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Q2115290 Português
O professor de língua portuguesa: modos
de ensinar e de apre(e)nder


    O tema é paradoxalmente árido e fértil: a sua aridez decorre do desgaste que a sociedade inflige ao professor com a superexposição, geralmente negativa, em todos os setores; a fertilidade vem da perseverança que os mestres realmente apaixonados pelo que fazem, conferem à sua atividade, não se desmotivando nunca, abertos à renovação, sempre prontos a considerar possibilidades que facilitem e/ou aperfeiçoem seu ofício. [...]
      Não abordaremos aqui conteúdos, porque já são exaustivamente contemplados, mas a postura, segundo nossa concepção, do professor de Língua Portuguesa. De como o percebemos. Da sua representação.
      Não há a menor dúvida de que o ensino e a aprendizagem da Língua Portuguesa são considerados difíceis e enfadonhos. Não se trata de dourar a pílula, dizer que há fórmulas infalíveis de se chegar ao aluno, com aprovação e receptividade tais, que nos esperarão nas salas, ansiosos, motivados e prontos para aulas magníficas e inesquecíveis.
     Por uma série de circunstâncias, não existe esse contexto, pelo menos em termos tão otimistas, infelizmente, para todos nós, professores de Língua Portuguesa.
     Quando falamos a respeito de ensino, não o fazemos com distanciamento. Somos (sempre seremos), por efetiva prática, professora de Educação Infantil (antigo Primário), Fundamental e Médio, durante anos (aposentando-nos no Município com tempo integral, dando aulas), estando atualmente no Ensino Superior com docência e pesquisa.
      [...]
     Voltando à questão central, qual deve ser realmente o perfil do professor de Língua Portuguesa?
     Primeiramente conscientizar-se de que professor de Língua Portuguesa não é só ser professor de Gramática. É ser polivante. Por tal, entenda-se, relacionar-se bem com Leitura, Literatura, Filologia, Filosofia, Antropologia, Sociologia, História, Geografia porque efetivamente uma língua viva se funda em tudo isso, é denominador comum, é fator de unidade, polariza, congrega, instiga, enfim, é agente de cultura.
      [...]
     A Língua Portuguesa está presente em tudo: dentro e fora da instituição escolar. Ela é o código maior de comunicação, o mais fácil, o mais à mão. Há de ser enriquecida diuturnamente.
   Voltando para a Gramática, para não dizer que não falei de flores (gramaticais ou verbais), torna-se claro que o professor de Língua Portuguesa precisa ensinar gramática. Então, acaba o encanto da globalização linguística? Respondemos que não, porque o professor não se limitará a reproduzir “gramatiquices”, regras e exceções, conceitos passados como verdades absolutas, nomenclaturas isentas de críticas, séries de exercícios monótonos e repetitivos.
        [...]
    A figura do professor que, então, transmitirá a tal gramática é essencial, não acessória, as luzes concentrando-se nele, brilhando sempre intensamente, lembrando um farol no meio da escuridão. Antes de mais nada, não será um acomodado, abrindo a Gramática e lendo conceitos ou usando o livro didático como muleta e não complemento. [...]
     Deve ser crítico e fazer com que seus alunos (com as adequações compatíveis ao nível) exerçam o sentido da crítica, conhecendo teorias diversas, sem medo de ser avançado (ousado) demais ou tradicional (antigo, ultrapassado), lembrando-se de que como usuário da língua (para comunicar-se simplesmente ou fazer uso de sua função expressiva, estética), ele tem direitos e deveres, não sendo indiferente, alheio, neutro. [...]
    Para nós, assim deve ser o professor de Língua Portuguesa: não limitado ou escravo de livros ou teorias, mas antenado à vida, comprometido tanto com a tradição quanto com a modernidade, evoluindo sem temer o novo, fiel à sua consciência sempre e preocupado em dar e fazer o melhor.
      [...]

(PEREIRA, Maria Teresa Gonçalves. Fragmento adaptado. O professor
de língua portuguesa: modos de ensinar e de apre(e)nder.)
Considerando os conhecimentos acerca dos fonemas e letras pode-se afirmar que está correta a indicação feita referente ao termo destacado em: “Não abordaremos aqui conteúdos, porque já são exaustivamente contemplados, mas a postura, segundo nossa concepção, do professor de Língua Portuguesa.”
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa correta: B - "porque: 6 letras / 5 fonemas"

A questão trata da relação entre letras e fonemas, conceitos essenciais na fonologia, que é a área da linguística que estuda os sons da fala. Para resolver a questão, é necessário entender a diferença entre letras (os símbolos usados na escrita) e fonemas (os sons produzidos na fala).

Vamos analisar cada alternativa para entender por que a alternativa B está correta e as demais estão incorretas:

A - "aqui: 4 letras / 2 fonemas"

A palavra "aqui" possui 4 letras (a, q, u, i). No entanto, ela tem 4 fonemas: /a/, /k/, /i/, // (representando o som de 'u'). Portanto, a contagem apresentada está incorreta.

B - "porque: 6 letras / 5 fonemas"

A palavra "porque" possui 6 letras (p, o, r, q, u, e). Em termos de fonemas, temos /p/, /o/, /r/, /k/, /e/, totalizando 5 fonemas. Essa contagem está correta, já que 'qu' representa o som /k/.

C - "conteúdos: 8 letras / 8 fonemas"

A palavra "conteúdos" possui 9 letras (c, o, n, t, e, ú, d, o, s). Em termos de fonemas, temos /k/, /o/, /n/, /t/, /e/, /u/, /d/, /o/, /s/, totalizando 9 fonemas. Portanto, a contagem apresentada está incorreta.

D - "exaustivamente: 14 letras / 15 fonemas"

A palavra "exaustivamente" possui 14 letras (e, x, a, u, s, t, i, v, a, m, e, n, t, e). Em termos de fonemas, temos /e/, /k/, /z/, /a/, /u/, /s/, /t/, /i/, /v/, /a/, /m/, /e/, /n/, /t/, /e/, totalizando 15 fonemas. Portanto, a contagem de letras está correta, mas a contagem de fonemas está correta.

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Comentários

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a) a-q-u-i = 4 letras / a-qu-i = 3 fonemas

b) p-o-r-q-u-e = 6 letras / p-o-r-qu-e = 5 fonemas

c) c-o-n-t-e-u-d-o-s = 9 letras / c-on-t-e-u-d-o = 7 fonemas

d) e-x-a-u-s-t-i-v-a-m-e-n-t-e = 14 letras /e-x-a-u-s-t-i-v-a-m-en-t-e = 13 fonemas

GAB: B

c-on-t-e-u-d-o-s 8 fonemas

GABARITO LETRA "B"

#OBA

aqui: 4 letras / 2 fonemas

4 letras 1 dígrafo consonantal a-k-i 3 fonemas

porque: 6 letras / 5 fonemas

6 letras 1 dígrafo consonantal p-o-r-k-e 5 fonemas

conteúdos: 8 letras / 8 fonemas

9 letras 1 dígrafo vocálico c-on-t-e-u-d-o-s 8 fonemas

exaustivamente: 14 letras / 15 fonemas

14 letras 1 dígrafo vocálico e-x-a-u-s-t-i-v-a-m-en-t-e 13 fonemas

Os fonemas são unidades sonoras que se combinam e formam sílabas que são percebidas pela nossa audição. Os fonemas fazem parte do sistema de sons de uma língua. 

Os fonemas são produzidos pelos diferentes movimentos do nosso aparelho fonador (boca, língua, palato, cordas vocais, fossas nasais, dentes,...) em conjunto com o ar que sai dos pulmões. Conforme a vibração das cordas vocais podem ser classificados em sonoros ou surdos.

Os fonemas sonoros ocorrem quando há vibração das cordas vocais: /z/ /v/ /j/ /d/ /g/.

Os fonemas surdos ocorrem quando não há vibração das cordas vocais: /f/ /s/ /x/ /t/ /k/.

É essencial distinguir os conceitos de fonema e letra. Conforme referido, um fonema é uma abstração sonora. A letra é a representação escrita dessa unidade sonora. Para ser escrito o fonema - e não a letra - está convencionado o uso das barras oblíquas na transcrição fonológica: / /

Letras: f s x m t d j

Fonemas: /f/ /s/ /x/ /m/ /t/ /d/ /j/

A CONSTANTE REPETIÇÃO LEVA À CONVICÇÃO!

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