Questões de Concurso
Comentadas sobre flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro) em português
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“Um burro atravessava um rio carregando sal. Como escorregou e caiu na água, o sal derreteu e a carga tornou-se mais leve. Feliz com isso, quando certa vez passava novamente perto do rio carregando esponjas, acreditou que, se caísse de novo, também aquela carga se tornaria mais leve. Então, escorregou de propósito, mas aconteceu-lhe que, como as esponjas absorveram a água, ele não pôde mais levantar-se e ali morreu afogado”.
A característica básica de um texto narrativo é a sucessão cronológica de ações ou acontecimentos. Assinale a opção em que os verbos destacados não mostram sucessão cronológica.
“Os coanócitos das esponjas atuais seriam herdeiros de coanoflagelados.” (Texto 1, 11º parágrafo)
Nas passagens acima, o futuro do pretérito é empregado, respectivamente, para:
Do ponto de vista formal, essas três partes se distinguem pela predominância, respectivamente, de:
A questão refere-se ao texto a seguir.
Como frear os massacres nas escolas
Alexandre Carvalho
Luz, câmeras do circuito interno preparadas… e ação! Um adolescente de 17 anos saca uma arma de
fogo e dispara contra ex-colegas. Segundos depois, seu cúmplice, de 25, usa um machado para atingir vítimas
já caídas no chão. Cinco alunos, uma coordenadora pedagógica e uma inspetora do colégio foram
assassinados. Antes do ataque, um dos atiradores fez questão de se exibir na internet: publicou 20 fotos suas
no Facebook, alternando entre o rosto zangado à mostra e coberto com uma máscara de caveira – a mesma
que ele usou no que ficaria conhecido como o “Massacre de Suzano”.
As cenas registradas na escola da Região Metropolitana de São Paulo, em março de 2019, foram exibidas à exaustão nos portais de internet e telejornais. Os espectadores assistiram às armas apontadas, aos golpes de machado em cabeças com a imagem distorcida – para não ferir (ainda mais) a sensibilidade da audiência. Viram as crianças pulando o muro da escola em desespero; ouviram seus gritos, choros e ligações para o celular dos pais, implorando socorro. Uma edição de cenas idênticas às dos filmes de ação mais eletrizantes. Mas era um terror real.
Eis que um salto de quatro anos nos leva à tragédia do dia 28 de março agora. Um adolescente assassinou com facadas sua professora de 71 anos numa escola da Vila Sônia, zona oeste paulistana. Também feriu colegas até ser imobilizado e desarmado por duas mulheres. Em depoimento à polícia, o garoto confessou: “Fui inspirado pelo Massacre de Suzano”. Não à toa, usava a mesma máscara com imagem de caveira que um de seus ídolos ostentava na internet. E seguiu o padrão de se gabar. Horas antes do ataque, publicou no Twitter: “Irá acontecer hoje, esperei por esse momento a vida inteira”. Em seu perfil nessa rede social, usava o sobrenome de um dos atiradores de Suzano.
A influência por trás desse adolescente assassino se encaixa na descrição do “efeito copycat”: o interesse de alguém no sensacionalismo em torno de crimes violentos (ou suicídios) a ponto de cometer atos semelhantes. No caso de criminosos em potencial, é gente que quer a mesma celebridade de seus malvados favoritos.
Mas por que a publicidade de crimes geraria mais crimes? A resposta passa primeiro pela nossa própria essência: a linha entre civilização e barbárie é mais tênue do que Homo sapiens modernos tendem a crer. Freud tinha uma explicação para isso. Ele afirmava que a pressão civilizatória para a vida em sociedade trouxe um mal-estar para o que se esconde no nosso cérebro primitivo, confortável com o comportamento violento. Afinal, a humanidade passou o grosso de sua história lidando com assassinatos como parte do dia a dia. O psicólogo Steven Pinker, que estudou as razões do declínio da violência através dos tempos, escreveu: “Até recentemente, a maioria das pessoas não achava que havia algo particularmente errado com elas”.
A sociedade mudou, mas bem mais rapidamente do que o funcionamento do órgão que temos na caixa craniana. Lá no fundo, esse instinto homicida ainda existe e quer se manifestar – e nem sempre à sombra do olhar da Justiça. Afinal, a notoriedade de um assassinato pode ser favorável a quem quer ser temido ou aceito pelo grupo (pense em grupos que dominavam outros à base da força). E, até hoje, acaricia o ego dos que desejam pôr a cabeça para fora da maioria.
Veja o caso da morte de John Lennon. O beatle teve de escrever muitas das melhores composições da música pop para se estabelecer como um superstar. Seu assassino só precisou de cinco disparos para ter seu rosto estampado pelo mundo, e ver seu nome se tornar quase tão conhecido quanto o de sua vítima.
O massacre da Columbine High School, de 1999, no qual dois adolescentes mataram 13 pessoas a tiros e se suicidaram em seguida, tornou os rostos e nomes dos assassinos conhecidos mundialmente. Virou filme, documentário. E levou a uma corrente de atos parecidos mundo afora. Só nos EUA, houve 377 ataques em escolas desde então.
Com as redes sociais, o estrelato psicótico ficou ainda mais acessível. E a própria evolução no número de massacres americanos mostra isso. Em 2000, um ano após Columbine, e com a internet ainda na infância, aconteceram 12 tiroteios em escolas. Em 2018, o ano em que o TikTok se tornou o app mais baixado dos EUA, foram 30 ataques com armas de fogo. No ano passado, 46 – o recorde até agora. Um estudo da Temple University (EUA) vai ao encontro dessa ligação entre os massacres e a ascensão das redes: mostrou que adolescentes se tornam cinco vezes mais propensos a cometer crimes se sabem que seus colegas estão vendo.
No mundo pré-internet, era mais difícil para alguém com pendor para a prática criminosa encontrar grupos com interesses idênticos. Com redes sociais é diferente: aqueles com tendências violentas acham seus semelhantes com facilidade, mesmo que estejam em cidades, estados ou países diferentes. E um agressor em potencial mais ousado estimula o outro.
Há caminhos para minimizar essa tendência. Se o descontrole no acesso ao conteúdo está na essência das redes sociais, um relatório do Crest, consultoria britânica especializada em crime e Justiça, traz algumas recomendações. Estamos falando de treinamento de crianças como espectadores de mídia social, para orientá-las sobre como identificar (e dar um alerta) se algo parecer levar à violência. Outra seria criar uma escala de classificação para plataformas de rede social, indicando o quão seguras elas são para crianças – já que isso pressionaria as próprias redes a abolir conteúdo impróprio de forma mais eficiente. No Brasil, o Ministério da Justiça anunciou a ampliação de 10 para 50 o número de policiais do grupo de monitoramento da dark web, a terra sem lei onde comunidades de criminosos se sentem em casa.
Mas talvez a mais importante das iniciativas seja algo simples. E que está começando a ser defendida (e posta em prática) no Brasil com ênfase depois que, poucos dias após o assassinato na Vila Sônia, um homem de 25 anos invadiu uma creche em Blumenau (SC) e matou quatro crianças com uma machadinha. É não dar o que alguns desses matadores mais querem: a celebridade.
No mesmo dia do massacre dessas meninas e meninos, William Bonner anunciou no Jornal Nacional que os nomes e as imagens de autores de ataques, assim como vídeos dos crimes, não seriam mais divulgados na Globo. Outros órgãos de imprensa adotaram a mesma abordagem. E é o que fizemos neste artigo, incluindo casos do passado. Glamourizar assassinos, afinal, equivale a pedir por mais assassinatos.
Disponível em:< https://super.abril.com.br/sociedade>. Acesso em 25 jun. 2023.
Após a leitura do texto narrativo abaixo, responda à questão.
TEXTO 2
Ovo de óleo
O que havia de
errado com a receita das rosquinhas de coco, que não ficavam iguais às de
Bernadete? A menina de 10 anos, tomada de frustração, tentava decifrar o
enigma. Durante suas férias no campo, ela observara atentamente, do degrau
entre a cozinha e a sala, a mulher que preparava as rosquinhas mais macias e gostosas
que ela já provara. De volta a sua casa, tentava reproduzir o feito. Sem
sucesso.
Seria a falta
do “ovo caipira”? As marcas de farinha disponíveis em Campinas seriam
diferentes das de lá? Seria, talvez, a falta da mão confiante e experiente de
Bernadete? Ou teria a mulher passado a mágica receita erradamente? Não, ela era
atenciosa e bondosa demais para fazer algo do tipo.
É, talvez
fosse mesmo a falta daquele ingrediente que ela não conseguia entender...
“Cinco meias cascas de ovo de óleo.” O que seria um “ovo de óleo”? Na dúvida,
pegava apenas cinco ovos “normais” e, um a um, ia acrescentando à massa somente
o que cabia na metade da casca de cada um. E a massa ficava sempre ressecada,
rígida, que droga!
Depois de duas
tentativas fracassadas, a pequena, finalmente, venceu a vergonha de sua
possível ignorância e perguntou à mãe o que seria o “ovo de óleo”. A mãe,
ocupada e sem dar muita atenção à estranheza da questão — “coisas de
crianças...” —, apenas disse que não existia animal algum chamado “óleo”,
portanto, não teria como existir tal ovo.
Ao longo
daquele ano, a menina tentou acertar a receita duas, três, cinco vezes.
Desistiu. Resolveu que, nas próximas férias, pediria a Bernadete que preparasse
novamente as rosquinhas, explicando-lhe detalhadamente o processo. Aí, sim,
essa receita danada não mais lhe escaparia às mãos!
Passaram-se os
meses e, depois de ela controlar, com muito custo, a enorme ansiedade, enfim,
as férias! Foi então que veio a grande decepção: chegando à fazenda, a pequena
aspirante a mestre-cuca perguntou pela “professora” e recebeu a trágica notícia
de que ela havia deixado o emprego para trabalhar em outra cidade. Que
tristeza, quanta falta de sorte... Parecia que aquelas rosquinhas queriam
pertencer apenas a sua mestra criadora, e a mais ninguém!
Tal frustração
fez com que a menina decidisse encerrar suas atividades culinárias. E “para
sempre”! Era quase um sentimento de humilhação aquilo que a invadia, ao fim de
tantas tentativas fracassadas. Não queria mais sentir aquilo. Mesmo sabendo da
existência de outras milhares de receitas possíveis de serem executadas, o medo
de não acertar e, então, sentir algo parecido a paralisava.
Anos se
passaram e a pequena deixou de ser pequena. No alto de seus 17 anos, ela
concluía, agora, o último ano de colégio. Pensando nas férias que se
aproximavam, lembrou-se daquele sonho de menina interrompido por si diante da
primeira dificuldade. Que bobagem! Resolveu, então, remexer um pouco nesse
passado. Comprou um livro de receitas!
No ônibus
escolar, na volta para casa, a jovem abriu o livro, folheou, folheou, folheou,
escolheu encarar uma receita de bolo de coco. Na terceira linha de descrição
dos ingredientes, ela leu “meia xícara (de chá) de açúcar”... E, depois, “uma
colher (de sopa) de fermento”... E sorriu.
LEAH, Sandy. Ovo de óleo.
Disponível em
<https://issuu.com/revista-minerva/docs/edi__o_1_revista_minerva>. Acesso
em 19 de junho de 2023.
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Assinale a alternativa que preenche as lacunas dos enunciados a seguir, com os respectivos verbos empregados de acordo com a norma-padrão.
Espera-se que o texto______________ ao menos o papel em que foi impresso.
Muito se_____________ a tolerância; no entanto, pouco esforço se faz para praticá-la.
Era imperioso que se_____________ o exercício da tolerância.
Leia o texto para responder à questão.
A imprensa nos tempos de Balzac
I A forma verbal “Compreendia” (l.5) está sendo empregada com o mesmo sentido de Possuía. II O sinal indicativo de crase em “à região” (l.7) justifica-se pela regência de “chegada” (l.6) e pela presença de artigo definido feminino singular antes de “região”. III A substituição de “foram denunciados” (l.14-15) por denunciaram-se mantém a correção gramatical do período. IV A forma verbal “têm” (l.20) está no plural para concordar com “pessoas” (l.19). V A substituição de “que” (l.29) por os quais mantém a correção gramatical do período.
A quantidade de itens certos é igual a
Fonte:(in: https://www.bbc.com/portuguese/ articles/cv2nrlv2we5o. Adaptado)
O verbo destacado encontra-se conjugado no:
Texto para a questão.
Julgue o item que se segue.
Verbos em português não podem ser usados no
particípio para formar tempos compostos.