Questões de Concurso
Sobre figuras de linguagem em português
Foram encontradas 3.387 questões
I. Em determinado(s) trecho(s), o rio Negro aparece personificado, constituindo isso uma figura de linguagem denominada prosopopeia.
II. Observa-se conotação no seguinte trecho: “suas águas de veludo testemunharam a glória de grandes tuxauas”.
III. No início do terceiro parágrafo, a oração principal não apresenta sequência após a oração adjetiva explicativa.
IV. Uma ideia do texto é que, quem nasce à beira-mar, tem dificuldade para entender o modo de vida de populações ribeirinhas.
V. O rio Negro, em virtude de em suas margens terem surgido civilizações indígenas, não é menos importante que rios como o Nilo, no Egito.
Assinale a alternativa CORRETA:
Leia o texto a seguir.
“Horror, não tenho dúvidas, é temperatura. Ou melhor, é variação de temperatura. Qualquer história assustadora que se pretenda como tal deve conter, em si, uma transição, uma mudança de um estado inicial específico para outro bem distinto. E a temperatura – ou o clima, para usarmos um termo caro ao gênero – acaba sendo o vetor principal dessa alteração [...].
Sua projeção é dupla: diz respeito tanto aos personagens ficcionais (que se apavoram, gritam e às vezes morrem) quanto a nós, leitores, espectadores ou jogadores (que com eles nos apavoramos e gritamos). Dentro ou fora da obra de horror, a coisa tem que ferver. Mais ou menos como o sapo na panela em fogo baixo: quando o bicho decide sair, é tarde demais.”
NESTAREZ, Oscar. Termômetro do horror: como o gênero se apresenta em diferentes graus. Galileu, 15 de fevereiro de 2022. Cultura. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2022/02/termometro-do-horror-como-o-genero-se-apresenta-em-diferentes-graus.html. Acesso em: 11 mar. 2022.
No intuito de explicar o que deve conter o gênero terror, percebe-se que o autor utilizou, no trecho apresentado, certas passagens perpassadas pela figura de linguagem conhecida como:
O sentido irônico é que o cliente
Leia o texto a seguir para responder a questão .
A marca no flanco
Lya Luft
O mundo não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui forma, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
É uma ideia assustadora: vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo.
E o que configura essa perspectiva nossa?
Ela se inaugura na infância, com suas carências nem sempre explicáveis. Mesmo se fomos amados, sofremos de uma insegurança elementar. Ainda que protegidos, seremos expostos a fatalidades e imprevistos contra os quais nada nos defende. Temos de criar barreiras e ao mesmo tempo lançar pontes com o que nos rodeia e o que ainda nos espera. Toda essa trama de encontro e separação, terror e êxtase encadeados, matéria da nossa existência, começa antes de nascermos.
Mas não somos apenas levados à revelia numa torrente. Somos participantes.
Nisso reside nossa possível tragédia: o desperdício de uma vida com seus talentos truncados se não conseguirmos ver ou não tivermos audácia para mudar para melhor – em qualquer momento, e em qualquer idade.
A elaboração desse “nós” iniciado na infância ergue as paredes da maturidade e culmina no telhado da velhice, que é coroamento embora em geral seja visto como deterioração.
Nesse trabalho nossa mão se junta às dos muitos que nos formam. Libertando-nos deles com o amadurecimento, vamos montando uma figura: quem queremos ser, quem pensamos que devemos ser – quem achamos que merecemos ser.
Nessa casa, a casa da alma e a casa do corpo, não seremos apenas fantoches que vagam, mas guerreiros que pensam e decidem.
Constituir um ser humano, um nós, é trabalho que não dá férias nem concede descanso: haverá paredes frágeis, cálculos malfeitos, rachaduras. Quem sabe um pedaço que vai desabar. Mas se abrirão também janelas para a paisagem e varandas para o sol.
O que se produzir – casa habitável ou ruína estéril – será a soma do que pensaram e pensamos de nós, do quanto nos amaram e nos amamos, do que nos fizeram pensar que valemos e do que fizemos para confirmar ou mudar isso, esse selo, sinete, essa marca.
Porém isso ainda seria simples demais: nessa argamassa misturam-se boa-vontade e equívocos, sedução e celebração, palavras amorosas e convites recusados. Participamos de uma singular dança de máscaras sobrepostas, atrás das quais somos o objeto de nossa própria inquietação. Nem inteiramente vítimas nem totalmente senhores, cada momento de cada dia um desafio.
Essa ambiguidade nos dilacera e nos alimenta. Nos faz humanos.
No prazo de minha existência completarei o projeto que me foi proposto, aos poucos tomando conta dessa tela e do pincel.
Nos primeiros anos quase tudo foi obra do ambiente em que nasci: família, escola, janelas pelas quais me ensinaram a olhar, abrigo ou prisão, expectativa ou condenação.
Logo não terei mais a desculpa dos outros: pai e mãe amorosos ou hostis, bondosos ou indiferentes, sofrendo de todas as naturais fraquezas da condição humana que só quando adultos reconhecemos. Por fim havemos de constatar: meu pai, minha mãe, eram apenas gente como eu. Fizeram o que sabiam, o que podiam fazer.
E eu… e eu?
Marcados pelo que nos transmitem os outros, seremos malabaristas em nosso próprio picadeiro. A rede estendida por baixo é tecida de dois fios enlaçados: um nasce dos que nos geraram e criaram; o outro vem de nós, da nossa crença ou nossa esperança.
LUFT, Lya. Perdas & Ganhos. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 21-23 [Adaptado]
Analise a charge a seguir.
Assinale a opção que indica a figura de linguagem
empregada na charge.
Assinale a opção que indica a figura de linguagem utilizada
na charge.
OLIVEIRA, Diogo. Gasolina caríssima inspira novos memes na internet; veja. Terra, 11 de março de 2022. Disponível em: https://www.terra.com.br/ economia/gasolina-carissima-inspira-novos-memes-na-internet-veja,0295926977daeadde6681011eeaf97c4rsq1xmmg.html. Acesso em: 27 mar. 2022.
Nesse meme, percebe-se que os valores altos a serem pagos pelos motoristas foram indicados por partes do corpo. Em tal contexto, qual das figuras de linguagem listadas a seguir representa o sentido veiculado por essa composição textual?
Assinale a figura de linguagem presente no trecho: "Uma discussão é como uma fogueira e as palavras são como o vento que aviva a brasa"
Leia o meme abaixo.
In: PRODUÇÃO textual durante a pandemia – memes na escola. E-docente, 26 de novembro de 2020. Disponível em: https://www.edocente.com.br/blog/educacao/producao-textual-durante-a-pandemia-memes-na-escola/.
Qual é a figura de linguagem que representa a mudança no
modo de falar presente nesse meme?
Leia a tirinha a seguir.
Nessa tirinha, há uma crítica à figura do ser humano em
relação a seu comportamento no trânsito. Tal crítica se
estabelece por meio do(da):
“Silepse é a concordância que se faz não com a forma gramatical das palavras, mas com o sentido, com a ideia que elas expressam. A silepse é, pois, uma concordância mental.”
CUNHA, Celso. Gramática essencial (org. Cilene da Cunha Pereira). 1ª ed, 2ª reimp.. Rio de Janeiro: Lexicon, 2014.
Tendo em vista a definição de silepse apresentada, assinale a alternativa que traz um exemplo dessa figura de linguagem.
Leia o fragmento a seguir, observando o emprego da expressão sublinhada.
“Como usar o alho
Para obter os seus benefícios, deve-se consumir 1 dente de alho fresco por dia. Uma dica para aumentar o seu poder benéfico é picar ou amassar o alho e deixá-lo descansando por 10 minutos antes de usar, pois isso aumenta a quantidade de alicina, a principal responsável pelas suas propriedades. [...]”
ZANIN, Tatiana. 6 benefícios do alho para a saúde e como usar. Tua Saúde, julho de 2021. Disponível em: https://www.tuasaude.com/alho/. Acesso em: 01 abr. 2022.
Essa expressão é considerada um exemplo de qual figura de linguagem?
Um ancião índio norte-americano, certa vez, descreveu seus conflitos internos da seguinte maneira:
Atenção: Examine a tirinha de Fernando Gonsales para responder à questão:
Ao final de seu texto, Gabriela Loran faz uso de um recurso estilístico.
“Queria poder dizer que todo esse ódio contra a gente NÃO tem poder, mas ele tem.”
Esse recurso é denominado:
O tuíte expressa, de modo claro, o uso e
aplicabilidade de dois prefixos, “CIS” e “TRANS”.
Pela sua conceituação etimológica, podemos afirmar
que esses prefixos possuem uma relação de:
"Eu que era brancae linda, eis-me medonha e escura
Inspiro horror... Ó tu que espias a urdidura
Da minha teia, atenta ao que o meu palpo fia:"
(A Aranha, Manuel Bandeira)
Qual figura de linguem predominante na frase acima?