Questões de Concurso
Comentadas sobre fonemas e letras em português
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I. Uma língua é constituída de um conjunto infinito de frases. Cada uma delas possui uma face sonora, ou seja a cadeia falada, e uma face significativa, que corresponde ao seu conteúdo.
II. Uma frase, por sua vez, pode ser dividida em unidades menores de som e significado – as palavras – e em unidades ainda menores, que apresentam apenas a face significante – os fonemas.
“Denomina-se regularidades biunívocas (relação um para um) ou diretas aquelas em que apenas um grafema representa determinado fonema e vice-versa, isto é, nos casos em que há representação com base em uma correspondência termo a termo.” (CASCAVEL, 2020, p. 367).
“Relações cruzadas: uma unidade sonora tem mais de uma representação gráfica possível. A unidade gráfica (letras) representa mais de uma unidade sonora (som/fonema).” (CASCAVEL, 2020, p. 367).
Fonte: https://ppglin.posgrad.ufsc.br/files/2013/04/Livro_Fonetica_e_Fonologia.pdf
Essas unidades mínimas que distinguem as palavras entre si são denominadas:
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) considera que os corpos em Bucha, vistos após a retirada russa da cidade ucraniana, mostram "uma brutalidade insuportável que a Europa não testemunha há muitas décadas". A declaração foi feita hoje pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
Amanhã (6), ministros das Relações Exteriores dos países que integram a aliança militar irão se reunir para tratar da guerra da Rússia na Ucrânia, que chegou ao seu 41º dia. Segundo Stoltenberg, os ministros discutirão o que mais será feito. De acordo com ele, os membros da Otan "estão determinados a fornecer mais apoio à Ucrânia". "Incluindo armas antitanque, sistemas de defesa aérea e outros equipamentos. Os aliados também aumentaram a assistência humanitária e a ajuda financeira", disse o secretário-geral da aliança.
Fonte: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2022/04/05/russia-ucrania-5-de-abril-dia-41.htm
I. Um time hexacampeão não é aquele que ganha seis títulos ao longo de sua história, mas aquele que vence seis vezes consecutivamente.
II. O patrão foi inexorável com os grevistas e não considerou suas reivindicações, despedindo todos.
III. Por que você não vai direto ao assunto e diz o que quer? Você está sendo muito prolixo.
IV. No estudo da língua portuguesa, mais do que a fonologia e a morfologia, fascina-me a sintaxe.
V. Para ler a obra de Guimarães Rosa, um dos maiores escritores do Brasil, é indispensável conhecer o léxico.
VI. Após a catástrofe da queda do barranco, os desabrigados, felizmente, receberam a máxima solidariedade das pessoas.
Assinale a alternativa que expressa de modo CORRETO, respectivamente, o valor fonético da letra X nas palavras sublinhadas:
Considerando a palavra “pandemia”, retirada do texto, analise as assertivas a seguir:
I. A palavra apresenta o mesmo número de fonemas e de letras.
II. Há nela a presença de um ditongo crescente.
III. Trata-se de palavra proparoxítona, cuja sílaba tônica é “pan”.
Quais estão corretas?
VÍNCULOS DO TEMPO
O ritmo frenético não justifica deixar de fazer o que é relevante.
É preciso ir devagar se quisermos ir longe, diz o ditado, com a sabedoria das constatações simples, aquelas que nascer da observação da natureza. Os Índios, por exemplo, são mestres no ofício de tirar lições de vida a partir das circunstâncias que lhes cercam e determinam sua existência. O céu, o rio, a floresta, as estações, tudo para os Índios tem um valor que nós, habitantes da cidade, com frequência subestimamos - o valor sublime daguilo que nos é dado pelo universo. Como o tempo.
Apesar de tentarmos controlá-lo com ponteiros ou telas digitais, o tempo não é mensurável por um único padrão. Ele acelera e desacelera de acordo com nosso estado de espirito. Há o tempo medido pela urgência, quando um prazo se impõe. Há o tempo do lazer, da conversa agradável, que se dissipa num piscar de olhos. Há o tempo preguiçoso, que escore por entre os dedos desperdiçado coma água preciosa. Há o tempo de festa e o tempo de luto, cada um dura quanto deve durar, mais curto e intenso para uns, mais longo e diluído para outros. É subjetiva, portanto, a percepção do tempo, esse “tambor de todos os ritmos”, na definição precisa de Caetano Veloso.
Nas últimas décadas, nos acostumamos a um ritmo frenético, inimaginável para nossos pais e avós. Os avanços da tecnologia multiplicaram nossas obrigações. ironicamente, cada facilidade a que temos acesso corresponde a uma dificuldade exira, uma tarefa adiclonal. O celular, por exemplo, nos franqueia o contato imediato com o mundo, mas demanda atenção a inúmeros grupos, nem todos realmente importantes. Com tantas facilidades ao nosso dispor, ficou mais complicado conciliar todas as esferas da vida - trabalho, estudo, família, amigos, lazer. Assim, engolidos pela rotina, vamos passando os dias sem dedicar um minuto a nós mesmos ou negligenciando os que nos são mais próximos.
Até que ponto, no entanto, as múltiplas distrações da vida modema são desculpa para não fazermos o que mais importa?
Algumas pessoas têm um admirável talento para fazer o tempo render, a convicção de que quinze minutos da agenda é tempo precioso. Fazem tudo com consciência, aproveitam cada reunião, cada conversa, para extrair o máximo do momento. Além de excelentes administradores do tempo, são notáveis gestores da informação que recebem - o que também os faz economizar tempo para apreciá-lo da maneira que se deve.
Conheço executivos que só comissionam trabalhos a quem “não tem tempo”. Sabem que os profissionais mais demandados produzirão o tempo extra que for necessário. Sim, porque é possivel fazer o própriotempo.
O distanciamento social mudou um pouco nossa relação com o tempo. Reduzimos a marcha, o que nos deu a oportunidade de rever a maneira como o desfrutamos. É esse o momento de encarar aquele projeto pessoal tantas vezes adiado. Pode ser o que for: testar uma receita nova, planejar uma viagem dos sonhos para quando tudo isso passar, se dedicar a montar a árvore genealógica da família, ler aquete clássico com calma que ele merece. E, sobretudo, conviver mais com quem amamos. Aliás, é sempre bom lembrar que o tempo compartilhado com alguém é a mais poderosa força criadora de vínculos.
FONTE: DINIZ, Lucília. Veja, 14/04/21
Ela Tem Alma de Pomba
Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar a sessão das oito no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra novela.
O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Cachoeiro F.C. com o Estrela F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um Internacional x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo confesso que lia mais quando não tinha televisão.
Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e com tudo mais nesta vida, inclusive a boa conversa, até o making love.
Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer. Por exemplo: quebrar o braço.
Só não acredito que televisão seja “máquina de amansar doido”. Até acho que é o contrário; ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido, acalmar, fazer doido dormir.
Quando você cita um inconveniente da televisão, uma boa observação que se pode fazer é que não existe nenhum aparelho de TV, a cores ou em preto e branco, sem um botão para desligar. Mas quando um pai de família o utiliza, isso pode produzir o ódio e o rancor no peito das crianças e até de outros adultos.
Quando o apartamento é pequeno, a família é grande e a TV é só uma – então sua tendência é para ser um fator de rixas intestinais.
- Agora você se agarra nessa porcaria de futebol...
- Mas você não tem vergonha de acompanhar essa besteira de novela?
- Não sou eu não, são as crianças!
- Crianças, para a cama!
Mas muito lhe será perdoado à TV pela sua ajuda aos doentes, aos velhos, aos solitários. Na grande cidade – num apartamentinho de quarto e sala, num casebre de subúrbio, numa orgulhosa mansão – a criatura solitária tem nela a grande distração, o grande consolo, a grande companhia. Ela instala dentro de sua toca humilde o tumulto e o frêmito de mil vidas, a emoção, o “suspense”, a fascinação dos dramas do mundo.
A corujinha da madrugada não é apenas a companheira de gente importante, é a grande amiga da pessoa desimportante e só, da mulher velha, do homem doente... É a amiga dos entrevados, dos abandonados, dos que a vida esqueceu para um canto... ou dos que estão parados, paralisados, no estupor de alguma desgraça...ou que no meio da noite sofrem o assalto das dúvidas e melancolias... mãe que espera filho, mulher que espera marido...homem arrasado que espera que a noite passe, que a noite passe...
(Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas. São Paulo. Círculo do Livro.)
OS NAMORADOS DA FILHA
Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua antiga juventude. Homem avançado, já esperava que aquilo acontecesse um dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.
Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A moça podia dormir com o namorado:
─ Mas aqui em casa.
Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.
O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante café da manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de laranja.
Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.
Brevemente, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa: este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café da manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia ─ ah, essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis. Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado. Tranquilizou-o:
─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua.E foi deitar. Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.
─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.
─ Que rapaz? ─ disse ela.
Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a casa. Faltava o CD player, a máquina fotográfica, a impressora do computador. O namorado não era namorado. Paixão poderia nutrir, mas era pela propriedade alheia.
Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café da manhã.
(Moacyr Scliar. Crônica extraída da Revista Zero Hora, 26/4/1998)
I – Sobre Fonética e Fonologia, o vocábulo balanço, constante do primeiro parágrafo do texto, possui 7 letras, 6 fonemas, 3 sílabas e 1 ditongo
PORQUE
II – há a sequência de 7 letras seguintes: b-a-l-a-n-ç-o; 6 fonemas: [b], [a], [l], [ã], [ç], [u], 3 sílabas: ba -lan-ço e o dígrafo -an-.
A respeito das asserções, é correto afirmar que
![](https://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/images/provas/86237/texto_associado%201%20a%2020.png)
I. As representações de sons ou ruídos são _______________. Exemplos: atchim, blá-blá-blá, snif, buá.
II. As ____________ se formam pela junção das letras iniciais de um conjunto de palavras. Exemplos: Enem (de Exame Nacional do Ensino Médio).
III. Chama-se _________ uma nova palavra criada geralmente em situação informal e na modalidade falada, que expressa a identidade de um grupo de falantes.
IV. O __________ é um vocabulário técnico ligado a um ramo de atividade. Exemplo: o uso das palavras goleada e bicicleta no futebol.
Marque a alternativa que completa respectivamente as lacunas de forma CORRETA.
Considere as quatro afirmações a seguir para responder à questão:
I - Em ambos os casos, estamos diante de manifestações de variação linguística (histórica e regional, respectivamente).
II - Em ambos os casos, há diferença entre fonemas consonantais surdos (ou desvozeados) e fonemas consonantais sonoros (ou vozeados).
III - No primeiro caso, o /s/ permanece desvozeado (ou surdo) quando está diante de outros fonemas consonantais desvozeados (ou surdos) e sonoriza-se quando o fonema consonantal seguinte é sonoro.
IV - A diferença entre a pronúncia de /s/ e /z/ (primeiro caso) e a pronúncia chiada (segundo caso) exemplifica o fenômeno da variação linguística geográfica ou regional.
Luís Gama. Quem sou eu? In: Sílvio Romero. História da literatura brasileira.
Rio de Janeiro: Garnier, 1888. Internet: <www.brasiliana.usp.br>
Com relação a aspectos linguísticos do poema Quem sou eu?, anteriormente apresentado, julgue o próximo item.
A palavra “guerra” (33.º verso) é escrita com seis letras, mas
possui apenas quatro fonemas.
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo texto estão citados na questão.
Como cuidar melhor de si mesmo (e dos outros)
Por Anna Rachel Ferreira
(Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/19676/como-cuidar-melhor-de-si-mesmo-e-dos-outros?utm_source=lp#_=_ – texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando fonemas e grafias, analise as seguintes palavras retiradas do texto:
I. A palavra ‘Coronavírus’ não apresenta dígrafo.
II. O vocábulo ‘Quarentena’ tem 10 letras e 8 fonemas.
III. ‘Pandemia’ tem apenas um dígrafo.
Quais estão corretas?
( ) Os vocábulos normal, simples e rotineiro (1º parágrafo) exercem a função de modificar o mesmo substantivo na mesma oração. ( ) As expressões pão com manteiga e arroz com feijão estão relacionadas à ideia de algo normal, comum, cotidiano. ( ) São identificados diferentes exemplos de encontros consonantais nas palavras sonho, preto e tornou. ( ) As palavras manhã, também e excepcional possuem o mesmo acento tônico. ( ) As palavras sobressaltos, horas e honesto são exemplos da falta de correspondência entre número de fonemas e de letras.
A sequência correta, de preenchimento das lacunas, é: