atípico. Ela lembra que o número de casos começou a aumentar em janeiro. Diante desse quadro de proliferação do vetor, a especialista destaca que uma das principais ações são os mutirões. Até o momento, foram feitos 85 e retiradas 3 mil toneladas de lixo. “Toda semana, são realizados mutirões com visita de uma média de 3 mil residências em cada uma das regionais”, informa.
Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/03/30/interna_gerais,748385/doencastransmitidas-pelo-aedes-aegypti-tem-explosao-em-novo-balanco-d.shtml Acesso em: 09 abr. 2016.
Atente à tirinha abaixo e responda o que se pede:
(Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=charges+sobre+a+falta+d% 27%C3%A1gua&biw=1366&bih=657&tbm=isch&imgil=v-kUsiQBaPDmqM
%253A%253Bi69bC35Wn. Data da consulta: 14/05/2015.).
Leia a frase e observe as palavras sublinhadas:
Em Fraiburgo, a coleta de resíduos destinados ao aterro sanitário municipal é feita de forma seletiva. São usadas a Branquinha e o Azulão, sacolas plásticas de supermercados das cores branca e azul, respectivamente.
Assinale a alternativa que apresenta essas palavras corretamente separadas em sílabas.