Questões de Português - Flexão verbal de número (singular, plural) para Concurso
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Levando em conta o que é recomendado pelo uso prestigiado na linguagem padrão, podemos afirmar que
É correto afirmar que:
No trecho “Se Mubarak caísse, o que viria em seu lugar” , estaria mantida a correção gramatical do texto caso se substituíssem as formas verbais “caísse” e “viria” por cair e virá, respectivamente.
A forma verbal de subjuntivo "envolvessem" está no plural para concordar com "cidadãos" .
As formas verbais "organizaram-se" e "constituíram", ambas na linha 7, estão no plural para concordar com o mesmo termo com que concorda “Dotados”
Com base nas idéias desenvolvidas no texto, julgue os itens a seguir.
O segmento “nos faz rejeitar” (L.5) poderia corretamente ser expresso de duas outras formas: faz-nos rejeitar e faz rejeitar-nos.
Assinale a alternativa em que se tenha correta transposição da fala do segundo quadrinho para o plural.
Considerando o texto acima, julgue os itens subseqüentes.
seguinte.
Falamos o idioma de Cabral?
Se é que Cabral gritou alguma coisa quando avistou o
monte Pascoal, certamente não foi "terra ã vishta", assim, com
o "a" abafado e o "s" chiado que associamos ao sotaque
português. No século XVI, nossos primos lusos não engoliam
vogais nem chiavam nas consoantes - essas modas surgiram
no século XVII. Cabral teria berrado um "a" bem aberto e dito
"vista" com o "s" sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na
verdade, nós, brasileiros, mantivemos sons que viraram arcaísmos
empoeirados para os portugueses.
Mas, se há semelhanças entre a língua do Brasil de hoje
e o português antigo, há ainda mais diferenças. Boa parte delas
é devida ao tráfico de escravos, que trouxe ao Brasil um número
imenso de negros que não falavam português. "Já no século
XVI, a maioria da população da Bahia era africana", diz Rosa
Virgínia Matos, lingüista da Universidade Federal da Bahia.
"Toda essa gente aprendeu a língua de ouvido, sem escola",
afirma. Na ausência da educação formal, a mistura de idiomas
torna-se comum e traços de um impregnam o outro. "Assim os
negros deixaram marcas definitivas", diz Rosa.
Também no século XVI, começaram a surgir diferenças
regionais no português do Brasil. Num pólo estavam as áreas
costeiras, onde os índios foram dizimados e se multiplicaram os
escravos africanos. No outro, o interior, persistiam as raízes
indígenas. À mistura dessas influências vieram se somar as
imigrações, que geraram diferentes sotaques.
Mas o grande momento de constituição de uma língua
"brasileira" foi o século XVIII, quando se explorou ouro em
Minas Gerais. "Lá surgiu a primeira célula do português brasileiro",
diz Marlos Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco.
A riqueza atraiu gente de toda parte - portugueses,
bandeirantes paulistas, escravos que saíam de moinhos de
cana e nordestinos. Ali, a língua começou a uniformizar-se e a
exportar traços comuns para o Brasil inteiro pelas rotas
comerciais que a exploração do ouro criou.
(Super Interessante. Almanaque de férias 2003. São
Paulo, Abril, 2003, pp. 50-51)