Questões de Português - Encontros consonantais: Dígrafos para Concurso

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Q844156 Português
Assinale a alternativa correta em relação ao Texto 2.
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Q824461 Português

Em relação à fonologia, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:


(1) Encontro vocálico: ditongo decrescente.

(2) Encontro vocálico: ditongo crescente.

(3) Dígrafo.

(4) Encontro consonantal.


(   ) Quente.

(   ) Cripta.

(   ) Mausoléu

(   ) Conchas.

(   ) Reino.



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Q823287 Português

Atenção: Nesta prova, considera-se uso correto da Língua Portuguesa o que está de acordo com a norma padrão escrita.

Leia o texto a seguir para responder a questão sobre seu conteúdo.

             COMO A ABSTENÇÃO PODE MUDAR O RESULTADO

                               DAS ELEIÇÕES NA FRANÇA

Por Julia Braun. 07 maio 2017. Disponível em: http://veja.abril.com.br/mundo/como-a-abstencao-pode-mudar-o-resultado-das-eleicoes-na-franca/ Acesso em 07 mai 2017

      Os franceses vão às urnas neste domingo, 7, para decidir sobre o futuro político de sua nação. As estações de voto começaram a receber os quase 47 milhões de eleitores inscritos às 8 horas da manhã do horário local e devem ficar abertas até as 19h nas cidades menores e até as 20h nos grandes centros urbanos, como Paris. Após quatro meses de campanha, o mundo todo aguarda ansioso pelo resultado destas presidenciais.

      Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Odoxa na última sexta-feira apontou que um quarto do eleitorado da França deve se abster neste segundo turno. Os números são extremamente altos para a história do país e se forem provados verdadeiros podem ter um impacto potente no resultado da votação.

      Baixas taxas de comparecimento normalmente significam resultados mais distantes daquilo que era previsto pelas pesquisas de boca de urna. E, neste caso, a abstenção tem tudo para beneficiar a candidata de extrema-direita Marine Le Pen. “Altas taxas de abstenção sempre beneficiam os partidos e os candidatos menores”, diz o especialista inglês em política francesa da Universidade de Warwick, David Lee.

      Os eleitores de Le Pen são mais fiéis, tem menos chances de mudar seu voto na última hora, e não devem deixar de comparecer às urnas. São os eleitores de centro, que costumavam votar nos grandes partidos e que estão descrentes na política francesa, que tem mais chances de desistir de votar. Nesta equação, o independente Emmanuel Macron tem tudo a perder, já que os cidadãos mais moderados são essenciais para sua vitória. “É muito mais provável que os eleitores de Le Pen saiam de casa para dar seu voto para ela do que os de Macron”, diz o americano David A. Bell, historiador especialista em França e professor da Universidade de Princeton.

Assim como a palavra “essencial” está corretamente grafada com “SS”, assinale a alternativa que contenha outra em que se apresente correto o emprego desse dígrafo.
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Q822733 Português

             OCDE pede que Brasil amplie acesso à educação para melhorar produtividade

Em evento sobre avanços econômicos, organização destacou a necessidade de melhorar a educação para alcançar o nível dos países de renda mais alta

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pediu nesta sexta-feira (21/02/2014) que o Brasil melhore o acesso à educação de qualidade e resolva os gargalos no desenvolvimento de infraestrutura e formação dos trabalhadores para melhorar a produtividade no país. A declaração foi feita em Sydney, na Austrália, durante a apresentação do relatório Avançando Rumo ao Crescimento 2014, que traz um panorama econômico dos países pertencentes ao grupo.

Além do Brasil, a organização também citou o México e o Chile e ressaltou a necessidade de melhorar a educação nesses países para elevar os padrões de vida e corrigir os desequilíbrios na produtividade para alcançar as nações de renda mais alta. A OCDE reivindicou ainda melhorias na universalização do ensino e na formação dos professores, destacando a necessidade de aumento salarial para a categoria.

Revista Veja. Disponível em http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/ocde-pede-que-brasil-chile-e-mexico-aumentem-acesso-a-educacao-de-qualidade. Acesso em 23 fev 2014.  

Sabendo que dígrafo é o agrupamento de duas letras com apenas um fonema, assinale a única alternativa em que todas as palavras contêm dígrafo.
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Q802244 Português

Leia o texto a seguir:

O alagoano Graciliano Ramos mostrou-se merecedor dos parabéns de toda a imprensa brasileira, quando lançou o romance “Vidas Secas”, livro que confirmou sua excelência como escritor. Nessa obra, ele narra de maneira subliminar a caminhada de uma família pela caatinga. Eram todos fugitivos da seca e quase não falavam. A personagem marcante, por incrível que pareça, é a cachorra Baleia.

Assinale a alternativa CORRETA:

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Q800754 Português

Moradores fixam placas em ruas no RS para avisar sobre furtos e assaltos


01 Moradores de duas das principais cidades do Rio Grande do Sul fixaram placas

02 para denunciar o perigo em regiões onde acontecem crimes. A iniciativa, registrada

03 em Porto Alegre e em Caxias do Sul, na Serra, tem como objetivo alertar quem passa

04 por locais onde já ocorreram furtos e assaltos.

05 Uma placa amarela fixada na parede de um prédio na Travessa Cauduro no

06 Bairro Bom Fim, Região Central de Porto Alegre, alerta que os carros estacionados na

07 região costumam ser arrombados. A professora Mariú Jardim concorda com o aviso.

08 "Quase todos os dias, sempre há assalto. E o pior,____mão armada", diz a moradora.

09 O DJ Jonathan Trevisan conta que um colega teve o carro roubado em frente ao

10 prédio onde mora. "O cara estava com a arma no peito dele. O outro percebeu que eu

11 estava na janela, apontou a arma para mim e me mandou entrar e ficar quieto", conta.

12 No Centro da capital, a Rua Chaves Barcellos também virou alvo dos bandidos,

13 de acordo com o relato de quem vive ou trabalha na região. "Não____para deixar

14 dinheiro na bolsa, celular também, _______ eles sempre estão pegando", conta a

15 atendente Natália Cristiane dos Santos.

16 Escrito à mão em um pedaço de papelão fixado em um poste, um pedido

17 deixado por um comerciante mostra que a situação chegou ao limite: "Prezados

18 ladrões, peço a gentileza de respeitar esta rua".

19 A Brigada Militar diz que planeja aperfeiçoar o uso de um aplicativo de celular

20 para receber informações da comunidade, segundo o comandante interino do 9o

21 Batalhão, major Macarthur Vilanova. "A comunidade que está no terreno, que está

22 vivenciando o dia a dia da sua área, do seu bairro, nos informa coisas que a polícia às

23 vezes não enxerga, pontos em que os delinquentes estão se concentrando, locais mais

24 vulneráveis e horários", explica.

25 Em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, uma placa próxima ____ uma das

26 principais universidades da cidade diz que lá há um alto índice de arrombamento de

27 veículos. O empresário Mateus Pasquali conta ter idealizado ____ iniciativa após

28 encontrar pelo chão material que, segundo ele acredita, foi furtado dos carros

29 estacionados.

30 "Já recolhi jaleco de funcionário e de estagiário do hospital geral. Muitas vezes,

31 alguma capa de câmera fotográfica, porque acho que a câmera acabaram furtando. E

32 como isso se repete há alguns meses, desde dezembro eu venho acompanhando, eu e

33 um funcionário que trabalha comigo tomamos a atitude de produzir essa placa e

34 colocarmos aí para tentar evitar que o pessoal estacione nesse ponto", conta.

35 A Brigada Militar pede que as vítimas registrem as ocorrências. "Não temos

36 nenhum registro do ano passado e até agora, em janeiro de 2017, também não temos

37 registro, então é importante que as pessoas registrem os furtos e roubos de veículos

38 porque ________ disso que a Brigada Militar faz seu planejamento", diz o

39 subcomandante do 12° Batalhão da cidade gaúcha, major Emerson Ubirajara.


Disponível em <http://g1.globo.eom/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2017/02/moradores-fixam-placas-em-ruas-no-rs-para-avisar-sobre-furtose-assaltos.html> (adaptado). Acesso em 11 fev. 2017.

Sobre as palavras sublinhadas em “Uma placa amarela fixada na parede de um prédio na Travessa Cauduro no Bairro Bom Fim, Região Central de Porto Alegre, alerta que os carros estacionados na região costumam ser arrombados.” (linhas 05 a 07), é correto afirmar que:
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Q779519 Português

                      SOMOS OS MAIORES INIMIGOS DE NOSSA

                                  POSSIBILIDADE DE PENSAR

                                                                                                   Contardo Calligaris

      Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook. A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém. Uso o Face apenas para selecionar um “feed” de notícias, que são minha primeira leitura rápida de cada dia.

      Meu plano era acordar e verificar imediatamente os editoriais e as chamadas dos jornais, sites, blogs que escolhi e, claro, percorrer a opinião de meus colunistas preferidos, nos EUA e na Europa. Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café.

      Tudo ótimo, no melhor dos mundos. Até o dia em que me dei conta do seguinte: sem que esta fosse minha intenção, eu tinha selecionado só a mídia que pensa como eu – ou quase. Meu dia começava excessivamente feliz, com a sensação de que eu vivia (até que enfim) na paz de um consenso universal. Mesmo na minha juventude, eu nunca tinha conhecido um tamanho sentimento de unanimidade. Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial. Não havia propriamente colunistas: a linguagem usada no jornal inteiro já continha e propunha uma visão do mundo. Ora, junto com “L’Unità” eu sempre lia mais um jornal – o “Corriere della Sera”, se eu estivesse em Milão, o “Journal de Genève”, em Genebra, e o “Le Monde”, em Paris. Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos (não dava para acreditar nem mesmo no lado da gente) e assim esbarrava nos colunistas – em geral laicos e independentes, sem posições partidárias ou religiosas definidas.

      Em sua grande maioria, eles não escreviam para convencer o leitor: preferiam levantar dúvidas, inclusive neles mesmos. E era isso que eu apreciava. Hoje, os colunistas desse tipo ainda existem, embora sejam poucos. Eles estão mais na imprensa tradicional; na internet, duvidar não é uma boa ideia, porque é preciso criar e alimentar os consensos do “feed” do Face.

      O “feed” do Face, elogiado por muitos por ser uma espécie de jornal sob medida, transforma-se, para cada um, numa voz única, um jornal que apresenta apenas uma visão, piorado por uma falsa sensação de pluralidade (produzida pelo número de links).

      A gente se queixa que a mídia estaria difundindo uma versão única e parcial de fatos e ideias, mas a realidade é pior: não são os conglomerados, somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele. Como sempre acontece, somos nossos piores censores, os maiores inimigos de nossa possibilidade de pensar.

      De um lado, o leitor do “feed” não se informa para saber o que aconteceu e decidir o que pensar, ele se informa para fazer grupo, para fazer parte de um consenso. Do outro, o comentarista escreve, sobretudo para ser integrado nesses consensos e para se tornar seu porta-voz. O resultado é uma escrita extrema, em que os escritores competem por leitores tanto mais polarizados que eles conseguiram excluir de seu “jornal” as notícias e as ideias com as quais eles poderiam não concordar: leitores à procura de quem pensa como eles.

      Claro, que não é um caso de ignorância completa, mas a internet potencializa a vontade de se perder na opinião do grupo e de não pensar por conta própria. Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude – se não cresceu. O que temos, na verdade, é uma paixão pelo consenso.

      Entre consensos opostos, obviamente, não há diálogo nem argumentos, só ódio.

      Em suma, provavelmente, o resultado último da informação à la carte (que a internet e o “feed” facilitam) será a polarização e o tribalismo.

      Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa que valha. Mas, por uma vez, a contemporaneidade me deixa, digamos, pensativo.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/09/1817706-somos-os-maiores-inimigos-de-nossa-possibilidade-de-pensar.shtml

A respeito das palavras destacadas nos excertos “Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook.” e “Claro, que não é um caso de ignorância completa [...]”, é correto afirmar que
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Q779023 Português

      SOMOS OS MAIORES INIMIGOS DE NOSSA POSSIBILIDADE DE PENSAR

                                                                                                  Contardo Calligaris

       Um ano atrás, decidi seguir os conselhos de meu filho e abri uma conta no Facebook. A conta é no nome da cachorra pointer que foi minha grande companheira nos anos 1970 e funciona assim: ninguém sabe que é minha conta, não tenho amigos, não posto nada e não converso com ninguém. Uso o Face apenas para selecionar um “feed” de notícias, que são minha primeira leitura rápida de cada dia.

      Meu plano era acordar e verificar imediatamente os editoriais e as chamadas dos jornais, sites, blogs que escolhi e, claro, percorrer a opinião de meus colunistas preferidos, nos EUA e na Europa. Alguns links eu abriria, mas sem usurpar excessivamente o tempo dedicado à leitura do jornal, que acontece depois, enquanto tomo meu café.

      Tudo ótimo, no melhor dos mundos. Até o dia em que me dei conta do seguinte: sem que esta fosse minha intenção, eu tinha selecionado só a mídia que pensa como eu – ou quase. Meu dia começava excessivamente feliz, com a sensação de que eu vivia (até que enfim) na paz de um consenso universal.

      Mesmo na minha juventude, eu nunca tinha conhecido um tamanho sentimento de unanimidade. Naquela época, eu lia “L’Unità” e, a cada dia, identificava-me com o editorial. Não havia propriamente colunistas: a linguagem usada no jornal inteiro já continha e propunha uma visão do mundo. Ora, junto com “L’Unità” eu sempre lia mais um jornal – o “Corriere della Sera”, se eu estivesse em Milão, o “Journal de Genève”, em Genebra, e o “Le Monde”, em Paris. Nesses segundos jornais, eu verificava os fatos (não dava para acreditar nem mesmo no lado da gente) e assim esbarrava nos colunistas – em geral laicos e independentes, sem posições partidárias ou religiosas definidas.

      Em sua grande maioria, eles não escreviam para convencer o leitor: preferiam levantar dúvidas, inclusive neles mesmos. E era isso que eu apreciava.

      Hoje, os colunistas desse tipo ainda existem, embora sejam poucos. Eles estão mais na imprensa tradicional; na internet, duvidar não é uma boa ideia, porque é preciso criar e alimentar os consensos do “feed” do Face.

      O “feed” do Face, elogiado por muitos por ser uma espécie de jornal sob medida, transforma-se, para cada um, numa voz única, um jornal que apresenta apenas uma visão, piorado por uma falsa sensação de pluralidade (produzida pelo número de links).

      A gente se queixa que a mídia estaria difundindo uma versão única e parcial de fatos e ideias, mas a realidade é pior: não são os conglomerados, somos nós que, ao confeccionar um jornal de nossas notícias preferidas, criamos nosso próprio isolamento e vivemos nele. Como sempre acontece, somos nossos piores censores, os maiores inimigos de nossa possibilidade de pensar.

      De um lado, o leitor do “feed” não se informa para saber o que aconteceu e decidir o que pensar, ele se informa para fazer grupo, para fazer parte de um consenso. Do outro, o comentarista escreve, sobretudo para ser integrado nesses consensos e para se tornar seu porta-voz. O resultado é uma escrita extrema, em que os escritores competem por leitores tanto mais polarizados que eles conseguiram excluir de seu “jornal” as notícias e as ideias com as quais eles poderiam não concordar: leitores à procura de quem pensa como eles.

      Claro, que não é um caso de ignorância completa, mas a internet potencializa a vontade de se perder na opinião do grupo e de não pensar por conta própria. Essa vontade é a mesma que tínhamos no meu tempo de juventude – se não cresceu. O que temos, na verdade, é uma paixão pelo consenso.

      Entre consensos opostos, obviamente, não há diálogo nem argumentos, só ódio.

      Em suma, provavelmente, o resultado último da informação à la carte (que a internet e o “feed” facilitam) será a polarização e o tribalismo.

      Eu mesmo me surpreendo: em geral, acho chatérrimos os profetas do apocalipse, que estão com medo de que o mundo se torne líquido ou coisa que valha. Mas, por uma vez, a contemporaneidade me deixa, digamos, pensativo.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalli-garis/2016/09/1817706-somos-os-maiores-inimigos-de-nossa-possibili-dade-de-pensar.shtml

Em relação às afirmações a seguir, assinale a alternativa correta.
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Q778745 Português
A BELEZA E A ARTE NÃO CONSTITUEM NENHUMA GARANTIA MORAL
Contardo Calligaris
   Gostei muito de “Francofonia”, de Aleksandr Sokurov. Um jeito de resumir o filme é este: nossa civilização é um navio cargueiro avançando num mar hostil, levando contêineres repletos dos objetos expostos nos grandes museus do mundo. Será que o esplendor do passado facilita nossa navegação pela tempestade de cada dia? Será que, carregados de tantas coisas que nos parecem belas, seremos capazes de produzir menos feiura? Ou, ao contrário, os restos do passado tornam nosso navio menos estável, de forma que se precisará jogar algo ao mar para evitar o naufrágio?
  Essa discussão já aconteceu. Na França de 1792, em plena Revolução, a Assembleia emitiu um decreto pelo qual não era admissível expor o povo francês à visão de “monumentos elevados ao orgulho, ao preconceito e à tirania” – melhor seria destruí-los. Nascia assim o dito vandalismo revolucionário – que continua.
   Os guardas vermelhos da Revolução Cultural devastaram os monumentos históricos da China. O Talibã destruiu os Budas de Bamiyan (séculos 4 e 5). Em Palmira, Síria, o Estado Islâmico destruiu os restos do templo de Bel (de quase 2.000 anos atrás). A ideia é a seguinte: se preservarmos os monumentos das antigas ideias, nunca teremos a força de nos inventarmos de maneira radicalmente livre.
  Na mesma Assembleia francesa de 1792, também surgiu a ideia de que não era preciso destruir as obras, elas podiam ser conservadas como patrimônio “artístico” ou “cultural” – ou seja, esquecendo sua significação religiosa, política e ideológica.
  Sentado no escuro do cinema, penso que nós não somos o navio, somos os contêineres que ele carrega: um emaranhado de esperanças, saberes, intuições, dúvidas, lamentos, heranças, obrigações e gostos. Tudo dito belamente: talvez o belo artístico surja quando alguém consegue sintetizar a nossa complexidade num enigma, como o sorriso de “Mona Lisa”.
  Os vândalos dirão que a arte não tem o poder de redimir ou apagar a ignomínia moral. Eles têm razão: a estátua de um deus sanguinário pode ser bela sem ser verdadeira nem boa. Será que é possível apreciá-la sem riscos morais?
  Não sei bem o que é o belo e o que é arte. Mas, certamente, nenhum dos dois garante nada.
 Por exemplo, gosto muito de um quadro de Arnold Böcklin, “A Ilha dos Mortos”, obra imensamente popular entre o século 19 e 20, que me evoca o cemitério de Veneza, que é, justamente, uma ilha, San Michele. Agora, Hitler tinha, em sua coleção particular, a terceira versão de “A Ilha dos Mortos”, a melhor entre as cinco que Böcklin pintou. Essa proximidade com Hitler só não me atormenta porque “A Ilha dos Mortos” era também um dos quadros preferidos de Freud (que chegou a sonhar com ele).
  Outro exemplo: Hitler pintava, sobretudo aquarelas, que retratam edifícios austeros e solitários, e que não são ruins; talvez comprasse uma, se me fosse oferecida por um jovem artista pelas ruas de Viena. Para mim, as aquarelas de Hitler são melhores do que as de Churchill. Pela pior razão: há, nelas, uma espécie de pressentimento trágico de que o mundo se dirigia para um banho de sangue.
  É uma pena a arte não ser um critério moral. Seria fácil se as pessoas que desprezamos tivessem gostos estéticos opostos aos nossos. Mas, nada feito.
  Os nazistas queimavam a “arte degenerada”, mas só da boca para fora. Na privacidade de suas casas, eles penduraram milhares de obras “degeneradas” que tinham pretensamente destruído. Em Auschwitz, nas festinhas clandestinas só para SS, os nazistas pediam que a banda dos presos tocasse suingue e jazz – oficialmente proibidos.
  Para Sokurov, o museu dos museus é o Louvre. Para mim, sempre foi a Accademia, em Veneza. A cada vez que volto para lá, desde a infância, medito na frente de três quadros, um dos quais é “A Tempestade”, do Giorgione. Com o tempo, o maior enigma do quadro se tornou, para mim, a paisagem de fundo, deserta e inquietante. Pintado em 1508, “A Tempestade” inaugura dois séculos que produziram mais beleza do que qualquer outro período de nossa história. Mas aquele fundo, mais tétrico que uma aquarela de Hitler, lembra-me que os dois séculos da beleza também foram um triunfo de guerra, peste e morte – Europa afora.
  É isto mesmo: infelizmente, a arte não salva.
Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/08/1806530-a-beleza-e-a-arte-nao-constituem-nenhuma-garantia-moral.shtml
Nos trechos “Os guardas vermelhos da Revolução Cultural devastaram os monumentos históricos da China.”, “Sentado no escuro do cinema, penso que nós não somos o navio, somos os contêineres que ele carrega [...]” e “Será que, carregados de tantas coisas que nos parecem belas, seremos capazes de produzir menos feiura?”, em relação às palavras em destaque, é correto afirmar que
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Q776658 Português

Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.

Presentes no último parágrafo do texto, os vocábulos “qualidade”, “perspectiva”, “essas”, “conjunto” e “chamada” contêm grupos de duas letras que representam um só fonema, constituindo o que se denomina dígrafo ou digrama.

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Q772456 Português
Assinale a alternativa em que todas as palavras apresentam dígrafo e encontro consonantal.
Alternativas
Q770525 Português
Dá-se o nome de encontro consonantal ao agrupamento de consoantes num vocábulo. Sendo assim, marque a alternativa onde as palavras formam encontros consonantais.
Alternativas
Q769466 Português

TEXTO - O Cavalo e o seu Cuidador

Esopo

    Um zeloso empregado de uma cocheira costumava passar horas, e às vezes dias inteiros, limpando e escovando o pelo de um cavalo que estava sob seus cuidados.

    Agindo assim, passava para todos a impressão de que era gentil para com o animal, que se preocupava com o seu bem estar.

    Entretanto, ao mesmo tempo que o acariciava diante de todos, sem que ninguém suspeitasse, roubava a maior parte dos grãos de aveia destinados a alimentar o pobre animal, e os vendia às escondidas para obter lucro.

    Então o cavalo se volta para ele e diz:

    "Acho apenas que se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos e me alimentava mais..."

O vocábulo abaixo que contém um dígrafo é:
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Q763180 Português

Tomar remédio é fácil; difícil é tomar rumo

Remédios antidepressivos nem sempre funcionam. Sua eficácia pode depender de quão estressado você está.

Daniel Martins de Barros

    A depressão caminha para se tornar uma das principais doenças da humanidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde ela afeta 350 milhões de pessoas, e daqui quatro anos se tornará a principal causa de incapacidade no mundo. Parte desse aumento se deve ao melhor esclarecimento das pessoas e à maior taxa de diagnósticos, mas não é só isso. O suicídio também aumenta mundo afora, indicando que há crescimento real no número de casos. A pergunta principal é: por quê?

    Como todos os transtornos mentais, a depressão não tem uma causa só, bem definida. Sua origem é “multifatorial”, ou seja, múltiplos fatores contribuem para que ela surja. E um dos personagens mais cotados para vilão principal no aumento dos casos é o estresse. Ele não é um problema exclusivo do nosso tempo, sempre existiu, mas hoje em dia, onde quer que procuremos, vamos achar fontes de estresse. Seja vinda do trabalho onde se exige sempre mais; seja do meio cultural, com o fluxo de informação ininterrupto sobrecarregando nossos cérebros; do ambiente doméstico, com relações e papeis sendo redefinidos, gerando insegurança; ou mesmo do simples fato de o mundo passar por uma urbanização crescente, levando para mais gente o bônus, mas também o ônus de se viver em cidades. Uma das maneiras de o estresse levar à depressão é por estimular a resposta inflamatória geral do nosso organismo, desgastando-o lentamente.

    O pior é que esse estresse todo pode não só estar causando, mas também perpetuando a depressão. Um estudo acaba de ser publicado investigando porque os antidepressivos funcionam, mas não para todo mundo. Sabendo desse papel da resposta inflamatória na origem da depressão os cientistas estressaram um grupo de ratos, levando-os a ter alterações comportamentais semelhantes às que ocorrem nos deprimidos. Passaram então a tratá-los com placebo ou com o antidepressivo fluoxetina, mantendo metade no ambiente estressante original e metade num ambiente tranquilo. Resultado? Não só o comportamento desses últimos melhorou mais do que nos outros, como também os parâmetros biológicos de atividade inflamatória diminuíram, enquanto nos pobres ratos estressados a inflamação aumentou.

    Os pesquisadores concluíram algo difícil de discordar: não adianta muito tomar remédio se nós não atuarmos também no ambiente. O que faz todo sentido: se a origem da depressão não é só química, apenas medicamentos dificilmente bastarão para curá-la.

    E como se combate o estresse se ele vem de todos os lados? Pode ser difícil, mas não é impossível. Cuidando bem do sono, por exemplo: a maioria das pessoas que dorme menos do que gostaria tem falta de sono por sua própria culpa, por ficar na TV ou celular por mais tempo do que deveria. E o sedentarismo, então? Não é preciso ter dinheiro para personal trainer: meia hora de caminhada na rua, dia sim, dia não, já combate os sintomas do estresse. Isso para não falar de alimentação – dietas ricas em carboidratos simples (açúcar e farinha) contribuem para também ativar o estado inflamatório do organismo, enquanto dietas saudáveis fazem o oposto.

    Talvez você não possa mudar de chefe, de cidade ou de família. Mas com certeza poderia mudar de vida. Só que, como sempre digo, tomar remédio é fácil. O difícil é tomar rumo.

Texto adaptado de: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-barros/tomar-remedio-e-facil-dificil-e-tomar-rumo/

Sobre o excerto “Não só o comportamento desses últimos melhorou mais do que o dos outros, como também os parâmetros biológicos de atividade inflamatória diminuíram, enquanto nos pobres ratos estressados a inflamação aumentou”, é correto afirmar que
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Q760406 Português

Texto 2 –  Origem da palavra administração 

Do latim minus, que significa “menos”.

É difícil acreditar, mas a raiz etimológica de “administração” está na palavra latina minus, que significa literalmente “menos”. 

Este termo evoluiu para minor, um superlativo que é traduzido para “menor”.

Com o tempo, minor se transformou em minister, para se referir aos “servos” e “criados”. No entanto, mais tarde, a conotação deste termo passou a ser utilizado para “sacerdotes”, “servos de Deus” ou “servos religiosos”.

Esta palavra possuía um sentido de “desempenhar um cargo importante” ou “servir a uma personalidade importante”. Em outras palavras, consistia em “administrar” ou “organizar algo”. 

Para somar o sentido de “desempenho de uma atividade”, foi anexado o prefixo AD, que significa “junto”. Assim sendo, administer – administrar – significa “servir ou ajudar junto a…” (uma instituição, governo, empresa e etc).

Após a definição do conceito moderno de administração, o termo entrou para o dicionário da língua portuguesa através do latim administratìo, evoluindo depois para amenistraçom e aministraçon (século XIV). 

A palavra chegou à grafia atual – administração – apenas a partir do século XV. 

Fonte: http://www.dicionarioetimologico.com.br/administracao/ (adaptado)

Acerca da palavra “administração”, quanto aos encontros vocálicos e consonantais, ela apresenta
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Q754200 Português

Instrução: A questão a seguir refere-se ao texto abaixo.


Analise as seguintes assertivas sobre palavras do texto, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) O vocábulo ‘descansar’ (l. 02) possui dígrafo vocálico e encontro consonantal.

( ) ‘cochilavam’ (l. 15) possui o mesmo número de letras e de fonemas.

( ) A palavra ‘interessante’ (l. 22) tem 12 letras e 9 fonemas.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q753898 Português
Em relação aos encontros consonantais, analisar os itens abaixo: I - Em encontros como “bs”, “rs”, “ns”, se o “s” for seguido de vogal, separam-se as consoantes. Do contrário, ficam na mesma sílaba: “ab-sol-ver”, mas “abs-ter”; “per-so-na-gem”, mas “pers-pec-ti-va”; “tran-sa-tlân-ti-co”, mas “trans-por-te”. II - São alguns exemplos de encontros consonantais inseparáveis: br – “brin-co”; gl – “gló-ria”; fl – “in-fla-ma-do”.
Alternativas
Q735469 Português

Quem ama inventa. (Mário Quintana)


Quem ama inventa as coisas que ama...

Talvez chegaste quando eu te sonhava.

Então de súbito acendeu-se a chama!

Era a brasa dormida que acordava...

E era um revoo sobre a ruinaria.

Tangidos por uns anjos peregrinos

Cujo dom é fazer ressurreições...

Um ritmo divino? Oh! Simplesmente

O palpitar de nossos corações

Batendo juntos e festivamente

Ou sozinhos, num ritmo tristonho...

Oh! Meu pobre, meu grande amor distante.

Nem sabes tu o bem que faz à gente

Haver sonhado... e ter vivido o sonho! 

No segundo verso do poema, há quatro palavras com encontros consonantais, são elas:
Alternativas
Q729216 Português

                                      Uma tomatada no colesterol

                       Cientistas constatam que o tomate combate as

                     consequências do excesso de gorduras no sangue

                                                                                       Mônica Tarantino

      A medicina procura incansavelmente opções para proteger o organismo dos danos impostos pelo colesterol elevado, como o risco aumentado de ter um acidente vascular cerebral (AVC). Uma das alternativas pode ser o consumo de porções mais generosas de licopeno, um nutriente encontrado em boas quantidades no tomate cozido (o calor aumenta sua biodisponibilidade) e em vegetais vermelhos. A conclusão é de um grupo de cientistas da Universidade do Leste da Finlândia. Eles mediram os níveis de licopeno no sangue de 1031 homens com idades entre 46 e 65 anos e constataram, depois de mais de uma década de acompanhamento, uma redução de até 59% nas chances de AVC entre os voluntários da pesquisa que mantiveram níveis mais elevados da substância.

      A diminuição observada pelos pesquisadores foi atribuída à ação antioxidante do licopeno, capaz de preservar as moléculas do colesterol e outros tecidos dos estragos promovidos pela elevação da quantidade de radicais livres (moléculas responsáveis por uma espécie de enferrujamento dos tecidos) no organismo. “Uma dieta rica em frutas e vegetais está associada a menor risco de derrames cerebrais”, concluiu Jouni Karppi, coordenador da pesquisa com o licopeno. O levantamento finlandês não avaliou, porém, quanto tomate é necessário comer para usufruir da salvaguarda cardiovascular e tampouco os riscos dos agrotóxicos usados para seu cultivo. Um dos motivos pode ser o fato de que os países escandinavos estão entre os maiores produtores, consumidores e exportadores de comida orgânica, cultivada sem agrotóxicos.

      O tomate também pode elevar o bom colesterol. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, criaram um tipo geneticamente modificado para conter um peptídeo chamado 6F (uma parte da proteína), presente na fração boa do colesterol humano. Em laboratório, ratinhos alimentados com esse tomate rico em 6F apresentaram níveis mais altos de colesterol bom, menos aterosclerose (acúmulo de placas de gordura no interior das artérias) e menores quantidades de ácido lisofosfatídico, uma substância que pode acelerar a formação das placas nas artérias em modelos animais. “Como os limites do colesterol considerados seguros são cada vez mais baixos, estudos como esses só reforçam a ideia de que a comida pode ser uma excelente aliada nessa batalha. É algo que as pessoas precisam lembrar todo dia na hora de fazer o prato”, observa o cardiologista Múcio Oliveira, do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo.

http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/333872_UMA+TOMA-TADA+NO+COLESTEROL+.

A palavra que apresenta mais de um dígrafo é
Alternativas
Q729099 Português

                                     PEGUE A BOLA, ROBÔ

Ele tem rabo, quatro patas e late, além de ser brincalhão e bom companheiro. Só que, diferentemente dos outros cães, alimenta-se exclusivamente de pilhas, e quando o dono não quer mais sua companhia, tudo o que precisa fazer é desligá-lo. Trata-se de um cachorro artificial, o mais novo modelo de robô do laboratório de Ciência da Computação da Sony japonesa. Chamado de RoboPet, ele consegue correr atrás de uma bola, desviar-se de obstáculos e atender a chamados. Ainda é um protótipo, mas a Sony pretende colocar robôs como esse à venda até o ano 2010.
PILHAS – a parte em destaque representa um:
Alternativas
Respostas
281: B
282: E
283: C
284: D
285: A
286: C
287: C
288: D
289: C
290: E
291: D
292: C
293: B
294: A
295: D
296: D
297: A
298: C
299: D
300: C