Questões de Concurso Sobre fonologia em português

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Q1731094 Português
TEXTO 
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

A MENSAGEM NO ATO DA COMUNICA HYPERLINK

(1º§) A mensagem é um elemento fundamental da comunicação e transmitida por algum meio. A análise de uma comunicação é complexa, uma vez que existe a participação de vários elementos: o emissor, o receptor, o canal, código, o contexto e a mensagem. Cada um desses elementos tem suas peculiaridades, funções e variáveis. Entretanto, o processo global é sintetizado e resumido em algo muito específico: a mensagem.
(2º§) A finalidade de uma mensagem é dar a oportunidade de conhecer algo. A forma e o fundo são fatores determinantes, pelas palavras empregadas, pela abordagem em função da intenção do emissor. Neste sentido, adaptar o tipo de mensagem ao contexto é provavelmente a chave para alcançar o objetivo na comunicação. (...)
(3º§) Compreender a mensagem, compreender-se na mensagem, compreender-se pela mensagem - eis aí os três propósitos fundamentais da leitura, que em muito ultrapassam quaisquer aspectos utilitários ou meramente "livrescos", da comunicação leitor-texto. Ler é, em última instância, não só uma ponte para a tomada de consciência, mas também um modo de existir no qual o indivíduo compreende e interpreta a expressão registrada pela escrita e passa a compreender-se no mundo.

(Silva (2002, p. 45) - (https://conceitos.com/mensagem/)
Analise as assertivas com (V) verdadeiro ou (F) falso.
(__)O termo "mensagem" representa o foco temático textual.
(__)A palavra "complexa" é trissílaba, paroxítona, está escrita com encontro consonantal e um dífono (letra com duplo som).
(__)O primeiro período do (1º§) apresenta um substantivo e um adjetivo com encontro consonantal pronunciado sem ser gráfico.
(__)A última palavra do período: "A análise de uma comunicação é complexa" exerce função sintática de objeto direto.
(__)O período: "Entretanto, o processo global é sintetizado e resumido em algo muito específico: a mensagem". - está escrito com hipérbato; a vírgula está usada para separar um elemento coesivo conjuntivo coordenativo com ideia de oposição; os dois pontos servem para apontar o elemento referido no parágrafo.
Após análise, marque a alternativa que contém a sequência CORRETA das assertivas acima: 
Alternativas
Q1730979 Português
TEXTO 
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.


A ESCRITA ATRAVESSA O TEMPO

(1º§) Podemos saber hoje o que se escreveu há milhares de anos, há cinquenta anos, há quatro anos, há dois anos, ontem, e até o que você escreveu há alguns minutos atrás. Enfim, tudo se sabe de uma civilização, de uma cultura por conta da escrita no curso do tempo!

(2º§) Se você guardar as folhas de papel em que escreveu, seus netos, futuramente, poderão saber o que você escreveu hoje! Nessa visão, a escrita se perpetua no tempo, atravessando dias, semanas, meses, anos e séculos!

(3º§) Já a fala, que possibilita emitir uma mensagem mais rápida, não fica registrada, portanto, essa vai mesmo com o vento! Não é mesmo?

(4º§) Sabemos com certeza o que os gregos, por exemplo, escreveram 500 anos antes de Cristo, mas tudo que sabemos sobre o que os gregos falavam entre eles, no dia a dia, são apenas suposições. O vento levou as palavras faladas, mas deixou os registros gráficos!

(FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristóvão. Oficina de texto. Petrópolis: Vozes, 2003, p.11.) - (Adaptado)
Analise as informações com o código V(Verdadeiro) ou F(Falso).
(__)No período: "O vento levou as palavras faladas, mas deixou os registros gráficos!", temos a primeira oração escrita com os termos essenciais dispostos na ordem direta; objeto direto representado pela expressão: "as palavras faladas".
(__)Os numerais cardinais do (1º§) concordam com o substantivo "anos".
(__)O verbo: "poderão" concorda com o sujeito simples: "seus netos".
(__)A série: "você"; "até"; "fala"; "tempo"; "séculos"; "gráficos" - temos, respectivamente: dissílabos oxítonos; dissílabos paroxítonos; trissílabos proparoxítonos.
(__)O texto está escrito com exemplo de pontuação interrogativa e exemplos de pontuação exclamativa.
Em seguida, marque a alternativa que contém a sequência CORRETA das informações acima.
Alternativas
Q1730908 Português
TEXTO 
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.

A LEITURA E SUAS INCRÍVEIS POSSIBILIDADES

(1º§) O hábito da leitura cria infinitas possibilidades, não apenas para o mundo perceptível, como também para o deleite. Já se sabe das múltiplas vantagens que têm os bons leitores, quando selecionam seus bons títulos bibliográficos. Desta forma, é possível conhecer tudo o que se deseja por meio da leitura com seus implícitos, pressupostos e subentendidos, além das analogias que ela propicia.

(2º§) Não se deve esquecer de que muitos seres humanos iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro. Isto tem enorme valor sempre, servindo de exemplo para muitas pessoas. Todos sabemos disto!

(3º§) Mas, ressalta-se que, no momento da leitura, a palavra se configura e se dispersa, rompe a linearidade, produz resultados indeterminados, imperceptíveis, muitas vezes. Na leitura, a atividade mental de um "EU", como trabalho simbólico é fundamental de pura dialoga, além de polifonia.

Ideias extraídas de: (Bahktin,1981.p. 28); (Henry Thoreau) e (Valéria Thomazini) - (Texto adaptado)
Marque a alternativa com informação INCORRETA.
Alternativas
Q1730760 Português

INSTRUÇÕES: A questão que diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.




Assinale a alternativa que representa corretamente um ditongo crescente nos termos destacados:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: CIESP Órgão: CIESP Prova: CIESP - 2021 - CIESP - Enfermeiro |
Q1730559 Português
Assinale a alternativa que contém uma afirmação incorreta
Alternativas
Q1730489 Português

Com base nas sílabas, analise:


“Toda sílaba possui um núcleo ou ápice de sonoridade, que, em português, é necessariamente uma vogal.”


(Fonte adaptada: BEZERRA, R. – Nova Gramática da Língua Portuguesa para Concursos>).
Dessa forma, classifica-se em sílaba aberta quando:

Alternativas
Q1730236 Português

INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.




Assinale a alternativa que representa corretamente uma palavra retirada do Texto acentuada pela seguinte regra: “Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em ditongo.”
Alternativas
Q1730154 Português

INSTRUÇÃO: A questão dizem respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.




Sobre os encontros vocálicos e consonantais, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Q1730031 Português
Campainha

– A coisa que mais gosto de fazer é acordar cedo e apertar a campainha para chamar o criado...
– O quê? Você tem criado?!!
– Não! Criado, não... Eu tenho uma campainha...

POSSENTI. Sírio. Os humores da língua: análises linguísticas de piadas. Campinas: Mercado de Letras, 1998.  
Quanto aos aspectos fonológicos das palavras que compõem o texto, constata-se que,
Alternativas
Q1729080 Português

INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.



Do texto acima assinale a alternativa que apresenta palavras com encontros vocálicos:
Alternativas
Q1727883 Português

INSTRUÇÃO: A questão diz respeito ao Texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la.


(TEXTO)



Instrução: Observe a seguir o trecho retirado do Texto e responda à questão.


“Dois cientistas do Centro de Astrofísica de Harvard acreditam que o ‘Oumuamua’, [...]” (linhas 1 e 2)


Das palavras do Texto, assinale a alternativa que é acentuada pela seguinte regra:


“Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em ditongo.” 

Alternativas
Q1727246 Português

A questão diz respeito ao texto. Leia-o atentamente antes de respondê-la. 


1.png (345×461)

Em relação à acentuação do texto, assinale a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1727206 Português
Leia o texto a seguir para responder à questão.


O cajueiro

Rubem Braga

O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro atrás da casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu. Eu me lembro do outro cajueiro que era menor e morreu há muito tempo.

Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-sãojorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.

No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera: mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.

A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa.

Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas foram brincar nos galhos tombados.

Foi agora, em fins de setembro. Estava carregado de flores.


Setembro, 1954.
Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1956. 
A letra “z” na palavra ‘dizendo’ tem som de [z].

Assinale a alternativa em que na palavra, apesar de não ser escrita com “z”, também se tem esse som
Alternativas
Q1726773 Português
No que diz respeito às letras e aos fonemas, é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Q1726265 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.


A VEZ DA PRETINHA

Uma passista contra o preconceito

LUIZA MIGUEZ


    “Ladies and gentlemen, it’s time!”, anunciou o mestre de cerimônias, num inglês tão fluente quanto espirituoso. Era a deixa para que dezenas de mãos ligassem as câmeras dos celulares e se erguessem na plateia. Gingando com delicadeza, moças bonitas e atléticas entraram em cena e, perfiladas, se deslocaram vagarosamente até o centro do palco. Algumas vestiam roupas curtas. Outras preferiam figurinos mais comportados. Todas se equilibravam em cima de saltos altíssimos.

    Quando os percussionistas aceleraram o ritmo, as jovens rebolaram freneticamente. Naquela madrugada de domingo, cerca de 4 mil pessoas lotavam a quadra do Salgueiro, na Zona Norte carioca. A tradicional escola de samba ensaiava para o Carnaval de 2018. Às margens do palco, entusiasmado com as passistas, um rapaz mostrou os pelos do braço ao amigo do lado e disse: “Caraca! Arrepiei!”

    O mestre de cerimônias, igualmente empolgado, disparou no microfone: “Que é isso, pretinha? Assim você mata o papai!” Não se referia a nenhuma dançarina em particular. Falava do grupo inteiro, como se admirasse uma única mulher. “Rafaela!”, gritou outro rapaz na plateia, enquanto apontava a câmera para a negra de 28 anos, que trajava um macacão salpicado de purpurina e ostentava longas tranças. Ela retribuiu o chamado com um requebro sensual e um olhar debochado.

    Nascida no bairro do Andaraí, também na Zona Norte do Rio de Janeiro, Rafaela Dias é passista do Salgueiro há mais de duas décadas e já escutou muita gracinha dos espectadores masculinos. Aprendeu a rechaçá-las com desenvoltura, mas nem por isso as considera aceitáveis. Não bastasse, frequentemente enfrenta situações racistas. Quando tinha 17 anos, por exemplo, namorava um homem mais velho e branco. Certa noite, assim que chegou a um salão de festas, o casal ouviu alguém comentar: “Lá vai a mulata dar um golpe no gringo.” Depois do episódio, sempre que encontrava o namorado em lugares públicos, Dias evitava usar salto alto ou maquiagem. Temia que a confundissem com uma prostituta. Em outra ocasião, preparava-se para conceder entrevista numa rádio, junto de várias colegas, a maioria universitária. “Ué, passista agora estuda?”, perguntou uma funcionária da emissora, sem o menor constrangimento. De quebra, emendou: “E vocês são todas escurinhas, né?”

    Justamente com a intenção de debater o racismo e o machismo é que Dias decidiu fundar o coletivo Samba Pretinha. Mais três dançarinas do Salgueiro participaram da iniciativa: a cientista social Sabrina Ginga, a estudante de pedagogia Larissa Reis e a graduanda em medicina Mirna Moreira. Desde 2016, as quatro organizam rodas de discussão no próprio Salgueiro e em outras escolas do Rio, como a Paraíso do Tuiuti. Falam principalmente para as mulheres, embora não rejeitem a presença de homens. A ideia é mostrar de que maneira os preconceitos de cor e gênero se manifestam no universo carnavalesco e quais os caminhos para combatê-los, inclusive em termos legais.

    Logo no primeiro debate, o Samba Pretinha se viu diante de uma saia justa. Um dos dirigentes do Salgueiro louvou o grupo e se declarou “branco de alma negra”. Uma jovem que estava na roda de conversa protestou e assinalou a incorreção política da frase. Nenhum branco, afinal, pode saber o que um negro sente e vice-versa. Irritado, o dirigente cogitou suspender o evento, mas recuou.

    Em parte por causa das questões levantadas pelo coletivo, o enredo do Salgueiro para o Carnaval deste ano – “Senhoras do ventre do mundo” – vai retratar as matriarcas negras. Ou melhor: “As empreendedoras, as líderes, as mães, as escritoras e todas as mulheres que representam a força de uma raça”, nas palavras do carnavalesco Alex de Souza. “Não deixa de ser uma vitória nossa, né?”, ressaltou Dias uma semana após o ensaio na quadra da escola.

“Rafaela!”, gritou outro rapaz na plateia, enquanto apontava a câmera para a negra de 28 anos, que trajava um macacão salpicado de purpurina e ostentava longas tranças. O termo destacado acima, por ser uma paroxítona terminada em ditongo, deixou de ser acentuado a partir de 2009, quando passou a vigorar o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Assinale a alternativa em que a sequência apresentada também tenha perdido a acentuação pelo mesmo motivo.
Alternativas
Q1726115 Português

Qual alternativa abaixo se refere a Ortoépia:

Alternativas
Q1726113 Português
Segundo Bechara na língua portuguesa a base da sílaba ou o elemento silábico é a vogal, sendo classificadas , segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, de acordo com quatro critérios: Analise as afirmativas abaixo esses critérios: I) Quanto à zona de articulação, as vogais podem ser média, anteriores e posteriores. Com a boca ligeiramente aberta e a língua na posição quase de repouso, proferimos o fonema /a/, que é o que exige menor esforço e constitui a vogal média. II) Quanto ao timbre, as vogais podem ser tônicas ou átonas. Vogal tônica é aquela em que recai o acento tônico da palavra: avó, paga, tímido. III) Quanto à intensidade, as vogais podem ser abertas, fechadas e reduzidas, é o efeito acústico resultante da distância entre o dorso da língua e o véu do paladar, funcionando a cavidade bucal como caixa de ressonância. IV) Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal, as vogais podem ser orais e nasais. São orais aquelas cuja ressonância se produz na boca. Estão CORRETAS as afirmativas: 
Alternativas
Q1726068 Português
Leia a Crônica abaixo para responder a questão.

O melhor amigo
Fernando Sabino

A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu quarto. 
– Meu filho? – gritou ela.
– O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível.
– Que é que você está carregando aí?
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo.
– Eu? Nada…
– Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
– Olha aí, mamãe: é um filhote…
Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
– Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
– Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda:
– Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz.
– Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
– Ah, mamãe… – já compondo uma cara de choro.
– Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas.
O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima.
Voltou para o quarto, emburrado:
A gente também não tem nenhum direito nesta casa – pensava. Um dia ainda faço um estrago louco. Meu único amigo, enxotado desta maneira! 
– Que diabo também, nesta casa tudo é proibido! – gritou, lá do quarto, e ficou esperando a reação da mãe.
– Dez minutos – repetiu ela, com firmeza.
– Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.
– Você não é todo mundo.
– Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
– Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a sua costura.
– A senhora é ruim mesmo, não tem coração!
– Sua alma, sua palma.
Conhecia bem a mãe, sabia que não haveria apelo: tinha dez minutos para brincar com seu novo amigo, e depois… ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:
– Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
– Ah, mamãe, deixa! – choramingou ainda: – Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nesta vida.
– E eu? Que bobagem é essa, você não tem sua mãe?
– Mãe e cachorro não é a mesma coisa.
– Deixa de conversa: obedece sua mãe.
Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos nessa idade, uma injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa coisa
– Pronto, mamãe!
E exibia-lhe uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.
– Eu devia ter pedido cinquenta, tenho certeza que ele dava murmurou, pensativo.
Fonte: http://phaleixo.blogspot.com/
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à divisão e classificação silábica.
Alternativas
Q1726067 Português
Leia a Crônica abaixo para responder a questão.

O melhor amigo
Fernando Sabino

A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu quarto. 
– Meu filho? – gritou ela.
– O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível.
– Que é que você está carregando aí?
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo.
– Eu? Nada…
– Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
– Olha aí, mamãe: é um filhote…
Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
– Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
– Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda:
– Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz.
– Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
– Ah, mamãe… – já compondo uma cara de choro.
– Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas.
O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima.
Voltou para o quarto, emburrado:
A gente também não tem nenhum direito nesta casa – pensava. Um dia ainda faço um estrago louco. Meu único amigo, enxotado desta maneira! 
– Que diabo também, nesta casa tudo é proibido! – gritou, lá do quarto, e ficou esperando a reação da mãe.
– Dez minutos – repetiu ela, com firmeza.
– Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.
– Você não é todo mundo.
– Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
– Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a sua costura.
– A senhora é ruim mesmo, não tem coração!
– Sua alma, sua palma.
Conhecia bem a mãe, sabia que não haveria apelo: tinha dez minutos para brincar com seu novo amigo, e depois… ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:
– Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
– Ah, mamãe, deixa! – choramingou ainda: – Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nesta vida.
– E eu? Que bobagem é essa, você não tem sua mãe?
– Mãe e cachorro não é a mesma coisa.
– Deixa de conversa: obedece sua mãe.
Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos nessa idade, uma injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa coisa
– Pronto, mamãe!
E exibia-lhe uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.
– Eu devia ter pedido cinquenta, tenho certeza que ele dava murmurou, pensativo.
Fonte: http://phaleixo.blogspot.com/
Assinale a alternativa em que todos os termos apresentem dígrafo consonantal.
Alternativas
Q1725881 Português

TEXTO 02

Aos 13 anos, cada criança terá 1.300 fotos e vídeos postados na internet


    Você provavelmente já ouviu a frase “as crianças dessa geração já nasceram conectadas”. É o que as pessoas normalmente dizem quando querem diferenciar os jovens de hoje dos que precisaram aprender na marra como usar a internet e viram em primeira mão o surgimento de coisas como as redes sociais e os smartphones – conceitos incorporados à vida dos pequenos desde as fraldas.

    Mas qual o impacto da entrada no mundo digital durante a infância? Um relatório divulgado este mês pela Children’s Commissioner, um órgão público da Inglaterra responsável ligado aos direitos das crianças, trouxe informações à respeito dos perigos da coleta de dados dos mais jovens.

    Dentre essas informações, está a de que as crianças já estão na internet mesmo que, efetivamente, não estejam navegando: até os 13 anos de idade, os pais terão compartilhado, em média, 1.300 fotos e vídeos de seus filhos.

    E a conta não para por aí. Dos 11 aos 16, quando a criança já está conectada por conta própria, cada uma delas compartilha cerca de 26 posts por dia nas redes sociais. Aos 18 anos, cada indivíduo terá publicado 70 mil vezes.

Coleta de dados

    Aqui no Brasil, pesquisas sobre o tema mostram números expressivos de crianças conectadas. Em 2017, o TIC Kids Online Brasil, levantamento do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostrou 80% dos jovens de 9 a 17 anos eram usuários de internet. A porcentagem representa 24,7 milhões de crianças e adolescentes.

    O relatório da Children`s Commissioner chama a atenção para a quantidade de dados coletados sobre crianças – e o desconhecimento que ainda se tem sobre como eles podem influenciar a vida delas. O objetivo da pesquisa é alertar sobre a questão da privacidade infantil e a limitação do uso da internet, defendidos por alguns pediatras e especialistas.

    “Nós precisamos parar e pensar sobre o que isso significa para a vida das crianças agora e como isso pode afetar suas vidas futuras como adultos”, disse Anne Longfield, comissária infantil da Inglaterra na introdução do estudo.

    Para os pesquisadores, apesar dos reconhecidos benefícios que a coleta de grandes volumes de dados para gerar, como a otimização de serviços públicos e privados, existe um risco em compartilhar dados confidencias em uma idade em que a criança ainda está em formação. “As escolas precisam começar a educar seus alunos sobre a importância de guardar informações pessoais”, afirma Longfield.

    Além da escola, para ela, os pais também precisam trabalhar nessa conscientização, e o governo deveria aperfeiçoar o monitoramento e a legislação de proteção de dados. “Devemos agir para entender e controlar quem sabe o quê sobre nossos filhos”.

(Disponível em < https://super.abril.com.br/ciencia/aos-13-anos-cada-crianca-tera-1-300-fotos-e-videos-postados-na-internet/>. Acesso em 09/11/2018)

No trecho “[...]. Aos 18 anos, cada indivíduo terá publicado 70 mil vezes.[...]” considere o termo em destaque e assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Respostas
2101: C
2102: A
2103: B
2104: C
2105: D
2106: A
2107: B
2108: B
2109: B
2110: B
2111: C
2112: D
2113: D
2114: B
2115: A
2116: C
2117: C
2118: A
2119: A
2120: C