Questões de Concurso Sobre emprego do hífen em português

Foram encontradas 886 questões

Q3106985 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

O Drama da Caneta Azul

Primeira aula de Língua Portuguesa do ano. Expectativa de reencontro, novidades e uma pitada de preguiça pós-férias. Mal sabia eu que a professora iria logo de cara nos presentear com um desafio: escrever uma redação sobre as férias. Mas até aí, tudo bem. O que realmente nos pegou de surpresa foi o detalhe anunciado com firmeza: a redação deveria ser feita de caneta. Isso mesmo, caneta!

De repente, o sonho das séries passadas, aquele em que nos libertávamos do lápis, virou realidade. Mas será que era bem isso o que queríamos? Passamos anos achando que lápis era coisa de criança. Aquele apetrecho que nos acompanhava com sua borracha sempre pronta para apagar qualquer erro era, de fato, infantil demais para o nosso novo status de "alunos mais velhos". Só que agora, com a caneta, não havia mais volta atrás. Pensando bem, qualquer erro seria eternizado no papel, e a sensação de liberdade dava lugar a um leve medo.

E então, enquanto a caneta azul começava a deslizar pelo papel e os relatos das férias surgiam meio hesitantes, todos torcíamos para que a professora se desse por satisfeita com essa pequena "tortura". Porque, sinceramente, a última coisa que queríamos era que ela tivesse mais ideias... Vai que a próxima exigência fosse de verdade, e não só uma brincadeira com caneta? Melhor não arriscar.

Autor Desconhecido.


https://www.000dlx.com.br/cronicas-curtas-para-escola-o-drama-da-can eta-azul.PDF
Considerando as regras do Novo Acordo Ortográfico sobre o uso do hífen, assinale a alternativa correta em relação à palavra "pós-férias" presente na frase "Expectativa de reencontro, novidades e uma pitada de preguiça pós-férias":
Alternativas
Q3106279 Português
Para isso, os cientistas juntam um pedacinho do DNA de um microrganismo causador de alguma doença com o DNA de um vegetal.
O vocábulo 'microrganismo' não possui hífen. Identifique a alternativa que apresenta um vocábulo escrito sem hífen INCORRETAMENTE: 
Alternativas
Q3104979 Português
Texto VI


    O bife e o vinho compartilham a mitologia sanguínea. É o coração da carne, e qualquer um que a consuma assimila a força do touro. Obviamente, o prestígio do bife deve-se ao seu estado de semicrueza: nele o sangue é simultaneamente visível, denso, compacto e suscetível de ser cortado: imagina-se logo a ambrosia antiga sob a forma de uma matéria pesada que diminui entre os dentes, de modo a fazer com que se sinta ao mesmo tempo a sua força de origem e a sua plasticidade se expandirem no próprio sangue do homem.

    E assim como o vinho se transforma, para um bom número de intelectuais, em substância mediúnica que os conduz à força original da natureza, do mesmo modo o bife é para eles um alimento de redenção, graças ao qual tornam o seu cerebralismo mais prosaico e conjuram, pelo sangue e a polpa mole, a secura estéril de que são acusados.

    Tal como o vinho, na França, o bife é um elemento básico, mais nacionalizado do que socializado, estando presente em todos os cenários da vida alimentar; participa de todos os ritmos, desde a confortável refeição burguesa ao lanche boêmio do celibatário; é uma alimentação simultaneamente rápida e densa, que realiza a mais perfeita união entre a economia e a eficácia, a mitologia e a plasticidade do seu consumo. Além de tudo isso, é um produto eminentemente francês (é certo que se encontra circunscrito, hoje em dia, pela invasão dos steaks americanos). Sendo nacional, depende da cotação dos valores patrióticos: revigora-os em tempo de guerra, sendo a própria carne do combatente francês, o bem inalienável que só pode passar-se para o inimigo à traição. Associado geralmente às batatas fritas, o bife transmite-lhes o seu renome: elas são nostálgicas e patrióticas como o bife.


Roland Barthes. O bife com batatas fritas. In: Mitologias. 2010, p.79-80 (com adaptações).

Julgue (C ou E) o próximo item, relativos a aspectos linguísticos e ortográficos do texto VI.


A grafia das palavras formadas pelo prefixo semi-, como “semicrueza” e semi-inteiro, por exemplo, obedece à mesma regra ortográfica que define a grafia das palavras formadas pelos prefixos co- e re-, no que se refere ao emprego ou não de hífen.


Alternativas
Q3099523 Português
Feliz por nada

        Geralmente, quando uma pessoa exclama Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.
        Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque alguém o elogiou.
        Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
         Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
         Feliz por nada, nada mesmo?
       Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza.
        “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
      Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma.
     Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
        Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.
        Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.
        Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
        A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
        Ser feliz por nada talvez seja isso.
(MEDEIROS, Martha. Feliz por nada, 2011. Ediora L&PM., 216 p.)
A palavra “bem-intencionado” (13º§) é grafada com hífen, assim como: 
Alternativas
Q3099416 Português
O texto seguinte servirá de base para responder a questão.

Por que furacões e ciclones têm nomes de pessoa — e por que o atual é chamado Milton


Os furacões e ciclones recebem nomes para facilitar a comunicação entre meteorologistas e o público.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) diz que dar nomes aos furacões é a forma mais eficiente de comunicar alertas para a população. Ela também facilita a comunicação marítima sobre tempestades.

"A prática de nomear tempestades (ciclones tropicais) começou anos atrás para ajudar na rápida identificação de tempestades em mensagens de alerta porque nomes são muito mais fáceis de lembrar do que números e termos técnicos", afirma a OMM em seu site.

"Muitos concordam que dar nomes a tempestades facilita que a mídia noticie sobre ciclones tropicais, aumenta o interesse em alertas e aumenta a preparação da comunidade."

Furacões e ciclones recebem nomes depois que atingem ventos constantes de 63 km/h. Apenas os de grande impacto costumam ter seu nome veiculado na imprensa.

Regiões diferentes adotam padrões diferentes.

Segundo a Met Office, a agência meteorológica do Reino Unido, na maioria das regiões, listas alfabéticas pré-determinadas de nomes masculinos e femininos de pessoas são usadas.

Mas, no oeste do Pacífico Norte e no norte do oceano Índico, a maioria dos nomes usados não são de pessoas. Lá, a maioria das tempestades recebem nomes de flores, animais, pássaros, árvores, alimentos ou adjetivos.

Para a região do Caribe e da América do Norte, a Organização Meteorológica Mundial possui seis listas diferentes de nomes, que vão de A a Z.

Os furacões recebem nomes por ordem alfabética, que são dados por ordem cronológica ao longo do ano. O primeiro furacão deste ano foi chamado de Alberto, que começa com a letra "A". O segundo foi chamado de Beryl, o seguinte Chris. E assim por diante.

Muitos sequer tiveram destaque na imprensa. Os mais perigosos até agora foram o Helene — que provocou 255 mortes há duas semanas — e o Milton.

As seis listas de nomes são recicladas a cada ano. Ou seja, em 2030, daqui a seis anos, os furacões voltarão a ser chamados de Alberto, Beryl, Chris, etc. E esses mesmos nomes já foram usados há seis anos atrás, em 2019.

Até 1979, só havia nomes femininos na lista. Mas desde então, há tanto nomes masculinos como femininos.

Quando um furacão ou ciclone é devastador demais e entra para história, seu nome é "aposentado" da lista, e outro nome é escolhido com aquela mesma inicial. É o que aconteceu nos casos das tempestades Mangkhut (Filipinas, 2018), Irma e Maria (Caribe, 2017), Haiyan (Filipinas, 2013), Sandy (EUA, 2012), Katrina (EUA, 2005), Mitch (Honduras, 1998) e Tracy (Darwin, 1974). 

Furacões e ciclones possuem temporadas fixas — que é quando eles costumam acontecer.

No Atlântico Norte e Caribe, essa temporada vai de 1º de junho a 30 de novembro, período em que os nomes da lista são usados. No Pacífico Norte Oriental, a temporada vai de 15 de maio a 30 de novembro. 

Por que 'Milton'?

Mas quem é ou foi Milton? Ou Katrina? 

Antigamente, as tempestades recebiam nomes arbitrário, dados de acordo com as circunstâncias histórica. Por exemplo, uma tempestade no Atlântico em 1842 arrancou o mastro de um barco chamado Antje. Essa tempestade ficou então conhecida como furacão de Antje.

Mas hoje em dia, os nomes não têm mais significado.

Eles são selecionados por serem familiares às pessoas em cada região. A principal função do nome é que ele seja facilmente lembrado pelas pessoas que precisam se preparar para lidar com as tempestades.

Os nomes usados em 2024 para o Atlântico Norte, Golfo do México e Caribe são: Alberto, Beryl, Chris, Debby, Ernesto, Francine, Gordon, Helene, Isaac, Joyce, Kirk, Leslie, Milton, Nadine, Oscar, Patty, Rafael, Sara, Tony, Valerie e William.

Outras regiões não usam nomes como Alberto, Helene e Milton. Ciclones que surgiram no Pacífico Norte Oriental este ano nessa mesma ordem cronológica receberam outros nomes: Aletta, Hector e Miriam.


(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgey0zq2qwwo adaptado)
"Segundo a Met Office, a agência meteorológica do Reino Unido, na maioria das regiões, listas alfabéticas pré-determinadas de nomes masculinos e femininos de pessoas são usadas..."
A justificativa para o hífen na palavra destacada é que:
Alternativas
Q3098781 Português
Senhor do Tempo


Uma suave noite em que ele sentia sua mente pesada como um paiol repleto de fagulhas e arrependimentos. Teria caminhado além, mas o zumbido lhe impunha passos oblíquos e metas incertas. E incerto, parou, estático diante da visão turva e túrbida.

Neste instante se perguntou: então era só isso? Tarde demais para nobres arrependimentos. Teria sido o primeiro a atirar uma pedra, mas agora usava uma coroa de vergonha sentado em seu trono de mentiras.

Como solução, cobriu-se com o manto de uma falsa autossuficiência. E com uma autoridade cínica que só existia em seu mundo imaginário, autoproclamou-se Senhor do Tempo.

Desde então, nunca mais olhou para o passado, mesmo sabendo que ele estava logo ali, bem atrás, ruidoso e salivante, sempre pronto a lhe dar uma chicotada.

Juliano Martinz

https://corrosiva.com.br/cronicas/senhor-do-tempo/
A palavra "autossuficiência", presente no texto, segue as normas do Novo Acordo Ortográfico. Com base nas regras do uso do hífen, qual alternativa abaixo apresenta a forma correta conforme as novas regras?
Alternativas
Q3098725 Português
Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma palavra que é grafada com hífen em razão da mesma regra que justifica o seu uso em “custo-benefício” (linha 24).
Alternativas
Q3097658 Português
Os estagiários

O estagiário é a alma profissional em formação, a adolescência da carreira, caracterizada pela acne no rosto e pela vontade de ser útil e notado.

Ele sequer possui crachá, sequer é visto como um colega. Encontra-se no purgatório entre o presente de estudante e o futuro do mundo adulto das obrigações.

Seu sonho é agradar e ser efetivado. Seu pesadelo é viver com tarefas secundárias e acabar abandonado num canto qualquer do escritório. Isso, quando não é usado indevidamente para mordomias da privacidade, como servir café e água.

Eu passei maus bocados na minha experiência como estagiário de jornalismo da Secretaria de Educação. Ninguém me explicou como mexer nos programas do computador. Acumulei gafes. A mais inesquecível aconteceu logo no segundo dia.

Cheguei ao serviço e percebi uma fila de cumprimentos dos colegas ao diretor, Antonio.

Entrei quietinho na fila, o último do setor a reforçar o cortejo. As pessoas abraçavam o chefe, comovidas. Concluí que ele estava de aniversário. Não conhecia os rituais, mas, preocupado em me enturmar, não desejava permanecer de fora. Ainda me chamariam de "azeite", alegando que fui o único a não o saudar na data festiva.

Quando fiquei frente a frente com Antonio, enchi o pulmão e gritei, com uma alegria um tanto forçada:

— Parabéns! Você merece ser feliz.

Ele me devolveu um olhar estranho, espantado. Achei que apenas não se lembrava de mim e não havia identificado quem eu era no meio da sala.

De modo lacônico, respondeu:

— Obrigado!

Depois descobri que o povo estava dando os pêsames pela morte da sogra.

Fabrício Carpinejar - Texto Adaptado.

https://www.otempo.com.br/opiniao/fabricio-carpinejar/2024/5/31/os-estagiarios
Em relação ao termo "frente a frente" em "Quando fiquei frente a frente com Antonio, enchi o pulmão e gritei, com uma alegria um tanto forçada", analise as afirmações que seguem:

I.A expressão frente a frente, que significa "cara a cara", "face a face", "um diante do outro", deve ser escrita sem hífen e sem crase.
II.Passou a ser escrita sem hífen a partir do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009.
III.O "a" não tem o acento grave, pois não se usa crase em expressões com palavras repetidas.

Está CORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Concórdia - SC Provas: FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Arte - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Ciências - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Educação Especial - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Educação Especial - Intérprete de Libras - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Educação Física - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Educação Infantil - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Ensino Religioso - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Geografia - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - História - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Laboratório de Informática - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Laboratório Pedagógico I - Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Laboratório Pedagógico II - Língua Portuguesa (Anos finais do ensino fundamental) - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Laboratório Pedagógico II - Matemática (Anos finais do ensino fundamental) - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Língua Espanhola - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Língua Inglesa - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Língua Portuguesa - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Literatura Dramatizada - Edital nº 3 | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Concórdia - SC - Professor - Matemática - Edital nº 3 |
Q3094724 Não definido
Assinale a alternativa na qual o uso do hífen está correto em todos os vocábulos.
Alternativas
Q3094059 Português
A reportagem a seguir se refere à questão.

POR QUE AS VACINAS CONTRA MPOX SÓ ESTÃO CHEGANDO AGORA NA ÁFRICA?

REUTERS

25/08/2024 – 11:03

As primeiras 10 mil vacinas para mpox deverão finalmente chegar na semana que vem na África, onde uma nova e perigosa estirpe do vírus – que afeta as pessoas há décadas – está causando um alarme global.
A lenta chegada das vacinas – que já foram disponibilizadas em mais de 70 países fora de África – mostrou que as lições aprendidas com a pandemia da Covid-19 sobre as desigualdades globais nos cuidados de saúde têm demorado a trazer mudanças, disseram autoridades de saúde pública e cientistas.
Entre os obstáculos está a demora da Organização Mundial da Saúde (OMS) em iniciar oficialmente o processo necessário para dar aos países pobres acesso fácil a grandes quantidades de vacinas através de agências internacionais, o que só aconteceu este mês. Autoridades e cientistas disseram à Reuters que isso poderia ter começado anos atrás.
A mpox é uma infecção potencialmente mortal que causa sintomas semelhantes aos da gripe, além de lesões com pus que se espalham por contato físico. Em 14 de agosto, a OMS declarou a mpox uma emergência de saúde global depois que a nova cepa, conhecida como clado Ib, começou a se proliferar da República Democrática do Congo para os países africanos vizinhos.
Em resposta às perguntas da Reuters sobre os atrasos na distribuição da vacina, a agência de saúde da ONU disse na sexta-feira que iria flexibilizar alguns dos seus procedimentos neste caso, num esforço para acelerar o acesso dos países pobres às vacinas mpox.A compra direta de vacinas caras é inviável para muitos países de baixa renda. Existem duas injeções principais de mpox, feitas pela Bavarian Nordic, da Dinamarca, e pela KM Biologics, do Japão. A Nordic Bavarian custa US$ 100 a dose e o preço da KM Biologics é desconhecido.
A longa espera pela aprovação da OMS para que as agências internacionais comprem e distribuam a vacina forçou os governos africanos individuais e a agência de saúde pública do continente – os Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) – a solicitarem doações de vacinas aos países ricos. Esse processo complicado pode entrar em colapso, como já aconteceu antes, se os doadores sentirem que devem manter a vacina para proteger o seu próprio povo.

[...]

Fonte: REUTERS. Por que as vacinas contra mpox só estão chegando agora na África? Revista IstoÉ, 25 ago. 2024. Disponível em: https://istoe.com.br/por-que-as-vacinas-contra-mpox-so-estao-chegando-agora-na-africa/. Acesso em: 27 ago. 2024. Adaptado.
Considere as seguintes afirmativas sobre o trecho da reportagem.

A lenta chegada das vacinas – que já foram disponibilizadas em mais de 70 países fora de África – mostrou que as lições aprendidas com a pandemia da Covid-19 sobre as desigualdades globais nos cuidados de saúde têm demorado a trazer mudanças, [...].

I- A palavra que exerce a mesma função sintática nas duas ocorrências.
II- Em sua primeira ocorrência, a palavra que se classifica como um pronome relativo.
III- Em sua segunda ocorrência, a palavra que se classifica como uma conjunção integrante.
IV- A oração entre hífens é subordinada adverbial causal.

É CORRETO o que se afirma apenas em:
Alternativas
Q3087924 Português
Leia o Texto 2 para responder à questão.

Texto 2

Hoje, excepcionalmente, de Antônio Prata

Hoje, excepcionalmente, não escrevo esta coluna. Semana retrasada eu também não escrevi, verdade. Pensando bem, minha falha não soa assim tão excepcional. Gostaria de dizer que a sequência de mancadas visa a normalizar o erro, num ato antissistema, antieficiência, Manifesto Pau-Brasil, "toca Raul!" e viva Domenico De Masi, mas estaria mentindo. A explicação é mais prosaica. Semana retrasada eu estava na praia, caiu um temporal, fiquei sem luz por 30 horas, o computador morreu, o celular morreu, tive medo de morrer também enfrentando a Rio-Santos e "Hoje, excepcionalmente"...
Agora é diferente. Embora eu esteja na praia, de novo, tem luz. É sexta-feira de Carnaval. Não chove, muito pelo contrário. O sol se põe no mar em algum ponto do horizonte entre Senegal e Angola, com requintes de calendário. Tem uma moqueca saindo do fogão à lenha. Seis crianças correm pelo gramado me chamando pra um esconde-esconde e um freezer horizontal cheio de Heinekens abre e fecha a tampa, murmurando "Antooooooonio... Antooooooonio".

Disponível em:
<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2024/02/hojeexcepcionalmente.shtml>. Acesso em: 11 fev. 2024.
As grafias das palavras “antissistema” e “antieficiência” seguem a mesma regra das palavras 
Alternativas
Q3087249 Português
Primeira vacina para proteção de bebês contra o VSR chega ao Brasil

A primeira vacina aprovada para proteção de bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR) ainda no ventre materno chegou ao Brasil esta semana. O VSR é o principal causador de complicações respiratórias agudas na infância, com destaque para a bronquiolite.

A vacina Abrysvo, produzida pela Pfizer, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril deste ano. Ela deve ser aplicada em dose única nas mulheres grávidas, durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação. Ou seja, ela não é aplicada diretamente nas crianças.

"Quando a mãe recebe a vacina, os anticorpos produzidos por ela atravessam a placenta, fortalecendo o organismo do bebê, cujo sistema imunológico ainda está em desenvolvimento", explica a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.

Dados do Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado na última quinta-feira (12/9), mostram que o VSR é a causa mais frequente de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na população brasileira. Ele foi detectado em 40,8% dos diagnósticos positivos para algum vírus respiratório. O VSR está também entre os principais responsáveis pelas internações e mortes de crianças com até 2 anos de idade. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estima que o VSR seja responsável por até 40% dos casos de pneumonias e 75% dos quadros de bronquiolite nas crianças de até 2 anos de idade.

A bronquiolite é uma infecção viral que acomete a parte mais delicada do pulmão (os bronquíolos) podendo causar quadros graves.

Por enquanto, a Abrysvo está disponível apenas nos centros e clínicas de vacinação particulares do país. A Pfizer informou ao Metrópoles que solicitou a inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do SUS, em julho deste ano. O pedido enviado à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) está em análise pelo Ministério da Saúde.

"Continuaremos a trabalhar, tanto na rede privada quanto com o sistema público, para permitir que a nossa vacina chegue ao maior número possível de pessoas elegíveis, como forma de aumentar a proteção contra um vírus tão desafiador como o VSR", afirma a diretora de Primary Care da Pfizer Brasil, Camila Alves.

https://www.metropoles.com/saude/vacina-protecao-bebes-vsr-brasil
"Quando a mãe recebe a vacina, os anticorpos produzidos por ela atravessam a placenta, fortalecendo o organismo do bebê, cujo sistema imunológico ainda está em desenvolvimento."
Nos termos da Norma Culta da Língua Portuguesa, a palavra "anticorpos" deveria ser escrita com um hífen.
Alternativas
Q3087203 Português
Felicidade realista

    De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
     Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
    É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
    Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
    Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

(Martha Medeiros. Montanha-Russa. Porto Alegre: L&PM Editores, 2003. Adaptado.)
No trecho “Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.” (3º§), encontramos uma palavra que é grafada utilizando o hífen. Assinale, a seguir, a alternativa correta que possui essa pontuação.
Alternativas
Q3084006 Português

Um ano a menos



    Estamos nos aproximando do final de 2024 e temos um ano a menos para alcançar a meta do Pacto Contra a Fome: erradicar a fome até 2030 e garantir que todas as pessoas estejam bem alimentadas até 2040. Mais uma vez, é necessário destacar uma realidade alarmante: enquanto 64 milhões de brasileiros têm acesso restrito à alimentação, o país desperdiça 55 milhões de toneladas de alimentos todos os anos. Esse paradoxo entre abundância e escassez é um reflexo cruel da nossa atual crise alimentar.

    O Brasil é conhecido mundialmente como o celeiro do planeta e tem a capacidade de produzir alimentos suficientes para sua população e muito mais. No entanto, a realidade é que, enquanto uma parcela significativa da população enfrenta insegurança alimentar, uma quantidade impressionante de recursos é descartada.

    Esse desperdício não apenas perpetua a fome, mas também tem um impacto ambiental significativo. O ciclo de produção e descarte de alimentos é responsável por 8 a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa e contribui para a degradação ambiental.

    Além de ser um gigante agrícola, o Brasil enfrenta graves crises ambientais. As mudanças no clima estão intensificando eventos climáticos extremos, como enchentes e secas prolongadas, desencadeando efeitos diretos sobre a agricultura e a segurança alimentar. Enchentes e secas podem destruir colheitas, danificar infraestruturas, reduzir a produtividade agrícola e aumentar os preços dos alimentos. O impacto dessas crises é sentido não apenas pelos agricultores, mas também por toda a população, exacerbando as desigualdades existentes.

    Em um recente comunicado, o alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Volker Turk, alertou que a crise climática pode colocar 80 milhões de pessoas a mais em risco de fome até a metade deste século.

    O Brasil tem um papel importante na luta contra a fome e as mudanças climáticas. Como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o país pode influenciar positivamente a segurança alimentar tanto nacional quanto global. No entanto, isso requer uma mudança de paradigma: precisamos adotar práticas mais sustentáveis e reduzir o desperdício de alimentos.

    Temos o potencial para liderar a transição para soluções climáticas. Nosso país possui vastos recursos naturais e uma crescente capacidade de gerar energia limpa, especialmente no Nordeste, que se destaca pela alta incidência solar e pelos ventos fortes, proporcionando um ambiente ideal para o avanço das fontes de energia renovável. Além disso, o Brasil já possui uma longa tradição no uso de bioenergia, com o etanol de cana-de-açúcar, e está investindo cada vez mais em tecnologias verdes. Esse investimento não só ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos das mudanças climáticas, mas também pode impulsionar o crescimento econômico por meio da criação de novos setores e empregos. 

    Estamos diante de uma encruzilhada. O futuro do Brasil – e do mundo – depende das escolhas que fazemos hoje. Precisamos urgentemente abordar o desperdício de alimentos e garantir que a produção agrícola em grande escala e dos pequenos produtores beneficie a todos. Além disso, a transição para práticas sustentáveis não é apenas uma responsabilidade ambiental, mas também uma oportunidade econômica. Nosso país pode se tornar uma potência verde, gerando renda e reduzindo desigualdades enquanto combate as crises ambientais.

    O que estamos vivenciando nos últimos tempos é um reflexo direto das escolhas que fizemos no passado. O aumento dramático de impactos ambientais, como queimadas e enchentes, é um sinal claro de que a falta de ação e a negligência em relação à sustentabilidade têm consequências severas. É urgente reavaliar e reformular nossas práticas diárias. Cada decisão que tomamos, desde o consumo até a gestão de resíduos, influencia o futuro do nosso planeta.

    Temos um ano a menos para tomar medidas efetivas. Se continuarmos ignorando a responsabilidade social e ambiental, o país e o mundo estarão drasticamente diferentes em 2030. As consequências de nossa inação se manifestarão em desastres ambientais mais frequentes, agravamento das desigualdades sociais e uma crise global de recursos. Cada dia que passa sem um compromisso firme com a sustentabilidade e a justiça social é um dia perdido para garantir um futuro habitável e equitativo. Temos menos tempo do que imaginamos para mudar o rumo de nossa trajetória e assegurar um futuro viável para todos. A hora de agir é agora, e o caminho para um mundo mais justo e equilibrado começa com nossas decisões de hoje.


(Disponível em: cnnbrasil.com.br/colunas/geyze-diniz/nacional/um-ano-a-menos/. Acesso em: setembro de 2024.)

O emprego do hífen em “cana-de-açúcar” (7º§) se justifica por ser uma palavra que nomeia uma espécie vegetal. Conforme as demais regras ortográficas, assinale a alternativa em que o hífen está corretamente empregado. 
Alternativas
Q3081926 Português
Analise as assertivas a seguir:

I. A palavra “bem-vindo” leva hífen pelo mesmo motivo de “mãe-de-santo”. II. As palavras “açúcar” e “mágoa” são acentuadas conforme as regras das paroxítonas. III. As palavras “vários” e “modelo” apresentam o mesmo número de fonemas.

Quais estão corretas?
Alternativas
Q3059520 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Por que a geração Z e os millennials não atendem mais o telefone

"Olá, esta é a caixa postal de Yasmin Rufo. Por favor, não deixe mensagem, pois não vou ouvir, nem ligar de volta."

Infelizmente, esta não é a mensagem da minha caixa postal. Mas eu certamente gostaria que fosse, bem como a maior parte dos jovens da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e dos millennials (nascidos entre 1981 e 1995).

Uma pesquisa recente concluiu que 25% das pessoas com 18 a 34 anos de idade nunca atendem o telefone. Os participantes responderam que ignoram o toque, respondem por mensagens de texto ou pesquisam o número online se for desconhecido.

A pesquisa do site Uswitch envolveu 2 mil pessoas. Ela também concluiu que cerca de 70% das pessoas com 18 a 34 anos preferem mensagens de texto a chamadas telefônicas.

Para as gerações mais velhas, falar ao telefone é normal. Meus pais passaram a adolescência brigando com seus irmãos pelo telefone fixo no corredor, o que só fazia com que toda a família ouvisse as suas conversas.

Já a minha adolescência foi passada em mensagens de texto. Fiquei obcecada por elas desde o momento em que ganhei meu Nokia cor-de-rosa de presente de aniversário, com 13 anos de idade.

Eu passava todas as noites depois da escola redigindo textos de 160 caracteres para os meus amigos.

Eu retirava todas as vogais e espaços desnecessários, até que a mensagem parecesse um grupo de consoantes aleatórias que os próprios serviços de inteligência teriam dificuldade de decifrar. Afinal, eu nunca iria pagar a mais para escrever 161 caracteres.

E, em 2009, as ligações telefônicas do meu celular custavam uma fortuna. "Nós não demos este telefone para você fofocar com suas amigas a noite inteira", relembravam meus pais sempre que recebiam minha conta telefônica, todos os meses.

Foi assim que surgiu uma geração de pessoas que só se comunicam por texto. As ligações por telefone celular eram para emergências e o telefone fixo era usado raramente para falar com os avós.

A psicóloga Elena Touroni explica que, como os jovens não desenvolveram o hábito de falar ao telefone, "agora parece estranho, pois não é o normal".

Por isso, os jovens podem esperar o pior quando o telefone começa a tocar − ou se iluminar em silêncio, já que ninguém com menos de 35 anos de idade tem o toque configurado no seu telefone.

Mais da metade dos jovens que responderam à pesquisa do Uswitch reconheceram acreditar que uma ligação inesperada significa más notícias.

A psicoterapeuta Eloise Skinner explica que a ansiedade em torno das ligações vem de "uma associação com algo de ruim − uma sensação de pavor ou mau presságio".

"À medida que as nossas vidas ficam mais atribuladas e os cronogramas de trabalho mais imprevisíveis, temos menos tempo para ligar para um amigo, simplesmente para saber como ele está", explica ela. "Por isso, as ligações telefônicas ficam reservadas para as notícias importantes das nossas vidas, que, muitas vezes, podem ser difíceis."

Para Jack Longley, de 26 anos, "é exatamente isso". Ele nunca atende ligações de números desconhecidos, pois "ou é golpe, ou é marketing. É mais fácil simplesmente ignorar as ligações, em vez de procurar saber quais delas são verdadeiras." 

Nick e Charlie, da série 'Heartstopper', fazem parte da geração das mensagens de texto

Mas não falar ao telefone não significa que os jovens não mantenham contato com seus amigos. Nossos grupos de bate-papo se movimentam o dia inteiro, com uma série de mensagens corriqueiras, memes, fofocas e, mais recentemente, mensagens de voz.

Muitas dessas conversas, agora, acontecem nas redes sociais, particularmente no Instagram e no Snapchat, onde é mais fácil enviar imagens e memes ao lado dos textos. E, mesmo com o consenso de que as ligações telefônicas são indesejadas, o uso de mensagens de voz divide as gerações mais jovens.

Na pesquisa do Uswitch, 37% das pessoas com 18 a 34 anos de idade declarou que as mensagens de voz são sua forma preferida de comunicação. Por outro lado, apenas 1% dos participantes com 35 a 54 anos preferem mensagens de voz em vez de ligações telefônicas.

"A mensagem de voz é como falar ao telefone, só que melhor", afirma a estudante Susie Jones, de 19 anos. "Você tem o benefício de ouvir a voz dos seus amigos, mas sem pressões. Por isso, é uma forma mais educada de comunicação."

Mas, para mim, é difícil ouvir mensagens de voz de cinco minutos de uma amiga contando as novidades sobre a vida dela. Elas devaneiam, as mensagens ficam repletas de palavras como "tipo" e "ahn" − e toda a história poderia ser contada em duas mensagens de texto.

As mensagens de texto e de voz permitem que os jovens participem das conversas no seu próprio ritmo. E eles podem responder de forma mais atenciosa e ponderada.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cwyw96x064eo

'Nossos grupos de bate-papo se movimentam o dia inteiro, com uma série de mensagens corriqueiras, memes, fofocas e, mais recentemente, mensagens de voz.
No vocábulo destacado o hífen permanece, pois é uma palavra composta por justaposição e o primeiro elemento é um verbo. Além de "bate-papo", também possuem hífen, os vocábulos abaixo, EXCETO:
Alternativas
Q3058968 Português
O português de Portugal está ficando mais brasileiro?


   “Grama”, “geladeira”, “dica”. Essas e outras palavras e expressões “brasileiras” têm se tornado cada vez mais comuns no vocabulário dos portugueses, segundo linguistas e estudiosos do tema. Elas são usadas principalmente por crianças e adolescentes, que seguem com assiduidade influencers e youtubers do Brasil nas redes sociais. Mas os portugueses mais velhos também são pegos cada vez mais cometendo “brasileirismos”, em uma tendência que começou na década de 1970 com a influência das novelas importadas do Brasil para Portugal e que foi potencializada nos últimos anos por conteúdos nas redes sociais.

  Fernando Venâncio, linguista português, identificou algumas dessas palavras em seu livro O Português à Descoberta do Brasileiro. Muitas delas, segundo ele, já são usadas em Portugal há algumas décadas. "Um brasileiro, por exemplo, anuncia a pergunta que vai fazer com 'será que'. Isto não existia no português de Portugal nesta modalidade", diz.

   O linguista e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Xoán Lagares, nota ainda a influência da variante brasileira na omissão do artigo em determinados contextos e em certas questões de colocação pronominal. O especialista explica que na variante europeia a omissão do artigo com possessivo só é possível em poucos contextos, segundo a tradição normativa local. O comum, portanto, seria dizer coisas como "a minha casa", "vou-te dar o meu endereço" ou "a minha vida". Já no português brasileiro, o uso é mais variável, e expressões "minha casa", "vou te dar meu endereço" e "minha vida" são aceitas. No entanto, recentemente, o formato usado no Brasil tem sido observado também em Portugal.

   Ao contrário do que muita gente acredita no Brasil, o uso da palavra “você” também já era muito comum em Portugal. Segundo Graça Rio-Torto professora catedrática de Linguística da Universidade de Coimbra a palavra especialmente no singular ocupa dois extremos. Ao mesmo tempo em que é muito usada por portugueses menos escolarizados e de zonas mais rurais do país, também está presente entre a classe alta. Alguns linguistas também classificam a expressão como "um meio-termo" entre “o senhor” ou “a senhora” e o “tu”, em termos de formalidade.

   Para algumas pessoas, seu uso por portugueses ainda pode ser considerado rude ou uma forma de inferiorizar alguém. "Pode ser uma marca um bocadinho desrespeitosa por parte de um falante culto. Eu, por exemplo, nunca me dirigiria a um aluno com 'você'", diz a professora da Universidade de Coimbra.


BBC News Brasil. Adaptado.
Em relação ao texto, assinalar a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Mafra - SC Provas: FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Advogado II | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Advogado | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Administrador | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Agente de Controle Interno | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Arquiteto | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Biólogo | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Bioquímico/Farmacêutico | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Contador | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Enfermeiro | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Fiscal Sanitarista | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Engenheiro Agrimensor | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Engenheiro Sanitarista | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Engenheiro em Segurança do Trabalho | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Engenheiro Civil | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Gestor Ambiental | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Médico do Trabalho | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Controlador Interno | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Médico Veterinário | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Nutricionista | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Pedagogo Social | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Psicólogo | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Engenheiro Agrônomo | FEPESE - 2024 - Prefeitura de Mafra - SC - Assistente Social |
Q3056804 Português
Assinale a alternativa na qual todas os vocábulos foram escritos segundo a nova ortografia.
Alternativas
Q3055745 Português

O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa é uma reforma ortográfica que visa unificar e padronizar a escrita do português nos países lusófonos, promovendo uma maior integração linguística entre eles. Esse acordo foi assinado em 1990 pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Em relação a esse acrodo assinale a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA:

Alternativas
Q3054522 Português
Quanto ao correto uso, ou não do hífen, marque a alternativa incorreta. 
Alternativas
Respostas
1: A
2: D
3: E
4: B
5: D
6: A
7: A
8: A
9: D
10: E
11: B
12: E
13: B
14: B
15: D
16: C
17: D
18: A
19: A
20: C