Questões de Português - Encontros consonantais: Dígrafos para Concurso
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( ) Nos vocábulos ambiente e sustentabilidade, a diferença entre o número de fonemas e letras, em ambos os casos, se dá em virtude da ocorrência de dígrafos vocálicos. ( ) Na forma verbal conhecemos, há menos fonemas que letras face à ocorrência de um dígrafo vocálico (-on) e uma dígrafo consonantal (-nh). ( ) Na palavra qualquer, denota-se a ocorrência de dois dígrafos, representados por qu, que interferem na relação número de letras e de fonemas.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Não "temos de"
Lia Luft
Vivemos sob o império do "ter de". Portanto, vivemos num mundo de bastante mentira. Democracia? Meia mentira. Pois a desigualdade é enorme, não temos os mesmos direitos, temos quase uma ditadura da ilusão dos que ainda acreditam. Liberdade de escolha profissional? Temos de ter um trabalho bom, que dê prazer, que pague dignamente (a maioria quer salário de chefe no primeiro dia), que permita grandes realizações e muitos sonhos concretizados? "Teríamos". No máximo, temos de conseguir algo decente, que nos permita uma vida mais ou menos digna.
Temos de ter uma vida sexual de novela? Não temos nem podemos. Primeiro, a maior parte é fantasia, pois a vida cotidiana requer, com o tempo, muito mais carinho e cuidados do que paixão selvagem. Além disso, somos uma geração altamente medicada, e atenção: muitos remédios botam a libido de castigo.
Temos de ter diploma superior, depois mestrado, possivelmente doutorado e no Exterior? Não temos de... Pois muitas vezes um bom técnico ganha mais, e trabalha com mais gosto, do que um doutor com méritos e louvações. Temos de nos casar? Nem sempre: parece que o casamento à moda antiga, embora digam que está retornando, cumpre seu papel uma vez, depois com bastante facilidade vivemos juntos, às vezes até bem felizes, sem mais do que um contrato de união estável se temos juízo. E a questão de gênero está muito mais humanizada.
Temos de ter filho: por favor, só tenham filhos os que de verdade querem filhos, crianças, adolescentes, jovens, adultos, e mesmo adultos barbados, para amar, cuidar, estimular, prover e ajudar a crescer, e depois deixar voar sem abandonar nem se lamentar. Mais mulheres começam a não querer ter filho – e não devem. Maternidade não pode mais ser obrigação do tempo em que, sem pílula, as mulheres muitas vezes pariam a cada dois anos, regularmente, e aos cinquenta, velhas e exaustas, tinham doze filhos. Bonito, sim. Sempre desejei muitos irmãos e um bando de filhos (consegui ter três), mas ter um que seja requer uma disposição emocional, afetiva, que não é sempre inata. Então, protejam-se as mulheres e os filhos não nascidos de uma relação que poderia ser mais complicada do que a maternidade já pode ser.
Temos de ser chiques, e, como sempre escrevo, estar em todas as festas, restaurantes, resorts, teatros, exposições, conhecer os vinhos, curtir a vida? Não temos, pois isso exige tempo, dinheiro, gosto e disposição. Teríamos de ler bons livros, sim, observar o mundo, aprender com ele, ser boa gente também.
Temos, sobretudo, de ser deixados em paz. Temos de ser amorosos, leais no amor e na amizade, honrados na vida e no trabalho, e, por mais simples que ele seja, sentir orgulho dele. Basta imaginar o que seriam a rua, a cidade, o mundo, sem garis, por exemplo. Sem técnicos em eletricidade, sem encanadores (também os chamam bombeiros), sem os próprios bombeiros, policiais, agricultores, motoristas, caminhoneiros, domésticas, enfermeiras e o resto. Empresários incluídos, pois, sem eles, cadê trabalho?
Então, quem sabe a gente se protege um pouco dessa pressão do "temos de" e procura fazer da melhor forma possível o que é possível. Antes de tudo, um lembrete: cada um do seu jeito, neste mundo complicado e vida-dura, temos de tentar ser felizes. Isso não é inato: se tenta, se conquista, quando dá. Boa sorte!
Disponível em http://zh.clicrbs.com.br/rs/opiniao/colunistas/lya-luft/noticia/2017/06/nao-temos-de-9807278.html Acesso em 11 jul. 2017
De Que São Feitos os Dias?
De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inactuais esperanças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...
Cecília Meireles, em “Canções”.
Analise as afirmativas a seguir:
I – Encontro consonantal é a junção de sons consonantais simultâneos dentro da palavra. Pode ser classificado de acordo com o modo como se apresenta.
II – Podemos observar encontros consonantais perfeitos nas palavras “pequenos” e “lampejos”.
III – Podemos observar encontros consonantais imperfeitos nas palavras “dentro”, “mudanças”.
IV – Encontro vocálico é a união de dois ou mais fonemas vocálicos em uma única sílaba ou em sílabas diferentes.
V - Podemos observar ditongos decrescentes nas palavras “dias”, “silenciosas” e “mágoas”.
Assinale a alternativa CORRETA:
Cuidar de idoso não é só cumprir tarefa, é
preciso dar carinho e escuta
Cláudia Colluci
A maior taxa de suicídios no Brasil se concentra entre idosos acima de 70 anos, segundo dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde. São 8,9 mortes por 100 mil pessoas, contra 5,5 por 100 mil entre a população em geral. Pesquisas anteriores já haviam apontado esse grupo etário como o de maior risco. Abandono da família, maior grau de dependência e depressão são alguns dos fatores de risco.
Em se tratando de idosos, há outras mortes passíveis de prevenção se o país tivesse políticas públicas voltadas para esse fim. Ano passado, uma em cada três pessoas mortas por atropelamento em São Paulo tinha 60 anos ou mais. Pessoas mais velhas perdem reflexos e parte da visão (especialmente a lateral) e da audição por conta da idade.
Levando em conta que o perfil da população brasileira mudará drasticamente nos próximos anos e que, a partir de 2030, o país terá mais idosos do que crianças, já passou da hora de governos e sociedade em geral encararem com seriedade os cuidados com os nossos velhos, que hoje somam 29,4 milhões (14,3% da população).
Com a mudança do perfil das famílias (poucos filhos, que trabalham fora e que moram longe dos seus velhos), faltam cuidadores em casa. Também são poucos os que conseguem bancar cuidadores profissionais ou casas de repouso de qualidade. As famílias que têm idosos acamados enfrentam desafios ainda maiores quando não encontram suporte e orientação nos sistemas de saúde.
Recentemente, estive cuidando do meu pai de 87 anos, que se submeteu à implantação de um marca-passo. Após a alta hospitalar, foi um susto atrás do outro. Primeiro, a pressão arterial disparou (ele já teve dois infartos e carrega quatro stents no coração), depois um dos pontos do corte cirúrgico se rompeu (risco de infecção) e, por último, o braço imobilizado começou a inchar muito (perigo de trombose venosa). Diante da recusa dele em ir ao pronto atendimento, da demora de retorno do médico que o assistiu na cirurgia e sem um serviço de retaguarda do plano de saúde ou do hospital, a sensação de desamparo foi desesperadora. Mas essas situações também trazem lições. A principal é a de que o cuidado não se traduz apenas no cumprimento de tarefas, como fazer o curativo, medir a pressão, ajudar no banho ou preparar a comida. Cuidado envolve, sobretudo, carinho e escuta. É demonstrar que você está junto, que ele não está sozinho em suas dores.
Meu pai é um homem simples, do campo, que conheceu a enxada aos sete anos de idade. Aos oito, já ordenhava vacas, mas ainda não conhecia um abraço. Foi da professora que ganhou o primeiro. Com o cultivo da terra, formou uma família, educou duas filhas. Lidar com a terra continua sendo a sua terapia diária. É onde encontra forças para enfrentar o luto pelas mortes da minha mãe, de parentes e de amigos. É onde descobre caminhos para as limitações que a idade vai impondo ("não consigo mais cuidar da horta, então vou plantar mandioca").
Ouvir do médico que só estará liberado para suas atividades normais em três meses foi um baque para o meu velho. Ficou amuado, triste. Em um primeiro momento, dei bronca ("pai, a cirurgia foi um sucesso, custa ter um pouco mais de paciência?"). Depois, ao me colocar no lugar desse octogenário hiperativo, que até dois meses atrás estava trepado em um abacateiro, podando-o, mudei o meu discurso ("vai ser um saco mesmo, pai, mas vamos encontrar coisas que você consiga fazer no dia a dia com o aval do médico").
Sim, envelhecer é um desafio sob vários pontos de vista. Mas pode ficar ainda pior quando os nossos velhos não contam com uma rede de proteção, seja do Estado, da comunidade ou da própria família.
Os números de suicídio estão aí para ilustrar muito bem esse cenário de abandono, de solidão. Uma das propostas do Ministério da Saúde para prevenir essas mortes é a ampliação dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). A presença desses serviços está associada à diminuição de 14% do risco de suicídio. Essa medida é prioritária, mas, em se tratando da prevenção de suicídio entre idosos, não é o bastante.
Mais do que diagnosticar e tratar a depressão, apontada como um dos mais importantes fatores desencadeadores do suicídio, é preciso que políticas públicas e profissionais de saúde ajudem os idosos a prevenir/diminuir dependências para que tenham condições de sair de casa com segurança, sem o risco de morrerem atropelados ou de cair nas calçadas intransitáveis, que ações sociais os auxiliem a ter uma vida de mais interação na comunidade. E, principalmente, que as famílias prestem mais atenção aos seus velhos. Eles merecem chegar com mais dignidade ao final da vida.
Adaptado de <http://www1.folha.uol.com.br/ colunas/claudiacollucci/ 2017/ 09/1921719-cuidar-de-idoso-nao-e-so-cumprir-tarefa-e-preciso-dar-carinho-e-escuta.shtml 26/09/2017>
( ) As vírgulas (quadrinhos 1, 2 e 3) estão sendo empregadas para isolar vocativos. ( ) A palavra “pamonha” contém um dígrafo. ( ) O verbo “foi”, no último quadrinho, está conjugado no pretérito imperfeito. ( ) As palavras “flor” e “pamonha” são antônimos.
Com base no Texto 3, atribua verdadeiro (V) ou falso (F) às afirmativas abaixo. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
( ) As palavras “séculos” (linha 02), “acústica” (linha 04) e “músicos” (linha 10) são proparoxítonas.
( ) A palavra “irreprodutíveis” (linha 03) contém um dígrafo.
( ) A palavra “soube” (linha 10) está empregada na terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo.
( ) A palavra “eles” (linha 02) retoma “melhores do mundo”.
( ) A palavra “instrumentos” é agente da passiva na oração “os instrumentos foram tocados por solistas vendados” (linha 09).
Com base no Texto 1, atribua verdadeiro (V) ou falso (F) às afirmativas abaixo e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
( ) As palavras “depósitos” (linha 30), “método” (linha 29) e “África” (linha 31) são acentuadas graficamente por uma mesma regra.
( ) O grafema <s>representa o mesmo som nas palavras “solo” (linha 34), “pensava” (linha 45) e “precisa” (linha 01).
( ) As palavras “artefatos” (linha 22), “gazela” (linha 47) e “datação” (linha 29) são oxítonas.
( ) As palavras “machados” (linha 59), “pesquisa” (linha 18) e “Marrocos” (linha 21) contêm dígrafos.
( ) As palavras “fósseis” (linha 22) e “semelhantes” (linha 62) têm mais letras do que fonemas.
Sobre a palavra impensável, retirada do texto, afirma-se que:
I. Tem mais letras que fonemas, em virtude da ocorrência de dois dígrafos vocálicos.
II. É acentuada por ser paroxítona terminada em l.
III. Possui um prefixo e um sufixo.
IV. Possui dois encontros consonantais.
Quais estão corretas?
Internet e fraude
Alguém duvida que a internet tenha mudado a vida das pessoas? Não, ninguém pode duvidar disso. A internet não é apenas um meio de comunicação ou de informação; é um jeito de viver, um novo jeito de viver, e a história do mundo vai se dividir em duas fases: AI (antes da Internet) e DI (depois da Internet).
E ai do AI! A internet subverteu totalmente a milenar ideia de que os mais velhos detêm o conhecimento. Agora, são eles que têm de aprender com os jovens, e não o contrário. Um aprendizado que, aliás, funciona: num projeto conduzido nos Estados Unidos, adolescentes, orientados por professores de informática, prontificaram-se a dar aulas sobre computador e internet para pessoas de idade. Ficaram, os veteranos, melindrados com a situação? Nada disso. Antes do treinamento, só 5% sentiam-se à vontade com internet. Depois do treinamento, essa porcentagem subiu para 80%. O vovô pode, sim, aprender com os netos. Vale para computador, vale para celular, vale até para controle remoto.
Mas há um lugar em que a internet está causando problemas: a sala de aula.
No passado, era muito comum os professores pedirem aos alunos que preparassem, em casa, trabalhos sobre temas diversos. As pesquisas para isso eram feitas em bibliotecas ou em enciclopédias. No mínimo, os jovens tinham de copiar os textos. Agora eles simplesmente podem baixá-los da internet. E podem contar também com o auxílio de empresas especializadas, que elaboram até teses de mestrado e de doutorado. A frequência com que isso está acontecendo é muito grande; nos Estados Unidos, 50% dos alunos admitem que já recorreram a esse tipo de fraude. Por causa disso, surgiu uma nova especialidade, a detecção de fraudes, um método que conta até com um programa de computador, o Turnitin, capaz de identificar a cópia.
Pergunta: será que isso vale a pena? Transformar os professores em êmulos da Polícia Federal será a solução do problema? Ou seria melhor pensar sobre as causas desse fenômeno?
Em primeiro lugar, precisamos nos dar conta de que, como foi dito, copiar os alunos sempre copiaram, só que antes faziam isto à mão. Alguém alegará que dessa forma aprendiam alguma coisa, mas trata-se de uma afirmação questionável: copiar pode ser simplesmente uma coisa mecânica. O melhor é perguntar: qual deve, afinal, ser a característica de um trabalho de aluno? A mim a resposta parece óbvia. O trabalho do aluno, como o trabalho de qualquer pessoa – como este texto que vocês estão lendo –, deve refletir seu pensamento e suas emoções. Ou seja: o trabalho deve ser eminentemente pessoal. Deixem-me dar um exemplo tirado do ensino de medicina. Podemos pedir a um aluno que escreva sobre as relações médico-paciente, e aí, sem dúvida, ele encontrará na internet montes de textos copiáveis. Ou podemos pedir que descreva um episódio de sua própria vida: uma doença que teve e o papel que o médico desempenhou então, com sua avaliação a respeito. Aí não tem como colar. Só a autenticidade resolve. E essa autenticidade será extremamente educativa para o aluno.
Ou seja: a internet nos ensina coisas, sim. Até quando temos de pensar a respeito das armadilhas da internet e de como evitá-las.
(SCLIAR, Moacyr. Do jeito que nós vivemos – Belo Horizonte: Editora Leitura, 2007.)
TEXTO 7
Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz. Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.
(CECÍLIAMEIRELES. Boa companhia - Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. (Fragmento))
TEXTO 7
Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz. Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.
(CECÍLIAMEIRELES. Boa companhia - Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. (Fragmento))
Deu ruim pro Uber?
Filipe Vilicic
Tenho ouvido essa pergunta com muita frequência, desde o início do ano. Há a noção de que o app, antes adorado, entrou numa ladeira, em ponto morto
Comecemos com o popular termômetro do Facebook. Há um ano, entrava em meu perfil e via uma penca de pessoas louvando o Uber. E não exagero com o “louvar”. Pois era exagerada a reação da multidão facebookiana. Ao Uber era atribuída uma, nada mais, nada menos, revolução no transporte urbano. Era o início dos tempos de motoristas particulares bem-vestidos e com água gelada e balinha no carro. Desde o início do ano, o cenário mudou. Agora, o exagero é o oposto. Há todo tipo de reclamação contra o Uber.
Nas últimas duas semanas, deparei-me com queixas de mais de dez pessoas, de meu círculo de amigos no Facebook. Isso sem correr atrás dos lamentos; apenas como observador, um receptor passivo. Fora do ambiente virtual, outros quatro clientes vieram me perguntar algo como: “por que o Uber tá tão ruim?”. Todos haviam passado por problemas recentes com o aplicativo. A reclamação mais comum, e que reproduz uma situação pela qual passei três vezes (a última, em maio): motoristas cancelarem a corrida, sem avisar, sem perguntar, por vezes próximos ao local de partida, aparentemente por 1. Não quererem aquela viagem específica ou 2. Calcularem que vale mais a pena fazer o usuário pagar uma “multa” pelo cancelamento.
Mas voltemos à pergunta inicial: o que aconteceu com o Uber?
Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância. Todos (ou quase todos) se admiravam com os talentos dessa jovem (e inovadora) criança. Agora, o Uber entrou na fase da adolescência, cheio de problemas. É comum que esse amadurecimento venha às companhias, ainda mais às que se autoproclamam inovadoras. O Google, por exemplo, era criticado na virada dos anos 2000 e, depois, em meados da década passada (chegou a se ver como protagonista de uma CPI da Pedofilia no Brasil). O Facebook tem sofrido duras repressões da mídia, e de usuários, pela proliferação de fake news, de vídeos violentos, e de outras coisas, digamos, duvidosas, pela rede social. Essas duas empresas souberam amadurecer e dar a volta por cima. Reagiram, ao menos por enquanto, de forma – na lógica que coloquei acima – adulta. Será que o Uber conseguirá o mesmo?
Já era para o Uber?
Sim, a empresa entrou numa ladeira, em ponto morto. Mas ainda dá tempo de frear, dar a volta e engatar a primeira marcha. Todas as gigantes do Vale do Silício, ou as já mais estabelecidas, tiveram de encarar momentos-chave para suas histórias, nos quais quaisquer deslizes poderiam levar a uma quebradeira geral. Foi assim com a Apple, cuja falência era tida como quase certa no fim dos anos 90 (e, veja só, agora é a bola da vez). E com Twitter, Google, Facebook… todas. Faz parte do processo de amadurecimento. A pergunta que fica: será que o Uber conseguirá ultrapassar os obstáculos que ele próprio parece ter criado para si e, assim, virará “adulto”? Ainda não se sabe qual será o destino final dessa corrida.
Adaptado de http://veja.abril.com.br/blog/a-origem-dos-bytes/deu
-ruim-pro-uber/. Publicado em 22 jun 2017, 18h54
Em relação às letras e aos fonemas de palavras do texto, analise as afirmações que seguem e assinale C, se corretas, ou I, se incorretas.
( ) O vocábulo “impressão” apresenta dois dígrafos, um vocálico e um consonantal.
( ) A palavra “pontinha” tem 8 letras e 6 fonemas.
( ) Na palavra “desesperada”, o primeiro ‘S’ tem o som de Z.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
TEXTO 2
A outra crescia até atingir seis polegadas, no mesmo tempo. Após acompanharem as cenas, os voluntários eram orientados a falar suas impressões, estimando quanto tempo __ linhas levaram para atingir seus tamanhos finais. (l. 15-17).
A respeito das palavras presentes no trecho, analise as seguintes assertivas:I. As palavras ‘crescia’ e ‘atingir’ apresentam dígrafos.
II. Ambas as palavras ‘mesmo’ e ‘outra’ apresentam somente um encontro consonantal.
III. As palavras ‘quanto’ e ‘voluntários’ não apresentam encontro consonantal, somente dígrafos.
Quais estão corretas?
Para responder à questão, leia a tirinha a seguir.
Sobre a palavra "grandes", analise as afirmações.
I. Possui um dígrafo.
II. É um adjetivo em suas ocorrências nos quadrinhos.
III. Trata-se de uma palavra que varia em gênero, número e grau, como todas de sua classe.
Está correto o que se afirma em: