Questões de Português - Encontros consonantais: Dígrafos para Concurso
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1º No mundo corporativo, há algo vagamente conhecido como “processo decisório", que são aqueles insondáveis critérios adotados pela alta direção da empresa para chegar ____ decisões que o funcionário não consegue entender. Tudo começa com a própria origem da palavra “decisão", que se formou ____ partir do verbo latino caedere (cortar). Dependendo do prefixo que se utiliza, a palavra assume um significado diferente: “incisão" é cortar dentro, “rescisão" é cortar de novo, “concisão" é o que já foi cortado, e assim por diante. E dis caedere, de onde veio “decisão" significa “cortar fora". Decidir é, portanto, extirpar de uma situação tudo o que está atrapalhando e ficar com o que interessa.
2º E, por falar em cortar, todo mundo já deve ter ouvido a célebre história do não menos célebre rei Salomão, mas permitam-me recontá-la, transportando os acontecimentos para uma empresa moderna. Então, está um dia o rei Salomão em seu palácio quando duas mulheres são introduzidas na sala do trono. Aos berros e puxões de cabelo, as duas disputam a maternidade de uma criança recém-nascida. Ambas possuem argumentos sólidos: testemunhos da gravidez recente, depoimentos das parteiras, certidões de nascimento. Mas, obviamente, uma das duas está mentindo: havia perdido o seu bebê e, para compensar a dor, surrupiara o filho da outra.
3º Então Salomão, em sua sabedoria, chama um guarda, manda-o cortar a criança ao meio e dar metade para cada uma das reclamantes. Diante da catástrofe iminente, a verdadeira mãe suplica: “Não! Se for assim, ó meu Senhor, dê a criança inteira viva ____ outra!", enquanto a falsa mãe faz aquela cada de “tudo bem, corta aí". Pronto. Salomão manda entregar o bebê ____ mãe em pânico, e a história se encerra com essa salomônica demonstração de conhecimento da natureza humana.
4º Mas isso aconteceu antigamente. Se fosse hoje, com certeza as duas mulheres optariam pela primeira alternativa (porque ambas teriam feito um curso de Tomada de Decisões). Aí é que entram os processos decisórios dos salomões corporativos. Um gerente Salomão perguntaria à mãe putativa A: “Se eu lhe der esse menino, ó mulher, o que dele esperas no futuro?" E ela diria? “Quero que ele cresça com liberdade, que aprenda a cantar com os pássaros e que possa viver 100 anos de felicidade". E a mesma pergunta seria feita à mãe putativa B, que de pronto responderia: “Que o menino cresça forte e obediente e que possa um dia, por Vossa glória e pela glória de Vosso reino, morrer no campo de batalha". Então, sem piscar, o gerente Salomão ordenaria que o bebê fosse entregue à mãe putativa B.
5º Por quê? Porque na salomônica lógica das empresas, a decisão dificilmente favorece o funcionário que tem o argumento mais racional, mais sensato, mais justo ou mais humano. A balança sempre pende para os putativos que trazem mais benefícios para o sistema.
Max Gehringer, Revista Você S. A. Ano 5. Edição 43. São Paulo, Abril, jan./2002. P. 106.
danos à saúde
Médico de Itapetininga (SP) orienta sobre cuidados com o uso do fone. Dependendo da intensidade os problemas podem ser irreversíveis.
O uso em excesso do fone de ouvido com som alto causa danos à saúde, segundo o médico de Itapetininga (SP), José Otávio Ayres. Ele explica que o sintoma de uma lesão auditiva por exposição a ruído alto é zumbido. “É um alerta que a pessoa está tendo uma perda de audição. Se o zumbido for intermitente, sumir, for temporário, a lesão em parte reverteu. Mas se ele for permanente a lesão provavelmente também é."
O limite de tolerância ao ruído está relacionado ao tempo de uso e à intensidade do som. Quanto mais alto, menos tempo deve-se ficar com o fone. Se estiver a 85 decibéis, por exemplo, é possível ficar 8 horas com o equipamento. Já 100 decibéis desce para uma hora o tempo máximo recomendado de exposição. Com 115 decibéis são apenas 7 minutos.
Para o otorrinolaringologista Ayres, para utilizar os fones é preciso ter bom senso. “Não escutar com o volume muito alto, escutar no menor possível que ele seja capaz de compreender. E não fazê-lo por muito tempo seguido, ter horas de descanso."
Os fones em formato de concha são mais recomendados do que aqueles posicionados no interior do ouvido, de acordo com o médico. Esses maiores vedam o som ambiente e impedem o externo. Mas independentemente do formato ou da cor é preciso então se preocupar com os efeitos a longo prazo que os fones podem trazer.
O DJ Michel Max depende dos fones, são horas de trabalho com o som alto nos ouvidos. Além disso, quando não está em eventos e baladas está no estúdio. “Única coisa que eu percebo geralmente é quando acaba o evento e na hora de dormir que eu percebo um pouco de zumbido, um incômodo, mas no outro dia está normal", conta.
O cantor João Hernani também usa os fones na hora de gravar as músicas e até mesmo no palco quando se apresenta pra se comunicar com a produção. “Deixo alto porque a gente tem uma cozinha com a bateria atrás, e a gente precisa ouvir muito bem a voz para gente poder cantar sem forçar", explica.
Já o Professor José Ricardo Favoretto costuma ouvir músicas na hora de malhar, ele diz que ajuda no desempenho. “Sempre que você está fazendo um exercício, às vezes uma série mais pesada que você precisa de um pouco mais de energia, normalmente o som ajuda. Eu tenho preocupação, sei que com o som muito alto os danos aos ouvidos são irreversíveis."
1º Aconteceu há muito tempo, num lugar em que só havia mata, um matagal sem fim.
2º Neste lugar moravam onças, panteras, tigres, elefantes, jacarés e mais os animais que você quiser pôr na história, que agora ela é sua.
3º Como é história de animais em que aparece leão, havia um rei, o Leonis. Quando ele morresse, o rei seria seu filho Leonas, como antes tinha sido o avô Leonardo.
4º Só que tem um negócio> os animais estavam pensando em mudar a lei do lugar, para pôr um chefe que fosse eleito por todos. Enquanto isso, o jovem Leonas aproveitava por ser filho do rei.
5º Bastava encontrar animais almoçando uma caça, partia pra cima. Ele chegava, olhava e berrava: “________ para mim!”
6º Se via um grupo conversando, Leonas chegava, gritava, ordenava: “Quero saber de tudo!” Parece que os animais que têm mania de mandar nos outros vivem pensando que os outros só fazem falar mal deles.
7º Um dia ele ________ de ter as pintas da dona Onça Pintada, porque um pêlo assim belo deveria ser do filho do rei. Não adiantou a Onça protestar, o rei falar, o ministro das Explicações explicar. Parece que os animais que gostam de mandar nos outros pensam que podem ter tudo que desejam.
8º Os bichos andavam fartos do leão, que andava cheio de querencias. Mas se calavam: de medo ou _________ mesmo. Até que uma corça velha, muito velha, com o nariz cheio de barro, os bichos reuniu.
9º – Os tiranos gostam de sua tirania. Quanto mais mandam, mais gostam de mandar. Mas também sentem desprezo dos que deixam tudo assim ficar. Por isso, ou vocês reagem agora, ou, para viver em paz, vão ter que abandonar a mata.
10 Os bichos ficaram espantados como uma corça velha, muito velha, com o nariz cheio de barro, que tinha coragem de falar o que sentia. E eles ficaram pensando no que ela tinha dito. Pensando, pensando.
Ana Carolina Prado
Nos anos 70, o psicólogo Philip Zimbardo queria entender por que as prisões são tão violentas. Então, ele decidiu criar uma prisão artificial no porão da Universidade de Stanford. Os voluntários do experimento foram divididos entre prisioneiros e guardas e deveriam cumprir esses papéis por duas semanas. Porém as condições ali ficaram tão tensas que foi necessário acabar com tudo em apenas seis dias. Logo no começo, as pessoas que assumiram o papel de guarda se tornaram extremamente sádicas e autoritárias, impondo castigos como privação de sono e comida. Os “prisioneiros" responderam fazendo rebeliões. Esse é um ótimo (e macabro) exemplo de como o poder pode corromper as pessoas. E nós sabemos que, na vida real, muita gente poderosa faz coisa parecida – ou pior.
Os pesquisadores das Universidades de Stanford, do Sul da Califórnia e de Northwestern fizeram um estudo, a ser publicado no Journal of Experimental Social Psychology, para entender melhor por que esse tipo de coisa acontece. E descobriram que o problema está na combinação de poder e baixo status.
No experimento, os autores simularam atividades de uma empresa e dividiram os voluntários aleatoriamente em papéis de chefes e subordinados, variando em status e poder. Em seguida, esses indivíduos puderam selecionar tarefas em uma lista de 10 para os outros executarem. O resultado mostrou que as pessoas com papeis de maior poder e menor status escolheram atividades mais humilhante para os seus parceiros (por exemplo, latir como um cão três vezes) do que os de qualquer outra combinação.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem um papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompanha, podem acabar se empenhando em comportamentos degradantes. Elas se sentem mal em estar numa posição de baixo status e acabam usando sua autoridade humilhando outros para se sentir melhor. É tipo o que acontece com aquele chefe tirano que ninguém respeita e todo mundo odeia.
Isso pode ter contribuído para os abusos cometidos por militares em prisões, bem como no experimento de Zimbardo nos anos 70. Em ambos os casos, os guardas têm o poder, mas falta-lhes o respeito e admiração dos outros. “Nossas descobertas indicam que a experiência de ter poder sem status, seja como membro das forças armadas ou como um estudante universitário que participa de um experimento, pode ser um catalisador para comportamentos degradantes que podem destruir relacionamentos e impedir a cooperação", diz o estudo.
Os pesquisadores de Standford e Northwestern reconheceram, porém, que há outros fatores envolvidos. Só porque uma pessoa tem o poder ou está em uma posição de baixo status não significa necessariamente que ela irá maltratar os outros. Assim, essa história de que o poder corrompe nem sempre é verdade. Mas uma alternativa encontrada por eles para evitar abusos é encontrar formas para que todos os indivíduos, independentemente do status de seus papéis, se sintam respeitados e valorizados. “O respeito alivia sentimentos negativos sobre sua posição e os leva a tratar os outros de forma positiva", diz o estudo. Também é importante haver oportunidades para o crescimento, pois a pessoa tende a melhorar seu comportamento e seus sentimentos quando sabe que pode ganhar uma posição melhor no futuro.
Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoasfuncionam/ category/sem-categoria/page/17/
Texto: Meu ideal seria escrever...
Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!”. E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!”.
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse – “por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!”. E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontâ- nea homenagem à minha história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: “Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina”.
E quando todos me perguntassem – “mas de onde é que você tirou essa história?” – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: “Ontem ouvi um sujeito contar uma história...”.
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.
Rubem Braga, In: A traição das elegantes, Editora Sabiá -
Rio de Janeiro, 1967, pág. 91.
Aumentar idade mínima para compra de cigarro evita vício
em jovens
UOL, 03/04/2015
Aumentar a idade mínima permitida para comprar legalmente cigarros pode ter um efeito drástico no uso do tabaco por adolescentes, especialmente de 15 a 17 anos, segundo um estudo da Universidade de Michigan, divulgado pelo Institute of Medicine. O impacto na saúde pública também seria relevante.
O levantamento aponta que usuários mais jovens são, geralmente, mais suscetíveis a pegar carona nos hábitos dos amigos e conseguir cigarros com eles, sendo que poucos compram cigarros ilegalmente. Apenas quando atingem a idade adulta, por volta dos 25 anos, é que passam a fazer mais escolhas por conta própria.
“Embora o desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas seja atingido aos 16 anos, as partes do cérebro mais responsáveis pela tomada de decisão, controle de impulsos e susceptibilidade dos colegas e conformidade continuam a desenvolver-se até os 25”, explicou o professor Richard Bonnie, responsável pela pesquisa.
Dos fumantes pesquisados, 90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos. A maioria dos outros experimentou o primeiro cigarro antes dos 26, o que sugere que dificilmente uma pessoa se tornará fumante após os 25 anos.
Segundo simulações apresentadas no relatório, se o aumento na idade mínima ocorresse hoje nos Estados Unidos, haveria mudanças significativas na quantidade de jovens fumantes em 2100. Mais precisamente, se a idade mínima passasse para 19 anos, haveria uma diminuição de 3% no total de fumantes. Se passasse para 21, cairia 12%. E, caso fosse para 25 anos, o número de fumantes diminuiria 16%.
Nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi realizada, a maioria dos Estados permite a compra do cigarro a partir dos 18 anos. Alguns (Alabama, Alasca, Nova Jersey e Utah) permitem a partir dos 19, e a cidade de Nova York aumentou a idade mínima para 21 anos.
Considerando, portanto, que o aumento da idade mínima diminui a taxa de iniciação no vício, os pesquisadores concluem que a medida resultaria em queda nas doenças e mortes relacionadas ao tabaco.
Se a idade mínima aumentasse para 21 anos nos Estados Unidos, haveria menos 249 mil mortes prematuras entre pessoas nascidas entre 2000 e 2019 e pelo menos 45 mil mortes a menos por câncer de pulmão no período, segundo o relatório.
“Ao avaliar as implicações na saúde pública pelo aumento da idade mínima para acessar os produtos do tabaco, este relatório tem como objetivo fornecer a orientação científica de que Estados e municípios precisam ao avaliar novas políticas para atingir o objetivo final, que é a redução e a eventual eliminação do uso de tabaco por crianças e pelos jovens “, disse Victor Dzau, presidente do Institute of Medicine.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-
noticias/redacao/2015/04/03/permitir-cigarro-depois-dos-21-anos-evita-vicio-em-
adolescentes-diz-estudo.htm
“Sei que você fez os seus castelos / E sonhou ser salva do dragão. / Desilusão, meu bem. / Quando acordou, estava sem ninguém
Há encontro consonantal nas palavras da seguinte série:
O quão popular é a lenda de Atlântida? O que há de tão interessante na história dessa antiga cidade para atrair o homem moderno? Precisamos agradecer ao filósofo grego Platão pela lenda de Atlântida. Em um de seus livros, Platão cria um cenário no qual uma sociedade perfeita é subitamente exposta a grandes dificuldades, inclusive um ataque por um inimigo bárbaro, acompanhado de todo conflito e confusão associados a tal agressão. Nessa obra, Atenas era uma sociedade idealizada; Atlântida, seu hostil agressor. Antes dos escritos de Platão, não existe menção em lugar algum da literatura a respeito de tal ilha e civilização antiga. Além de ser um dos grandes pensadores de todos os tempos, Platão era também um excelente contador de histórias. Em Atlântida havia um grande e maravilhoso império que se empenhou em subjugar de um só golpe toda a terra nos limites das ilhas gregas.
Mas a história contada por Platão não se baseava na realidade. Era uma alegoria. Ele tentava transmitir uma lição moral a seus discípulos ao contar a história de Atenas e Atlântida. Ele a inventou – provavelmente utilizando um antigo mito egípcio como fonte. Ninguém menos que Aristóteles, discípulo de Platão, confirmou que a história era uma fábula escrita para ressaltar um ponto de vista. Ainda assim, a lenda de Atlântida sobrevive até hoje.
de Stephen Spignesi (traduzido por Bruna Hartstein), publicado em Os 100 Maiores Mistérios do Mundo (DIFEL, 2004: p. 45-46).
Em “Platão era também um excelente contador de histórias”. A palavra “excelente” possui dois dígrafos, e o
mesmo ocorre com a seguinte palavra:
A situação de greve não nos agrada também. O período é de incertezas e medo. O governo atual do PT, partido que surgiu das greves, ao invés de negociar e dialogar com a categoria, utiliza de mecanismos intimidatórios. Muitos grevistas terão o ponto cortado, o que significa que ficarão sem salário neste mês. Do que adianta, nessas horas de impasse, o discurso que escola de qualidade se faz com profissionais não apenas bem remunerados, mas principalmente por profissionais motivados, seguros e com uma estrutura que lhes possibilite transmitir o que lhes foi confiado, ir na contramãos de certas atitudes? Nós profissionais da educação, mais do que ninguém, torcemos para que essa situação termine logo. Provavelmente as aulas perdidas serão repostas, e nenhum aluno será prejudicado. Estamos empenhados na luta por uma educação pública de qualidade, que forme cidadãos críticos e responsáveis. Para que isso aconteça, precisamos contar com o apoio e respeito de todos.
Leia as palavras, a seguir, retiradas do texto, e indique (EV) para Encontro Vocálico e (EC) para Encontro Consonantal (em destaque a silabar-referência para responder a questão):
( ) Novembro.
( ) Entregues.
( ) Inadequado.
( ) Salário.
( ) Direito.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
Leia o texto a seguir, para poder responder à questão, elaborada a partir de seu conteúdo:
As palavras do técnico René Simões são de 2010, depois que Neymar deu o seu primeiro ataque de estrelismo em público, contra o técnico Dorival Jr., onde ainda jogava pelo Santos. Este ano, René, como um bom súdito aos que mandam no futebol brasileiro, disse que Neymar encontra-se “equilibrado, com um comportamento sensacional”. Por conta disso, muitos acreditam que o ex-craque santista é um jogador em quem ainda se pode confiar.
“100% Jesus” era a faixa na cabeça de Neymar depois da vitória do Barcelona na final da Liga dos Campeões há poucas semanas. De joelhos em campo, orava de cabeça baixa em frente às câmeras, sozinho.
Dias antes Neymar já tinha ficado de fora da seleção dos melhores jogadores do último Campeonato Espanhol, cuja a escolha é feita por jornalistas especializados. Numa competição que apenas dois times revezam o título – este da temporada 2014/2015, aliás, foi ganho pelo Barcelona –, deve ter sido frustrante para o paparicado jogador brasileiro.
Neymar fez dois jogos na Copa América que acontece no Chile. Foi decisivo contra o Peru – como já acostumamos a vê-lo defendendo o Brasil, com times que no ranking da FIFA nunca aparecem entre os 10 primeiros. Expulso no segundo jogo de forma infantil, na derrota contra a Colômbia, talvez consiga curtir as suas férias antes do programado.
Essas últimas semanas resumem a vida de Neymar depois daquele fatídico dia em que deu chilique em campo, e fez René Simões dizer que era preciso educar o menino da Vila para não se criar um monstro.
Até quando o novo Governo vai se comportar como vendedor de ilusões? Até quando vai enganar o povo, como se estivesse oferecendo bombons à uma criança? Quando vai amadurecer e entender, por exemplo, que os resultados positivos das exportações de commodities, como a soja, não se transformam necessariamente em benefícios sociais ou macroeconômicos? De outra parte, quantos novos automóveis e quantos novos jatinhos e helicópteros importados vão poluir as ruas e o ar de São Paulo? Quantos bancos internacionais vão dispor de novas contas de brasileiros? De brasileiros que fazem, de ponta à ponta, as tarefas da corrupção.
Com esse estilo de desenvolvimento, quase apressado demais e sem medir consequências, populações pobres do interior da Amazônia vão ficar em pior situação do que antes. Sempre acreditei que essas populações eram o objetivo do Partido no poder. Pelo menos era o que, à princípio, definia-se nos programas eleitorais. Hoje... não sei. Em tom de deboche, comenta-se que, trabalhando de segunda à sexta, o Governo desencaminha o país; se trabalhasse das segundas aos sábados, faria “melhor".
Quem sabe seja realmente possível que a força do pensamento levemente fanático do Governo faça, como pretende, uma obra admirável. Há pouco li que os macacos podem mover objetos com a força do pensamento. Porém, se não der certo, os dirigentes brasileiros dificilmente escaparão à mais rigorosa das condenações da História.(Revista Eco 21, n° 96, novembro de 2007. Texto adaptado.)
por Karin Hueck