Questões de Concurso Sobre figuras de linguagem em português

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Q2335538 Português
Nas garras do meu primeiro amor


     Cíntia era minha prima – filha do irmão de mamãe, que morava no Rio. Viera passar uns dias conosco. Era a primeira vez que eu tomava conhecimento da sua existência. Devia andar pelos dezessete, dezoito anos, o que queria dizer que era para mim uma mulher feita – e a mais bela que eu jamais vira de perto. Usava blusa sem manga e com decote, saia-calça, tinha os cabelos louros, os olhos verdes e ainda por cima fumava.

     Mamãe se escandalizou ao vê-la tirar calmamente da bolsa um cigarro na vista de todos e acender, para depois cruzar as pernas e soltar devagarinho a fumaça pelas narinas:

     – Você fumando, menina? Seu pai sabe disso?

     – Ora, titia, que é que tem de mais?

     – Uma moça direita não fuma.

     – Hoje em dia toda mulher fuma. Não é mais pecado.

     E ela desviou da testa uma madeixa de cabelos, movimentando a cabeça para o lado num gesto que me pareceu simplesmente lindo. 

     A sua presença fez com que nossa casa ganhasse uma aura de encanto, como um lugar privilegiado, de um fascínio que parecia impregnar o próprio ar que eu respirava. Quando ela surgia na sala, tudo se iluminava. Eu voltava correndo da escola para não perder um minuto da sua presença, e não arredava pé de casa, nem mesmo para ir ao quintal, meu reino esquecido.

     Mamãe estranhava aquela mudança nos meus hábitos:

     – Não sei o que deu nesse menino. 

     Nem eu mesmo sabia que estava experimentando pela primeira vez a sensação inebriante de uma paixão. 


(SABINO, Fernando. O menino no espelho. Rio de Janeiro, Record, 1982. p. 162-3.)
Na crônica, algumas ideias são reproduzidas através de uma linguagem figurada. Dentre os trechos a seguir apenas um não demonstra o emprego do recurso metafórico; assinale-o.
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Q2335445 Português

Julgue o item que se segue.


A elipse é uma figura de linguagem que consiste em omitir intencionalmente uma parte da frase que pode ser facilmente compreendida pelo contexto. 

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Q2335131 Português

Texto 1


Via láctea


“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto...


E conversamos toda a noite, enquanto

A via láctea, como um pálio aberto,

Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.


Direis agora: “Tresloucado amigo!

Que conversas com elas? Que sentido

Tem o que dizem, quando estão contigo?”


E eu vos direi: “Amai para entendê-las!

Pois só quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas”.


Fonte: Melhores poemas de Olavo Bilac, cit, p. 44

No trecho “E conversamos toda a noite, enquanto / A via láctea, como um pálio aberto, / Cintila”, há uma analogia entre “via láctea” e “pálio aberto”. Essa figura de linguagem denomina-se:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: SELECON Órgão: SEDUC-MT Provas: SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Sociologia | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Pedagogia | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Matemática | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Letras - Língua Portuguesa | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Letras - Língua Espanhola | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - História | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Geografia | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Física | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Filosofia | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Educação Física | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Artes | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Letras - Língua Inglesa | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Ciências Físicas e Biológicas | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor da Educação Básica - Biologia | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor de Disciplinas Inclusivas - Instrutor de Surdo | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor de Disciplinas Inclusivas - Intérprete de Libras | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor de Disciplinas Técnicas - Zootecnia | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor de Disciplinas Técnicas - Veterinária | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor de Disciplinas Técnicas - Tecnologia Educacional | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor de Disciplinas Técnicas - Estatística | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor de Disciplinas Técnicas - Agronomia | SELECON - 2023 - SEDUC-MT - Professor de Educação Básica - Química |
Q2334909 Português
Outro de Elevador

Luís Fernando Veríssimo

"Ascende", dizia o ascensorista. Depois: "Eleva-se". "Para cima". "Para o alto". "Escalando". Quando perguntavam "Sobe ou desce?" respondia "A primeira alternativa". Depois dizia "Descende", "Ruma para baixo", "Cai controladamente", "A segunda alternativa"... "Gosto de improvisar", justificava-se. Mas como toda arte tende para o excesso, chegou ao preciosismo. Quando perguntavam "Sobe?" respondia "É o que veremos..." ou então "Como a Virgem Maria". Desce? "Dei". Nem todo o mundo compreendia, mas alguns o instigavam. Quando comentavam que devia ser uma chatice trabalhar em elevador, ele não respondia "tem seus altos e baixos", como esperavam, respondia, criticamente, que era melhor do que trabalhar em escada, ou que não se importava embora o seu sonho fosse, um dia, comandar alguma coisa que andasse para os lados... E quando ele perdeu o emprego porque substituíram o elevador antigo do prédio por um moderno, automático, daqueles que têm música ambiental, disse: "Era só me pedirem ― eu também canto!"

Fonte: https://www.culturagenial.com/cronicas-engracadas-deluis-fernando-verissimo-comentadas/. Acesso em 21/09/2023
Ao dizer que o trabalho no elevador tinha “seus altos e baixos”, o ascensorista empregou uma figura de linguagem baseada em uma relação de similaridade, que é a:
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Q2334860 Português





(Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que apresenta palavra que possa substituir corretamente o vocábulo “subsídio” (l. 11) sem causar alterações significativas ao sentido do trecho em que ocorre. 
Alternativas
Q2334435 Português

Julgue o item a seguir.


A elipse é uma figura de linguagem que consiste em omitir intencionalmente uma parte da frase que pode ser facilmente compreendida pelo contexto.

Alternativas
Q2334315 Português

Julgue o item subsequente.


A elipse é uma figura de linguagem que consiste em omitir intencionalmente uma parte da frase que pode ser facilmente compreendida pelo contexto.

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Q2333703 Português
INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 03 e, a seguir, responda a questão, que a ele se refere.

Texto 03




Disponível em: https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia/campanha-educativa. Acesso em: 9 out. 2023.

Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista o texto 03.
I. O termo “cortar” pode ser substituído por “ceifar” sem alteração de sentido.
II. O verbo “cortar” foi usado em analogia ao que a linha com cerol pode fazer.
III. A ideia de “cortar” também se encontra expressa na linguagem não verbal.
IV. A intenção com o trecho “Não use, não incentive. Denuncie” é aconselhar.
V. A expressão “cortar vidas” constitui um exemplo de linguagem metafórica.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q2330916 Português
TEXTO III






BAGNO, Marcos. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 15ª ed. São Paulo: Contexto, 2006, p. 68-69.

Verifica-se, neste fragmento “Se vós supusésseis a dificuldade que tenho...” (l. 16 e 17), o uso de uma figura de pensamento, sendo este processo estilístico denominado:
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Q2329847 Português

A arte de produzir fome






Disponível em: pt.scribd.com/document/347973678/A-Arte-de-Produzir-Fome-Rubem-Alves. Acesso em: 28 jul. 2023.

No texto de Rubem Alves, existem algumas metáforas, ou seja, “figura de linguagem que consiste em estabelecer uma analogia de significados entre duas palavras ou expressões, empregando uma pela outra”. Assinale a alternativa em que essa analogia é INCORRETA.
Alternativas
Q2329429 Português

Texto para o item.




Idalberto Chiavenato. Administração geral e pública.  Rio de Janeiro: Elsevier, 2008 (com adaptações).

Com base nos aspectos linguísticos, de estrutura e de conteúdo, julgue o item.



No trecho “As raízes profundas dessas novas contribuições podem ser localizadas nos desdobramentos da teoria das relações humanas” (linhas de 9 a 11), é possível identificar claramente uma figura de linguagem conhecida como perífrase ou circunlóquio.

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Q2328796 Português
Um sonho de simplicidade

    Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher na penumbra ou amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?
    Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço.
    A vida poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma simples mulher, que mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede, nem frio. Para que beber tanta coisa gelada? Antes eu tomava água fresca da talha, e a água era boa. E quando precisava de um pouco de evasão, meu trago de cachaça.
    Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho caboclo no Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca, no meio do mato, e chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca – foi um carinho ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe moqueado e meia caneca de cachaça. Que prazer em comer aquele peixe, que calor bom em tomar aquela cachaça e ficar algum tempo a conversar, entre grilos e vozes distantes de animais noturnos.
    Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar de repente uma vida de acordar bem cedo? Outro dia vi uma linda mulher, e senti um entusiasmo grande, uma vontade de conhecer mais aquela bela estrangeira: conversamos muito, essa primeira conversa longa em que a gente vai jogando um baralho meio marcado, e anda devagar, como a patrulha que faz um reconhecimento. Mas por que, para que, essa eterna curiosidade, essa fome de outros corpos e outras almas?
    Mas para instaurar uma vida mais simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas… Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa.
    Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, um número… Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver – sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão.

(BRAGA, Rubem. Manchete. Correio da Manhã. O sonho. Rio de Janeiro. Em: 12/03/1953.)
A personificação é uma das figuras de linguagem classificadas como figura de pensamento. A intenção desse recurso é intensificar a expressividade do texto ou chamar a atenção do leitor para algum assunto. Trata-se de trecho que evidencia tal particularidade:
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Q2328795 Português
Um sonho de simplicidade

    Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher na penumbra ou amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?
    Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço.
    A vida poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma simples mulher, que mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede, nem frio. Para que beber tanta coisa gelada? Antes eu tomava água fresca da talha, e a água era boa. E quando precisava de um pouco de evasão, meu trago de cachaça.
    Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho caboclo no Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca, no meio do mato, e chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca – foi um carinho ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe moqueado e meia caneca de cachaça. Que prazer em comer aquele peixe, que calor bom em tomar aquela cachaça e ficar algum tempo a conversar, entre grilos e vozes distantes de animais noturnos.
    Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar de repente uma vida de acordar bem cedo? Outro dia vi uma linda mulher, e senti um entusiasmo grande, uma vontade de conhecer mais aquela bela estrangeira: conversamos muito, essa primeira conversa longa em que a gente vai jogando um baralho meio marcado, e anda devagar, como a patrulha que faz um reconhecimento. Mas por que, para que, essa eterna curiosidade, essa fome de outros corpos e outras almas?
    Mas para instaurar uma vida mais simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas… Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa.
    Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, um número… Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver – sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão.

(BRAGA, Rubem. Manchete. Correio da Manhã. O sonho. Rio de Janeiro. Em: 12/03/1953.)
A linguagem pode ser manipulada em função de objetivos específicos, o que caracteriza a ocorrência das figuras de linguagem. Tendo em vista que hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em um exagero intencional, assinale, a seguir, um exemplo de hipérbole.
Alternativas
Q2325692 Português

   



                                                                  (Giuliana Miranda.

          https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2023/11/detox-di-

                   gital-reduz-naoso-as-emocoes-negativas-mas-as-

                                      positivas-tambem.shtml. 16.nov.2023)

Dar um tempo das redes sociais – o popular "detox digital" – traz benefícios para a redução de sentimentos negativos que já foram amplamente descritos pelos cientistas. (L.1-4) O nome popular para “dar um tempo das redes sociais” constitui, como no período acima, exemplo de
Alternativas
Q2323931 Português
Considerando os aspectos linguísticos, de forma e de conteúdo do texto, julgue o item.


No trecho “O primeiro desses fatores é a doutrina; o segundo, o tempo; o terceiro, o terreno; o quarto, o mando; e o quinto, a disciplina” (linhas de 13 a 15), ocorre um tipo específico de elipse, conhecido como zeugma.
Alternativas
Q2323926 Português
Considerando os aspectos linguísticos, de forma e de conteúdo do texto, julgue o item.

No trecho “O tempo significa o Ying e o Yang, a noite e o dia, o frio e o calor, dias ensolarados ou chuvosos e a mudança das estações” (linhas de 20 a 22), é correto afirmar que há uma figura de linguagem conhecida como hipérbole.

Alternativas
Q2322830 Português

Em todas as opções a seguir há um exemplo do tipo de linguagem figurada colocada ao início.


Assinale a frase em que esse exemplo está correto em relação à figura.

Alternativas
Q2322550 Português
Texto para o item.

Considerando os aspectos linguísticos e de conteúdo do texto, julgue o item.


No texto, não há nenhum exemplo de linguagem simbólica/metafórica.

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Q2321932 Português

Apelo


          Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

          Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite e eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.

          E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada − o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas?

          Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando.

          Venha para casa, Senhora, por favor. 


(TREVISAN, Dalton. Mistérios de Curitiba. 5ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1996.)

Quando se constrói uma metáfora, considera-se que houve uma transferência de um termo para um contexto de significação que não lhe é próprio. É possível inferir que há metáfora em: 
Alternativas
Q2321888 Português

             

                  (Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando o texto principal e a charge apresentada abaixo, analise as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: 
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I. A charge tem relação com uma metáfora empregada no texto.
POIS
II. Ambas as metáforas apresentam o ser humano como presa de anjos e demônios interiores que tentam lhe ditar o que fazer.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
541: B
542: C
543: A
544: A
545: A
546: C
547: C
548: E
549: D
550: D
551: E
552: D
553: A
554: E
555: C
556: E
557: A
558: E
559: C
560: A